sábado, 31 de maio de 2014

Hoje com 3 gloriosos a reviverem a Festa do Jamor

Sem Cristiano e sem Pepe o que espero de Portugal?

Titularidade para Patrício que é o guarda-redes da selecção. Minutos para Beto. Postes para o Eduardo se sentar.

João Pereira e A.Almeida nas laterais. O André com a polivalência que tem provavelmente irá ser util no Mundial e precisa de minutos e confiança. O Fábio não está lesionado mas chegou agora com o Cristiano e o Pepe, portanto algum descanso para ele e alguns minutos na segunda parte.

Não há Pepe tem de haver B.Alves. Neto a titular para prolongar até ao Mundial. R.Costa com minutos na segunda parte.

No meio-campo é largar o Veloso filho e integrar o William com o Meireles e Moutinho. A minha ambição tem de ser limitada pois não posso pedir a este seleccionador nem a saída do Meireles para a entrado do Amorim e muito menos para a entrada do Rafa. Contudo, estes dois são sem dúvida para lançar no segundo tempo, principalmente o joker Rafa.
O William vem de lesão e portanto o Veloso servirá como gestão física do novato.

Nani na direita para dar tudo. 3 jogos não integrais desde o inicio de Dezembro, precisa de dar o litro até ao Mundial. Na esquerda lá terá de ser o Varela pois a alternativa é o extremo direito Vieirinha, ainda a recuperar ritmo depois de lesão prolongada.

No ataque tem de ser o Eder. Postiga é o que se sabe e o Almeida é muito pior. São os dois do costume e para se evoluir é preciso mudar. Aposta forte no Eder a ver o que dá. Postiga entra no segundo tempo.
O Almeida fica a a controlar o Eduardo.


Os 23 são estes portanto é com estes que contamos...


Para recordar:
https://www.youtube.com/watch?v=y_prxzNLuLc

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Uma excelente notícia

Foi hoje oficializada, através da comunicação à CMVM, a renovação, por mais dois anos, com Enzo Pérez.

Esta renovação contratual pode não significar a continuidade do médio Argentino, mas pelo menos dá ao Benfica uma outra capacidade negocial em caso de possíveis negociações com outros clubes.

Mesmo não significando a permanência certa de Enzo, esta renovação premeia aquele que é, na minha opinião, o elemento mais importante da equipa montada por Jorge Jesus. Considero que o clube deve envidar todos os esforços possíveis com o intuito de assegurar a continuidade de Enzo. Como o Argentino não temos outro, nem será fácil encontrar por preço acessível, nem tão pouco com o seu grau de entendimento do pretendido por Jorge Jesus da sua posição.

Enzo Pérez confere ao meio-campo do Benfica uma robustez física impressionante aliada a uma excelente capacidade ofensiva durante os 90 minutos de cada jogo. A importância de Enzo na estratégia de jogo de Jorge Jesus está bem evidente nos números conseguidos pelo Argentino: dos 57 jogos disputados pelo Benfica durante a época, Enzo participou em 47, somando um total de 3357 minutos.


Para além do valor desportivo que Enzo demonstra a cada jogo, este é ainda um jogador que carrega e personifica toda a mística do que se costuma chamar “um jogador à Benfica”. Enzo sabe, respira e é Benfica, sendo por isso um importante elo de ligação entre adeptos e equipa. Não, não é o jogador da casa, mas o Benfica já é a sua casa.

“Mourinhos há muitos, seu palerma!”

"Acho que sou o melhor treinador do Mundo. Mas isso só vou poder justificar quando ganhar a Champions. Como nunca ganhei, para as pessoas nunca poderei ser o melhor. Mas para mim sou. Quem pode responder melhor são os meus antigos jogadores que hoje são treinadores em equipas por todo o Mundo" - Jorge Jesus

Pagar 4M€/ano a JJ, mais prémios é um exagero? Nem pensar, devemos é estar agradecidos por termos sido abençoados com a boa vontade do melhor técnico do mundo não se importar de ganhar tão pouco. É ver quanto chulam aos respectivos clubes gajos como Mourinho, Guardiola, Ancelotti, Van Gaal, Pellegrini e outros que tais.

