É uma expressão popular e também uma estratégia de combate aos incêndios.
Se somos atacados devemos responder na mesma moeda.
Se há fogo podemos confrontá-lo com um novo fogo de forma a extinguir os dois.
Há uma enorme diferença entre as duas situações. A estratégia dos bombeiros baseia-se na Ciência. A expressão popular desvirtua esta estratégia com a curta visão e a mesquinhez humana.
É aqui que reside o perigo. O heroísmo que envolve o combate aos incêndios não se verifica em picardias entre pessoas e/ou entidades.
Num caso o fogo extingue-se. No outro o fogo adensa-se, propaga-se e fica ainda mais quente.
A época que passou foi tristemente marcada pelo volume da comunicação entre o Benfica e o Sporting.
A táctica passou sempre pelo mesmo: responder ao fogo inimigo com mais fogo.
O Rui Gomes da Silva é um incendiário de lugar cativo na televisão portuguesa.
O Sporting esta época apostou no ruído e na campanha negativa contra o seu rival. Fê-lo muito como resposta a situações passadas mas também por muita pequenez. Colocaram mais fogo num incêndio facilmente controlável.
Como resposta o Benfica lançou dois pirómanos: Gabriel e Guerra.
Nenhum clube se preocupou com o Futebol Nacional. Nenhum clube se preocupou com a imagem da nossa Liga. Nenhum clube se preocupou em promover o bom ambiente desportivo.
Infelizmente a resposta do Benfica aos incendiários de Alvalade foi ignorar os extintores e investir nos fósforos. Não dá para nos escondermos atrás de hipocrisias quando está tudo a arder e nós estamos de Flammenwerfer nas mãos.
Uma parte da comunicação do nosso clube sempre afirmou que no Benfica nos preocupamos com a imagem do Futebol português e com o desportivismo. Sendo isto verdade então a estratégia deste ano falhou.
Fogo com fogo não resulta no futebol nem na sociedade.
Em prol de tudo aquilo que afirmamos nos importar, recomendo que nesta época respondamos ao fogo de Alvalade com água.
Mas atenção, não pode ser água banhada em gasolina.
O Futebol agradece. O Benfica agradece. Eu agradeço.
Sabes como se combate eficazmente o fogo? Não o deixando respirar.
ResponderEliminarE aqui o não deixar respirar é tão e simplesmente fazendo o seguinte:
- focarmos nos nossos objectivos
- não responder a provocações e insinuações, deixando-os a falar sozinhos.
Estás mesmo incomodado. Ainda bem.
ResponderEliminarÉ preciso ter muita lata para comparar as atitudes do Benfica e do Sporting. O Benfica foi fazendo todos os possíveis para se manter calado e só foi respondendo quando as provocações já eram insultos.
ResponderEliminar...meu caro...compreendo a razão do teu texto....eu próprio tenho (em parte)esse pensamento....mas se fizermos uma analise a toda a época,veremos que combater tudo o que se passou com (água benta)jamais estaríamos hoje TRI-CAMPEÕES NACIONAIS e com o 35 no bolso...o problema até nem foi termos de AGUENTAR,as PATETICES dos brunos/otávios/inácios/eduardos/pinas,e restante corja verde....o problema foi ter de COMBATER,OS SERPAS DO CROQUETE,OS PASQUINS RECORD E O JORNAL DA CASERNA O JOGO,OS METRALHAS DA TVI24,E TANTAO OUTROS QUE TUDO TENTARAM PELA CALADA DA NOITE....(permite-me abreviar o tema para não te ocupar muito espaço)...mas sabes bem que estamos a falar(escrever)de um tema muito complexo...abraço
ResponderEliminarComparar o que o Sporting disse e fez com que o SLB Glorioso disse e fez ... assim de forma rápida talvez só o livro de Alice no país das maravilhas.
ResponderEliminarHaja juízo.
Jordão,
ResponderEliminarE é mesmo para estar.
Anónimos,
ResponderEliminarNinguém comparou coisa nenhuma e também não é verdade que o Benfica se limitou a responder aos insultos.
Bem haja.
Caro Daniel,
ResponderEliminarDiscordo de ti, num ponto que me parece essencial. Juntas, no mesmo saco, Benfica e sporting, como se o posicionamento de ambos, nas matérias que evocas, fosse o mesmo. Não é o mesmo, não foi o mesmo, foi, até, diametralmente oposto.
O sporting teve uma campanha premeditada, que irá continuar este ano, de confronto com a única entidade nacional que lhe pode dar destaque, fruto desse mesmo confronto: o Benfica. É estratégico, porque se sabe, naquele clube, que ter esse inimigo comum une as tropas, galvaniza, motiva, enfim, dá a entender que estão vivos e, mais facilmente, olham apenas para fora. Uma estratégia requentado dos tempos negros dos anos 80 e 90, com o pirómano Pinto da Costa a liderar o movimento norte-sul e o chavão 'Lisboa a arder' como grito de guerra. Hoje, com as redes sociais, o palco da visibilidade aumenta exponencialmente, o que permite novas variantes desta velha táctica de guerrilha. Nada contra, os pequenos jogam com as armas que têm e não será apenas o nosso treinador a conhecer Sun Tzu.
Ora, e o Benfica? Pensas tu que esteve, realmente, neste patamar? Se quiseres continuar a debater, mas de modo profundo, estou por aqui, disponível.
Abraço
Pedro B.