Amanhã, é já amanhã que,
finalmente, partirei para umas, ainda que curtas, merecidas férias. Durante o período
de uma semana (é pouco, bem sei), apenas de forma esporádica terei acesso à
rede que nos liga uns aos outros e ao mundo. Dessa forma, e a não ser que as
circunstancias o justifiquem, dificilmente voltarei a escrever sobre o Benfica
antes do regresso ao mundo real. Por isso, proponho-me escrever uma sumula do
passado, presente e futuro imediato do nosso Sport Lisboa e Benfica.
Como é sabido, fui frontal e
reiteradamente contra a continuidade de Jorge Jesus no comando técnico da
equipa principal de futebol. Este assunto está falado e repisado, mas recupero
esta minha posição para que possa partir dela para a análise daquilo que, a meu
ver, tem de ser o futuro mais imediato do Benfica, desportivamente falando.
Ainda que tenha sido contra, a
partir do momento em que se renovou com o treinador, e relembro que ainda não
passaram 2 meses, jamais se pode colocar a hipótese de despedimento sobre a sua
cabeça, por todas as razões e mais algumas:
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Quero acreditar que na ponderação da renovação ou não do vínculo do treinador, e
ainda mais após os acontecimentos no Jamor, tenha entrado em equação a possível
perda de balneário por parte do treinador, por isso só posso assumir que a
renovação aconteceu por haver a firme certeza de que os jogadores estariam com
o líder (se assim não foi, é apenas mais uma prova da incompetência que reina
no Benfica), isto apesar dos indícios poderem demonstrar o contrário. Ora, se
na altura da renovação o plantel estava em comunhão com Jorge Jesus, não me
parece credível que se tenha perdido ainda antes da competição se iniciar.
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Ainda assim, se o plantel não está com o treinador, não é deixando transparecer
a ideia de que este está dependente do próximo jogo que fará os jogadores
unirem-se em torno do seu líder, bem pelo contrário. Se quem dirige o Benfica
der a ideia de que o treinador pode ser dispensado a qualquer momento e se os
atletas não estiverem com ele, então, realmente o treinador poderá sair a
qualquer altura. Há que demonstrar quem manda e dirige.
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Aquando da renovação, foi publico e notório, que foram dadas a Jorge Jesus
todas as suas exigências (até, veja-se ao ridículo da coisa, se despediu um
superior hierárquico por exigência do treinador), ou seja, toda a época, desde
jogos particulares a constituição do plantel, foi pensada e projectada em
função das ideias de Jorge Jesus, logo, seria um tremendo absurdo que, após 2
meses, se deitasse todo esse trabalho fora, há que haver firmeza e convicção
nas decisões.
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Para além de se tratar de um tremendo desperdício de tempo, dinheiro e
trabalho, nomear um novo treinador para conduzir um plantel pensado em função
das ideias de outro – e aqui se vê a fragilidade e inexistência de uma
estrutura para lá de Jorge Jesus, bem ao jeito daquilo que ele gosta, como
tantas vezes já o disse – é desperdiçar também uma época e, mesmo, um novo
treinador, ou seja, mesmo que chegue um novo treinador, dificilmente fará
melhor que Jorge Jesus, se for “obrigado” a trabalhar com as ideias do antigo,
logo, dificilmente não será um treinador para “queimar”.
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Por ultimo, e não menos importante e óbvio, está a questão financeira. Claro
que renovar com Jorge Jesus era arriscado, mas algo ainda passível de
discussão, agora, renovar por dois anos e nos valores que são conhecidos, não é
incompetência, não é burrice, não é estupidez, não é subserviência a um funcionário,
é tudo isto junto e muito mais. Logo, se por alguma razão o treinador for
dispensado durante esta época e pelos valores que se sabem, só resta uma
solução a quem o fizer: Ir com ele! Isto se ainda houver alguma dignidade e
vergonha na cara, coisa que duvido.
Ainda no plano do treinador,
parece cada vez mais certo que o Benfica avançará para a contratação de um novo
guarda-redes para o plantel. Nunca falei no assunto, pois todos os nomes que
vão aparecendo, ainda não passaram disso mesmo, mas porque só regressarei por
altura do fecho de mercado, e para não falar depois da casa arrombada, vou
comentar o assunto por antecipação e à luz do que se tem dito, escrito e lido.
Porém, gostaria de realçar que, no que vou dizer a seguir, não está nem estará
em causa o valor individual dos nomes apontados ao clube (Diego Alves, Ben
Forster e Júlio Cesar).
Se recuarmos ao início da
pré-temporada, mais precisamente à entrevista do treinador à televisão do
clube, facilmente nos lembraremos do que disse Jorge Jesus sobre Oblak, ou
seja, que iria voltar a ser emprestado por ser demasiado novo e ocupar um lugar
de estrangeiro na lista a enviar para a UEFA. Apetece-me perguntar: Demasiado
novo? Que idades tinham David Luiz, Di Maria, Salvio, ou Rodrigo, quando
fizeram o primeiro jogo pelo Benfica? Ou, para falar de algo actual, que idade
tem Markovic? Sim o posto de guarda-redes é o mais específico e, talvez, o mais
difícil de “aguentar” a nível psicológico, então pergunto: Que idades tinham
Casillas, Valdes, Buffon ou Vítor Baía quando se estrearam? Ou, para ser mais
actual, que dizer de Courtois, Neuer, Ter Stegen, De Gea ou Rui Patrício? Acho
que, sobre a idade, estamos conversados, não? É óbvio que não desprezo a ideia
preconizada pelos especialistas de que um guarda-redes atinge a sua maturidade
e competência plena por volta dos 30 anos, mas isto não quer dizer que antes
de lá chegar, sejam maus ou não sejam capazes de atingirem o topo, certo? É que
se assim não for, mais vale criar uma regra específica para os guarda-redes que
lhes permita terem idade júnior até aos 25. Já agora, para Jorge Jesus “confiar”
em Oblak, quantos mais anos deveria andar emprestado? 5? 10?
