Gostava de dizer, ANTES DO JOGO, que não concordo minimamente com esta opção de Quique em deixar os melhores jogadores de fora e dar tempo e oportunidades a outros. Por várias razões:
- o Benfica ainda tem uma hipótese de passar à fase seguinte. É certo que muito remota mas real. Isto, só por si, devia ser razão suficiente para que entrassem em campo os melhores. A ideia de que desistimos de um objectivo (mesmo que ele seja praticamente impossível) antes de esse mesmo objectivo ser impossível, causa-me apreensão. O Benfica não pensa em impossíveis. Muito menos quando eles não são, apesar de tudo, impossíveis.
- Depois da eliminação na Taça de Portugal, seria importante uma vitória. Se possível, da forma mais clara que conseguíssemos. Ora, não é a meter as reservas que temos mais probabilidades de conquistar essa vitória. É fundamental evitar empates ou mesmo derrotas. Neste sentido, acho que é arriscar demasiadamente num plano que, se não der certo, deixará todos (jogadores, adeptos, dirigentes) ansiosos e pouco libertos para o jogo que tem de ser para ganhar frente ao Nacional.
- Se é para aproveitar este jogo para testar soluções (tanto na observação de alguns jogadores como na mudança de modelo de jogo), não se pode mudar mais de meia equipa. Ninguém testa nada mudando 6 ou 7 jogadores, isso está mais que visto em futebol. No máximo 3, um em cada posição, para ver como reagem os jogadores à equipa e não o contrário. Num ambiente colectivo mais forte, é mais fácil um jogador conseguir singrar e mostrar valor. Num ambiente em que se mudam, como dizem os jornais, Binya por Maxi, M. Victor por Sidnei, Bastos por Katsouranis, Balboa por Amorim, Urreta por Reyes, Gomes por Aimar e Cardozo por Suazo, para além de não se conseguir perceber onde a equipa melhora (se melhorar) corre-se o risco de ver em campo uma equipa desligada e de queimar, aos olhos dos adeptos, jogadores que, num ambiente mais favorável (com menos mexidas na estrutura-base da equipa), poderiam ser reais mais-valias.
Por mim, era meter a carne toda no assador e ir em busca dos 8 golos. Nem mais nem menos. E, se fosse para poupar jogadores, poupava os 3 mais utilizados. Não é razão falar-se na poupança de mais de metade da equipa quando o nosso jogo é só na Segunda-Feira. O Porto não jogou ontem? Não joga no Domingo? Os jogadores não são profissionais de futebol? Não ganham o que nós nunca ganharemos e não sabem que têm de jogar, por vezes, 2 e 3 vezes por semana? Essa conversa da poupança já chateia. Acho que até tem um efeito mais negativo que positivo metermos os titulares a descansar. Para além de terem perdido a eliminatória para a Taça, perdem ritmo de jogo e fome de vitória para esquecer o último resultado. Hoje seria o cenário perfeito para acabar com essa fome e preparar, com dinâmica de vitória, o jogo contra o Nacional.
Por tudo isto, discordo totalmente da opção de Quique.
Se já era quase impossível darmos 8, com a equipa que está escalada para jogar hoje, pergunto-me se conseguiremos sequer ganhar. E isso é arriscar em demasia.
- o Benfica ainda tem uma hipótese de passar à fase seguinte. É certo que muito remota mas real. Isto, só por si, devia ser razão suficiente para que entrassem em campo os melhores. A ideia de que desistimos de um objectivo (mesmo que ele seja praticamente impossível) antes de esse mesmo objectivo ser impossível, causa-me apreensão. O Benfica não pensa em impossíveis. Muito menos quando eles não são, apesar de tudo, impossíveis.
- Depois da eliminação na Taça de Portugal, seria importante uma vitória. Se possível, da forma mais clara que conseguíssemos. Ora, não é a meter as reservas que temos mais probabilidades de conquistar essa vitória. É fundamental evitar empates ou mesmo derrotas. Neste sentido, acho que é arriscar demasiadamente num plano que, se não der certo, deixará todos (jogadores, adeptos, dirigentes) ansiosos e pouco libertos para o jogo que tem de ser para ganhar frente ao Nacional.
- Se é para aproveitar este jogo para testar soluções (tanto na observação de alguns jogadores como na mudança de modelo de jogo), não se pode mudar mais de meia equipa. Ninguém testa nada mudando 6 ou 7 jogadores, isso está mais que visto em futebol. No máximo 3, um em cada posição, para ver como reagem os jogadores à equipa e não o contrário. Num ambiente colectivo mais forte, é mais fácil um jogador conseguir singrar e mostrar valor. Num ambiente em que se mudam, como dizem os jornais, Binya por Maxi, M. Victor por Sidnei, Bastos por Katsouranis, Balboa por Amorim, Urreta por Reyes, Gomes por Aimar e Cardozo por Suazo, para além de não se conseguir perceber onde a equipa melhora (se melhorar) corre-se o risco de ver em campo uma equipa desligada e de queimar, aos olhos dos adeptos, jogadores que, num ambiente mais favorável (com menos mexidas na estrutura-base da equipa), poderiam ser reais mais-valias.
Por mim, era meter a carne toda no assador e ir em busca dos 8 golos. Nem mais nem menos. E, se fosse para poupar jogadores, poupava os 3 mais utilizados. Não é razão falar-se na poupança de mais de metade da equipa quando o nosso jogo é só na Segunda-Feira. O Porto não jogou ontem? Não joga no Domingo? Os jogadores não são profissionais de futebol? Não ganham o que nós nunca ganharemos e não sabem que têm de jogar, por vezes, 2 e 3 vezes por semana? Essa conversa da poupança já chateia. Acho que até tem um efeito mais negativo que positivo metermos os titulares a descansar. Para além de terem perdido a eliminatória para a Taça, perdem ritmo de jogo e fome de vitória para esquecer o último resultado. Hoje seria o cenário perfeito para acabar com essa fome e preparar, com dinâmica de vitória, o jogo contra o Nacional.
