quinta-feira, 2 de junho de 2011

E pluribus unum


Fim do "time out". Lido com atenção o texto do Ricardo, a minha reacção só pode ser explicada por uma espécie de ejaculação precoce, a sensação de insatisfação muito aumentada pelos comentários anónimos e como um destes disse, o amor ainda persiste, daí que fazer as pazes possa ser uma forma muito agradável de ultrapassar o desconforto do momentâneo descontrolo.
Primeiro, o Sport Lisboa e Benfica e nessa prioridade há que saber conviver com a diferença, gerir os desaguisados domésticos, distinguir os princípios do que é a espuma do momento e que diabo, desde que a coisa não se descontrole, porque não uns “xutos e pontapés”?
O SLB é o único clube de futebol em Portugal, existe por inspiração dos seus fundadores, não como cópia importada e transportada de Inglaterra por meninos queques, sejam estes descendentes da “Ferreirinha” ou do visconde de Alvalade. Os fundadores do SLB, tal como os criadores do jogo, fizeram-no porque eram uns tesos, não tinham cheta para outras práticas desportivas que exigiam maneiras e acessórios caros. O jogo podia fazer-se num qualquer baldio e os jogadores não precisavam de trocar os fatos-macacos ou as batas de caixeiros, era tudo ao molhe e pontapé para a frente. As regras exigiam 11 de cada lado, mas qual quê, como resistir ao fascinante apelo da redondinha, mesmo que foseem sete contra seis? Sabem, quando menino, andava sempre com a bola de borracha no meu saco, o que fazia de mim um dos putos mais populares da escola e da zona onde morava, escapando, sempre que podia para um dos mais degradados — no tempo, o “degradado” não fazia parte das emoções, era apenas um lugar pobre, onde moravam muitos dos meus amigos e que eram recebidos como encabulados príncipes em minha casa — bairros da minha cidade natal, o “Bairro do Leal” e era um ver se te avias, nenhuma distinção social, risos, pantufadas e a fraternidade da bola, aqui e alem as correrias à frente da polícia ou de um qualquer mais irado morador por causa de um mísero vidro partido! E o toque a fugir era sempre: “Vassoura”!
E podem acreditar, o inesquecível momento da minha primeira bola de “capão” – nunca vi a palavra escrita, era o que o que chamávamos à bola de couro – e a noite mal dormida e a interminável espera, qual véspera de natal, a ânsia de a poder ver saltitar no recreio escolar, bela e diferente, mesmo correndo o risco de uma das muitas chamadas dos Pais à escola e dos inevitáveis “ficar de castigo”, sem bola, até que comecei a ficar esperto e confiar nos outros: cheguei a casa, sem bola, desculpei que tinha sido roubada e pronto, nunca mais a bola ficou de castigo, havia alguém, qual cavaleiro do santo Graal, que nas suas mãos preservava o cálice sagrado e todos os dias o devolvia para a celebração colectiva.
Estão a ver? Com estas origens, com estas memórias, como poderia ter escolhido outro clube? E sim, é um dos fundamentos do meu benfiquismo, escolhi ser, pelos 7/8 anos, não nasci vermelho, nem sou porque sim. Foi em 1973, uma das poucas vezes que vi Eusébio ao vivo, de joelho entrapado, levando porrada de criar bicho, caindo e levantando-se, um sempre em pé achocolatado e o vermelho das camisolas…O Benfica perdeu e não o soube no momento que seria uma paixão para toda a vida, exclusiva, ao ponto de nos momentos de maior exaltação afirmar que em Portugal só existem dois clubes: o Benfica e os outros todos, o que corresponde, basicamente, à forma como vejo a coisa. Nem sempre foi assim, mas que diabo, as pessoas crescem, não é?
Portanto em vez de desancar o Ricardo, como me apetecia e ainda apetece, resolvi fazer uma incursão pelo ideológico, o perene contra o transitório, ainda que este seja importante, é da soma dos factos que se faz a vida, mas, sem referências, no relaxamento dos princípios, o que fazer com essa soma?
Agora Ricardo, depois do teu manifesto anti Vieira, o que vais fazer com ele? Depois da demolição, o que vais fazer com o entulho? Com toda a consideração, não existe no teu manifesto um único contributo construtivo, não há crítica, só destruição, dizes que não mas algo entre o preconceito e o ódio pessoal impregna todo o texto e o concordar com a maioria das críticas que lhe fazes não faz que me aproxime da tua posição, afinal trata-se do nosso clube e de um presidente, democraticamente eleito. No clube, nada de pauladas, nem com uma flor. E não se trata da questão de pacificação, do ram-ram unitarista, estou muito longe dessa perspectiva, aceito que a guerra civil pode ser uma forma de, a cirurgia dói-dói sempre, apesar de necessidade e pode dar-se o caso de na mudança de água do banho o bebé ir junto.