Analisando os nomes mais falados
ou, apenas o mercado nacional, facilmente perceberemos que o possível novo
guardião não será Português, mas não era esse um dos problemas do Oblak?
Por outro lado, este interesse
num novo guardião aparece sob o pretexto de haver a necessidade de se criar uma
“sombra” a Artur, para que se lhe dê competitividade na luta pelo lugar de
titular. Fui dar uma olhadela aos planteis dos principais clubes europeus e,
novamente, pergunto: Que competitividade interna têm Valdes, Buffon, Courtois,
Neuer, De Gea ou Petr Cech? Isto para citar apenas alguns exemplos. Ou seja,
ficamos a saber, por comparação, que um guarda-redes que seja bom, é-o,
independentemente da competição interna que tenha. Ficamos ainda a saber, que
Paulo Lopes não está no Benfica por competência (nem sequer para “sombra”
serve), apenas para fazer figura e constar na lista da UEFA como português.
Já agora, é bom sublinhar que
nada do que disse valida a atitude pouco profissional de Oblak ao não
apresentar-se para os trabalhos de pré-época, no máximo, ajuda-nos a
compreender que a mesma pode ter sido facilitada pelo facto de saber que,
novamente, não faria parte do plantel. Ainda assim, sou eu a especular, nada
tenho de concreto que me diga ter sido esta a razão.
Voltando a página e apontando “baterias”
a Vieira, soubemos hoje que o presidente do clube dará amanha uma entrevista ao
canal do clube. Por aqui, e pelo que foi publicado nos 3 (!!!) jornais
desportivos no dia de ontem (vêm como a imprensa também serve o Benfica?),
podemos confirmar aquilo que já todos sabemos, ou seja, Vieira não sabe ou não
quer agir, apenas reagir. A presença no treino de ontem, deveria ter sido somada
ou, no limite, substituída, pela presença do presidente na Madeira, pelo menos,
no dia do jogo, mas é mais comodo dirigir o clube por telemóvel. A entrevista
de amanha, deveria ter acontecido antes da entrevista do treinador ou, na pior
das hipóteses e já a contar com o “adiamento” que foi feito da que tinha
marcado na TVI, antes do início oficial da época. Mas dar uma entrevista na
semana passada, e no canal anteriormente escolhido, era mais “chato”, porque
era bem capaz que lhe perguntasse pelo final de época passada e por Miguel
Rosa, Roberto, Pizzi, Fariña, Cardozo ou Melgarejo.
Ainda assim, esperemos pela
entrevista/comício que amanhã terá lugar para que possamos saber, mais uma vez,
quais as promessas e posições irrevogáveis (no conceito Portas) que Vieira vai
anunciar.
Desculpem o meu alongar na
escrita, mas o Benfica assim merece. E agora, Cumprimentos a todos e… Boas
férias… Para mim.
Venho por este meio, pedir as minhas desculpas por um erro de facto que há no texto.
ResponderEliminarApós a publicação do mesmo, soube, através de um benfiquista que assistiu ao jogo no estádio, que Luís Filipe Vieira assistiu ao encontro. Por isso, devo o pedido de desculpas aos leitores e deve ser retirado esse facto do texto.
Caro José,
ResponderEliminarEssa notícia que o confundiu foi passada na comunicação social dizendo que LFV faltou ao jantar ou almoço que foi oferecido pelo Marítimo à comitiva do Benfica.
A ausência esteve relacionada com uma gastroentrite. Mas eu não sabia se de facto LFV assistiu ou não à partida, por isso agradeço o seu esclarecimento.
Não se unam que não é preciso! Ao LFV está reservado o mesmo destino que o Vale e Azevedo. A razão explica-a o Marinho Neves:
ResponderEliminarhttp://4.bp.blogspot.com/-Awrs2Zm1gv8/UhYh63Z-sWI/AAAAAAAACW4/n_txRCcsRHg/s1600/fotografia.JPG
Sim, a confiar nas informações que disponho ao momento, e não tenho nada para desconfiar das mesmas, o presidente esteve efcetivamente na tribuna presidencial do estádio do Maritimo, durante o jogo.
ResponderEliminarTambém é um facto que faltou ao tal almoço entre direcções promovido pela direcção do Maritimo, onde marcou presença António Carraça. Sim, esse mesmo que havia sido "despedido".
Ainda assim, reforço o meu pedido de desculpas.
Tens de mudar de fontes!!
ResponderEliminarEnganarem-te uma vez até se desculpa!!Duas é de mais.
Quem te disse que o Carraça esteve na Madeira ao serviço do Benfica mentiu-te.
Até porque o Carraça"o tal que tinha sido despedido" Foi mesmo despedido e já não está ao serviço do Benfica.
Rigor precisa-se,para mal já basta assim.