Vencemos 2 campeonatos em 5, tendo entregado 2 de bandeja? Não fosse o melhor treinador do mundo e os pernetas que compunham os planteis nem um jogo ganhavam. Não fosse o melhor do mundo e o Benfica talvez nem a Primeira Liga disputasse.

Passamos a fase de grupos da Liga dos Campeões por 1 vez em 4 participações? A sorte é que tínhamos o melhor treinador do mundo, caso contrário nem o 3º lugar da fase de grupos havíamos alcançado, muito menos teríamos encaixado apenas 3 do HAPOEL não sei o quê...


Obrigado melhor treinador do mundo, obrigado!

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Matraquilha-me

Para jogar matraquilhos, mais do que dominar nuances técnicas de pulso, é necessário ter indumentária a preceito. Uma pessoa não pode - não deve! - aproximar-se de uma mesa de fato, por exemplo. O jogo exige de nós a devoção solidária de um respeito tabernal - calças surradas, camisola rasgada, sapatos gastos, manchas de vinho na pele. Resquícios de vida. O que deve acontecer: cada matraquilhador com a sua camisola: de um lado, os do Benfica; do outro, os do Sporting. Cada par de jogadores com a sua camisola gasta de anos a fio. Imaginemos: do lado dos benfiquistas, dois bípedes com as camisolas do Valdo e do Paneira; os sportinguistas vestidos nas costas com nomes estranhos como Juskowiak e Lemajic. 

Todos gritam com as cervejas encostadas ao ábaco que leva roldanas de um lado para o outro consoante as bolas que batem no fundo da madeira, levantam um som oco e criam gozo entre os atletas. Uns definham na vergonha daquela má defesa, em que a mão esquerda prendeu os nós e não soube ver aquele engano diagonal do pé pintado a preto e branco de uma chuteira cheia de ângulos; outros festejam, quase bêbados, aproveitando o som das bolas que vão caindo do lado contrário, para dois, três, quatro goles directos para a garganta onde se fazem outros jogos de matraquilhos entre a goela, a língua e o céu da boca. O palato tem coisas que a razão desconhece.

Os bonecos acordam, vivem, jogam e adormecem sempre da mesma forma: hirtos no seu abraço de metal, uns com os outros, quase tocando o relvado. Há-de ser intrigante, sufocante até, estar ali uma vida inteira tão perto do terreno de jogo e nunca poder tocá-lo, como se os tivessem transportado para uma vida de semi-enforcados, não mortos mas quase, atirados para uma prisão de horizontais por onde vão respirando, chegando-se às vezes à direita, outras à esquerda. E o coração do jogador? Palpitando por dentro de uma tinta com 30 anos, uma tinta que não cobre os sentimentos do benfiquista que vive dentro de uma plataforma crua de esmalte e químicos. 

Quem é, afinal, aquele médio direito que, se for bem orientado, cobre toda a baliza, recupera bolas na dúvida da gravidade ou de um tampo menos capaz, que lança contra-ataques venenosos para uma bola que quase vai entrar não fosse bater no poste pintado a branco junto à madeira? Quem quer saber deste homem que vive atrelado a outros uma vida inteira, com o corpo percorrido por um metal  que lhe fere o fígado, os pulmões, os rins, as dores, os amores, as saudades? Lançado lateralmente de um lado para o outro, vai vendo o cérebro desalmadamente horizontar e mesmo quando quer rematar, porque vê o golo ali tão perto, é subjugado a uma mão que o direcciona para a defesa ou passe lateral que ele naturalmente questiona porque já antecipava (com melhor visão) a jogada final. Quem é este boneco?

Vai para os matrecos de forma humilde, companheiro. Entende quem conhece o ofício: sempre em 2-5-3, sistema e modelo que atacam o futebol calculista.  Veste-te com respeito. Bebe muito, como devoção. E, nos intervalos dos golos, dá de beber aos bonecos.

terça-feira, 27 de maio de 2014

Montanha Russa Vieirista em directo na RTP

A entrevista ao LFV hoje na RTP tinha tudo para correr de feição ao presidente do Benfica, não fosse a sua incapacidade para tal.

