Aos 10 minutos de jogo – jogado – já tinha o enredo feito
para o início do meu texto: um apagão e 2 golos para cada lado faziam antever,
mais uma vez, emoções fortes num palco diferente: na Mata Real.
Num terreno pequeno e com condições complicadas, a questão do apagão é preocupante no que se refere a segurança. Para além da quebra dos níveis de concentração dos jogadores e da quebra da parte física dos mesmos, põe em causa a segurança de todos os presentes. Apesar das condições terceiro mundistas que se vivem por esses estádios fora neste Nosso Portugal, valha-nos a atitude e postura civilizadas de todos os intervenientes até à data.
É algo que acontece, é verdade, até porque a falha de electricidade não foi apenas no Estádio foi geral. A verdadeira questão não se limita às falhas mas às condições em que ocorrem e o que daí pode advir.
Passando ao que interessa, o jogo propriamente dito.
Sem brilhantismo a que nada se deveu o apagão, o Benfica fez o que lhe competia para ganhar. Em mais um recital de golos perdidos, Lima resolveu. No sítio certo, na altura exacta, fez o que se pede a um PL: marcou! Mas como é humano também falhou. A diferença é que teve mais vezes sucesso e isso é o que define um bom PL de um PL vulgar. Quanto a mim, elejo-o o homem do jogo.
Muito boa esta concorrência entre ele e o Takuara. Acima de tudo para o Benfica.
Numa 1ª parte muito morna, o Benfica começa a perder no único lance desenhado – e bem – pela Equipa do Paços. A defesa parecia ainda não ter reposto os níveis de concentração entretanto perdidos com o apagão.
O Benfica repõe a igualdade no minuto seguinte, podendo agradecer às mãozinhas de manteiga de Cássio e ao faro de Lima! Com mais de meia hora para jogar, controla o jogo quer a nível de posse de bola, ainda que por uma pequena vantagem, quer em nº de ataques, quer em cantos (6, contra 0 do Paços!). Não significa tudo… em remates, o equilíbrio entre as 2 equipas fazia parte das estatísticas e o empate foi o resultado com que saíram para o balneário.
Mais um vez, durante a 1ª parte, senti que faltava ali “A” peça. A peça que articulasse com magia o jogo ofensivo. Via Rodrigo e Lima demasiado recuados a vir buscar jogo.
Já sabía que Aimar não estava mas uma “peça” saltou do banco: Gaitan!
Na minha opinião foi ele que deslinhou aquele novelo. Que falta nos faz este Gaitan..
Martins, entrando para o lugar do lento Matic completou a seguir o que faltava: puxar a Equipa para a frente.
O remate ao poste de Gaitan foi o aviso, o golo de Lima a seguir, num sentido de oportunidade à PL, resolveu a questão. Só o soubemos aos 94 minutos porque o 2º golo do Benfica fez despertar o Paços que, até ao apito final, ainda deu um ar da sua graça, tendo sido da competência do Rei Artur fechar a 7 chaves os 3 pontos que selaram a vitória do Benfica.
Não sei se será impressão minha mas vejo o Maxi algo instável nestes últimos jogos. Nada a apontar à sua inigualável raça – e não lhe fica mal “Aquela” braçadeira - mas os lances de desconcentração e atrapalhação têm sido frequentes nos jogos. Ao contrário de Melgarejo que, sem grandes invenções, lá vai acertando o passo.
Matic lento. É o defeito que lhe aponto. Talvez por alguma falta de ritmo e entrosamento, mas ainda assim, e tendo em conta foi chamado a substituir, tenho poucas dúvidas que mais uns jogos e conseguirá relegar para 2º plano esta “carência”.
Apesar de ter algumas reservas, fruto de um passado recente e ainda na minha memória,
Enzo Peres tem vindo progressivamente a deitar abaixo essas reservas. Nunca pus em causa o seu “talento”, mas o equilíbrio emocional e a capacidade de o manter enquanto profissional, não é menos importante e aí ele não teve o melhor cartão de visita. Tem estado bem e hoje não foi excepção mas talvez ainda não tenha abatido as reservas suficientes para dizer muito mais do que o que acabei de dizer.
Menção honrosa a Jardel! É de realçar quando um jogador consegue fazer esquecer outro, da importância de Luisão, de forma tão natural e sem sobressaltos. Principalmente quando todos duvidavam disso! Foi o grande obreiro do 1º do Benfica, num cabeceamento como mandam as regras.
Há lacunas no Plantel, mas não é na dupla de centrais que elas se têm manifestado.
Salvio! Um jogador extraordinário. Mesmo estando uns furinhos abaixo dos 2 primeiros jogos, é de uma presença e de uma intempestividade natas. O homem quando decide meter a 2ª leva literalmente tudo à frente. Foi o que aconteceu hoje com uma arrancada que termina num remate em arco que passa a centímetros do poste! Uma pena não ter marcado, o lance pedia um final perfeito!
E assim seguimos, devagarinho.. Uns mais confiantes que outros mas seguimos, através de tanto tumulto.
