«Caríssimos leitores,
comentadores, críticos e afins do “Ontem”, quando, na noite passada, escrevi o
post “abre-olhos II”, jamais tive a intenção e pretensiosismo, quando exortei a
que se abrissem as mentes e se acordasse para a realidade do nosso clube, de me
valorizar sobre os não críticos da direcção, pelo contrário, o que quis e quero
é que vocês, independentemente do que queiram para o clube, tenham a presença
de espirito de serem emocionalmente do Benfica e racionalmente críticos,
positivos ou negativos, de quem comanda os destinos da nossa/vossa paixão.
De facto, não é por
identificarmos que renovar com um treinador perdedor e, sobretudo, em risco de
perder o balneário, como um erro de palmatoria que faz de nós, uns visionários;
não é por apontarmos como erro primário o de, a acontecer a renovação, esta se
materializar em 2 anos e pagos principescamente, que faz de nós, alguém mais
inteligente que os demais; não é por se perceber que, jamais o treinador pode
escolher, comandar e ser a estrutura que faz de nós uns iluminados; não é por
apontar erros primários na gestão de casos disciplinares, que faz de nós
estrategas infalíveis; não é por compreendermos que o plantel, mais uma vez,
foi mal estruturado, que faz de nós gestores fantásticos.
Na realidade, apontarmos todos
estes erros, e muitos mais, antes que os acontecimentos “provem” a nossa razão,
não atesta a nossa competência, apenas atesta a incompetência de quem, mesmo
com 13 anos de poder, não é capaz de ver, sentir e realizar decisões tão
simples.
Ninguém no “Ontem” pretende afirmar
a sua superioridade intelectual sobre ninguém, pois, por termos razão é que o
Benfica perde, e quando o Benfica perde meus amigos, perdemos todos.»
Aproveito esta dissertação do José Moreira como introdução para o meu texto porque nela estão todos os condimentos essenciais do que, no fundo, este e outros blogues têm feito ao longo dos últimos anos: uma crítica construtiva, antecipação de problemas
óbvios, alerta sobre o futuro se o caminho continuar a ser o que tem
sido seguido: erróneo, errante, incoerente, estéril. É precisamente o
que o José diz: se o que aqui tem sido escrito recorrentemente antecipa a
realidade não é por nós sermos de outra galáxia; é precisamente porque é
evidente para quem tenha olhos na cara.
No
fundo, o nosso exercício é simples: antecipamos cenários para, quando
eles ocorrerem (e, regra geral, ocorrem), ficar explícito a toda a gente
a profunda e visceral incompetência de quem gere os destinos do
Benfica. Não se exige a todos os benfiquistas - ou, num universo mais
específico, a todos os bloggers benfiquistas - que compreendam os sinais
e antecipem a realidade, mas exige-se que ela seja entendida por quem,
dentro do clube, toma decisões. Se não têm essa capacidade - e está mais
do que provado que não têm -, não servem para o nosso clube. Simples e
direito ao assunto: não servem para o nosso clube.
Porém, a identificação dos erros e a antecipação de uma realidade de equívocos são só duas vertentes do que gostamos de fazer. A outra é, claro, a de dar soluções. À crítica exige-se sempre que, além do constante apontar de falhas, haja soluções alternativas. É isso que fizemos várias vezes ao longo destes anos e que agora, numa fase deprimente da vida do clube, procuraremos fazer ainda com mais abnegação e paixão pelo clube. Sendo assim, hoje darei, de uma forma geral, alguns caminhos sobre como deve actuar um verdadeiro Presidente do Sport Lisboa e Benfica. Nas próximas semanas, se pretenderem debater de forma séria os trilhos do clube, poderemos aprofundar ponto por ponto cada uma das alíneas sobre as quais discorrerei.