Há um problema nas guerras civis: antes de nos alistarmos, precisamos de saber porquê e quais são os nossos companheiros, quais os objectivos de um movimento que pode ter custos incalculáveis. Não quero mais Gaspares Ramos e outros notáveis, mais antigos ou saídos da “operação coração” damásia. Também participei, só que à minha maneira, ideológica. No tempo de estudante, quando o marxismo era, ainda, um apelo irresistível fui e deixei de ser sócio, conforme os acessos de outras paixões. Quando o Damásio proclamou que estávamos de tanga, fui à procura da inscrição inicial, e todo vaidoso, apesar do /A a seguir ao número e muito contente desembolsei vinte e tal contos para 12 anos de cotizações em atraso e depois, junto com outros malucos, pagávamos bilhete de “central” em todos os jogos, ficando apenas com o usufruto do lugar cativo. Puro estouvamento, a irracionalidade da paixão. Não me arrependo de um só tostão gasto na extravagância.
A questão que se coloca ao Benfica, com ou sem Vieira, é simples de propor: como conseguir alterar a actual correlação de forças no futebol português? O poder. Sabemos quem o detém, não é verdade? Para que o Benfica possa ter um projecto desportivo, que resulte do sucesso dentro do campo, é necessário alterar esse poder, sem o qual por muito boa que seja a equipa e o treinador, estaremos sempre sujeitos ao que aconteceu no início da passada Liga. Houve erros próprios, sem dúvida, mas convém não esquecer que apesar do Roberto, a equipa, em qualquer das derrotas jogou o suficiente para ganhar e ganharia não fora a ajuda de terceiros. Mesmo na Madeira, o Proença fez o que faz sempre que arbitra o Benfica: na dúvida prejudica-nos.
Portanto, Ricardo, construtivo será definir, as formas e meios de conseguir alterar o poder vigente ou como diria o outro: o que fazer? Há dias, o que agradeço, fizeste um contributo a um pedido que fiz e, no entanto, tratava-se um relatório de danos e é isso o que fazemos normalmente, ficamos a carpir as mágoas, atirando as culpas para terceiros, um infindável “muro das lamentações” e ninguém parece saber como dar a volta ao texto, missão nada fácil, para Vieira ou para alternativas em não confio. É isso, tal como vejo as coisas, por vezes há que reconhecer e aceitar que um Vieira é o mal menor, o possível no momento, não o desejável, tudo depende da existência de alternativas. É verdade que o perigo de estagnação está presente, em todo o caso uma coisa me parece evidente: o Benfica, como o demonstrou em 2009/ 10 e mesmo este ano, está vivo e pronto e isso é resultado das virtudes e defeitos de Vieira. Está à espera, não pode continuar assim por muito mais tempo, é preciso um novo protagonismo, com ideias, audácia e ideologicamente benfiquista. E quem? Não se riam, a coisa é séria, só vejo uma pessoa com esse perfil: Ricardo Araújo Pereira. Que tal, não acham que poderia ser um candidato para chefiar a revolução?
Prometi que faria uma proposta de como fazer a guerra ao poder e quais os meios. Irei fazê-lo, a coisa não é uma sinecura e no momento não estou muito entusiasmado, a erosão da época finda deixou-me um tanto gasto, odeio coincidências, e toda a temporada foi uma interminável coincidência. A promessa fica adiada, nunca fiando, sou também muito de repentes e creio já ter dado o pontapé de saída, candidato já há.
Fica um avanço do esquema: o que fazer com a FPF, a Liga, a Olivedesportos, os pequenos clubes, de quem o Benfica é contribuinte, nada recebendo em troca e uma comunicação social hostil, 90% ao serviço do poder vigente, veja-se o interessante serviçinho feito pela “publica” Lusa na definição de se a Taça da Latina contava ou não para o basquete do títulos. Sem esquecer as alianças e com quem. Tudo ao mesmo tempo e sem desleixar o interior. Estão a ver? Nada fácil. Apesar da enormidade das tarefas, o benfiquismo está pronto para a luta — não tenho nenhuma dúvida — à espera de objectivos compreensíveis e uma direcção que acredite nessa força imensa, uma força que mete medo a qualquer governo, quanto mais à procissão de compadres que manda no futebol português. E venham comigo, na nossa divisa “E pluribus unum”: O TODO É MAIS IMPORTANTE QUE A SOMA DAS PARTES, nada a ver com a bacoca tradução literal
Espero não os ter chateado…muito, diverti-me ao fazê-lo.

