terça-feira, 24 de março de 2015

A substituição na derrota de Vila do Conde



Muito tenho ouvido sobre a ambição demonstrada pelo treinador do Benfica no final do jogo contra o Rio Ave.

O Benfica estava com 10 jogadores, o jogo estava empatado e próximo do fim e o adversário estava a jogar de forma organizada e a muito bom nível.

Dizem que no Benfica se joga sempre para ganhar. Dizem que o Benfica tem e tinha de procurar a vitória. Concordo, apesar de isso até ir contra as palavras de Jorge Jesus após o jogo com o Paços.

O que não entendo é a justificação para, naquelas condições, se jogar com 4 defesas, 4 atacantes e somente um médio que ainda por cima está agora a voltar à competição depois de uma longa paragem. Desde quando é que a melhor maneira de procurar o golo é encher o ataque com avançados? Desde quando é que a melhor forma de conseguir vencer o jogo é abdicar de defesas e/ou de médios em prol de ter mais avançados?

Claro que é importante ter gente na área para o último passe e para a finalização. Mas é menos importante ter gente que permita à equipa conseguir ter a bola? Mas é menos importante ter gente que consiga construir as jogadas?

Querem-me convencer que tirar o Pizzi para colocar o Lisandro, deixando a equipa só com o Amorim no meio-campo, dois extremos abertos e dois avançados, era a substituição óbvia de uma equipa quer queria ganhar.

Não conseguem. Via a equipa com maior capacidade de vencer o jogo, e ainda com diminuição de risco de sofrer o segundo golo, mantendo o Pizzi com o Ruben no meio campo e retirando um dos avançados para a entrada do Lisandro.

Aliás, até acharia melhor uma situação alternativa de três defesas, mantendo os 4 atacantes. Saindo o Eliseu, que estava já há muito a implorar para sair, entrando o Lisandro e ficando o Maxi ou o Ruben mais próximos dos centrais.

Abdicar do meio-campo para mim nunca é solução. Esta época tem sido uma constante para Jorge Jesus e só resultou uma vez, na Luz com o Mónaco, jogo em que o treinador encarnado optou por partir o jogo e ganhou aquela equipa que teve melhores executantes no ataque.

4 comentários:

  1. O JJ pensa que ainda tem o Enzo Perez e o Matic, que foram gigantes naquele ano e que conseguiram segurar o meio campo e a equipa. O 4-2-4 não é quaisquer condições, e já não se usa!

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  2. Santas palavras, meu amigo!
    Quando o Benfica se libertar deste espartilho e aberração intelectual, ainda, vai ser uma grande equipa.
    Continuo a afirmar que quem "manda" no Benfica é o Jorge: pelo que ganha e pela dependência que o presidente tem dele.

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  3. Record, de hoje: Jorge Jesus observa jovens da equipa B.
    ´Tou todo borradinho:devem estar a precisar de vender mais meia dúzia.

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  4. Há dois anos tinha o Matic, o Enzo,o Rodrigo, o Cardoso, etc.,etc.,e, no fim o Vitó enfiou-lhe a carapuça, e, nós benfiquistas ficámos com uma desilusão total.
    O J.J. é especialista em criar ilusões.
    Viva o Benfica Sempre

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Vai ao Estádio, larga a internet.