O Porto ontem conseguiu uma enorme vitória na Liga dos Campeões.
É uma vitória histórica para o clube azul e branco e um feito histórico por
confirmar em Munique.
O Porto foi melhor mas não há qualquer dúvida que a equipa do Bayern é muito superior à equipa portista. Portanto para tal resultado ser possível não só o mérito do Futebol Clube do Porto tem de ser discutido mas também outros factores como a sorte e o demérito alemão.
Aos 10 minutos já estava 2-0 e isso tem de mexer com qualquer equipa, seja ela a Académica ou o Bayern. Além do impacto negativo na equipa em desvantagem também é necessário relevar o boost de confiança que a equipa que está a vencer recebe.
Aos 10 minutos estava 2-0 e ao intervalo estava 2-1 e muito sinceramente não me recordo se o Porto criou alguma jogada de ataque durante toda a primeira parte.
O Bayern demorou a entrar no jogo e principalmente a recuperar do choque Quaresma. Melhorou com o aproximar do intervalo e reduziu a desvantagem.
Na minha opinião o verdadeiro jogo aconteceu na segunda parte.
Nos segundos 45 minutos assistimos sim a uma boa exibição do Porto. A primeira parte resumiu-se a luta, esforço e muita correria. Na segunda parte apareceu a posse de bola com qualidade, a construção de jogo, a confiança com bola e a serenidade.
Não se pode dizer que o Porto massacrou mas a verdade é que se superiorizou ao Bayern de Munique e isso é um feito.
Numa segunda parte de grande personalidade portista, o 3-1 apareceu com toda a naturalidade e justiça.
Esta vitória do Porto está longe de ter sido conseguida contra um Bayern B. Foi uma grande vitória conseguida contra um Bayern muito desfalcado mas mesmo assim o Bayern.
E que Bayern foi este?
Não estamos a falar de uma equipa que contou com 2 ou 3 ausências mas sim com 6 ou 7 e ainda com dois jogadores a recuperar ritmo e forma física após prolongada paragem por lesão.
Isto não se pode escrever os titulares num papel, analisar o valor individual dos jogadores e concluir quem está melhor ou pior. Muitas vezes quem é melhor não é quem está melhor.
Nunca se pode retirar as rotinas colectivas, o ritmo de jogo e a forma física na análise a um 11 titular.
Este Bayern apareceu no Dragão forçado a uma alteração táctica, com grandes jogadores de inicio mas sem rotinas colectivas apuradas, com dois jogadores no meio-campo longe da sua melhor forma física e sem banco para poder fazer mudar o rumo dos acontecimentos.
O meio-campo é a zona essencial em qualquer equipa de Pep Guardiola. É o sector que equilibra a equipa defensivamente, que envolve os defesas no início da construção de jogo, que transporta a bola até ao ataque, que cria os desequilíbrios ofensivos e que apoia os atacantes. O Thiago e o Lahm não se apresentaram em condições para contrariar a intensidade do meio-campo portista e muito menos para se juntarem ao Gotze, Muller e Lewandowski no ataque bávaro, o que levou ao isolamento de cada um destes três atacantes.
A profundidade alemã foi inexistente, o esperado perante mudança táctica que recuou os alas para as laterais e perante a inexistência de qualquer extremo no 11 bávaro, que costuma contar com Robben e Ribery.
O Porto apareceu muito melhor fisicamente e Lopetegui teve o mérito de explorar a diferença entre a condição física das duas equipas.
A este nível os nomes cada vez contam menos. Mas a este nível também nenhum resultado é definitivo.
Será assim tão difícil imaginar um 2-0 no Allianz Arena? E com o regresso de jogadores como o Schweinsteiger e o Ribery? E com a ausência do Alex Sandro e do Danilo?
Ontem foi uma enorme vitória portista mas a eliminatória está longe de se encontrar decidida.
Com esta vantagem irá o Porto defender o resultado em Munique? Mas isso não será favorecer o jogo alemão? Isso não será abdicar de, tal como no Dragão, exploro o "Ouro"? Então a melhor solução será arriscar com pressão alta?
As meias-finais e o fazer história ainda estão longe para a equipa de Lopetegui.
Olhando para dentro.
A sorte sorriu ao Porto ao colocar a recepção à Académica entre as duas mãos da eliminatória contra o Bayern. Depois do jogo de ontem muito dificilmente iremos ver uma equipa portista preparada para um jogo nacional de maior exigência.
Fica um aviso para o jogo da Luz. Um Porto que apareça em Lisboa a conseguir colocar esta intensidade no jogo, a conseguir pressionar alto deste modo, com o Jackson em forma e o Quaresma neste momento exibicional, vai exigir o melhor Benfica, tanto individualmente como colectivamente e como mentalmente.
Bem, 48 horas para o Restelo.