O que agrada mais aos adeptos é a discussão de nomes. Diz-se mal de um Presidente e logo outro adepto virá pedir nomes que sejam alternativa. Não é isso que farei aqui. Primeiro, porque a fase do clube ainda não permite que apareçam nomes sem levarem logo com rótulos absurdos, mas sobretudo porque, mais do que um nome, é fundamental encontrar um perfil de um ideal Presidente para o Benfica. Como seria, então, para mim, esse ideal Presidente?
- Ter um passado ligado ao clube e apenas e só ao clube
Não
faz qualquer sentido que um Presidente do Benfica tenha estado ligado a
outros clubes - seja como associado, seja como dirigente. Para um clube
grandioso como o nosso, exige-se que quem o dirija seja um benfiquista
completo, apaixonado pelo Benfica e com uma experiência emocional ligada
ao clube. Tem de ser, antes de mais, um adepto puro e duro benfiquista.
Tem de ter vivido desde pequeno, no estádio ou ao longe ouvindo relatos
ou vendo jogos na televisão, os jogos do Benfica. Tem de saber o que
significa o clube, amá-lo, defendê-lo junto de outros adeptos desde
pequeno.
Não
ser isto significa que, chegando a Presidente, nunca perceberá o clube
que dirige e esse é um dos passos em falso que rapidamente desaguarão
numa governação sem alma e autista em relação a todos os adeptos que
amam o Benfica. Pode até nem sempre ter sido sócio do clube - há pessoas
que, pura e simplesmente, não tiveram até certa altura das suas vidas,
capacidade financeira para pagar quotas, mas tem de ter um mínimo de
anos de associado, mesmo que intermitentes.
Sou, por isso, não a favor de um requisito de um mínimo de anos de sócio consecutivos, mas de um mínimo de anos de sócio mesmo que com intervalos no tempo em que, por quaisquer motivos, não o pôde ser. Repare-se: imaginemos que um candidato a Presidente tinha sido sócio do Benfica em criança, deixou de sê-lo durante 10 anos enquanto não pôde pagar quotas e voltou a associar-se ao clube quando já tinha capacidade financeira. O que é que isto demonstra? Revela que viveu o Benfica desde miúdo, sentiu-o, conheceu-o como associado e que, mal pôde voltar a estar umbilicalmente ligado ao clube, o fez com toda a vontade e paixão. No papel, estará que, em vez de por exemplo ser sócio há 40 anos, só o será há 25, mas no fundo, tudo somado, esteve, imaginemos, 32 anos como associado. Isto parece-me bem mais importante de analisar do que apenas focar a análise nos anos consecutivos de sócio. Proporia, assim, um mínimo de 15 anos de ligação ao clube, consecutivos ou de forma intermitente.
Sobre o requisito de não poder ter estado ligado a outros clubes, parece-me evidente o motivo. Nenhum benfiquista seria alguma vez Presidente da Casa do Porto no Luxemburgo (como Veiga) ou sócio do Sporting e do Porto (como Vieira). Aceitemos até que os dois são benfiquistas, não é isso que está em causa - o que se reflecte aqui é a paixão e o comprometimento exclusivo com a instituição. No caso do último, então, é revelador de muito: Vieira festejou golos do Porto contra o Benfica. É evidentemente um caso de quem, mais do que amar o clube, procurou sempre estar onde pudesse subir a pulso na vida, desprezando, se assim fosse preciso, a ligação sentimental ao Benfica. É obviamente um exemplo do que não queremos para Presidente do Sport Lisboa e Benfica.