Contrariamente a outros anos, percebeu-se que cada vez mais as suas entrevistas são bem preparadas. É uma evolução.

O problema começa quando as respostas estão bem preparadas mas não correspondem com a verdade do Sr.Presidente. A partir daí as incoerências, imprecisões e deslizes começam a ganhar forma e a entrevista rapidamente passa de um tom seguro para um momento de sobrevivência.

O sucesso da época e certas frases chave utilizadas irão distrair muitos, a maioria até. Esta entrevista passará como um grande momento do presidente. Aliás, até a entrevista no início da época foi considerada por muitos como uma bênção dos deuses, até essa.

À superfície foi um bom desempenho. Quem quis ver além da superficialidade encontrou-se numa história toda ela turbulenta.

Tivemos desde a incoerência sobre a transmissão de jogos que não os do Benfica, à mentira sobre a não transmissão de jogos de outros clubes, à gravidade da contradição de um valor anunciado à CMVM, à necessidade de recorrer a frases e ideias feitas sempre que o assunto apertava, à incoerência na posição que revelou face à Olivedesportos relativamente à posição pública de um dos seus vice-presidentes, e muito muito mais.

Já agora. É complicado acreditar que alguém não se lembra de algo quando logo de
seguida diz que esse algo é o motivo de um fosso criado entre dois clubes.

Pelo menos ficámos a saber que o seu melhor momento enquanto presidente ocorreu antes de ter sido eleito, que um dos primeiros objectivos da próxima época é ficar em 3º no grupo da Champions, que o Jorge Jesus fica, que o Rodrigo e A.Gomes garantidamente não ficam, que o Siqueira dificilmente fica e que o presidente reforça a sua afirmação de que não tem culpa quando a equipa perde porque não dá toques na bola, com a afirmação de que o triplete é responsabilidade de todos e que nas derrotas ele é sempre o primeiro a arcar com a responsabilidade.

Para amantes da arte foi algo extraordinária, talvez mais uma homenagem ao trabalho da Paula Rego.

Uma tosse europeia


Não era só a tosse que desaparecia; o sabor dos rebuçados e o conforto da mão que no-los entregava - no meu caso era o meu Pai, que juntava várias tirados de um boião e os metia nas minhas mãos em concha - faziam do Dr. Bayard o médico que resolvia os problemas do planeta. 

Desde derrotas do Benfica, feridas nos joelhos, desamores platónicos ou perdas irreparáveis dos melhores berlindes da colecção, aquele gostinho a mel tudo sarava, melhorava e compunha. 

Talvez o Dr. Bayard possa resolver também os fascismos, as guerras, os egos e as invejas, os medos e a lancinante crueldade que sobrevive aos séculos dos homens; a maldade feita açoite sobre o mundo. 

Pelo sim pelo não, na esperança de que o Dr. Bayard ainda mantenha os seus milagrosos poderes intactos, que uma avioneta sobrevoe a Europa, deixando cair, como bombas-doces, rebuçadinhos para a tosse.

domingo, 25 de maio de 2014

Quem foi o Jogador do Ano?

1) Oblak
2) Luisão
3) Garay
4) Enzo
5) Gaitán
6) Rodrigo 
7) Outro (qual?)

Não nos mexemos e recebemos um Sílvio

O Benfica, sem ter mexido uma palha, recebeu nos últimos dois dias 4,250 milhões de euros:

- 2M por a final ser no Estádio da Luz
- 1,250M decorrente do negócio David Luiz
- 1M decorrente do negócio Di Maria

Não é pouca coisa. Usem-no bem, que dá muito jeitinho. Deixem-se de Fariñas.

Mereces tanto mais, Glorioso

Imaginam o Presidente do Benfica a viver um golo do Benfica assim? A vossa conclusão tem um nome: Ontem vi-te no Estádio da Luz.