15 comentários:

  1. Ricardo, este troglodita da informática esqueceu-se do título. Podes corrigir? "E pluribus unum", obviamente.
    Um abraço.

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  2. Ok, RAP seria ideologicamente puro do ponto de vista Benfiquista, mas não percebe nada de contas, nem de estratégia, nem de negócios, nem de liderança. Era um barco simplesmente demasiado grande para ele. Por isso, a tua escolha é obviamente ridicula.

    Mas se ultrapassares os teus complexos marxistas, encontras em Bagão Félix um benfiquista verdadeiramente apaixonado, credivel, honesto, competente e experiente.

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  3. No entanto a ideia de ver RAP a debater com os outros presidentes.... Ui... Queria ver quem tinha paleio para ele!

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  4. Armando,
    Não sei se foi intencional, mas fez-me rir. Continuem assim que é desse modo que a malta mais gosta do Carnide: alheados e confusos, que é para haver paródia nos anos vindouros ...

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  5. Sim, o RAP numa reunião da Liga, ou a debater com o Madail depois de almoço ia ser de ir à lágrima.

    E a mandar bocas ao "Finas Ironias"...

    Não dá para o pôr a ele como porta-voz do clube?

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  6. Muito bom texto, Armando. Foi para isto que eu te fui buscar à terceira divisão, zona Norte, entre pelados, frangos assados e sandes de torresmos.

    "dizes que não mas algo entre o preconceito e o ódio pessoal impregna todo o texto e o concordar com a maioria das críticas que lhe fazes não faz que me aproxime da tua posição, afinal trata-se do nosso clube e de um presidente, democraticamente eleito."

    Democraticamente eleito, antecipando eleições. Para mim, na visão que tenho do Benfica, isto não é um pormenor insignificante. Antecipando eleições para evitar concorrência. E não, não tenho qualquer ódio pessoal ao Vieira - não é isso que me move quando o critico; apenas e só a defesa do Benfica. Erradamente ou não.
    "A questão que se coloca ao Benfica, com ou sem Vieira, é simples de propor: como conseguir alterar a actual correlação de forças no futebol português? O poder. Sabemos quem o detém, não é verdade? Para que o Benfica possa ter um projecto desportivo, que resulte do sucesso dentro do campo, é necessário alterar esse poder, sem o qual por muito boa que seja a equipa e o treinador, estaremos sempre sujeitos ao que aconteceu no início da passada Liga."

    Sabemos quem o detém e sabemos quem, indirectamente, o potenciou. Como defender um Presidente que patrocinou esta Direcção da Liga? Queixarmo-nos das arbitragens - que foram uma vergonha, aceito - quando temos um Presidente que apoioi este estado de coisas, sentando no poleiro Fernando Gomes, um ex-director do Porto? Que tipo de luta poderá ser essa quando, à partida, temos as pernas partidas. É que é pode parecer ridículo mas não é: Pinto da Costa nunca apareceu em público em apoio a Fernando Gomes. Os dois estarolas - Vieira e Bettencourt - fizeram capas de jornais com o actual Presidente da Liga de clubes. É este o homem que nos liderará a uma revolução do futebol português? Mais do que ter dúvidas, sei: não, não é.