- Uma equipa de dirigentes exclusivamente composta por benfiquistas
Nos
cargos decisórios - não nos técnicos -, é absurdo que o Benfica tenha
nos seus quadros gente adepta de outros clubes. Não só absurdo como
prejudicial, por dois pontos essenciais: não sentem o clube como é
sempre expectável num dirigente do Benfica e, não o sentindo, tomarão
acções sob outros alicerces, alguns deles - como actualmente - bastante
suspeitos e ambíguos. Mas será o benfiquismo o único requisito para ser
um bom dirigente do Benfica? É óbvio que não. O benfiquismo é a base
sobre a qual devem assentar outras qualidades: competência na área de
que é responsável, um passado comprovadamente sério e respeitado pelos
seus pares, suficiente independência financeira para não estar no clube
como única ou principal fonte de sustento e um conhecimento profundo
sobre a História do Benfica. Este último factor é muitas vezes
desprezado - acha-se que os dirigentes não têm de conhecer a fundo o que
foi este clube até chegar aos nossos dias. Para mim, é fundamental que
haja essa ligação e cultura de Benfica. Conhecer o passado, respeitá-lo,
valorizar os princípios sobre os quais o Benfica se potenciou e cresceu
- elementos que, na hora da decisão (seja em que área for), ajudarão a
melhores escolhas, mais competentes, eficazes e benéficas para o clube.
Há,
alguns anos, uma ideia da qual fujo a grande velocidade que passa por
defender que o fundamental é ter gente competente a dirigir o clube. Não
que discorde da necessidade da competência - é evidente e básico que
assim tem de ser -, discordo é da premissa, muito defendida por aí, de
que a competência é o único requisito para dirigir o Benfica. Além de
que é uma falsa questão: o Benfica, como clube com mais adeptos em
Portugal, terá seguramente para cada área de actuação várias hipóteses
de escolher, ENTRE BENFIQUISTAS, a melhor. Ou não haverá excelentes
gestores financeiros do Benfica? Admiráveis advogados do Benfica?
Fantásticos publicitários adeptos do Benfica? Competentíssimos
directores de Comunicação benfiquistas?
Ou
dizem-me que, afinal, o Benfica só gera adeptos incompetentes na sua
área profissional ou então, lamento, mas não é possível compreender que o
Sport Lisboa e Benfica esteja inundado de adeptos do Boavista, do
Porto, do Sporting ou do Braga. E aqui não é sequer aceitável uma
excepção: TODOS os dirigentes do Benfica têm de ser seus adeptos. Começa
aqui a possível reprodução de um Benfica orientado não só para o
sucesso desportivo e financeiro como, essencial, para o regresso à sua
génese democrática de que tem infelizmente andado afastado por decisões
absurdas e incompreensíveis. Ser competente ajuda-me a fazer um bom
trabalho no Benfica; ser competente e benfiquista ajuda-me a fazer um
melhor trabalho e a ir ao encontro dos sócios e adeptos do clube. E
passa por aqui, tem de passar por aqui, o nosso futuro: uma Direcção
umbilicalmente relacionada com os benfiquistas.
- Regresso dos valores intrínsecos e luta contra o sistema
O
intervalo que começou em 2009 e chegou até aos nossos dias manchou
indelevelmente a nossa tradição democrática. Urge limpar estes 3 anos de
verdadeiros atentatos aos princípios basilares do Benfica e recuperar a
coerência das acções com o passado do clube. Não é aceitável que se
repitam os ataques à nossa História: nenhum Presidente futuro do nosso
clube pode voltar a antecipar eleições para evitar ter concorrência;
nenhum presidente futuro do nosso clube pode voltar a demitir-se de ir a
debate em eleições; não pode ganhar eleições e mandar para o caralho
sócios do Benfica; não pode acabar com Assembleias-Gerais,
inviabilizando o básico direito que os sócios têm de falar aos outros
benfiquistas; não pode prometer mundos e fundos e não cumprir 90 por
cento do que promete; não pode usar o clube como plataforma para
negócios pessoais; não pode colocar à frente dos interesses do Benfica
as amizades pessoais (muitas delas que entram em directo conflito com as
necessidades do clube).
Um Presidente do Benfica tem sempre de ter a humildade de saber reconhecer que o cargo que ocupa é um privilégio ao alcance de muito poucos e, profundamente reconhecendo-o, servir o clube, não servir-se dele. É o Sport Lisboa e Benfica que está em causa e deve ser competente e apaixonadamente servido; não é o Sport Lisboa e Benfica que serve o Presidente do clube. Isto parece simples, mas o que temos visto nos últimos 20 anos é precisamente o que não pode ocorrer: o Benfica como bengala para interesses pessoais.