Drama é não amar


Ser adepto (vamos dizer: ser doente) requer um nível de amor que não está ao alcance de todas as pessoas (ainda bem). Perder esta final a 10 segundos de a ganhar e acabar a levar 4-1 é uma coisa muito dura. Aos adeptos/doentes do Atlético eu digo: temos 8 finais consecutivamente perdidas. Um beijinho de ternura e compaixão. O bom disto é que o futebol é só uma parte da vida; depois, há os amores e os amigos e a família. Há céu e sol. Há mar.


sábado, 24 de maio de 2014

O líder sonhou e com o argentino lucrou

E no Estádio da Luz quem (também) ganhou foi.... O Sport Lisboa e Benfica!

(Afinal o LFV até tinha alguma razão em tanto sonhar...)

Allez allez Di Maria allez!


"Estádio da Luz o maior de Portugal tua beleza real dá-te um valor tão profundo.
Estádio da Luz o Benfica campeão o mais linda da Nação e és o maior do Mundo!"

Qual o resultado do jogo de hoje (e quem marca os golos)?

Quem acertar, ganha um prémio: o de poder escrever um texto neste tascum. Sim, pode ser um apoiante acérrimo do Vieira a tecer loas ao grande líder. Por isso, vieirista, acerta no resultado e nos marcadores, e terás a suprema glória de obrigar o Ontem a passar as tuas palavras para estes 10.000 gloriosos. Porreiro, hein?

Os que sabem quem é Vieira também podem concorrer, claro.

Que seja, portanto, um grande jogo e que no fim vença a Luz.



O João Bizarro genialmente diz: «Nunca me tinha acontecido ver um jogo e estar pelo Estádio», que é uma frase que magistralmente explica o sentir generalizado dos benfiquistas no jogo de amanhã.


sexta-feira, 23 de maio de 2014

TRICAMPEÕES EM BASQUETEBOL!

(Foto de João Nuno)


25º título nacional. Depois do Futebol e do Voleibol, chega mais um escudo glorioso. Que Atletismo, Futsal e Hóquei sigam as pisadas dos campeões. 

VIVÓ BENFICA!

Uma Candeia mal iluminada



Deste final de época, para além do triplo triunfo e consequentes festejos, sobra ainda a contratação do jogador Candeias, pertença do Nacional da Madeira.

Percebendo que se trata de um negócio de ocasião, por se tratar de um jogador em final de contrato, não consigo encontrar nesta aquisição uma lógica desportiva facilmente entendível. Candeias é um jogador interessante – não mais que isso – que se encontra próximo do seu limite evolutivo. Não vejo no extremo Português uma capacidade para evoluir muito mais do que conseguiu até ao momento, logo, não me é previsível que venha a ter um nível competitivo suficiente para assumir um lugar indiscutível no 11 do Benfica. Naturalmente que é um jogador com qualidade e capacidade para fazer parte do plantel, numa lógica de 2ª linha, mas não mais que isso.

Não obstante, jogadores para constituírem uma 2ª linha do plantel do Benfica já o clube tem sob contrato como Pizzi e/ou Ola John, para lá de Ivan Cavaleiro a quem é preciso dar competição, seja por via de oportunidades na equipa principal, seja por via de um empréstimo a um clube de primeira liga onde se possa impor como escolha principal.

Perspectivando as mexidas naturais do mercado de verão, e na pior das hipóteses, há a considerar as possíveis saídas de Gaitan e Markovic, ou seja, dois jogadores de classe e qualidades inegáveis. Perdendo estes dois fica a pergunta: Candeias é capaz de suprir alguma destas saídas do 11? Obviamente que não. Nem Candeias nem sequer Pizzi, Ola John ou sequer Cavaleiro.

O melhor que consigo prever para Candeias no Benfica é ser o Hugo Vieira ou Steven Vitória do próximo plantel, isto é, contratação para adepto ver (Hugo Vieira) sendo emprestado em seguida ou contratação para preencher uma das vagas na lista a enviar para a UEFA como jogador formado localmente (Steven Vitória).

Em suma, não há em Candeias nada que o diferencie positivamente dos jogadores que já se encontram contratualmente ligados ao clube.