O Porto foi melhor mas não há qualquer dúvida que a equipa do Bayern é muito superior à equipa portista. Portanto para tal resultado ser possível não só o mérito do Futebol Clube do Porto tem de ser discutido mas também outros factores como a sorte e o demérito alemão.
Aos 10 minutos já estava 2-0 e isso tem de mexer com qualquer equipa, seja ela a Académica ou o Bayern. Além do impacto negativo na equipa em desvantagem também é necessário relevar o boost de confiança que a equipa que está a vencer recebe.
Aos 10 minutos estava 2-0 e ao intervalo estava 2-1 e muito sinceramente não me recordo se o Porto criou alguma jogada de ataque durante toda a primeira parte.
O Bayern demorou a entrar no jogo e principalmente a recuperar do choque Quaresma. Melhorou com o aproximar do intervalo e reduziu a desvantagem.
Na minha opinião o verdadeiro jogo aconteceu na segunda parte.
Nos segundos 45 minutos assistimos sim a uma boa exibição do Porto. A primeira parte resumiu-se a luta, esforço e muita correria. Na segunda parte apareceu a posse de bola com qualidade, a construção de jogo, a confiança com bola e a serenidade.
Não se pode dizer que o Porto massacrou mas a verdade é que se superiorizou ao Bayern de Munique e isso é um feito.
Numa segunda parte de grande personalidade portista, o 3-1 apareceu com toda a naturalidade e justiça.
Esta vitória do Porto está longe de ter sido conseguida contra um Bayern B. Foi uma grande vitória conseguida contra um Bayern muito desfalcado mas mesmo assim o Bayern.
E que Bayern foi este?
Não estamos a falar de uma equipa que contou com 2 ou 3 ausências mas sim com 6 ou 7 e ainda com dois jogadores a recuperar ritmo e forma física após prolongada paragem por lesão.
Isto não se pode escrever os titulares num papel, analisar o valor individual dos jogadores e concluir quem está melhor ou pior. Muitas vezes quem é melhor não é quem está melhor.
Nunca se pode retirar as rotinas colectivas, o ritmo de jogo e a forma física na análise a um 11 titular.
Este Bayern apareceu no Dragão forçado a uma alteração táctica, com grandes jogadores de inicio mas sem rotinas colectivas apuradas, com dois jogadores no meio-campo longe da sua melhor forma física e sem banco para poder fazer mudar o rumo dos acontecimentos.
O meio-campo é a zona essencial em qualquer equipa de Pep Guardiola. É o sector que equilibra a equipa defensivamente, que envolve os defesas no início da construção de jogo, que transporta a bola até ao ataque, que cria os desequilíbrios ofensivos e que apoia os atacantes. O Thiago e o Lahm não se apresentaram em condições para contrariar a intensidade do meio-campo portista e muito menos para se juntarem ao Gotze, Muller e Lewandowski no ataque bávaro, o que levou ao isolamento de cada um destes três atacantes.
A profundidade alemã foi inexistente, o esperado perante mudança táctica que recuou os alas para as laterais e perante a inexistência de qualquer extremo no 11 bávaro, que costuma contar com Robben e Ribery.
O Porto apareceu muito melhor fisicamente e Lopetegui teve o mérito de explorar a diferença entre a condição física das duas equipas.
A este nível os nomes cada vez contam menos. Mas a este nível também nenhum resultado é definitivo.
Será assim tão difícil imaginar um 2-0 no Allianz Arena? E com o regresso de jogadores como o Schweinsteiger e o Ribery? E com a ausência do Alex Sandro e do Danilo?
Ontem foi uma enorme vitória portista mas a eliminatória está longe de se encontrar decidida.
Com esta vantagem irá o Porto defender o resultado em Munique? Mas isso não será favorecer o jogo alemão? Isso não será abdicar de, tal como no Dragão, exploro o "Ouro"? Então a melhor solução será arriscar com pressão alta?
As meias-finais e o fazer história ainda estão longe para a equipa de Lopetegui.
Olhando para dentro.
A sorte sorriu ao Porto ao colocar a recepção à Académica entre as duas mãos da eliminatória contra o Bayern. Depois do jogo de ontem muito dificilmente iremos ver uma equipa portista preparada para um jogo nacional de maior exigência.
Fica um aviso para o jogo da Luz. Um Porto que apareça em Lisboa a conseguir colocar esta intensidade no jogo, a conseguir pressionar alto deste modo, com o Jackson em forma e o Quaresma neste momento exibicional, vai exigir o melhor Benfica, tanto individualmente como colectivamente e como mentalmente.
Bem, 48 horas para o Restelo.
Ficar moralizado com dois brindes também não é difícil, para um treinador que não seja medricas! Para bom entendedor, meia palavra basta, não?
ResponderEliminarExcelente análise a ressalvar o que é importante: se deram 3-1 ao Bayern, então temos de nos esforçar ainda mais.
ResponderEliminarFinalmente parece que para um benfiquista o Porto ganha com mérito. Aleluia, milagre.
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