A luta contra o sistema faz-se de várias formas. A primeira, que nem devia ter de ser dita mas tendo em conta a realidade actual tem de surgir: NÃO APOIAR CORRUPTOS PARA OS ÓRGÃOS DE PODER. Não é só porque não apoiando corruptos o Benfica fica mais próximo de não ser prejudicado; é, antes disso, uma questão de princípio - sim, há que voltar sempre à questão dos valores benfiquistas, tão fortemente achincalhados nos últimos largos anos. E mais: só há legitimidade para lutar contra o sistema quando de facto o lutamos. Apoiando-o, é legítimo e lógico que o confrontemos? É evidente que não. Não se combate o sistema por dentro, isso é uma tonteira papagueada por gente que não tem qualquer noção dos meandros do futebol português. E fundamental: o Presidente do Benfica não deve querer ter para o clube protecção ou favorecimentos - nesse dia, o Benfica não será mais do que uma cópia barata do Porto. O Benfica deve querer impor a sua força e a sua grandiosidade para evitar favorecimentos aos rivais; nunca para exigir benefícios para si.
Como, então? Logo à partida, sendo um clube competente e ganhador. Títulos no Benfica (tão desprezados nas últimas duas décadas) significam maior adesão dos benfiquistas, significam maior pressão nos estádios sobre árbitros e dirigentes federativos, significam dinâmica de vitória e poder - o verdadeiro poder: o popular e o do sucesso desportivo. Ganhando, o Benfica fica sempre mais próximo de não ser tão prejudicado em relação ao Porto. Perdendo, dá armas (desportivas e financeiras) ao rival e exerce menos pressão sobre os órgãos de poder desportivo. Sim, antes de qualquer coisa: ganhar. Ganhar muitas vezes. Consecutivamente. Criar hegemonia (palavra inexistente no dicionário benfiquista há trinta anos).
Em seguida, medidas concretas: 4 conferências de imprensa ao longo de cada época explorando os erros arbitrais a nosso desfavor e os erros arbitrais a favor do Porto - atenção: sem demagogias: TODOS OS ERROS, também os que nos favoreceram e/ou prejudicaram o Porto; só com a verdade e sem demagogia é que a estratégia é eficaz, até porque geralmente temos sempre bem mais razões de queixa. A primeira, à 5ª jornada, fase crucial em Portugal, visto que uma das estratégias habituais passa por favorecer os portistas logo no início, dando-lhes vantagem que normalmente já não largam até final.
A
segunda, em Dezembro, antes das férias: essencial para relembrar os
primeiros meses da competição e demonstrar que estamos atentos para o
resto do campeonato. Aterceira, em Março, na fase das decisões - é
muitas vezes neste mês que se decidem campeonatos: fundamental alertar,
com método, inteligência e de forma assertiva, para a necessidade de
termos todos - Benfica, Porto e os demais competidores - arbitragens
decentes, sem erros grosseiros. A 4ª e última, no final da época
desportiva. Fazer um apanhado da vantagem global que a arbitragem deu ao
Porto e demonstrar publicamente o que geralmente ocorre na competição,
ano após ano. E isto sempre. Sejamos campeões ou não. A estratégia tem
de ser pugnar pela verdade desportiva, ser o farol da decência e dos
valores desportivos; não querer ser mais malandros do que os outros.
Independentemente de termos ganhado o campeonato. É assim que se luta
contra o sistema, não sendo demagógico ou convenientemente parcial.
Muito
menos fazendo uma conferência ridícula, nestes termos que apresento, no
pior momento de todos: a 3 jornadas do fim, com 4 pontos de vantagem.
Ou há um método coerente e constante ao longo do ano ou então não há
nada. Ir a correr, depois da vitória na Madeira, fazer aquele acto
estúpido de soberba deu os resultados conhecidos. É demasiado estúpido
para comentar mais do que isto. Um Presidente do Benfica deve ser, acima
de tudo, uma pessoa inteligente e saber de futebol. Nada do que existe
actualmente.