E se a ideia era a de contratar um jovem português para as alas do ataque que pudesse ir evoluindo e conquistando o seu espaço, havia em Ricardo Horta uma solução muito mais promissora, até porque Candeias já conta com 26 anos. Não, não é um “velho”, mas está próximo do máximo que poderá dar, bem diferente do jovem extremo do Vitória de Setúbal e que já pertenceu ao Benfica.

Inequivocamente NÃO!

Os apoios «inequívocos» ao corrupto Fernando Gomes foram, além de humilhantes para a história democrática do Benfica, a prova de que Vieira é um incompetente em termos estratégicos - foi na conversa de uma suposta zanga entre Gomes e Pinto da Costa e o resultado foi o que sabemos. 

Numa altura em que o Benfica procura consolidar a sua posição de líder no futebol português - a busca pela hegemonia - votar no político lambe-botas Seara seria mais um erro histórico. Seara, não restem dúvidas sobre isso, está coligado com Joaquim Oliveira. O Benfica só tem duas coisas a fazer: ou arranja um candidato decente ou não apoia ninguém. 

Que os inequivocamente apoios tontos não se repitam.

Amado e odiado, um maravilhoso clube

Os fenómenos que acontecem por causa do Benfica - milhões de pessoas a festejar ou os milhares que andam de três dedos em riste pelas redes sociais - fazem explicar o amor tão amor que tanta gente sente por este clube e o ódio tão ódio que muita gente reserva a este maravilhoso clube. É que, de facto, não há mesmo nada equiparável ao Benfica. O Benfica é tão lindo que, como a pescada, antes de o ser já o era.


quinta-feira, 22 de maio de 2014

Os Melhores do Ano

DIRIGENTE DO ANO: Tiago Ribeiro (Estoril)

TREINADOR DO ANO: Jorge Jesus (Benfica)

ADEPTOS DO ANO: Adeptos Benfiquistas

MÚSICA DO ANO: Tudo a Saltaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaar

O 11 do Campeonato 2013/2014

Oblak
Maxi, Luisão, Garay, Siqueira
W. Carvalho 
Markovic, Enzo, Gaitán
Jackson, Rodrigo 


SUPLENTES

Helton
Cédric, Mangala, Venâncio, Alex Sandro 
Fejsa
Pedro Tiba, Filipe Augusto, Adrien
Lima, Montero

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Questionário de actualização da satisfação benfiquista



Caros Ontianos após esta época de altos e baixos, dúvidas e teimosias, de arranque pobre mas de sprint final poderoso e glorioso, está na hora de fazer um ponto de situação ao estado de alma de cada um de nós benfiquistas.

Então, na sequência de mais uma eliminação prematura da Champions, de mais uma final da Liga Europa alcançada, de mais uma derrota na final da Liga Europa e da conquista do triplete nacional,



Querem a continuidade do JJ? Se não, então quem gostariam de ver como técnico do Benfica?


Havendo eleições em Junho, apoiariam LFV?


Cardozo ainda tem espaço no plantel do Benfica?


Ivan Cavaleiro e Bernardo Silva devem integrar o influentemente o plantel principal?


Que outros jogadores da equipa B consideram merecer ser integrados na equipa principal?


Que jogadores do plantel principal gostariam de ver sair?


Pelos 7M exigidos, devemos contratar o Siqueira?


Pelos 4M exigidos, devemos contratar o Sílvio?


Há algum outro jogador que gostariam de ver chegar ao Benfica?


O P.Lopes deve sair pela porta grande, ver o contrato renovado ou receber uma baliza na lateral do relvado onde fique sentado a reunir e elevar todos os troféus que formos conquistando?

Os legionários do «apoio na internet»




«Não fales nisso, que desestabilizas o clube», «fala baixo, que se alguém te ouve...», «é verdade, mas não digas que sabes...», «não devemos falar nisso porque depois vêm os adversários e os jornalistas e aproveitam o que estamos a dizer». 

