terça-feira, 30 de setembro de 2014

O Táxi Glorioso




No Táxi Glorioso difícil é escolher qual o melhor pormenor.

Será a caneta do Benfica? O pequeno jogador loiro envergando o Manto Sagrado? As penas encarnadas? O felino pendurado pelo pescoço? As joaninhas por cima do sinal de Não Fumadores? As chuteiras? O lenço vermelho? O cachecol debaixo do vidro e à frente? O galhardete? A bola vermelha e branca? O volante? O banco?

No Táxi Glorioso tudo é bom, barato, bonito e do Benfica.

domingo, 28 de setembro de 2014

Classificação após a 6º jornada:


1º Sporting - 10 pontos
2º Porto - 12 pontos
1904º Glorioso -16 pontos

Vai ao Estádio, larga a internet.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Onde está o Shikabawally?


Boletim Meteorológico

A inundação estragou o carro do Senhor Barros, que tinha estacionado junto ao rio por ser mais fácil chegar à papelaria da qual é feliz proprietário há 30 anos. A inundação entrou pela porta da papelaria do Senhor Barros e molhou o chão, molhou as revistas, molhou os jornais, fez dos maços de tabaco e das raspadinhas uma grande confusão molhada. O Senhor Barros tinha uma águia de loiça na montra que também acabou molhada e partida pela força da água que entrou pela porta da papelaria e foi subindo pelos degraus dos átomos. O Senhor Barros está molhado, tem as calças e as cuecas todas inundadas de água. As meias molhadas. Os sapatos molhados. Nadando dentro da papelaria, o Senhor Barros viu gente ser arrastada pela corrente que passava na rua e pensou que estava sonhando um sonho molhado. Levantou o braço cheio de gotas de água e culpou o Presidente da Junta. O Presidente da Junta culpou o Presidente da Câmara. O Presidente da Câmara culpou o Primeiro-Ministro. O Primeiro-Ministro culpou o Presidente da República. O Presidente da República culpou o Presidente da Comissão Europeia. O Presidente da Comissão Europeia culpou o Presidente dos Estados Unidos. O Presidente dos Estados Unidos culpou Deus. E Deus culpou o Senhor Barros por não ter visto o Boletim Meteorológico. 


terça-feira, 23 de setembro de 2014

Tudo bons rapazes

«Pinto da Costa foi hoje absolvido em jogo do "Apito Dourado". Em causa o FC Porto-Estrela da Amadora, de 2003/04. Equipa de arbitragem da partida, liderada por Jacinto Paixão, que chegou a ser visada pela justiça civil e desportiva foi igualmente ilibada.»

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

«Lima já não marca golos há 5 meses»





Nós, que não entramos em histeria com tudo o que os jornais dizem ou achamos que estão todos contra o Benfica, também já tínhamos saudades de uma verdadeira histeria dos jornais. Esta do Lima é extraordinária. Dá-se uma notícia sobre os meses que o jogador passa sem marcar golos sem sequer ter em atenção o facto de, em 5 meses, 3 terem sido de férias e de preparação sem jogos oficiais. É um jornalismo que tem muita saída, tal como discursos populistas de presidentes e políticos, mas é um discurso que nada diz. Pior, que engana.

De qualquer forma, afirmamos aqui o nosso regozijo pela histeria sobre Lima. É que assim já não restarão dúvidas que às excelentes exibições que tem feito (com assistências e tudo, para os fanáticos da estatística) Lima marcará pelo menos dois golos já no Domingo.

E depois terão de escrever outra notícia qualquer. Propomos para capa de Segunda-feira: «Lima só marcou dois golos nos últimos 5 meses».

Os 10 melhores jogos que "ontem" vi no Estádio da Luz

Agora toda a gente faz listas de qualquer coisa. Ao menos que façamos listas de algo fundamental para a existência do mundo, como os 10 melhores jogos que vimos no Estádio da Luz.

