Nos últimos tempos temos visto
jovens Portugueses brilharem ao mais alto nível no campeonato mais mediático do
mundo, a Premier League. Bernardo Silva, Rúben Neves, Diogo Jota e Diogo Dalot vão
paulatinamente confirmando o que se lhes via por cá: São craques!
Em comum têm dois aspectos essenciais:
São talentosos, baixotes (excepção a Dalot), pouco dados a correrias parvas e,
por isso, não se afirmaram em qualquer dos grandes Portugueses, não obstante terem
feito a sua formação por lá ou, no mínimo, terem por lá passado, como é o caso
de Diogo Jota.
Hoje, amontoam-se os elogios,
crescem os admiradores e somam-se reconhecimentos de pares e especialistas. Por estes dias, houve até, um treinador de um
dos candidatos ao título a justificar os seus jogos mais estratégicos (eufemismo
para ter como ideário único o de anular as ideias dos outros) o facto de não
ter Bernardo’s Silva’s.
E qual o problema de tantas loas?
Nenhum, até porque são completamente merecidas. O chato disto é que dizer-se
isto hoje é dizer-se o óbvio. Óbvio esse que esteve lá sempre e que só precisou
que o jogo o demonstrasse, mas por cá sempre se preferiu varrer o óbvio para debaixo
de um qualquer tapete.
O verdadeiramente difícil não é
ver o quão talentosos são Bernardo Silva, Rúben Neves, Diogo Dalot ou Diogo
Jota, não. Não é difícil hoje, como não era difícil ver quando por cá andavam.
Não, o verdadeiramente difícil é dar-lhes palco quando interessa, o verdadeiramente
difícil é dar palco ao talento, o verdadeiramente difícil é “tê-los no sitio”
para pôr Félix, Diogo Leite, Dantas ou Trincão (e outros) onde devem estar: No
campo! Porque esperar que a sorte, o empresário ou o futebol internacional dê
reconhecimento ao que não soubemos dar, não é muito diferente do que “só falar”.
E falar… é fácil!
Falar é fácil. É verdade. Foi o que acabaste de fazer. Mas não disseste nada1
ResponderEliminarO problema é a obsessão com o físico que matou o futebol arte.
ResponderEliminarNão obstante o que Messi mostra, continua-se a bater na tecla que para jogar futebol, tem de se ter 1.90 metros.
Quando muito se fala de pouca qualidade nas novas gerações, vem-se sempre com a treta do "excesso de estrangeiros". Pois eu vejo de forma diferente.
Vejo sempre nas formações jogadores muito alto e fortes, verdadeiros tijolos que nem receber sabem. Depois quer-se que saia daqui o quê: um novo chalana?
Basta ver a formação do Setúbal por exemplo. É só troncos, nem uma bola me recebem bem. Á semelhança da equipa principal do clube, outra afronta ao futebol, só deram lenha contra o Benfica.
Abandonou-se o padrão clássico do futebol luso por verdadeiros cepos que só correm e depois os talentos não surgem.
Alie-se isto à excessiva academizaçãao dos jogadores e à destruição do futebol de rua.
É preciso recuperar o futebol arte e os princípios que o geram: futebol de rua, liberdade criativa e entusiasmo pela bola.
a natureza do nosso futebol é arte, um pouco como o Brasil, um amor à arte, ao truque
ResponderEliminarHá um aspecto que não podemos ignorar.
ResponderEliminarCá, jogadores como Jota ou Bernardo, são anulados impiedosamente por equipas de "machos" (como lhes chama o piro Lito Vidigal).
Cá, há entradas assassinas que nem amarelo merecem.
Vamos ver quantos jogos aguenta o Félix até o mandarem para o estaleiro...
Sinceramente espero que todos os jovens talentosos que jogam futebol saiam para o estrangeiro, pois só assim conseguem evoluir até patamares que cá no "burgo" são impossíveis de atingir. E escrevo isto porquê? Porque o futebol em Portugal mete nojo, assim como toda a merda que o rodeia e se aproveita dele destruindo a verdadeira e genuína paixão dos adeptos pelo jogo. Desde comunicação social, administradores, presidentes (orelhas incluído), comentadores, etc, etc, ... ultrapassámos o limite da estupidez humana onde reina e é fomentada a cultura do ódio. De certo que quem tem 2 dedos de testa já percebeu onde chegámos.
ResponderEliminarA própria cultura do jogo em Portugal é propicia a jogar com jogadores do tipo "frigorífico de 2 X 3 m de largura" onde em vez de se proteger o futebol arte e o jogador talentoso é incentivada a manha e o confronto que resulta, na maioria dos casos, em jogos onde o aproveitamento é abaixo dos 50% do tempo de jogo útil assim como outras maravilhosas estatísticas ou indicadores da “grande qualidade” de jogo. E com isto, aliado a árbitros incompetente e submissos a interesses obscuros, dá espetáculos de merda onde os estádios estão ás moscas.
Sinceramente, o futebol em Portugal deveria ter uma pausa forçada de 1 ou 2 anos para a merda ser toda corrida pelas autoridade ou a quem de direito.
Oh! Amigo Moreira completamente de acordo. A Arte é perceber quando são bons e dar-lhes jogo. O que me custa foi ver um cegueta a quem pagámos milhões que humilhou a formação e o Benfica e, provavelmente, vamos ter de o "gramar" no próximo ano.
ResponderEliminarLeio hoje na imprensa que um jogador jovem de nome Vasco Paciência, filho do ex-avançado do FCP Domingos Paciência, assinou contrato com o Benfica. Outros, benfiquistas de corpo e alma como o Bernardo Silva foram escorraçados, não serviam! Este, obviamente benfiquista desde pequeno, já assinou! Não é de admirar num clube em que o presidente foi ou é sócio do porto e que tem administradores do SCP! Claro que para LFV isto é tudo absolutamente normal!
ResponderEliminarGostaria de apresentar as minhas desculpas ao Benfiquista Primário (julgo) por não ter publicado o seu comentário a este post. Querendo aprovar a sua publicação, inadvertidamente escolhi a opção de eliminar. Por isso, e por se tratar de um comentário bastante válido, peço que o escreva novamente para que eu possa emendar o erro. Mais uma vez, as minhas desculpas. Abraço.
ResponderEliminar