quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

Oposição Credível Tem de Ser para o Presente e o Futuro

O ano de 2020 trouxe-nos eleições no Sport Lisboa e Benfica. Umas eleições especiais visto que foram de longe as mais participadas na história do clube e também aquelas onde Luís Filipe Vieira conseguir menor percentagem de aprovação.

Estas eleições trouxeram-nos também João Noronha Lopes.

Durante anos e anos ouvimos os benfiquistas queixarem-se dos atropelos de Vieira enquanto acrescentavam sempre um “mas”  - mas não existe oposição credível.

Pois bem, Noronha Lopes trouxe ao universo benfiquista a dita oposição credível. E esta é uma oposição que não poderá desvanecer-se. O Benfica precisa dela presente, atenta e exigente.

A oposição liderada por João Noronha Lopes conseguiu na sua primeira aparição, em um par de meses, chamar a si quase 38% dos votantes. Esta oposição fez Vieira ter menos de 60% de votantes. Esta oposição aniquilou por completo a figura que é Rui Gomes da Silva. Esta oposição motivou os sócios a movimentarem-se para tornarem estas eleições as mais participadas de sempre.

Noronha Lopes conseguiu reunir à sua volta excelentes benfiquistas e excelentes profissionais. Soube dar voz ao benfiquismo de Paneira. Soube recusar os aliciamentos que a direçcão de Vieira lhe acenava. Soube distanciar-se de Rui Gomes da Silva e soube reconhecer o valor do Movimento Servir o Benfica e chamar para junto de si o Francisco Benitez. Soube chegar aos benfiquistas e até soube perder.

Esta oposição credível conseguiu tudo isto mesmo sem debates, mesmo sem a cobertura da BTV, mesmo sem os votos das casas e afiliações e mesmo sem os votos dos vários colaboradores e funcionários do Sport Lisboa e Benfica.

E portanto com ou sem Noronha Lopes, com ou sem a liderança de Noronha Lopes, esta oposição não se pode retirar do dia a dia do clube. Nós sócios temos de a manter viva e activa.

O futebol cria uma sombra enorme e essa sombra é amplificada quando figuras mediáticas são as caras do que se passa neste desporto.
Para o arranque deste novo mandato Vieira contratou Jorge Jesus, deu maior palco a Rui Costa e até colocou Luisão mais próximo da equipa. São três figuras fortes e mediáticas e a centrarem as atenções de todos – benfiquistas e não só. Além disso, Rui Costa tornou-se pela primeira vez vice-presidente e assim sucessor natural do actual presidente. Se juntarmos a tudo isto os vários problemas que Vieira tem tido com a justiça e também as várias saídas do clube de figuras do seu círculo próximo, não me admiraria nada que de repente, pela sombra, Vieira se retirasse por “motivos de doença”.
E é a tudo isto que se tem passado nos bastidores, a tudo isto que está a acontecer na enorme sombra do mediatismo de Jorge Jesus, Luisão e do novo Rui Costa, que a oposição – aquela oposição credível – deve também estar atenta. Esta sombra deve ser iluminada pela Luz do benfiquismo.

Liderada ou não por Noronha Lopes, com ou sem Noronha Lopes, este novo movimento que se criou no Benfica na época eleitoral não se pode perder, não pode ser desperdiçado.

Passaram mais de 2 meses desde as eleições. Já deu para lamber as feridas. Agora é para construir sobre tudo o que foi conquistado.



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