Para os órgãos de poder desportivo, criar as condições para o aparecimento de equipas heterogéneas com benfiquistas em lugares de destaque. Mais uma vez: o que se pretende não é dominar, de forma corrupta, a competição; é EVITAR que outros decidam por nós. Nesses cargos, benfiquistas conhecedores, experientes, com anos de futebol em cima, mesmo que nunca tenham presidido a qualquer instituição federativa. Pessoas bem-formadas, civilizadas, atentas. Se possível, com formação na área, inovadoras, com ideias que saiam da mediocridade vigente. Pessoas que saibam aproximar-se de todos os clubes mais pequenos, que os saibam defender, que lhes demonstrem que o caminho passa por ter independência em relação ao Porto. Isto faz-se não em completo e desvairado confronto com os clubes, mas, pelo contrário, em comunhão com os seus interesses. Plataformas de entendimento e parcerias (legítimas!). Procura de tornar as reuniões da Federação e da Liga numa saudável fusão de interesses comuns e não em guerrilhas baixas que só favorecem os que têm experiência profunda na arte, precisamente: o Porto.
A relação com os dirigentes portistas deve ser simples: nenhum contacto. Nenhuma referência, irónica ou não, a Pinto da Costa. Combate-se o poder corrupto demonstrando, dentro de campo e, fora dele, por FACTOS, os actos corruptos. Não tentando imitar ironias bacocas em comunicados absurdos que só criam situações patéticas de um Benfica armado em Porto, que é a coisa mais humilhante que pode acontecer ao nosso clube.
Na Benfica TV, programas sobre FACTOS. As escutas do Apito Dourado devem, como durante algum tempo e muito bem a BTV fez, estar sempre a ser divulgadas. Sempre. Semana após semana, escutas. Mais escutas. E ainda mais escutas. Recuperar os vários episódios caricatos dos anos 80 e 90 - as correrias de Pratas, o guarda Abel, o Lisboa a arder de Pinto da Costa, as perseguições a jogadores portistas por parte das claques, os processos de Pinto da Costa - tudo isto escrutinado semanalmente mas por gente inteligente, mordaz, irónica. Não por comunicados ou declarações do Presidente. Ter, nos quadros da Benfica TV, gente como Leonor Pinhão, Ricardo Araújo Pereira, Pedro Ribeiro e alguns outros. A corrupção combate-se por desgaste, usando factos e denunciando factos. Não por invenções ou parcialidades discutíveis.
No Jornal do Benfica, gente que sabe escrever e não passa o tempo a tecer loas à Direcção. O Jornal não é para lamber pés ao Presidente; é para exponenciar o amor benfiquista, através de excelentes textos de teor românticos e de memória, para divulgar os assuntos referentes às várias modalidades do clube e para combater a corrupção. Mas sem demagogias nem submissões. Com liberdade, conhecimento, amor, dedicação, inteligência, capacidade de auto-crítica. O Benfica deve ser um farol para este país, não uma cópia da mediocridade humana que grassa na política nacional.
(amanhã escreverei o segundo volume desta saga)
Resumindo e concluindo!!
ResponderEliminarÉ um perfil que se adapta perfeitamente à tua personagem para Presidente do Benfica!!
Certo??
O texto longo não facilita a leitura mas mede a angustia que paira no interior do autor...
ResponderEliminarDuas notas: Jesus foi a melhor medida que esta Direcção podia fazer, 2) com qualquer outro treinador, Jorge Sousa via o fora de jogo do atacante do Maritimo que ganhou 1 penalty? Veria também o penalty sobre Lima por derrube com a coxa?
A resposta é óbvia... acho eu...
Há um autismo no Benfica muito consolidado na comunicação social, que impede os adeptos de perceber porque razão o Bayern manteve Heynckes no banco, apesar de ter perdido as 3 finais em que esteve envolvido...