Estes conceitos muito bacocos de uma quantidade substancial de pessoas que pululam pelas redes sociais não são mais do que:

1) uma sobrevivência do «espírito Estado Novo», em que os assuntos, verdadeiros ou não, não devem ser discutidos sob pena de aparecer o papão e, zás!, nos engolir;

2) a consequência de uma patológica paranóia, a qual as faz acreditar que uma conversa num blogue desestabiliza um clube com a dimensão do Benfica, ou que os jogadores andam a ler o que escrevemos numa caixa de comentários de um post banal numa página de facebook;

3) uma profunda paranóia que se tivesse algum sentido real - ou seja, um texto que aponte alguma crítica fundamentada a algo mal feito no clube conseguir, de facto, desestabilizar jogadores, treinadores ou dirigentes -, no fundo seria a assumpção da perfeita incompetência da Direcção. Só uma estrutura profunda e visceralmente fraca podia sofrer abalos com textos de blogues;

4) a cultura da censura. Sem se aperceberem, os oligofrénicos que defendem isto estão a perpetuar não só a sombra salazarento-católica da defesa da ausência de liberdade em prol do conjunto como também da perseguição a quem não cala a boquinha. Algo experimentado com muito sucesso na Alemanha de Hitler ou na Rússia de Estaline.

5) o evidente desconhecimento do que é o Benfica e o benfiquismo. Um clube que nasceu, cresceu e se tornou maior do que Portugal enraizado numa tradição democrática não tem qualquer semelhança com o clube que estes ditadorzecos de pacotilha defendem.

Curiosamente, ou não, a grande fatia dos que defendem estas ideias de merda não põe os pés no estádio e o único «apoio» que conhece é o «apoio da internet». O «apoio da internet» define-se assim: ausência de massa crítica, gritos diários de interjeições como «Deves querer voltar aos tempos do Vale e Azevedo!» ou «O Vieira é o meu Padrinho!» ou «Nem as pedras da calçada tínhamos!», falta de civismo e insultos aos outros benfiquistas que têm uma opinião. 

Estivéssemos a discutir Benfica na Farmácia Franco em 1904 e este grupo de caciques de casa-de-banho seria recambiado para um barquinho no Tejo, onde ficaria trinta e dois anos a marinar até ingressar na Legião Portuguesa, vindo a cumprir ordens e a exercer extraordinário «apoio» à causa sob a supervisão de Góis Mota, Comandante e Secretário-Geral da mesma e antigo Presidente do Sporting.


Jorge Jesus



No final da época passada fui dos que defendeu a não renovação com Jorge Jesus. Podemos dizer que quem, como eu o fez, errou na sua avaliação, atendendo apenas aos resultados finais desta época. Por outro lado, encontraremos as razões para a não renovação na primeira metade desta época.

A época esteve longe de começar perfeita, bem pelo contrário. A somar à derrota frente ao Marítimo, há os empates caseiros frente aos recém-promovidos Belenenses e Arouca e a eliminação da Liga dos Campeões com uma derrota humilhante em Paris e um empate caseiro comprometedor e sofrido frente ao Olimpiakos.

Em boa verdade, a equipa chegou a Janeiro a jogar aos “repelões” e ganhando sofrivelmente, quando não empatava ou perdia. E aqui está a razão pela qual defendi a não continuidade do treinador. A equipa era a mesma, tendo sido adicionados reforços, o treinador era o mesmo, os processos de trabalho eram os mesmos, mas a qualidade de jogo estava longe, muito longe de se aproximar da qualidade apresentada na época anterior. Animicamente a equipa ainda vivia presa na época passada e foi sobrevivendo até Janeiro. Sim, teve esse mérito de se aguentar sem cair de vez na sua fase mais difícil, mas também é legítimo questionar se não teria caído caso a oposição fosse mais forte como habitualmente.

Não obstante, em Janeiro foi dado um pontapé anímico na equipa. Não sei se a morte do Rei teve alguma influência no processo, mas o certo é que a partir do jogo com o FCP (primeiro jogo após o desaparecimento de Eusébio) a equipa iniciou uma espiral positiva rumo ao sucesso, invertendo por completo o momento vivido até aí.

