Ao longo dos anos, e já vão sendo
muitos, demasiados mesmo, Luís Filipe Vieira tem-nos habituado a uma liderança errática
ao leme do Benfica. Essa mesma errância revela-nos um líder fraco e eleitoralista,
alguém que procura liderar sem ideias concretas e firmes e que se limita a
navegar ao sabor da maré que vai julgando ser a ambição dos adeptos. Alguém que
não toma decisões por convicção, antes por audição. Alguém que não se guia pelo
que pensa, talvez por não saber pensar um clube, antes por aquilo que acha
pensarem os sócios, os seus eleitores. Ou seja, Luís Filipe Vieira não é um líder,
apenas uma caricatura de político, não na melhor essência do termo, antes na
concepção portuguesa do cargo.
É disso exemplo a renovação de
Jorge Jesus, numa primeira fase, quando Vieira achou ser esse o desejo dos
adeptos, renovou com o treinador, depois, quando percebeu que talvez a multidão
não quisesse um treinador perdedor e estivessem fartos de ver à frente dos
destinos da equipa um chauvinista, apressou-se em vir a público explicar que
havia dado todas as condições a JJ e que se este não vencesse a culpa não era
sua, como se não tivesse sido ele o obreiro da sua principesca renovação,
deixando ainda claro que esta seria a época do “sim ou sopas” do treinador,
esquecendo-se que lhe havia renovado o contrato por 2 anos (!!!), não fazendo
por isso sentido que esta é que seja a época do tudo ou nada, pois se resultar
em nada terá de lhe rescindir o contrato para, mais uma vez, agradar ao “povo”
e, também mais uma vez, salvar a sua pele.
Ainda assim, o exemplo mais
evidente desta forma de liderar dá pelo nome de Rui Costa. O antigo nº 10 do
Benfica, ídolo incontestado e incontestável entre os adeptos, tem sido
utilizado por Vieira ao sabor dos ventos que vão soprando. Ora a equipa vai
ganhando e entusiasmando e diz-se que Rui Costa estará a fazer o seu trabalho
no refugio do seu gabinete e longe das aparições públicas, ora o barco estremece
e lá vem Vieira puxar por Rui Costa e passar a imagem de que o problema está no
facto de Rui Costa não estar próximo da equipa e junto da imprensa, nem que
para isso tenha de colocar em causa toda a orgânica da fantástica estrutura que
o presidente diz ter e diz ser exemplo para toda a Europa.
O último destes exemplos tem
vindo a desenrolar-se nas últimas semanas. Primeiro diz-se que Rui Costa é o
chefe do departamento de scouting do
clube (o tal trabalho de gabinete e longe da “fama”) e que apenas reporta ao
presidente, depois, quando vêm à tona todos os erros cometidos desde a final
da taça, lá aparece Rui Costa a falar à imprensa (o tal show off), apontando erros de arbitragem e respondendo a rivais e,
no último capitulo conhecido, assistindo à conferencia de imprensa de Jorge
Jesus no final do jogo com o Estoril.
Fica a pergunta, não é este o
trabalho de um presidente ou, no limite, de um director desportivo? A resposta
é simples: Sim. No entanto, no tal jogo eleitoralista, Vieira coloca Rui Costa acima
do director desportivo que havia sido escolhido e até de si próprio.
De aprendiz de presidente a
proscrito na época do titulo, de futuro salvador do clube a desparecido em
combate, de chefe do scouting a declarações e comportamentos de director
desportivo, Rui Costa tem sido “pau para toda obra”, dependendo do que se vai
achando necessário.
Não sei se Rui Costa não se
apercebe do propósito do presidente ou se por outro lado pretende que assim
seja, porém, em qualquer dos casos, entristece-me que o Benfica, pela mão do
seu presidente, ou Rui Costa não saibam resguardar um dos maiores patrimónios
vivos do clube e se prestem a este tipo de papéis tão estéreis quanto ridículos.
ÉPA!!
ResponderEliminarEvoluiste!
Agora voltaste para o R.Costa!
Uma perguntinha inocente,o teu compincha já devolveu o relógio?
Economista deixa o bófia pah... Quanto ao texto o Rui Costa terá sempre de passar um período de nojo do clube pois está sujo por tudo que deixou fazer
ResponderEliminarCaro "coiso"
ResponderEliminarlamento informa-lo, mas o relógio do seu idolo, foi devolvido na hora! Podia ser muita coisa, mas só consegue ser triste... e muito!
Marés vivas!!
ResponderEliminarVagas de milhões!!
Discursos aos trambolhões!!
Deixo aqui uma sugestão, a ancora ter uma tarja de incentivo sempre presente. Tem que ser a massa humana para puxar a consciência, com a força do Povo fazer emergir a esperança desportiva. Tem que ser com tempo, reflectindo o Benfica... o 33º tem evitado que apareça alguém credível. Tem sugado... que é tudo fora de tempo. Se não for a ancora, poderá ser outro Benfiquista com passado,presente e futuro... discutir outro caminho e longe de mim sentir que o 33º não apoia porque só ele é sério. Todos somos poucos. Agora que o 33º já esgotou o tempo desportivamente, disso não tenho duvidas, basta olhar para a nossa centenária História, sublinho como o seara,centenária.
Vivas ao B T T
Fico perplexo com alguns comentários. Eu já algures tinha lido sobre a questão do relógio. Continuo a desconhecer a questão e sinceramente tão pouco me interessa. É uma questão pessoal e deve tratar-se assim mesmo: pessoalmente. O que me deixa perplexo são os palermas que trazem para este local de discussão questões pessoais. Basta ter dois neurónios para perceber à primeira que a coisa não tem qualquer significado. Eu creio que a história será verdadeira. Mas por outro lado nada me garante que o seja e nesse caso o Sr. ECONOMISTA, provavelmente Dr., poderá estar a mentir. Apetece-me roubar a ideia ao Nilton e criar um rumor: ECONOMISTA paga o que deves. Sr. Economista acha que isto tem piada? Eu acho que não, apenas serve para ver o ridículo em que está a cair.
ResponderEliminarvamos a coisas sérias: Bom texto JMoreira, bela ideia, bem agarrada.
Eu até acho que o Rui Costa, por quem tenho uma especial consideração, um patinho. Continuo a afirmar a minha tese: quem manda no Benfica (desportivamente falando) é o JJ.
1 Abraço
http://portistasanonimos.blogspot.pt/2013/10/uma-liga-profissional-muito-pouco.html
ResponderEliminarO que aqui foi escrito é verdade?