E que os impede de perceber que toda esta poeirada em torno de Jesus apenas serve quem comanda a arbitragem e pode dela beneficiar... como se viu na 1ª jornada em Setúbal e no Funchal...
Não ver isto é continuar aos círculos como andam desde há 20 anos para cá...
Mais uma vez na mouche Ricardo, tudo bem esmiúçado e explicado como poucos !
ResponderEliminarRui
Apenas uma nota para o eagle01... Lembras-te do apoio inequívoco?
ResponderEliminarPois é, então agora enquadra lá esse famigerado apoio nas roubalheiras que alegas existirem.
Ah, sim, foi para estar por dentro, perto de quem decide no futebol portugués. Bem, então parece que não resultou.
Ricardo, sendo eu terra a terra, lembrei-me de um nome. Não sei se para presidente, mas para lá estar nas relações institucionais com a estrutura de poder do futebol. Manuel dos Santos.
Saudações
Gonçalo
Um grande Bem Haja, camarada lampião , "abutre" dos comentários, Benfiquista de Coração.
ResponderEliminarNem que sejamos só 2...
VIVAS AO NOSSO GLORIOSO SPORT LISBOA e BENFICA
O Benfica está a matar-se a si próprio e em queda livre sem "para-quedas à vista. Luís Filipe Vieira tem feito um trabalho fabuloso em acabar de vez com o Benfica que todos conhecemos.LFV vai ficar conhecido na história do nosso amado clube pelo "assassino silêncioso".Fez no Alverca o que se prepara para o fazer ao Glorioso.Já falta pouco para o Benfica deixar de existir.Muito pouco.Infelizmente o que eu vejo dos Benfiquistas é é um deixa andar , um adormecimento um conformismo gritante e ficarem todos felizes da vida com derrotas e mais derrotas e mais derrotas e com a subida e mais subida do passivo.Alguns benfiquistas, como os blogers do Ontem vão criticando o que se passa , vão alertando mas não mais que isso.Louve-se mesmo assim essa coragem , mas é muito pouco.Eu pergunto-me do que estão à espera blogs como o Ontem e como o Geração Benfica para tomarem a inicitiva , as rédeas de um movimento de benfiquistas que lute contra esta pouca vergonha que se passa.Do que estão à espera para criarem um movimento ou seja lá o que for , para angariarem os 10 mil votos necessários para a convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária para pedirmos explicações ao mudo do LFV do Negócio Farinã , do Pizzi , do Funes Mori que é gozado por toda a Argentina.Basta ir ao youtube e estão centenas de videos a gozar com o rapaz.O perguntar onde estão os dois jogadores do Atletico de Madrid a custo zero da transferência do Simão e por fim como é obvio pedir a convocação de eleições antecipadas.Vão esperar quanto mais tempo?Vão limitar-se a criticar na blogosesfera ou vão mexer-se e agir na defesa do Benfica.Parados é quase o mesmo do que apoiar o Luís Filipe Vieira e a destruição do Benfica.Lanço aqui o repto para que se comecem agir , e passem das palavras os actos.Não basta criticar , e depois sacodir a àgua do capote a dizer que eu tinha avisado e não fazerem nada para isso parar.Organizem-se e mostrem o vosso amor ao Benfica.Basta de LFV.Basta de negociatas escuras.Basta de trapalhadas.Basta de contentores de jogadores para emprestar.Qualquer dia temos 200 jogadores sob contrato profissional.Melhor altura que esta para revolucionar o Benfica não vai existir nos próximos anos.Por um Benfica à Benfica mecham-se e exijam novas eleições e explicações do que se passa.Fico à espera que este repto aos admistradores deste blog surta efeito.
ResponderEliminarCumprimentos Benfiquistas
e já agora perguntem o que passou pela cabeça do LFV quando apoiou o seu amigo nas eleições da Liga de Clubes e posteriormente para a FPF.Um tal que quando era atleta do Porco cuspia nos jogadores do Benfica , e um tal que gostava de sentar fruta brasileira fresquinha na bancada para os arbitros comerem no final do jogo.
