quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Pizzi ao cubo

Há uma certa maneira de Pizzi jogar à bola que me deixa saudoso da infância. Lembro-me de mim na adolescência. Sou eu ali no canto do ciclo a fumar cigarros e a dar beijos às miúdas quando o Pizzi avança pelo campo, faz triangulação, recebe, finge que remata, deixa cair o guarda-redes, depois golo. É provável que eu goste do Pizzi porque gosto e tenho saudades daquilo que eu senti há muitos anos. Já tocou, a professora de Matemática está à espera mas eu ainda tenho a Vitorina ao meu colo a cheirar a perfume de flores e a língua dela parece um helicóptero.

4 comentários:

  1. ahahah, muito bom "a língua dela parece um helicóptero"!

    Bom Natal à malta do Ontem!

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  2. As Vitorinas são um perigo: começam-nos a cantar o "menina estás à janela" como quem não quer a coisa e, quando vamos a ver... bumba, já fomos :)

    Bom Natal

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  3. ele de frente para a baliza é muito bom, agora o pior é quando recebe a bola de costa e acha que tem todo o tempo do mundo e depois ou perde a bola ou faz passes a isolar os outros.
    e naquela posição fazer pressão com os olhos não conta, mas ai a culpa não é dele mas de quem o coloca naquela posição ou acha que ele pode jogar ali em certos jogos.

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  4. Que delícia.

    Pois eu era mesmo o gordo que ia à baliza, invejando alternadamente o 'Pizzi' e o beneficiário do helicóptero. E como se não bastasse, tinha 5 a tudo excepto Educação Visual, Trabalhos Manuais e Educação Física - sim, era tão precisamente estereotipado como isto e não, eu não era um personagem de banda desenhada - existia mesmo.

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Vai ao Estádio, larga a internet.