Próxima linha: Champions; Paragem: Barcelona in Estádio da Luz. Eu vou lá estar. Porque faço parte do Grupo dos mais crentes talvez.
Fé, paixão, doença, loucura, amor seja o que fôr, excepto racionalidade, admito-o.
O apoio ao Benfica e a quem veste o Manto é uma constante. Inegociável, imutável, instranponível. Sejam quais forem os tumultos. Esses são outras lutas, travadas noutros locais, mas sempre pelo mesmo: Sport Lisboa e Benfica.
Num terreno pequeno e com condições complicadas, a questão do apagão é preocupante no que se refere a segurança. Para além da quebra dos níveis de concentração dos jogadores e da quebra da parte física dos mesmos, põe em causa a segurança de todos os presentes. Apesar das condições terceiro mundistas que se vivem por esses estádios fora neste Nosso Portugal, valha-nos a atitude e postura civilizadas de todos os intervenientes até à data.
É algo que acontece, é verdade, até porque a falha de electricidade não foi apenas no Estádio foi geral. A verdadeira questão não se limita às falhas mas às condições em que ocorrem e o que daí pode advir.
Passando ao que interessa, o jogo propriamente dito.
Sem brilhantismo a que nada se deveu o apagão, o Benfica fez o que lhe competia para ganhar. Em mais um recital de golos perdidos, Lima resolveu. No sítio certo, na altura exacta, fez o que se pede a um PL: marcou! Mas como é humano também falhou. A diferença é que teve mais vezes sucesso e isso é o que define um bom PL de um PL vulgar. Quanto a mim, elejo-o o homem do jogo.
Muito boa esta concorrência entre ele e o Takuara. Acima de tudo para o Benfica.
Numa 1ª parte muito morna, o Benfica começa a perder no único lance desenhado – e bem – pela Equipa do Paços. A defesa parecia ainda não ter reposto os níveis de concentração entretanto perdidos com o apagão.
O Benfica repõe a igualdade no minuto seguinte, podendo agradecer às mãozinhas de manteiga de Cássio e ao faro de Lima! Com mais de meia hora para jogar, controla o jogo quer a nível de posse de bola, ainda que por uma pequena vantagem, quer em nº de ataques, quer em cantos (6, contra 0 do Paços!). Não significa tudo… em remates, o equilíbrio entre as 2 equipas fazia parte das estatísticas e o empate foi o resultado com que saíram para o balneário.
Mais um vez, durante a 1ª parte, senti que faltava ali “A” peça. A peça que articulasse com magia o jogo ofensivo. Via Rodrigo e Lima demasiado recuados a vir buscar jogo.
Já sabía que Aimar não estava mas uma “peça” saltou do banco: Gaitan!
Na minha opinião foi ele que deslinhou aquele novelo. Que falta nos faz este Gaitan..
Martins, entrando para o lugar do lento Matic completou a seguir o que faltava: puxar a Equipa para a frente.
O remate ao poste de Gaitan foi o aviso, o golo de Lima a seguir, num sentido de oportunidade à PL, resolveu a questão. Só o soubemos aos 94 minutos porque o 2º golo do Benfica fez despertar o Paços que, até ao apito final, ainda deu um ar da sua graça, tendo sido da competência do Rei Artur fechar a 7 chaves os 3 pontos que selaram a vitória do Benfica.
Não sei se será impressão minha mas vejo o Maxi algo instável nestes últimos jogos. Nada a apontar à sua inigualável raça – e não lhe fica mal “Aquela” braçadeira - mas os lances de desconcentração e atrapalhação têm sido frequentes nos jogos. Ao contrário de Melgarejo que, sem grandes invenções, lá vai acertando o passo.
Matic lento. É o defeito que lhe aponto. Talvez por alguma falta de ritmo e entrosamento, mas ainda assim, e tendo em conta foi chamado a substituir, tenho poucas dúvidas que mais uns jogos e conseguirá relegar para 2º plano esta “carência”.
Apesar de ter algumas reservas, fruto de um passado recente e ainda na minha memória,
Enzo Peres tem vindo progressivamente a deitar abaixo essas reservas. Nunca pus em causa o seu “talento”, mas o equilíbrio emocional e a capacidade de o manter enquanto profissional, não é menos importante e aí ele não teve o melhor cartão de visita. Tem estado bem e hoje não foi excepção mas talvez ainda não tenha abatido as reservas suficientes para dizer muito mais do que o que acabei de dizer.
Menção honrosa a Jardel! É de realçar quando um jogador consegue fazer esquecer outro, da importância de Luisão, de forma tão natural e sem sobressaltos. Principalmente quando todos duvidavam disso! Foi o grande obreiro do 1º do Benfica, num cabeceamento como mandam as regras.
Há lacunas no Plantel, mas não é na dupla de centrais que elas se têm manifestado.
