«Seara, o Coca-Cola killer
Tenho
acompanhado com interesse esta novela da vida real chamada Secret Story
- não, não me refiro ao programa da TVI, embora lhe reconheça mérito na
alienação com que embala um povo já alienado por natureza. Falo do
programa da Olivedesportos/Casa da Madalena, as eleições para a
Federação Portuguesa de Futebol. Os confessionários e os directos, as
entrevistas, o diz-que-disse, a aproximação às famílias, os preferidos,
as votações, as expulsões e os mais populares. Tem sido um fartote!
Da
participação do nosso Presidente pouco tenho a dizer - cedo me habituei
a encarar as suas opções estratégicas como consequências naturais das
necessidades prementes individuais e menos, quase nada, como reflexo de
uma ponderação política em defesa do Benfica.
Se Vieira decide, pela segunda vez, apoiar "inequivocamente" um homem que tratava da logística referente ao trânsito de putedo entre as arcas frigoríficas de Reinaldo Teles e os lençóis dos árbitros - a troco de bagatelas a favor do Porto: penáltis inexistentes, expulsões para os adversários, coisas menores -, é para o lado que durmo melhor - é até, embora seja triste, uma situação perfeitamente normal, como diria o poeta que nos afundou numa depressão crónica.
Eu ainda acreditei no Pai Natal - até o ter apanhado na sanita a fumar um cigarro, com o barrete em cima do bidé e as prendas metidas na banheira, o que claramente indiciava não ser esse o genuíno lapão de quem todos falavam, uma vez que nunca antes houvera sido avistado um saami ausente de renas, mas o meu Tio que gloriosamente se peidava, revelando um odor intestinal que, sem ser Poirot, interpretei no momento como prova irrefutável da sua condição de garboso lusitano. E, que eu saiba, não há registo de um Pai Natal portuga, a não ser aquele outro candidato ao poleiro, de seu nome Carlos Marta, que até oferece lugares a figuras ilustres benfiquistas, assim como aquelas velhas de Cascais que, de quando em quando, vão visitar os pobrezinhos e até lhes dão uma sande de chouriço para ver se os catraios acabam com a berraria.
Neste espectáculo degradante - embora de um interesse escatológico-pornográfico! -, chafurda também Fernando Seara, homem que tive o desprazer de conhecer há uns bons anos e que se me revelou na altura tal e qual como no presente: um Marcelino da Gama, filho do "Monstro do Dafundo" e personagem principal nas tramas "Coca-Cola Killer" e "Tubarão 2000" desse que é, esse sim, um benfiquista de espinha apontada para o céu, Maestro António Victorino d´Almeida. Também outra coisa não seria de esperar de um ser que consegue passar as noites envolto no aroma especial dos chinelos bafientos de Judite de Sousa, jornalista nas horas vagas, lambe-pés nas horas incómodas e essencialmente um aborto natural de consequências nefastas.
Se Vieira decide, pela segunda vez, apoiar "inequivocamente" um homem que tratava da logística referente ao trânsito de putedo entre as arcas frigoríficas de Reinaldo Teles e os lençóis dos árbitros - a troco de bagatelas a favor do Porto: penáltis inexistentes, expulsões para os adversários, coisas menores -, é para o lado que durmo melhor - é até, embora seja triste, uma situação perfeitamente normal, como diria o poeta que nos afundou numa depressão crónica.
Eu ainda acreditei no Pai Natal - até o ter apanhado na sanita a fumar um cigarro, com o barrete em cima do bidé e as prendas metidas na banheira, o que claramente indiciava não ser esse o genuíno lapão de quem todos falavam, uma vez que nunca antes houvera sido avistado um saami ausente de renas, mas o meu Tio que gloriosamente se peidava, revelando um odor intestinal que, sem ser Poirot, interpretei no momento como prova irrefutável da sua condição de garboso lusitano. E, que eu saiba, não há registo de um Pai Natal portuga, a não ser aquele outro candidato ao poleiro, de seu nome Carlos Marta, que até oferece lugares a figuras ilustres benfiquistas, assim como aquelas velhas de Cascais que, de quando em quando, vão visitar os pobrezinhos e até lhes dão uma sande de chouriço para ver se os catraios acabam com a berraria.
Neste espectáculo degradante - embora de um interesse escatológico-pornográfico! -, chafurda também Fernando Seara, homem que tive o desprazer de conhecer há uns bons anos e que se me revelou na altura tal e qual como no presente: um Marcelino da Gama, filho do "Monstro do Dafundo" e personagem principal nas tramas "Coca-Cola Killer" e "Tubarão 2000" desse que é, esse sim, um benfiquista de espinha apontada para o céu, Maestro António Victorino d´Almeida. Também outra coisa não seria de esperar de um ser que consegue passar as noites envolto no aroma especial dos chinelos bafientos de Judite de Sousa, jornalista nas horas vagas, lambe-pés nas horas incómodas e essencialmente um aborto natural de consequências nefastas.