A juntar a esta reviravolta anímica há ainda a mudança táctica introduzida na equipa, por via da introdução de uma dupla atacante diferente. E esta dupla atacante é a chave principal para uma ideia de jogo baseada mais no ataque rápido e menos na avalanche ofensiva que nos desposicionava defensivamente. Sendo assim também é legítimo perguntar se esta mudança que nos conduz ao título ocorreria sempre ou se apenas ocorreu pelo imperativo da lesão de Cardozo? Para mim é evidente que se o Paraguaio não tivesse recebido a visita da infelicidade, dificilmente a dupla atacante seria a que foi durante a segunda metade da época e que tantas alegrias nos ajudou a dar.

Para além da mudança no ataque há ainda uma mudança chave: O guarda-redes. Mais uma vez, esta mudança acontece por via da lesão do titular do lugar e não por opção directa do treinador. Ainda assim há a realçar a continuidade dada a Oblak após a recuperação física de Artur. Mas há algo que não nos poderemos esquecer: Esta mudança só foi possível pela lesão de Artur e porque houve alguém que contrariou JJ e não deixou que o jovem esloveno fosse dispensado no início de época, porque “o Oblak ainda não está preparado para a baliza do Benfica”, como disse alguém.

Esta época revela ainda um Ruben Amorim a um nível nunca antes visto actuando como… Médio. Se nos recordarmos bem, o internacional Português passou época e meia fora do clube por não querer ser utilizado a lateral direito como tanto JJ teimava. O facto é que se desentenderam por aí e isso fez-nos perder um jogador que nos poderia ter sido muito útil e acabamos por ver que talvez Ruben Amorim tivesse razões para querer ser médio no Benfica e não lateral.

O que pretendo com isto? Simples, lançar alguns dados de analise para que se forme a opinião sobre a continuidade ou não de Jorge Jesus e/ou a sua renovação ou não.

Analisando a sua continuidade, e ao contrário do que defendi na época passada, considero que faz sentido que continue, apesar de ter sérias dúvidas sobre a sua capacidade para nos levar ao bi-campeonato. E quando falo em capacidade não me refiro a competências técnicas e tácticas, refiro-me a excesso de bazófia e de ego que nos podem levar a um novo 2º ano de JJ no Benfica. Ainda assim, pelo que venceu este ano merece esse benefício da dúvida continuando assim à frente dos destinos técnicos da equipa.

O que não concordo é com uma possível renovação. É compreensível que JJ queira abraçar um outro projecto no exterior (Valencia ou AC Milan). Se o quiser fazer, desde que garanta a compensação devida ao clube, não acho que o Benfica lhe deva dificultar a vida, até por reconhecimento do seu trabalho ao longo dos últimos 5 anos. Mas caso o treinador não queira sair, não vejo nenhuma razão para a renovação. Há mais um ano de contrato e esta época não mostrou nada que já não soubéssemos de JJ, ou seja, que o treinador é competente e capaz de ganhar já todos o sabíamos, o que ainda não está comprovada é a sua capacidade para ganhar consecutivamente e para isso acontecer não precisa de prolongar o seu vínculo e muito menos ter as suas principescas condições salariais revistas.

Quando se avança para a renovação do contrato de um treinador não se pode faze-lo tendo em conta o último momento, mas sim todo o processo. Ou seja, não concordo com uma renovação baseada nesta época, e considero que os 5 anos como um todo não justificam uma renovação. Continuidade sim, renovação não.

terça-feira, 20 de maio de 2014

A nossa época



Uma vez finda a época desportiva para o Benfica, uma vez arrumados os muitos festejos do Benfica referentes a esta época, chega a hora do habitual balanço. Indo por partes:

Taça da Liga – Finalizar uma competição, seja ela qual for e frente a quem quer que seja, com 0 golos sofridos e apenas 1 empate - em casa do maior rival, jogando largos minutos com 10 jogadores e que deu acesso à final da mesma – seria sempre um feito assinalável. Se juntarmos a isto a conquista do “caneco”, temos todas as condições reunidas para classificar o trajecto da equipa de notável. Pode não ser a competição que mais interesse gera nos clubes que dela fazem parte, mas não deixa de ser uma competição de caracter oficial e constituída na sua íntegra por clubes profissionais. Menorizar a competição é um acto mesquinho e de má vontade de quem já tem duas finais… perdidas (seja Sporting, seja o Porto).

