Já muito se falou sobre o derby e sobre os acontecimentos
que o antecederam e precederam. Como sempre e naturalmente a maioria puxa a
brasa à sua sardinha.
“O Sporting esmagou e o Benfica parecia o Penafiel”
“O Benfica foi inteligente e controlou o jogo com uma posse de bola consentida”
“Faixa sobre o very-light? Ah e aquele insulto feito por aquela pessoa em 1923?”
“Nós somos os bons e os outros os maus! Cartaz para seguir o King? E aquele adepto que assobiou alguém em 1919?”
Acho interessante notar que sempre que temos uma má exibição
perante os rivais essa é transformada em algo estratégico e intencional. É
assim tão difícil admitir quando os nossos rivais são superiores ou quando
somos beneficiados pela sorte?
Enorme resultado no Dragão com uma exibição paupérrima
compensada por uma mistura de sorte e incompetência adversária, além da
inspiração finalizadora pouco usual do Lima.
Menos mau resultado em Alvalade com mais uma má exibição do
Benfica.
Com o Sporting não jogámos mais porque simplesmente não conseguimos. Eles foram
melhores, apresentaram um colectivo superior, mais vontade de vencer e mais
capacidade para ter bola e construir jogo. A nossa equipa jogou sempre em luta
mas raramente ganhou os duelos. Perdemos o meio-campo, jogámos com as linhas
muito recuadas e ofensivamente fomos inofensivos. O Jonas foi o único a
conseguir mostrar qualidade no nosso ataque.
Contudo não se pense que a equipa de Alvalade fez um jogo
excepcional.
O Benfica por ser Benfica tem de procurar jogar sempre para
ganhar mas o Sporting tinha tanto a exigência da sua “grandeza” como da tabela
classificativa para ganhar. Pontualmente o empate não era mau para o Benfica e
só a vitória interessava ao Sporting.
Os de Alvalade tiveram uma exibição competente mas sem talento para causar sobressaltos na nossa defesa. Ganharam o meio-campo mas faltou-lhes capacidade e criatividade para povoar a nossa área, criar apoios aos extremos e construir jogadas de golo. Foram 10 cantos e mais alguns livres indirectos sem qualquer perigo para a baliza do Artur.
Os de Alvalade tiveram uma exibição competente mas sem talento para causar sobressaltos na nossa defesa. Ganharam o meio-campo mas faltou-lhes capacidade e criatividade para povoar a nossa área, criar apoios aos extremos e construir jogadas de golo. Foram 10 cantos e mais alguns livres indirectos sem qualquer perigo para a baliza do Artur.
A Jorge Jesus elogio a percepção e admissão da necessidade
de reforço do meio-campo neste jogo. A minha aposta sempre foi em jogar com o
André na esquerda e o Samaris e Cristante no miolo. Porém sempre acreditei que
teríamos Eliseu, Samaris e Talisca e como tal fiquei surpreso e agradado com a
presença do André no lugar do brasileiro.
Com esta alteração o Benfica entrou mais equilibrado no jogo
e conseguiu disputar o jogo com o Sporting, mesmo numa luta 2x3 no centro do
terreno. Foram 20 a
30 minutos de jogo dividido. Depois faltou inspiração ao ataque, não só para
fazer golos como para “desposicionar” o meio-campo leonino.
A quantidade absurda de passes falhados também não ajudou.
O Benfica nunca esteve perto de ganhar e esteve muito
próximo de perder, isto porque o Sporting foi melhor e nós não tivemos
competência para mais.
O Sporting perdeu o jogo porque não teve maturidade nem competência para matar o jogo nos últimos minutos e também devida à crença e capacidade dos nossos jogadores para conseguirem uma última jogada de perigo (ai o domínio do Jonas).
O Sporting perdeu o jogo porque não teve maturidade nem competência para matar o jogo nos últimos minutos e também devida à crença e capacidade dos nossos jogadores para conseguirem uma última jogada de perigo (ai o domínio do Jonas).
Apesar do que já li, não há qualquer fora-de-jogo no lance
do empate. O Maxi não condiciona a intervenção do Jefferson mas sim a do
Tobias, contudo nessa altura a bola vinha jogada pelo lateral sportinguista.
Destaco as exibições do Jonas, Samaris e Maxi. Ambos
cometeram um grave erro no jogo mas exibiram-se com uma qualidade acima de
todos os outros. O Jonas é maravilhoso, o Maxi tapou o Nani e o Samaris, agora
com um 6 ao lado, conseguiu subir a sua qualidade exibicional.