ResponderEliminarP.S:Menos palavras e mais ação é o que se pede a quem ama o Benfica e os seus valores que à muito se perderam com LFV
Excelente. Parabéns Ricardo.
ResponderEliminarDefino este artigo como puro amor ao Benfica. Comungo de muitas ideias tuas quanto aquilo que queremos para o futuro do nosso Benfica, no entanto tu esmiuças tudo ao pormenor e explicas tudo "tintim por tintim" para que não restem dúvidas a pessoas menos "dadas" a pensar. ACORDA BENFICA.
ResponderEliminarMiguel Bola, Sócio Nº 179353.
A parte do texto do José Moreira é fantástica e demonstra uma grande lucidez critica mas sem entrar no campo pessoal. Subscrevo.
ResponderEliminarO resto do texto também me parece bastante coerente só tenho uma duvida:
DSO é como se sabe sportinguista, no entanto a meu ver penso que até não tem feito um mau trabalho, ou estarei eu enganado? Subimos o passivo é certo mas também bastante o activo e infraestruturas. A área financeira não é muito o meu campo mas até tenho uma opiniao positiva do seu trabalho.
Posso, no entanto, estar redondamente enganado!
Para os 15 anos de sócio é preciso pensar em alterar os estatutos, antes das próximas eleições; rever o número de votos dos associados e acabar com os 50 votos das casas do Benfica.
ResponderEliminarBagão Felix a Presidente.
ResponderEliminar«Acabou o descarregamento de jogadores» LDV 23 Fev 2008
ResponderEliminar«Vamos continuar a surpreender muita gente com alguns resultados que muita gente não espera«, LFV 23 Fev 2008
«O Benfica não vai participar na Taça da Liga» – LFV em 19-05-07
«Ninguém terá tanto sucesso em Portugal como o Benfica» – LFV em 28-02-07
«Depois do Verão, seremos o maior clube do mundo» – LFV em 29-04-2006
«Vamos ser campeões doa a quem doer» – LFV em 04-10-2005
«Queremos ser campeões europeus» – LFV em 16-07-05
«Só o Benfica enche estádios» – LFV em 16-07-05
«Vamos arrasar pela Europa fora» – LFV em 17-04-05
«Vocês já me conhecem um pouco, não sou homem de protagonismo. Sou um homem discreto.«Entrevista a O JOGO 18/10/2003
«Nos próximos três anos resolveremos todos os problemas do Benfica. Não faço promessas aos sócios«. Luís Filipe Vieira, in A Bola
«Dentro de 3 anos o Benfica será o maior do mundo» – 19-04-2003
«É possível termos meio milhão de sócios em 2003.» Outubro 2002
«O objectivo é termos 500 mil sócios daqui a três anos.» Outubro 2003
«Se o benfica não tiver 300 mil sócios até Outubro demito-me» – LFV em 02-06-05.
«Duzentos mil sócios até Junho do próximo ano é o objectivo» – LFV em 06-09-07.
»O clube voltou a ser dos mais representados na Selecção. Tem seis jogadores e todos portugueses» – Filipe Vieira em 30-5-2004.
Manuel que és "apenas" sócio...concordo totalmente contigo.
ResponderEliminarTambém eu deixo o repto...vamo-nos organizar, vamos criar um movimento para denunciar tudo o que esta gente tem feito ao nosso clube. Apesar da assembleia para nada servir, como vimos pelas últimas, podemos começar por aí é claro, pelo menos para testar a mobilização de benfiquistas neste momento que, a meu ver, é de viragem no conformismo que temos assistido.
É agora! VIVÓ BENFICA!
Muito bem identificados os problemas e o caminho que apontas. Concordo com tudo, mesmo correndo o risco de ser mais um abutre.
ResponderEliminarEagle01:
partindo do princípio que tens razão nas queixas ao Jorge Sousa (e eu acho que não), qual foi a reacção dos dirigentes? ZERO!