Temos,
portanto, nesta feira de horrores, de um lado um corrupto, do outro um
corrompido. E, no meio, abrindo casas pelo país, antecipando eleições
para não perder (a democracia é muito irritante), mudando estatutos para
que a pinga não deixe de pingar ou recebendo, com honrarias dignas de
reis, gajos trajados a roupão e charuto, o bailarino do povo, dançando
entre o que a populaça quer ouvir e o que os bolsos lhe pedem.
Pena é que não haja Teresa Guilherme para um pouco mais de beleza.»
Acho que fui brando. O Seara é cocó.
Atenção, que eu não posso com a personagem... e sendo Presidente do Concelho de Sintra conheço bem a sua laia, mas parece-me que não será por causa duma possível candidatura patrocinada pela Olivedesportos como se tenta passar por vários blogues. O jantar deverá ter outras razões.
ResponderEliminarSerá que Seara já viu a gravação e a figurinha ridícula que fez? Lá em casa a dragona não o deixa pôr pé em ramo verde; no programa, só sabe dar risadinhas aos dixotes dos seus estúpidos e convencidos colegas, jamais esboçando sequer uma tentativa de defesa do clube, pelo qual ali está! Mas desta vez sim, levantou a voz, qual valentão descarregando a frustração de tamanha opressão, com a energia acumulada em anos e anos de submissão!
ResponderEliminarAh! Ganda homem! Assim mesmo é que é mostrar a força, a personalidade... Há que aproveitar as ocasiões, poucas, que surgem de quando em vez.
RIDÍCULO este careca!
Ricardo, também eu tive oportunidade de conhecer Fernando Seara há mais de vinte anos, quando sobre ele ainda não se abatiam as luzes da ribalta.
ResponderEliminarDessa altura retive a imagem de uma pessoa lúcida, inteligente e profundamente benfiquista, daquelas a quem o nosso (agora pouco) glorioso tinha o condão de "alterar o humor", como ele costumava dizer.
Não sei se, vinte anos depois, Fernando Seara se mantém o mesmo.
Não consigo interpretar o significado desse jantar.
Aliás, tento abstrair-me sequer de tentar entender os actuais jogos de bastidores do futebol português, quais exercícios de espionagem e contra-espionagem. No final, fico sempre sem saber se vale a pena confiar em quem quer que seja.
Há vinte anos atrás, no que a benfiquismo diz respeito, colocaria Seara acima de qualquer suspeita.
Neste momento, confesso-lhe que me agradou a ideia de Filipe Vieira ter sentido necessidade de revelar o encontro que contou com a presença de pessoas que(também a ele)lhe são ou foram muito próximas.
Mais ainda me agradou que Seara tenha afirmado ser "suficientemente livre para dizer que não àquilo que as pessoas julgam que eu vou dizer que sim".
Esta é uma frase que assentava como uma luva no Seara que conheci.
Espero que seja verdadeira. De contrário, terei de reconhecer que só o cheiro é/será diferente.
Fantástico Ricardo.
ResponderEliminarObrigado.
Só não olhamos para a Judite da mesma maneira... Mas pronto, deves ser mais "skillful" do que eu.
Cumprimentos
Gandas cenas meu... isto devem ser cenas do caralho que ninguém imagina... quanto ao teu texto muita baum mas não percebi nada :)))...he he he he...
ResponderEliminarEnormérrimo abraço... percebo na tua escrita uma costela anarquista...
Vamos todos juntos mudar este clube porque todos nós merecemos!
As minhas moléculas de amor pelo Benfica estão a transmitir ternura e a reclamar o mau cheiro duns "Benfiquista académicos" que procuram a vaidade como "pão para a boca", mas a seara é grande e tem cocó de mais "animais". É fantástico o poder de negociar do Nosso actual Presidente, pode não ganhar desportivamente falando, mas nos negócios nunca perde. Quando é que vamos começar a ouvir falar dos juros??? O negocio mais importante de todos é a TV...e mais umas "obras" de selecção.
ResponderEliminarO sr.fernando foi lançar a "lebre" na seara e nunca será para ganhar.
Nos negócios estas coisas acontecem...
...tempo.
este artigo está, seguramente, no top dos melhores da blogosfera!
ResponderEliminarparabéns Ricardo