    "Há dias, o que agradeço, fizeste um contributo a um pedido que fiz e, no entanto, tratava-se um relatório de danos e é isso o que fazemos normalmente, ficamos a carpir as mágoas, atirando as culpas para terceiros, um infindável “muro das lamentações” e ninguém parece saber como dar a volta ao texto, missão nada fácil, para Vieira ou para alternativas em não confio."

    Não concordo que eu apenas aponte falhas. Além de identificar os erros, geralmente procuro dar soluções, embora não me compita minimamente ser o ideológo do Benfica, porque sou apenas um adepto. Dou ideias e critico o que me parece ser um mau caminho para o clube. É o máximo que posso, podemos, fazer, comentadores anónimos sem quaisquer interesses de fazer parte da tacharia de cozinha da Luz.

    "Há dias, o que agradeço, fizeste um contributo a um pedido que fiz e, no entanto, tratava-se um relatório de danos e é isso o que fazemos normalmente, ficamos a carpir as mágoas, atirando as culpas para terceiros, um infindável “muro das lamentações” e ninguém parece saber como dar a volta ao texto, missão nada fácil, para Vieira ou para alternativas em não confio."

    É uma das preocupações maiores que tenho, Armando: quais as alternativas? Se elas forem um Bruno Carvalho ou um movimento cheio de equívocos, numa mescla de gente entre si inconciliável, como vimos há 2 anos, o melhor é dar a Presidência ao Eusébio. Obviamente tocas num ponto importante, a alternativa parece não existir. No entanto, parece-me mais que as pessoas que querem integrar uma alternativa preferem não aparecer já, não acabem humilhadas e apelidades de "abutres", como tão bem faz a guarda pretoriana de Vieira, apoiada pelo braço armado, a Benfica TV. É uma pequena tirania mas bem identificada. E, mais uma vez, este não é o meu Benfica.

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  7. "É verdade que o perigo de estagnação está presente, em todo o caso uma coisa me parece evidente: o Benfica, como o demonstrou em 2009/ 10 e mesmo este ano, está vivo e pronto e isso é resultado das virtudes e defeitos de Vieira."

    Quando, após 10 anos, o Benfica ainda hesita entre estar vivo e pronto e uma época decepcionante como a que tivemos, chega a ser ridículo darmos qualquer margem de manobra a Vieira. A questão não é vamorizar um ano que correu bem em 10, é perguntarmos a razão pela qual, em 10, em 8 perdemos o campeonato. Sim, os árbitros e a Liga - que o Vieira continua a patrocinar e a potenciar na medida em que apoia Gomes, confunde as amizades com Oliveira e Salvador com questões do clube -, mas são aprca explicação. Aliás, na época passada viu-se: bastou uma gestão desportiva correcta e o Benfica foi campeão. Contra árbitros, contra o sistema, contra tudo. Porque o Benfica é muito grande. Basta que esteja organizado decentemente para promover a possibilidade de hegemonia do futebol português. Mas não. Gnahou-se uma vez, destruiu-se e desbaratou-se tudo à forma das frases imbecis e das ideias megalómanas. Vieira é isto: um bronco. E sempre será, Armando. Nunca, com Vieira, o Benfica será capaz de ganhar consecutivamente. Vejamos a forma nojenta como trata o assunto Rui Costa: quando precisou dele para ganhar apoio para, dentro de um ano, vencer as eleições, chamou-o para um cargo em que as funções eram claras e abrangentes. Correu mal, estava sob crítica, o que faz ele, DEPOIS DE AS TER GANHO? Reduz-lhe os poderes, enfrenta ele a pasta do futebol. Este ano correu mal, para o ano há eleições, o que faz Vieira? Chama Rui Costa para o lugar onde devia ter estado sempre: na prospecção e contacto com jogadores. Porquê esta indefinição, porquê tanta mudança? Porque Vieira lidera assim: consoante a opinião pública. É um político, na pior acepção da palavra. Não, Armando, não é este que algum dia nos levará a algum lado. E não quero entrar pelas mentiras, traições, faltas de respeito que oa longo do tempo foi demonstrando pelos benfiquistas.