Salvio! Um jogador extraordinário. Mesmo estando uns furinhos abaixo dos 2 primeiros jogos, é de uma presença e de uma intempestividade natas. O homem quando decide meter a 2ª leva literalmente tudo à frente. Foi o que aconteceu hoje com uma arrancada que termina num remate em arco que passa a centímetros do poste! Uma pena não ter marcado, o lance pedia um final perfeito!
E assim seguimos, devagarinho.. Uns mais confiantes que outros mas seguimos, através de tanto tumulto.
Próxima linha: Champions; Paragem: Barcelona in Estádio da Luz. Eu vou lá estar. Porque faço parte do Grupo dos mais crentes talvez.
Fé, paixão, doença, loucura, amor seja o que fôr, excepto racionalidade, admito-o.
O apoio ao Benfica e a quem veste o Manto é uma constante. Inegociável, imutável, instranponível. Sejam quais forem os tumultos. Esses são outras lutas, travadas noutros locais, mas sempre pelo mesmo: Sport Lisboa e Benfica.
fantástico post...diz tutti...saudações
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarMarta, concordo com quase tudo... Mas eu dispensava só o louvor ao Jardel que, embora seja um jogador que não tenho muito a apontar enquanto titular no Nosso Clube, ficou nas covas no golo do Paços. De resto, esteve bem :)
ResponderEliminarExcelente post! Concordo com as análises a Lima, Melga, Salvio, Gaitan, Jardel. Dizer que Maxi está "instável" é um eufemismo! Maxi está "muito mal" mesmo! Vamos dar-lhe o apoio para ele dar a volta, mas confesso que preferia ver o ...André Almeida na direita. Elogios pecam por defeito em Enzo e falta a crítica a Nolito que desiludiu. Saudações Benfiquistas!
ResponderEliminarExcelente crónica, parabéns.
ResponderEliminarDo jogo ficou-me uma dúvida: Uma cotovelada na testa, com direito a sangue e tudo, dentro da área, mesmo nas barbas do árbitro, não seria, sei lá....penalty?
Não, não é impressão tua. O Maxi tem estado um nojo nestes últimos jogos. Mal a defender e pior a atacar. Irita-me a maneira como ele aborda cada lance na defesa, quase sempre recorrendo à falta (muitas delas perfeitamente desnecessárias) e como tal sendo sistematicamente amarelado. Ainda no jogo de ontem fiquei com a ideia que fez mais um penalty, num lance típico dele em que é "papado" em corrida e astúcia pelo jogador adversário e depois em desespero atira-se para cima dele, caindo depois os dois na grande área. Já a atacar é o que se tem visto, cruzamentos sem nexo e para ninguém. Enfim, é o que temos, valeu-nos pelo lance que deu origem ao segundo golo.
ResponderEliminarO Matic continua a parecer-me demasiado lento, desengonçado e trapalhão para um jogador chave como é o da posição 6. Mas é minha opinião.
De resto, concordo contigo. Gostei muito do Lima pelos golos, do Enzo pela entrega, do regresso do C. Martins e do Artur na parte final do jogo.
Carrega Benfica!
Dois penaltis por assinalar, a agressão no mínimo por negligência do Garay e a clara placagem a Lima pelo guarda redes pacense que é incrivel como passa despercebida à maioria esmagadora de quem comenta o jogo.
ResponderEliminarDe resto o melhor comentário ao jogo que li, parabéns.
Podíamos ter goleado, poderíamos ter empatado...o xistra não estava lá.
ResponderEliminarMuito boa análise, acho que na equipa do SLBenfica há demasiadas adaptações. Por exemplo, o Melga tem de ser o extremo esquerdo e não defesa esquerdo, digo eu que não percebo patavina disto, só sei sofrer!
Lucidez e paixão. Benfiquismo de classe, Marta. Bom post.
ResponderEliminarVou lá estar não pela crença... mas por um amor imenso ao jogo!
ResponderEliminarBom texto, concordo contigo, Marta!
ResponderEliminarGostei muito do Enzo Perez, parece-me ser, claramente, um jogador acima da média. Além disso também me transmitiu a impressão de ser raçudo.
Espero que não tenha problemas psicológicos este ano e não se deixe abater.
Ontem foi uma vitória sofrida demais, mas nesta altura, especialmente com um meio-campo depauperado, aceito qualquer vitória, de qualquer maneira, e sem me queixar.
A ter em atenção, o excesso de faltas da nossa equipa, em especial perto da nossa área. Fazemos muitas entradas intempestíveis e desnecessárias.
E também o número de golos feitos que desperdiçamos, assim não pode ser. Não seremos campeões se continuarmos a falhar golos de baliza aberta!
http://benficacomamor.blogspot.pt/
Bom texto!
ResponderEliminarO Paços foi esmagado na segunda parte, mas há um problema de eficácia neste Benfica. Já não se fala de Melgarejo como lateral, nem tão pouco de Enzo a 8, o problema está mesmo na quantidade de situações ofensivas que não finalizadas correctamente. Espero que o jogo de 3ª marque o ponto de viragem nesta ode ao desperdício.