Os meus são estes:

1 - Benfica - S. Bucareste (1988, meias-finais da TCCE) - 2-0.
2 - Benfica - Marselha (1990, meias-finais da TCCE) - 1-0.
3 - Benfica - Juventus (1993, quartos-de-final da Taça UEFA) - 2-1.
4 - Benfica - Sporting (1993, Campeonato) - 2-1.
5 - Benfica - Parma (1994, meias-finais da Taça das Taças) - 2-1.
6 - Benfica - Inter (2003, Taça UEFA) - 0-0.
7 - Benfica - Sporting (2005, Campeonato) - 1-0.
8 - Benfica - Sporting (2010, Campeonato) - 2-0.
9 - Benfica - Fenerbahçe (2013, meias-finais da Liga Europa) - 3-1.
10 - Benfica - Porto (2014, meias-finais da Taça de Portugal) - 3-1.

E os vossos?

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

O Presidente Bruno de Carvalho, saturado com todas estas injustiças, pegou nas malas e levou o Sporting para Espanha.


Mónaco x Bayer Leverkusen



Estive esta tarde a ver o jogo que opôs os restantes adversários do Benfica nesta fase de grupos da Liga dos Campeões e, por volta do minuto 55, Leonardo Jardim decide chamar ao jogo um tal de Bernardo Silva (já ouviram falar?) em substituição de Ocampos, colocando o jovem Português sobre a ala direita do ataque Monegasco.

E não é que o nosso menino deu à equipa exactamente o que ela precisava num jogo da Liga dos Campeões e frente ao actual líder da Bundesliga? Bernardo Silva trouxe capacidade e qualidade de transporte de bola, fintou, trocou os olhos a meia equipa adversária, partiu os rins a outros tantos, arrancou faltas, sacou um amarelo, fez passes de morte, recuperou bolas, enfim, “só” não rematou, de resto, no que diz respeito a acções positivas, fez de tudo o que possam imaginar.

Perante mais esta evidência só me apetece deixar uma sugestão a Jorge Jesus:

Da próxima vez que quiser demonstrar e fazer valer o seu enorme conhecimento e genialidade para a identificação de talento no mercado brasileiro, em vez de dizer “Conheciam tanto o Talisca como eu conhecia o D’Artagnan”, diga antes “Conheciam tanto o Talisca como eu conhecia/conheço o Bernardo Silva”. De uma só vez consegue ser mais fidedigno e não deixa de passar sua mensagem.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Champions na Luz com o pé esquerdo





Infelizmente não se pode começar só a jogar quando se está em desvantagem numérica e a perder por dois.
Os erros do costume continuam a causar dissabores.

A maus 25 minutos o Benfica juntou outros 65 melhores mas desesperados.

Não há espaço para vitórias morais e ganhar na Alemanha é uma obrigação. Não somos assim tão pequeninos para nos contentarmos com campanhas da Liga Europa.

Não há como não ressalvar o brilhante momento final por parte daqueles que mais amam e sentem o clube. Foi tremendamente emocionante.


Carreguem só mais um bocadinho

Em finais de Agosto, após o sorteio dos grupos da Champions, escrevi na página do Facebook qualquer coisa como "Lá teremos de ir à 3ª final da Liga Europa".

"Mentalidade de merda a tua" e "Deves ter saudades dos duelos com Roda e Lierse"  foram alguns dos mimos que recebi de gente que acha que apoiar muito na internet e dizer "eu acredito" é o suficiente para nos levar longe numa competição com esta. Gente que julga que 11 cepos, pelo simples facto de andarem de águia ao peito, podem conquistar o mundo e arredores. Gente que pensa que o Emerson, o Cortez e o Luis Filipe precisam é de muito apoio e não de tacto nos pés. Gente que, infelizmente, é muita gente. Gente a quem queria lembrar que o grande favorito à vitória da Champions League perdeu esta noite. Em casa. Com uma equipa com nome de máquina de lavar roupa. Portanto, façam o favor de carregar com mais força.

Ao intervalo

Houve mudanças. Jogadores de pior qualidade em posições fulcrais... 
Mas a primeira coisa que se viu foi medo. Medo de jogar na champions...
(Só depois do 0-2 é que passou)

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Guarda Abel e o portista Presidente da Associação Portuguesa de Adeptos do Desporto

Guarda Abel faz esta comovente dissertação no seu mural, bem na tradição conhecida entre os seus pares. Já o Presidente da Associação Portuguesa de Adeptos do Desporto preferiu ir directamente à página do fiscal do Vitória-Porto deixar uma bonita mensagem:


São hábitos enraizados desde o final dos anos 70, há que continuar, preservar e melhorar. Digamos que é «tradição».

