Em Portugal somos reis mas na Europa ainda estamos no segundo
plano.
A Champions mais uma vez foi demais para nós. Nem o melhor plantel, treinador e
presidente dos últimos 30 anos nos valeram nesta competição. Nem o sonho da
consagração na nossa Luz nos fez superar os perigos gregos e franceses.
O Anderlecht não foi adversário mas tanto o PSG como o Olympiakos levaram a
melhor no nosso grupo.
Mais uma vez fomos relegados para a competição inferior. A Liga Europa tem sido
o terreno onde nos sentimos mais nós.
Entre Dezembro e Fevereiro muita coisa mudou. Dissemos adeus ao gigante sérvio
e um muito mais doloroso Até Já ao Rei Eusébio. Também o colectivo da equipa se
alterou. Com o recomeçar das competições europeias finalmente tínhamos acabado
a tão prolongada pré-época. O Sílvio e o Siqueira já corriam. A táctica estava
encontrada. As dinâmicas criadas. A equipa ganhou um guarda-redes, ganhou um
trinco, ganhou dois avançados e viu crescer os seus prodígios: Nico e Markovic.
Começou então a aventura na Liga Europa, competição na sua base muito distinta
da Liga dos Campeões. Enquanto a Champions tem o seu valor na própria
importância da competição, a Liga Europa tem o seu valor pendente com os clubes
que a disputam.
Apareceu então o PAOK. Mais uma vez os gregos. Não foi fácil mas do meio de
muitas invenções lá saímos vencedores.
Nos oitavos o sorteio encostou-nos à parede. Saiu um dos grandes ingleses, o
Tottenham. O nome assustava, as individualidades também. Mas equipa deixava
muito a desejar. Este Benfica evoluído foi mais que suficiente para a equipa de
trapos londrina. White Hart Lane assistiu á bravura encarnada. Na Luz ainda deu
para o susto.
O seguinte adversário veio da Holanda. O AZ com os seus bons envolvimentos
ofensivos quis medir forças connosco. Não massacrámos mas fomos muito mais
equipa e o apuramento surgiu naturalmente.
Depois do desastre da Champions conseguimos com estas três vitórias começar a
tornar interessante esta nossa campanha europeia.
Chegados ao top 4 começámos a poder sorrir.
O sorteio fez o favor de apagar esse sorriso. Contudo, não o trocou por uma
expressão de temor mas sim por um olhar de determinação. Desafio aceite, venha
a Vecchia Signora.
Para as meias-finais começámos o trabalho de pintar o desempenho europeu em
positivos tons de encarnado.
Contra um dos famosos Colossos Europeus, contra jogadores de reconhecimento
mundial, restava-nos a crença na nossa qualidade e dedicação.
Assim apareceu a primeira verdadeira vitória europeia na época 2013-2014.
2-1 na Luz contra a Juventus. Não fomos superiores aos italianos mas além de
sobrevivermos também vencemos. A honra da nossa casa ficou intacta.
Agora vamos a Turim. Jogo difícil e apuramento ainda mais complicado.
O 3-5-2 de Conte fascina-me, pela qualidade mas principalmente pela diferença.
No Juventus Arena iremos defrontar o provável tri-campeão italiano, iremos
defrontar o 12º jogador e iremos defrontar jogadores de alto calibre mundial.
Jogamos o acesso a mais uma final, jogamos a glória de mais uma vitória e
jogamos a afirmação de qualidade perante os olhares de milhares.
O Benfica tem de jogar sempre para vencer. Não nos contentamos com derrotas.
Mas hoje aos jogadores e treinador não será exigida a glória de mais uma
vitória. Hoje a exigência está na vontade, no trabalho, no esforço, na luta e
na entrega.
A grande final europeia irá realizar-se aqui, na Luz. Dessa ficámos muito longe
mas temos ainda oportunidade de ser cabeça de cartaz na outra final, naquela
mais pequena, menos interessante mas também ela de grande valor, principalmente
pelo percurso que exige.
A equipa está preparada. Fisicamente e animicamente não há desculpas.
É dar tudo e ambicionar ainda mais.
Não é à toa que todos cantamos “Somos a Raça e a Força do Querer”.
Força Campeões.
"o melhor plantel dos 30 anos"... LOL
ResponderEliminarnem sou benfiquista mas ri-me :-P
GIGANTES!!!!
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