Foi o JJ que teve que falar, mais uma vez, e com isso desgastar ainda mais a sua imagem, que já é muito má junto dos adeptos, enquanto o presidente se mantém na sombra. Já quando andamos na mó de cima(coisa rara) o homem sai da toca e manda umas larachas, normalmente para se auto elogiar. Queria ver a coragem dele a dar a cara nestes momentos. Neste aspecto o José Veiga é que tem razão: quando temos um presidente que se esconde nos balneários em jogos importantes, não podemos estar a ser bem representados.
O meu obrigada a ambos, Ricardo e José Moreira, pelo enorme contributo para o clube que tem sido os vossos últimos posts.
ResponderEliminarPegando no exemplo do Ricardo e José Moreira vou deixar também um pequeno contributo referindo, como nota prévia, que concordo com a visão de ambos os escribas que aqui foi deixada.
Pessoas como Bagão Felix, Pedro Ribeiro, Carlos Daniel, Tony, Rui Costa, Vítor Paneira, Mozer, Ricardo Araujo Pereira tem que estar dentro do clube.
É urgente alterar os estatutos. Proponho algumas ideias para essa alteração:
- Tempo mínimo de associado para concorrer em eleições do clube (qualquer cargo) 10 anos, seguidos ou interpolados.
- Proibição de direito de voto de qualquer pessoa colectiva em qualquer acto eleitoral do clube (casas do Benfica, etc.)
- Aceitar a remuneração do Presidente e qualquer órgão social do clube e estipular o seu valor. (essa proibição limita o universo de escolha a sócios ricos o que vai contra a génese do clube. A enormidade de clube em que se transformou o Benfica não se compadece com Presidentes, etc., em part-time).
- Obrigatoriedade do Presidente eleito cessar funções em qualquer actividade profissional desempenhada até aí por forma a se dedicar full-time ao clube.
- Estabelecer que todo o equipamento imobiliário necessário à actividade desportiva do clube (estádio, centro de estágio, Pavilhões, Piscinas, etc.) devem ser propriedade do Clube e apenas do Clube. Proibir a sua alienação. (teriam que sair da SAD e voltar ao clube).
- Reforçar/blindar a proibição de perda da participação maioritária do clube na SAD.
- Obrigatoriedade de constituição, a cada 3 anos, de uma comissão fiscalizadora da gestão do clube, eleita pelos sócios.
- Obrigatoriedade de auditoria por entidade independente externa (não podendo ser sempre a mesma) às contas da SAD no final de cada mandato.
- Obrigatoriedade de comunicar à CMVM os valores de compra e venda de TODOS os jogadores da equipa A e B do clube, independente do valor da operação.
- Prever a consequência prática do chumbo do orçamento do clube.
- Obrigatoriedade de todas as Assembleias Gerais serem transmitidas pela televisão do clube.
- Obrigatoriedade de todos os candidatos a eleições do clube apresentarem aos sócios a sua lista, visão do clube e medidas que se propõem tomar no seu mandato.
- Obrigatoriedade de transmissão pela televisão do clube de pelo menos um debate entre todos os candidatos em cada campanha eleitoral.
- Obrigatoriedade do voto electrónico ser acompanhada do voto físico para que se possa fazer recontagens de voto se necessário, ou esclarecer qualquer dúvida.
- Alteração do número de votos por anos de associado: 1-5 anos 1 voto; 6-10 anos 5 votos; 11 a 20 anos 10 votos; mais de 10 anos 20 votos.
Já tinha lido o texto no blog e considero que vai de encontro a algumas opinião minhas, há uma falta de cultura Benfiquista no proprio clube. Que começa pelos adeptos, no apoio que dão ao clube e na sua exigencia para com o clube. É muito facil apontar os erros nas derrotas, mais dificil é assumir os erros quando as derrotas os ocultam. Não basta criticar, é preciso estar presente e ajudar a corrigir os erros
ResponderEliminarE jogar bom futebol, não?
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