Liga dos Campeões



Quando tomei conhecimento do sorteio da fase de grupos da Liga dos campeões, confesso, fiquei apreensivo. Os nomes causaram-me um certo calafrio. O grupo, acontecesse o que acontecesse, seria sempre equilibrado. Naquela altura parecia-me tão natural que qualquer das 4 equipas fosse 1º ou 4º no final dos 6 jogos.

Como é óbvio, aquela primeira sensação de dificuldade decorria de factores essencialmente teóricos, ainda não tinha visto qualquer jogo daquelas equipas durante esta época. Procurei arranjar tempo para ver algo, mas só este fim-de-semana me foi possível faze-lo e só vi o Mónaco e o Leverkusen. Vistos o jogos, cheguei ao final de ambos com melhores perspectivas do que antes.

Mónaco: Organiza-se no 4x3x3 habitual de Leonardo Jardim, procurando apresentar uma ideia de jogo positiva, baseada na qualidade de posse de bola e de ataque organizado. Porém, no plano ofensivo, falta-lhe um verdadeiro organizador de jogo e condutor de bola no sector intermédio. Nenhum dos seus médios habitualmente titulares tem essas características, diria até que os 3 (Moutinho, Kondogbia e Toulalan) são jogadores com características muito similares entre si, ou seja, todos são os designados jogadores da posição 8 e nenhum deles me parece ser o 10 ou sequer o 6 que um meio-campo a 3 necessita. Neste sector é Toulalan quem assume o papel mais defensivo e posicional, estando os restantes 2 mais libertos para tarefas ofensivas e mais responsáveis por uma linha de pressão mais alta. O problema é que Toulalan – que já se encontra na fase descendente da sua carreira – não demonstra capacidade para assumir o papel de médio de equilíbrio de forma segura e capaz, pelo contrário. Este parece-me ser o grande calcanhar de Aquiles da equipa. Toulalan não assegura um posicionamento defensivo capaz (algo que me parece decorrer de alguma incapacidade física) abrindo um espaço muito grande entre ele e a dupla formada por Moutinho e Kondogbia. Sem qualidade táctica neste espaço do terreno o Mónaco expõe os seus centrais às entradas dos médios adversários que aparecem desde trás em posse ou em desmarcação, sendo por aqui que a equipa Monegasca mais sofre. O seu sector mais recuado também não parece ser de extrema qualidade. Aqui há a destacar Ricardo Carvalho e o seu lateral esquerdo Kurzawa como elementos de melhor qualidade. Qualquer que seja o parceiro do central Português (Raggi e Abdennour têm sido os mais utilizados), parece ficar aquém do nível que se seria de esperar. Na lateral direita o mais utilizado é Fabinho, que penso ter um potencial interessante, mas por impossibilidade deste, foi Dirar o utilizado e não acho que seja melhor que o Brasileiro. O tridente ofensivo é, normalmente, formado por Berbatov (ao centro), Ocampos e Ferreira Carrasco (nas alas). Os dois jovens extremos parecem-me muito semelhantes, ou seja, bons tecnicamente, rápidos e irreverentes, mas com um fraco entendimento colectivo do jogo e má capacidade de decisão. Quando são pressionados e obrigados a decidir rapidamente, normalmente falham. Ainda assim, ambos revelam boa capacidade para chegarem a zonas de finalização, normalmente quando a bola parte do flanco oposto ao seu.

Em suma, neste o memento, o Benfica é claramente superior a este Mónaco. Aliás, a equipa francesa parece-me ser a equipa mais fraca do grupo e qualquer outro resultado que não passe pelo 4º lugar, deixar-me-á surpreendido.