Taça de Portugal – A prova rainha do panorama competitivo nacional é, tem de ser sempre um dos maiores objectivos da época de um clube como o Benfica. A taça é a festa mais genuína do povo, é a origem das origens da festa do futebol. O Jamor é o ponto alto do entusiasmo de quem faz do futebol o espectáculo que é hoje em dia. Conquistar a Taça de Portugal é figurar na festa mais bela de toda a época desportiva, para além de ser um motivo de enorme orgulho para quem a conquista. Se vence-la já é facto de suficiente relevo, conquista-la tendo deixado pelo caminho os maiores rivais em confronto directo, só embeleza e engrandece a conquista. Os números podem não ser tão encantadores quanto os da Taça da Liga, mas a caminhada até à glória final é ainda mais deliciosa. A juntar a tudo isto, há o facto de com a Taça de Portugal conquistarmos uma dobradinha há muito fugida do nosso museu e fazer sentir a muitos milhares, como eu, o sabor dessa tal dobradinha transformada em “triplete” ou lá o que se queira chamar, coisa que nunca antes tinha sentido.

Competições Europeias – Acabamos como começamos, ou seja, mal. Chegar à final da Liga Europa é prestigiante e saboroso, mas não podemos esquecer que este feito, mais uma vez, decorre de um estrondoso falhanço na Liga dos Campeões. Tínhamos plantel de Liga dos Campeões e estivemos integrados num grupo onde eramos, sem qualquer margem para duvida, uma das duas melhores equipas. Beneficiamos do estatuto de cabeça de serie número 1 na hora do sorteio, mas claudicamos na hora de confirmar o estatuto. E este ponto não pode ser desvalorizado. Temos conseguido boas carreiras Europeias, como as duas finais da Liga Europa consecutivas o atestam, mas sempre à custa da segunda prova Europeia (à excepção do 3º anos de Jorge Jesus). Não, não tínhamos, nem teremos num futuro próximo, a obrigação de chegar à decisão da prova, mas tínhamos a obrigação de, pelo menos, chegar à fase a eliminar da liga milionária. Já demonstramos ser uma das melhores equipas da 2ª divisão europeia, mas tardamos em conseguir a “manutenção” entre os melhores, ainda que tenhamos qualidade superior a alguns que por lá andam. Uma vez eliminados da LC, fomos a melhor equipa da Liga Europa. O nosso poderio foi tal que Jorge Jesus se deu ao luxo de ir passando eliminatórias recorrendo constantemente às segundas linhas do plantel. Merecíamos a vitória, mas não é por não a termos conseguido que deixará de ter sido uma boa prestação.

Campeonato Nacional – Ao contrário do que aconteceu na Europa, acaba de forma completamente diferente do que começamos. Ficará sempre a dúvida se seriamos capazes de dar a volta ao campeonato se existisse um FCP ao nível dos últimos anos. Nunca saberemos se conseguiríamos reverter os 5 pontos de atraso que tivemos para o Porto, mas o futebol é isto mesmo, é aproveitar os momentos menos bons dos rivais para alicerçarmos as nossas conquistas. Não obstante, a primeira metade da prova quedou-se apenas pelo “qb”. Começamos mal, jogando mal e perdendo, mas conseguimos ir ganhando sem nunca deslumbrar até Janeiro, ou seja, conseguimos aguentar o nosso momento mau, ganhando. E isto permitiu que a partir de Janeiro não deixássemos dúvidas sobre quem era a melhor equipa da prova. O jogo com o FCP marca o ponto de viragem na época. A partir desse momento criou-se uma bola de neve positiva que a equipa soube aproveitar e potenciar. Não fomos exuberantes de princípio ao fim, mas fomos Campeões indiscutíveis.

Em suma, foi a melhor época do clube nos últimos largos anos. Internamente fomos absolutamente dominadores e inquestionavelmente melhores. Em nenhuma das provas deixamos de enfrentar e vencer os rivais, sendo esta a prova do algodão para cada uma das provas. Na Europa conseguimos esconder um desaire com um grande desempenho na Liga Europa. Parabéns à equipa, parabéns a Jorge Jesus, parabéns à Direcção e obrigado a todos.