    "Está à espera, não pode continuar assim por muito mais tempo, é preciso um novo protagonismo, com ideias, audácia e ideologicamente benfiquista. E quem? Não se riam, a coisa é séria, só vejo uma pessoa com esse perfil: Ricardo Araújo Pereira. Que tal, não acham que poderia ser um candidato para chefiar a revolução?"

    Ao contrário de uns mentecaptos que aqui aparecem - para os quais discordar com argumentos é impossível, tal é o falho cérebro que têm -, não acho ridícula a ideia de Ricardo Araújo Pereira no Benfica. Não a Presidente, que não tem (ainda?) tarimba para isso, mas bem integrado na estrutura do clube. Olhe, no departamente de Comunicação, onde claramente é competente e seria de um fulgor tremendo termos alguém que sabe defender o Benfica com humor, ironia, inteligência.

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  8. Bagão Félix? Não vejo com estofo para liderar uma mudança no Benfica e no futebol português.

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  9. MM, tens razão. Continuemos assim, que esta paródia é gira. Mas não chega aos calcanhares de um clube que, em dois anos, ficou a 64 pontos da liderança. Essa paródia, por muita paródia que haja deste lado, nunca conseguiremos atingir.

    Felizmente, e ao contrário desses parodiantes, a vossa paródia só nos serve para rir e largar logo em seguida. Que nós não vivemos felizes pela desgraça alheia.

    64 pontos em dois anos. Sublime.

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  10. Pois não, vocês atingem mais 6ºs lugares, ou bi-campeonatos do "Vamos ver em pleno Milénio quantos anos (consecutivos) ganhamos a não-qualificação para uma prova Europeia". "1!", "Olhe que não, nós somos os Gloriosos comadre, vai ver que com jeitinho chegamos aos 2".
    Ricardo, grato pela informação dos 64 pontos em 2 anos. Confesso que eu é mais generalidades, ordinais: no caso, 4º, e também 3º, mas ainda bem que um dedicado benfiquista como tu tem o somatório de pontos do Sporting tão bem presente no espírito. É sempre útil.

    PS, estive a ler muito atentamente 3 textos para trás e espero que tu e o Armando, o Armando e tu, vós e o mundo, zanguem-se o menos possível. Ou não se zanguem de todo, em forma de ideal.
    Clube de bairro algum o merece.

    Cumprimentos e saudações ...

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  11. E pronto,tudo está bem quando acaba em bem.Espero não ter avacalhado muito nesta festa que foi a vossa reconciliação.Foram bons momentos,alguma tristeza pelo meio mas,no fim,o amor prevaleceu.
    Obrigado aos dois intervenientes por tão bons momentos.
    Ricardo,vou fazer uma proposta,porque é disso que o benfica precisa:uma vez que,o nome do RAP foi trazido à baila como possibilidade para o benfica,concordo que para o departamento de comunicação este seria,de facto,uma boa solução.No entanto tenho uma ideia que poderá ser ainda mais interessante:o Armando e o Ricardo para o departamento de comunicação do slb.Digam lá que não seria especacular...Afinal de contas humor,ironia e desavenças é convosco,tal e qual o slb!
    Sejam felizes e,por favor,não se zanguem mais,mesmo para um fura casamentos se torna difícil ser tão requisitado.

    Um bem haja.