Leverkusen: Organiza-se no 4x2x3x1 habitualmente utilizado pelas equipas Alemãs e apresenta uma ideia de jogo muito sustentada na sua capacidade ofensiva. Do meio-campo para a frente são temíveis, mas também são débeis na capacidade defensiva. Fazem lembrar o Benfica de Jorge Jesus dos primeiros 4 anos, ou seja, podem golear com a mesma facilidade com que podem ser goleados. Conseguem momentos de avalanche ofensiva absolutamente impressionantes, mas ao mesmo tempo abrem buracos, não menos admiráveis, na sua defensiva. O guarda-redes (Leno) parece-me ser o melhor elemento do sector mais recuado, sendo que a dupla de centrais (Toprak e Spahic) não parecem “casar” bem um com o outro e são muito débeis a guardar o muito espaço que deixam livre nas suas costas. Curiosamente o melhor central parece-me ser Tim Jedvaj que tem sido adaptado à lateral direita. Mas não se pense que o jovem Croata não ataca, porque é um erro. Ataca e fá-lo com qualidade, ainda que o não faça com extrema quantidade. Na esquerda surge Boenish que, confesso, não consegui avaliar com a profundidade necessária. No sector intermédio surgem as melhores unidades. Um duplo pivô composto por Castro e Bender, dois médios de alta intensidade e boa capacidade de construção, sendo que é Castro quem tem mais liberdade para se chegar a zonas de finalização. Na posição 10 aparece o dono de todos os lances de bola parada (e fá-lo com qualidade) de nome Hakan Calhanoglu. É por este jovem Turco que passam os lances de maior perigo da formação Alemã. Dono de uma boa meia-distancia e de uma capacidade de progressão com bola e bom entendimento do espaço e do tempo. Não me parece que seja possível estancar o ataque Alemão sem controlar eficazmente este jogador. Nas alas surgem Oztunali e Bellarabi, dois jogadores com uma rapidez assinalável e boa capacidade para chegarem a zonas de finalização com qualidade. Para as alas há ainda a considerara o Sul-Coreano Heung-Min Son que me parece ser o melhor destes 3. Rápido, remate fácil, excelente capacidade técnica e, como é habitual nos jogadores asiáticos, grande capacidade de sacrifício para o trabalho colectivo. Na frente surge o mortífero Kiessling. Um ponta-de-lança, literalmente, da cabeça aos pés. Um avançado que respira como ninguém entre os centrais, seja no choque, seja na velocidade e no espaço.

Em suma, será sempre um adversário complicado, mas parece-me ao nosso alcance. Sem ver o Zenit e tomando-os como principais favoritos ao apuramento, penso que o Leverkusen poderá ser o nosso principal adversário na luta pela outra vaga de apuramento.

Se quisermos ter hipóteses de apuramento para a próxima fase é essencial que consigamos vencer os dois jogos com o Mónaco (algo que me parece perfeitamente alcançável) e vencer o jogo que temos em casa com os alemães. Frente ao Zenit em casa e ao Leverkusen fora é imperioso, pelo menos, não perder. Se não formos capazes de fazer isto, então não somos mesmo equipa de Liga dos Campeões.

domingo, 14 de setembro de 2014

Mais um roubo contra o Sporting




As mãos de Slimani são agarradas dentro da área pela camisola do jogador do Belenenses. Uma falta ofensiva da malha azul de Meira que ficou por assinalar a favor dos leões.


sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Sem mácula



5-0 algo exagerado, mas revelador da superioridade demonstrada pelo Benfica face a um Vitória combativo e muito compacto até ao primeiro (genial) golo.

Gostei da dinâmica colectiva da equipa. Gostei da estreia de Samaris, dando o equilíbrio necessário à equipa naquela zona do terreno e demonstrando boa capacidade de construção ofensiva, sendo que esperava uma outra capacidade e continuidade na sua chegada às zonas de decisão, mas acredito que o não tenha feito por ordens de JJ. Gostei ainda da forma como a equipa procurou, já com o jogo resolvido, dar o golo que tem faltado a Lima, ele que fez uma das melhores exibições da noite, com as movimentações interessantes e importantes que lhe conhecemos e com excelente entendimento colectivo do jogo. Faltou-lhe o golo que visivelmente tanto procura e precisa para aumentar os seus níveis de confiança. Finalmente, adorei, como cada vez mais, Gaitan. É cada vez mais delicioso desfrutar da sua genialidade. Simplesmente sublime.

Só houve uma coisa de que não gostei, nem tenho gostado nada. Falo de Enzo. O Argentino tem-se exibido a bom nível, como é seu timbre, mas tenho-lhe notado falta daquela alma que tanto o caracteriza e que todos tanto gostamos e admiramos. Talvez seja apenas impressão minha, mas é a ideia que me tem dado.

