O jogo que não salvava a época mas que daria um pouco mais
de animo para a preparação da próxima temporada. Além disso, a história do
Sport Lisboa e Benfica também se fez muito com conquistas da Taça de Portugal.
Deu-se a derrota que esta época do Benfica merecia.
No jogo da Pedreira o Benfica entrou melhor, conseguiu a expulsão de um adversário
e sentenciou o jogo. Ontem aconteceu o mesmo mas com o Braga como protagonista.
Jorge Jesus, depois do bluff durante a semana, optou por manter os 3 centrais.
Não diria que foi a decisão mais acertada pois aquele trio – com o Morato incluído
– não apareceu, nem podia aparecer, muito bem oleado nos seus movimentos e
posicionamentos. E ainda tivemos um Vertonghen limitado e um Otamendi a jogar
demasiado para a plateia – peço equilíbrio a um central e não que varie grandes
cortes com entradas e corridas desenfreadas.
Olhamos para os primeiros 17 minutos e o que vemos é que, apesar de nenhuma equipa
estar a dominar o jogo, o Braga estava mais confortável em campo e com uma
melhor capacidade de ter bola. Vimos no Benfica aquele que normalmente é o
problema das equipas de Jorge Jesus – fortes sem bola mas incapazes de controlar
o jogo com a mesma. A equipa do Carvalhal entrou melhor, com um futebol mais
fluído e com maior capacidade de criar jogo. Foi com esse Braga a assumir o
jogo que surgiu a oportunidade que levou à expulsão do Helton Leite.
Fora de jogo inexistente. Toque parece-me haver. O jogador do Braga ia isolado
só com o guarda-redes e sofre o toque quando fica sem ninguém entre ele e a baliza
aberta. Sim, a bola vai na direcção da bandeirola de canto mas não, a bola não
ia sair pela bandeirola de canto. O desenrolar normal do lance seria o avançado
ter a bola dominada próximo da área e sem ninguém entre ele e a baliza.
Em termos teóricos o árbitro só poderia dar vermelho directo. De uma forma mais
subjectiva poderia haver a nuance da importância do jogo, do minuto da falta e
da deslocação da bola a fugir da baliza, para o árbitro tentar defender o jogo
11 para 11. Enquanto consumidor de futebol talvez considere que essa fosse a
decisão mais positiva contudo nunca a mais acertada.
Para lançar o Odysseas o Jorge Jesus entre o Pizzi e o Taarabt escolheu retirar
o 21 encarnado. Acabou por ser a opção mais acertada devido a uma maior
capacidade do marroquino em rasgar e comer metros com bola. Mas esperava mais,
de um grande treinador no Benfica esperava não só que lançasse o obrigatório
guarda-redes como tivesse imediatamente iniciativa de construir a equipa para
jogar com 10: Darwin para o lugar do Everton. Com menos jogadores ofensivos era
importante ter um avançado que só por si conseguisse carregar a equipa para zonas
de ataque, deixando a defesa do Braga sempre desconfortável.
Depois da expulsão começa o recital do Galeno pela esquerda. Sem muito perigo o
Braga foi fazendo tremer a nossa defesa mas a equipa acabou por se equilibrar e
terminar a primeira parte, ali os últimos 15 minutos, a dividir o jogo e até a
chegar com bastante perigo à baliza do Matheus.
A bater o minuto 45 há trapalhada do Vlachodimos e o Vertonghen, que tinha de
fazer melhor, acaba por ser traído pelo movimento do keeper e improvisa um
corte que leva a uma excelente finalização do Piazón.
Pelo que foi exigido dele durante toda a primeira e por aquilo que conseguiu corresponder,
diria que o Taarabt acabou por ser o mais preponderante jogador do Benfica nos
primeiros 45 minutos.
A segunda parte foi do Braga. Em vantagem quiseram desde o inicio procurar o
segundo golo e aproveitar o maior espaço que o Benfica ia dar por ter de procurar
o empate.
O Jorge Jesus acabou por melhorar o jogo encarnado com as substituições perto
do minuto 60. O Rafa e o Darwin trouxeram desconforto à organização do Braga. Esse
desconforto foi acentuado quando o Carvalhal tem de tirar o Al-Musrati já
depois de ter substituído o Castro.
Assim, mesmo sem muita cabeça, o Benfica foi conseguindo voltar ao jogo.
Já a entrada do Nuno Tavares foi somente uma desesperada opção táctica para
anular o Galeno numa marcação homem a homem. Não resultou.
O Braga fechou o jogo com o 2-0, foi um resultado justo de uma equipa que jogou
melhor desde o primeiro minuto.
A verdade é que este Braga foi mais equipa que o Benfica, apresentou maior
identidade de jogo, um colectivo mais oleado e muito mais conforto com a bola.
O Benfica, tanto com 10 como com 11, nunca mostrou dinâmicas colectivas,
entrosamento entre os vários sectores nem jogadas de grande envolvência. Uma
equipa mais trabalhada para jogar sem bola e que entrou a procurar pressionar
alto de forma a condicionar a posse do adversário, foi assim dando espaços nas
costas que o Braga nunca se importou de explorar.
Comportamento deplorável do Taarabt e do Eduardo no final do jogo. O Benfica
vai perder o marroquino por vários jogos. Não percebi a expulsão do Piazón. Houve
ali outros comportamentos que deviam ter sido analisados pelo árbitro e pelo VAR
e que merecem ainda vir a ser escrutinados e punidos. Quis o Nuno Almeida
tentar amenizar os estragos que estavam a ser criados numa Final que devia ser
uma Festa.
Sintetizando:
Bom e competente jogo do Braga.
Medíocre e inseguro jogo do Benfica.
Arbitragem dentro da média, sem grande casos a assinalar e com um 3+ numa
escala de 0 a 5.
Homem do jogo: Al-Musrati
Pior do jogo: Jorge Jesus, não só pelo pouco futebol da equipa como também
pelas tristes declarações no pós-jogo.
PS: Uma nota para o Carlos Carvalhal. Ouvi-lo falar depois do jogo foi como ver
uma criança toda feliz porque recebeu aquele brinquedo que sempre quis.
Delicioso e muito mais disto no Futebol sff.
Eu acho que tenho a solução para isto.
ResponderEliminarToda a gente coloca a bandeira do Benfica na varanda da casa 🥴🥃
Isso vai trazer boas energias.. 😂🥴🥃
É temos que meter jogadores negros no meio campo... 🥴🥃
Temos também que fazer como o Pinto da Costa e entrar vestido no mar de espinho 🥴🥃🥃🥃
Eu sei o que digo... 🍷🍷🍷🍷🥴
Já o digo há muitos anos.. 😂😂
De fato, seu artigo foi muito bem explicado gostei de ler.
ResponderEliminarResultado Hiper Bauru