    Fura casamentos

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  12. Ricardo,
    1-RAP: penso que ele está mais que pronto, a dúvida é se estarão reunidas as condições "políticas". E sabes que já defendi que seria mais importante RAP como director de comunicação que alguns dos cracks. Imagina a verborreia portista, sabendo que levaria com RAP logo a seguir, lembra_te como ele ridicularizou MST, ao ponto de ter sido saneado pela querida "Bolinha", uma completa pulhice dos Serpas, Neves e o Pereira, os quais sabiam que afastado o mais ou menos inútil Quintela, RAP não poderia ficar. Preparado? Tem 35 anos, treino político, ideologicamente é o que precisamos e para que servem os especialistas. De qualquer forma, aceito que é uma proposta de ruptura, exactamente aquilo que precisamos e responderia às criticas que fazes ao cinzentismo actual. Discutir com Madail ou Gomes, quem são estes tipos para dialogarem com o presidente do Benfica?
    Bruno de Carvalho, a primeira vez que o ouvi, pensei: "Que lata, um superdragão condidato a presidente do Benfica!"
    Bagão Felix, com desculpa pela expressão seguinte, para que queremos mais uma vagina saponácea? É um ecuménico, não o que precisamos, o necessário é um "assassino", alguém capaz de fazer a guerra sem ter que estar com discursos subjectivos ou fúteis proclamações e uma guerra destas teria que ser bem suja. Não é necessária uma declaração formal para conduzir uma guerra e a "chama imensa", desde que esclarecida, está pronta para o conflito. Falo do que fazer, por exemplo, com os clubes pequenos. A resposta passa porque estes comecem a compreender que o Benfica não está disponível para ajudar nos orçamentos e a ideia de boicote ao jogos fora foi uma ideia que defendo há muito e vimos como eles se inquietaram e assustaram, só que a necessidade não foi explicada aos benfiquistas e deu no que deu.
    Outra medida, urgente e necessária, as deslocações ao Porto e arredores. O governo deveria saber e sem qualquer dúvida, que se o Benfica fosse atacado, o autocarro voltaria mesmo para trás e fazê-lo, sem medo e veríamos o escândalo, nacional e internacional. Convenhamos, o Benfica não é o Moitaflores FC e se os rapazes, resolvessem, por exemplo, fazer o Benfica descer de divisão, mesmo perder pontos,a tal "chama imensa", se esclarecida e mobilizada, resolveria, facilmente, o problemazinho. Agora, Ricardo, diz-me, onde encontrar um tal comandante de guerra? Sun Tzu morreu há cerca de 2 700 anos, Mao há 30 e com Clausewitz, o menino iria fora com a água do banho.
    A coisa é simples, exige apenas alguém completamente descomprometido, nomeadamente, com os partidos,governos e necessidades de licenciamentos imobiliários e não seria, certamente, o uso de nenhuma medida drástica, bastaria que a hegemonia e seus apoios soubesse que estaríamos determinados a fazê-lo, se necessário.
    Fiquemos por aqui, são pequenas amostras do necessário para a implosão da hegemonia e integram-se no esquema que apresentei no texto acima.
    Não sendo o ideólogo benfiquista - mal para o Benfica - não prescindo de uma certa forma de olhar para o Benfica, afinal ninguém nasce revolucionário, que outra coisa não é que uma certa forma de organização mental, adquire-se, não é genética. Como poder ver, continuo a divertir-me.

    Caro MM, brevemente, enviarei um texto sobre os "noyaux" , uma investigação conduzida pelo zoólogo e ecologista francês Jean-Jacques Petter, realizada em Madagáscar, onde estudou algumas colónias de pequenos lémures - os Callicebos - cuj forma de vida e organização social se aplicam, que nem luvas ao Sporting. Sugiro, se mo permite, que dê uma vista pela Net, a informação existe.

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  13. Desculpem as calinadas, apesar de não afectarem o sentido.

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  14. Caro "Anónimo", compreendo que se sinta desiludido, afinal não vai haver o espectáculo público do benfiquismo a sangrar..., embora, muitas vezes, tenha dificuldade em quantificar e mais ainda explicar a diferença entre um besouro e uma pessoa, humana, claro. Deixem-se de tretas, de humorismos mais ou menos foleiros, mentes pequenas não somam, subtraem. Agora, se demonstrarem a estupidez e incoerência das ideias, estou disponível para aprender. Com toda a modéstia, ainda que este conceito não não faça parte da matriz mental deste humilde escriba, ainda que seja fotogénica.

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  15. Estimado Armando,
    Publique o texto, desenvolva a relacao.
    Discuti-lo-emos seguramente.

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Vai ao Estádio, larga a internet.