1) A integração de um jovem jogador na equipa principal exige critério e noção dos momentos adequados na sua utilização. Se ela for feita sem método, corre-se o risco de, após a euforia dos adeptos por verem um miúdo da formação a jogar na equipa titular, acabar por queimar o jogador. Falo de André Gomes, um jogador com um talento evidente que deve ser paulatinamente integrado e não constituir já uma referência para entrar de início. Em Barcelos, apesar do golo e da natural qualidade de decisão que sempre demonstrou, André Gomes perdeu imensas bolas - muitas das perdas devido a más recepções - e denotou ainda não estar adaptado à intensidade de jogo mais exigente da Primeira Liga. A solução passa por ir utilizando Gomes com critério, preferencialmente vindo do banco em jogos resolvidos ou a titular em jogos de menor dificuldade. Utilizá-lo sem restrições não só contribuirá para um atraso na sua evolução como poderá "queimá-lo" na receptividade que os adeptos terão ao longo do tempo. Neste particular da capacidade de utilização ao mais alto nível, Miguel Rosa parece-me bastante mais apto a ser solução mais assídua.
2) Vitória, Spartak, Rio Ave, Moreirense, Celtic e Olhanense. 6 jogos que só podem ser 6 vitórias. Porque é fundamental chegar ao primeiro clássico (em Alvalade) na liderança do campeonato e porque, na Champions, só vencendo os dois jogos em casa poderemos sonhar com a passagem aos oitavos-de-final. Jogos com graus de dificuldade diferentes mas todos ao nosso alcance - até por jogarmos 4 deles em casa. Entramos num período crucial da época: não há tempo nem espaço para erros.
3) Os adeptos têm de compreender as necessidades do clube: tanto ao nível do apoio fundamental à equipa como na questão financeira. Assistir, como na recepção ao Beira-Mar, a 28.000 pessoas na Luz torna-se deprimente. O Sporting, que está numa crise profunda, teve em Alvalade a mesma assistência no último jogo. Há 20.000/25.000 que vão sempre ao estádio; importa agora criar uma onda com os restantes 30.000/35.000 de indecisos, que umas, raras, vezes vão, outras, muitas, preferem ficar em casa ou ir ver o jogo ao café. Quem pode ir ver os jogos - e, apesar das dificuldades financeiras, há muitos que podem - não deve afastar-se das suas próprias responsabilidades como sócio ou adepto. Que seja criada uma onda de apoio crescente que leve o Benfica até Janeiro na liderança. É fundamental conseguir ganhar vantagem sobre o porto até lá, porque temos um plantel mais desequilibrado e menos experiente. A única hipótese de estarmos no Marquês no final da época passa por estes próximos 2 a 3 meses. Saibamos, adeptos e sócios, compreender a importância de encher os estádios com o apoio à equipa.
4) Na sequência do ponto anterior, espero pela confirmação da promessa que Vieira fez aos benfiquistas. Uma redução no preço dos bilhetes e nas quotas dos sócios é, mais do que uma medida de respeito, uma acção inteligente na promoção pelo apoio à equipa e até uma ajuda importante em termos financeiros. Bilhetes mais baratos significa maisgente no estádio e melhores receitas. Nem sempre pedir muito significa ganhar muito. 60.000 a 15 euros o bilhete é melhor do que 30.000 a 20 euros o bilhete. Com o extra, nada despiciendo, de encher o estádio em apoio à equipa e potenciar novos adeptos e sócios.
5) A reintegração de Alípio Matos na estrutura do Futsal do Benfica é uma excelente notícia. Um homem de uma competência inatacável que eleverá a organização da modalidade a um modelo mais coerente e sólido - para além de ser o responsável por toda a estrutura, estará a liderar os juniores. Óptima medida para o futuro da modalidade.
Excelente artigo Ricardo!!!Absolutamente certissimo!!! Raramente estou de acordo com a tua opinião, mas isto tem a haver com questões de ideologia...eu apoio Vieira e tu não...e acredito que o Vieira vai cumprir com as promessas!Agora assim mostras que muito mais que pessoas o que interessa é apenas e só o Benfica!!!Na minha modesta opinião, claro!!!
ResponderEliminarPor falar em modalidades, alguém sabe explicar o porquê do afastamento de João Coutinho de vice das mesmas?
ResponderEliminarAcho muito estranho não se falar, pelo menos que eu tenho visto, do seu afastamento tendo sido o principal gerador de títulos no mandato desportivo de Vieira, não foi ele que os ganhou mas toda a gente sabe da sua importância no meio!
Alguém me consegue elucidar?
Amigo João Paulo, ainda haja quem acredite nas promessas do nosso Presidente.. eu já não consigo, mas gabo-lhe a esperança.
ResponderEliminarVenham lá os 3+1+50...
Bom post,concordo KUASE na totalidade,onde discordo é na aquisição de Alípio Matos,so vejo um lado positivo(dinheiro),até pk foi sempre a forma de estar a frente de alguma equipa,a força do dinheiro vale muito ainda.
ResponderEliminarQuanto ao João Coutinho,segundo julgo saber,foi a seu pedido o afastamento,por falta de tempo pra dar continuidade ao (bom)trabalho k desenvolveu dentro do Benfica.
PNC
Relativamente ao João Coutinho, o que eu ouvi dizer é que foi dele a decisão de se afastar por motivos pessoais que nada têm a ver com o Benfica. Talvez no futuro possa voltar para continuar o excelente trabalho que fez.
ResponderEliminarConcordo 100% em relação ao André Gomes. Ele agora caiu em estado de graça para os adeptos, só espero é que quando este cometer erros mais graves, que os adeptos o apoiem e percebam que ele ainda está a crescer.
E este sábado lá estarei, bilhete mais barato a 10 euros é um bom inicio para os próximos desafios que ai vêm.
ResponderEliminarSobre o André Gomes é a velha história, se jogar arrisca-se a errar, se não joga diz-se que não dá oportunidades...
Gregos e troianos.
Nas modalidades a ver se continuamos o bom inicio de época e salvamos é o rugby que já dá pena.