Talvez ainda nem todos se tenham apercebido, mas andamos por estes dias a saborear a História do Clube a cores, em directo e em Alta Definição. A saga vitoriosa do Benfica atinge patamares quase impossíveis de igualar numa actualidade futebolística que não é pródiga, ao contrário de outras décadas, em ciclos vitoriosos tão consistentes por parte de uma equipa de futebol ao mais alto nível. Desconheço se este registo épico já é o melhor de sempre mas, mesmo que no passado tenha havido algo semelhante, há que reconhecer que, além do brilhantismo dos resultados consecutivos, o feito é atingido em 2011, era substancialmente mais competitiva do que quaisquer outras em que tenhamos chegado perto destes números. Saboreamos a História jogo a jogo, vitória após vitória, sempre no limiar de uma linha que pode acabar mas que teimosamente insiste em prosseguir vitoriosa, até um dia. E, quando esse dia chegar - que pode já ser amanhã, desde que a eliminatória seja ultrapassada -, é bom que haja a noção de que assistimos a um dos momentos de maior glória desportiva da História do Benfica. E que, depois desse interregno, nos preparemos para inicar outro ciclo igual ou melhor. Porque somos Benfica. Porque o nosso destino foi, é e será sempre o de Vencer.
Com a vitória em Alvalade (0-2), o Benfica conquistou a 10ª vitória consecutiva para o Campeonato. Nessas 10 vitórias, marcámos 29 golos e sofremos apenas 5, sendo que desde 28 de Novembro (vitória por 1-3 em Aveiro) que não sofremos golos longe da Luz. Média de 3 golos marcados por jogo e de 0,5 sofridos.
Com a vitória em Alvalade, o Benfica conquistou a 18ª (!) vitória consecutiva em provas nacionais. Nessas 18 vitórias, marcámos 49 golos e sofremos apenas 7, sendo que não sofremos qualquer golo há 6 jogos consecutivos. Média de 2,7 golos marcados por jogo e de 0,38 sofridos.
Com a vitória em Alvalade, o Benfica conquistou a 15ª (!) vitória consecutiva em todas as competições. Nessas 15 vitórias, marcámos 42 golos e sofremos apenas 7, sendo que, dessas, em 11 deixámos o adversário em branco. Média de 2,8 golos marcados por jogo e de 0,5 sofridos.
Com este registo absolutamente notável, duas perguntas devem povoar o universo dos benfiquistas:
- A que estado chegou o futebol português para que uma equipa com esta qualidade exibicional e, acima de tudo, de resultados, esteja a 8 (!) pontos do primeiro classificado?
- Descontando os prejuízos arbitrais, outra, provavelmente mais importante e mais facilmente controlável, deve surgir como reflexão: que custo para a época teve a megalomania estupidificante e falta de humildade com que se abordou o início deste ano competitivo por parte de quem nos dirige e treina?
Vencer uma vez não é difícil. Vencer muitas, consecutivamente, é. Para isso é preciso assimilar no Benfica algo que nos últimos anos, desde a derrocada ArturJorgiana, tem estado esquecido no clube: encarar o sucesso de forma natural. E, acrescento eu, sem bazófias nem prosápias de trazer por casa que mais não fazem do que condicionar uma época que tinha tudo para ser notável e de confirmação da hegemonia no futebol português da melhor equipa que esta década já viu.
1 comentário:
Concordo plenamente!
Saudações Benfiquistas
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