Tanto o Luisão como o Almeida estiveram muito seguros e
cumpriram o seu papel.
As piores exibições foram a do Salvio, Ola John e Eliseu. O
argentino não conseguiu desequilibrar e apresentou-se sem inspiração. O
holandês teima em não aproveitar as suas oportunidades apesar da qualidade que
tem naqueles pés. Guedes?
O Eliseu não é defesa nem jogador para o Benfica. Foi o pior em campo, nada de novo.
O Eliseu não é defesa nem jogador para o Benfica. Foi o pior em campo, nada de novo.
O Artur cumpriu e o Jardel marcou. Não são os novos craques do Benfica como já por aí li e ouvi. O guarda-redes continua sem a segurança para ser titular no Benfica e o central continua a ser o jogador de recurso muito esforçado e lutador mas a quem falta qualidade num Benfica ambicioso.
O Talisca entrou cheio de vontade mas não acrescentou qualidade e ainda conseguiu perder a bola sem qualquer necessidade perto da meia-lua da nossa área.
Empatar em Alvalade não me diz nada. Principalmente jogando desta maneira. Perdemos a oportunidade de aumentar o fosso para 10 pontos e de manter a distância de 6 para o Porto.
Empatar no último minuto em plena festa sportinguista é sim motivo para alivio e festejo dos Visitantes. Mantemos o Sporting afastado da luta e o Porto continua sem depender de si próprio, é a diferença entre estarem a 3 ou 4pts.
PS: O terrorismo no futebol português é lamentável e condenável. Seja o que tem sido apontado aos adeptos sportinguistas como o que tem sido apontado aos adeptos benfiquistas. Envergonho-me com as faixas e cânticos sobre o very-light e não menos com o lançamento de petardos contra pessoas. Espero uma palavra e posição forte da direcção do meu clube. Quando vier virá já tarde mas tem de vir.
O corte de ralações institucionais é sustentado por argumentos verdadeiros mas envolto num moralismo que não lhes serve. Parece-me óbvio que o presidente do Sporting só esperava pelo momento certo para tomar esta decisão e que esta aparece como resposta à azia do minuto 94.
Não há heróis nesta história, só vilões.
"Apesar do que já li, não há qualquer fora-de-jogo no lance do empate. O Maxi não condiciona a intervenção do Jefferson mas sim a do Tobias, contudo nessa altura a bola vinha jogada pelo lateral sportinguista."
ResponderEliminarTambém já revi e não me parece haver. O que houve foi burrice dos jogadores (todos) em avançar TANTO no terreno quando SABIAM que a bola ía ser bombeada para as costas. Se queriam causar o fora-de-jogo (não era mal pensado) tinham que correr TODOS em grande velocidade para a frente e não a passo.
Depois, aqueles que mais avançaram no terreno não recuperaram com a mesma velocidade para trás e deixaram a entrada da área toda descoberta. Bastaria lá estarem 2 jogadores para nenhum jogador do SLB conseguir rematar.
Em resumo, os meus jogadores foram tótós e os vossos foram sortudos. O jogo fez-me lembrar o do famoso minuto 92 com o Kelvin.
Excelente post!
ResponderEliminarNão costumo comentar, mas acho que viste mal o posicionamento do Samaris. Ele nunca deixou de ser o 6 de serviço e quem ficou com as despesas de (tentar) subir foi o André, se é que se pode dizer que (não-)jogámos apenas com um 6. Pareceu-se-me que jogámos com dois 6, o AA descaído para a direita e o Samaris para a esquerda.
ResponderEliminarSe tiveres acesso ao vídeo, há um par de perdas de bola na primeira parte em que isto se vê bem. De caminho na segunda parte, há um outro onde é notório o avanço do AA em relação ao Samaris.
Abraço e força para o blog!
Devia haver mais Danieis Oliveiras. E nada disto acontecia.
ResponderEliminarCaro R.B. NorTor,
ResponderEliminarComo pode ler no texto refiro que o Samaris jogou com um 6 ao seu lado e não atrás de si.
Concordo em tudo consigo.
Abraço e bem vindo aos comentários
Foi criado apenas hoje com pessoal amigo benfiquista, sigo o vosso blog à mto, se puderem seguir e divulgar http://onossobenfica1904.blogspot.pt
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