Era importantíssimo vencer um jogo que antecede a estreia na Liga dos Campeões e numa jornada em que o FCP tem uma saída difícil, criando assim alguma pressão no adversário. Missão cumprida e sem qualquer mácula.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Finalmente Paulo Bento

Paulo Bento fora da Selecção Nacional.
Excelente noticia!

Seleccionador fraco, treinador mediano mas com tempo para melhorar se quiser.
Ao demitir-se recuperou um pouco daquele respeito que já tinha perdido por ele.

O ciclo dele acabou no Euro-2012 e nestes últimos tempos foi um desgaste total da sua imagem e da imagem da selecção.

1 mês para o jogo com a França e a deslocação à Dinamarca.
2/3 semanas para o Fernando da contabilidade Gomes escolher e contratar um treinador ambicioso, dinâmico, sem medo de arriscar e que compreenda de forma geral o que significa uma selecção nacional.

Sugestões?

sábado, 6 de setembro de 2014

E porque não mudar?



Com o mercado encerrado e com a inscrição do plantel para a Liga dos Campeões completa, podemos cruzar dois dados importantes: 1 – Com a entrada de Samaris e Cristante, passamos a contar com dois médios de qualidade inegável e que se juntam a Enzo; 2 – Não chegou o tal avançado com as características de Rodrigo que JJ disse pretender (mesmo que Jonas entre não será elegível para os jogos Europeus até Janeiro).

Deste cruzamento de factos retiramos a ilação de que, neste momento, possuímos gente qualificada e capaz para o trabalho no centro da equipa, mas falta-nos alguém que se assuma como principal elo de ligação entre o meio-campo e o ataque. Gaitan parece-me o elemento mais certo para esse papel, mas também me parece que JJ não quer explorar esta solução de forma definitiva.

Sendo assim, porque não tentar uma solução com um meio-campo a 3? Porque não “casar” Enzo, Samaris e Cristante num mesmo 11? Porque não deixar Gaitan e Sálvio para as alas e enquadrar melhor as alternativas que temos para o centro do terreno como Talisca, André Almeida, João Teixeira ou até Pizzi (de quem o nosso treinador diz ser um jogador claramente interior)?

No plano interno até admito que, talvez, o melhor plano passe mesmo pelo 4x4x2 que JJ prefere, mas nos jogos Europeus e nos mais difíceis do nosso campeonato, porque não alterar este pensamento, potenciando assim a utilização dos nossos melhores intérpretes em simultâneo?

A saída de Rodrigo deixou um vazio muito grande na posição de segundo avançado que o clube não soube, não conseguiu ou tão só não quis resolver. Por um lado há Gaitan que no meio explana em todo o seu esplendor a sua capacidade técnica na hora do passe e toda a majestosa classe da sua visão de jogo, mas que não tem a chegada à área adversária necessária para aparecer nos espaços abertos pela mobilidade de Lima. Por outro lado, temos o próprio Lima que durante muito tempo actuou naquela posição (com Cardozo como avançado de referência), que assegura uma boa capacidade de finalização vinda de trás, mas que está longe de ter a rotatividade ou sequer a capacidade de condução de bola que Rodrigo dava à equipa.

Sim, Jonas pode ser uma óptima solução para esse vazio mas, repito, não será elegível para a Liga dos Campeões. Daí que me pareça que deveria ser considerada a hipótese de alteração do sistema táctico, facto que a ocorrer pouparia ao clube a contratação de Jonas.

Para lá das características do actual plantel há ainda outro factor a favor desta possível mudança: Na primeira metade da época passada, quando JJ mudou o sistema para o tal 4x3x3 com Enzo, Amorim e Matic, a equipa respondeu muito bem e foi nessa base que eliminamos o Sporting para a Taça de Portugal (nesse sistema vencíamos o jogo por 3-0, altura em que Amorim se lesiona e JJ volta ao seu sistema predilecto, com o resultado que sabemos) e foi em 4x3x3 que fizemos o melhor jogo da Liga dos Campeões do ano passado, sem embargo da derrota: Na Grécia frente ao Olympiakos.

Sei que seria preciso quase um milagre para que JJ se convertesse ao 4x3x3, mas…