Por tudo isto, discordo totalmente da opção de Quique.
Se já era quase impossível darmos 8, com a equipa que está escalada para jogar hoje, pergunto-me se conseguiremos sequer ganhar. E isso é arriscar em demasia.
Face aos argumentos utilizados, sou levado a concordar. Se o jogo fosse há quarenta anos atrás, no tempo do 'Deusébio', acreditaria que 8-0 fosse um resultado perfeitamente possível. Agora, é uma miragem. Porém, como bem disseste, para lá do resultado, até há mais a ganhar do que a perder.
ResponderEliminarQuando olhamos para a necessidade de obter um resultado tão desnivelado, só me lembro das 'remontadas' históricas do Real Madrid.
O Benfica tem a obrigação de procurar sempre o que, à partida, parece impossível, quer pelo respeito com a sua história, quer pelo respeito pelos próprios adeptos. Tenho a certeza que na década de 60 o estádio enchia e fervilhava ruidosamente como um 'inferno vermelho' deve fazer. Porventura, talvez só ganhássemos por 5-0, com póquer de Eusébio, mas todos os presentes no Estádio da Luz orgulhar-se-iam de não recuar perante uma percentagem de sucesso tão reduzida.
Pior do que não conseguir atingir o objectivo, é nem sequer tentar. E, o Benfica deve tentar sempre e em qualquer circunstância.
Abraço.
Quique esteve soberbo no escalonamento da equipa. Se por um lado era importante manter os principais jogadores disponiveis fisicamente para o campeonato, e não correr riscos com possiveis lesoes em jogos que ja n serviam para nada, era tb importante protege-los do fracasso anunciado. É que se jogasse c os 11 titulares e mm q vencesse por 2 ou 3 a 0, seria sp rotulado de fracasso!
ResponderEliminarMt boa medida de gestão, em termos físicos e mentais daqueles q podem devolver o Benfica aos titulos!
Nem mais PB, há que não correr riscos e ameaçar o verdadeiro objectivo que eu próprio havia traçado para o Benfica:
ResponderEliminarVencer a Liga, reorganizar de forma "sustentada".
E aí então passar a voos mais ambiciosos.
O efeito do nosso desaire na Taça UEFA prejudicou-nos mais que se nela não tivessemos participado.
Nem mais, Ricardo. O que se passou ontem não foi ver o Benfica, foi outra coisa qualquer.
ResponderEliminarPB e Carlitos,
Discordo totalmente dessa forma de ver futebol e, principalmente, o Benfica. O que eu vi ontem foi pobre em demasia, foi cobarde em demasia e só nos trouxe resultados prejudiciais: os adeptos estão descrentes (já se viram lenços brancos), os jogadores não ganham ânimo com derrotas e mesmo as experiências que podiam ter sido feitas não resultaram porque foram efectuadas demasiadas mudanças. Com a equipa titular (ou com apenas 2 ou 3 mudanças) este Benfica teria muito mais probabilidade de ganhar o jogo, deixar os adeptos tranquilos e criar a dinâmica de vitória para o jogo com o Nacional. Ah e já agora mater algum prestígio do Benfica e não, como ontem, perder o jogo e ficar nas 4 piores equipas das 40 na Taça Uefa. Isto, para vocês, não é importante? Foi... "soberbo", PB? Decididamente, vemos futebol por ângulos diferentes.
Depois de alguma recuperação do Benfica europeu há 3 e dois anos, voltou o Benfiquinha que perde com todos na Europa. A eliminatória com o Nápoles deixou-nos de água na boca e depois levaram-nos para o deserto.
Que o campeonato seja feito de vitórias.
Que desilusão.
Ei Ricardo eu também gostava que o Benfica tivesse ganho o jogo 9 ou 10 a zero! mas bolas mesmo que todas as oportunidades tivessem sido concretizadas, ficariamos pelos 6, realmente aquela atitude depois de sofrer o zero x um não fica bem aos nossos jogadores, mas que desmoraliza isso é que desmoraliza!
ResponderEliminaro que eu quero dizer é que (na minha opinião) e de mais alguns(poucos) é que o a nossa equipa ficou ainda mais desmoralizada pelos resultados obtidos na UEFA, e ninguém me convence do contrário se lá não tivessemos ido seguramente que staríamos ainda melhor classificados.
... além de que um prestigio que levou anos a construir começa a abanar inapelavelmente por essa Europa fora.
ResponderEliminarCarlitos,
ResponderEliminar"Ei Ricardo eu também gostava que o Benfica tivesse ganho o jogo 9 ou 10 a zero!"
Não foi nada disto que defendi. As razões estão no post e no comentário.
"o que eu quero dizer é que (na minha opinião) e de mais alguns(poucos) é que o a nossa equipa ficou ainda mais desmoralizada pelos resultados obtidos na UEFA, e ninguém me convence do contrário se lá não tivessemos ido seguramente que staríamos ainda melhor classificados."
Sim, mas isso era a realidade, não dava para mudar. O que dava para mudar era a forma como podíamos sair desta fase de grupos, ganhando e mostrando alguma coisa com qualidade. Em vez disso, acabamos com mais uma derrota, os adeptos desanimados e os jogadores descrentes. Isto de soberbo tem mesmo muito pouco...