Tenho pena que neste Benfica não haja tempo para divulgar e elogiar as boas iniciativas - enquanto lemos algo que nos agrada (e que vai sendo raro), logo aparece outro acto de incompetência que mancha o primeiro e lhe retira consistência.
Falo, claro, do regresso de António Carraça ao Benfica. Um homem que saiu incompatibilizado com Vieira há menos de 4 anos, que deu há dois anos, numa entrevista ao "Academia de Talentos", sinais claros de contestação em relação às ideias e métodos do actual Presidente do Benfica, reentra no clube pela porta grande, logo para um cargo de extrema importância: Director para o Futebol.
É caso para perguntarmos que espécie de trabalho fará e, fundamental mas que parece não ser prioridade para os dirigentes do Benfica: porquê mais um não-benfiquista na estrutura do clube? Não ponho em causa a competência de Carraça - que acredito existir -, pergunto-me, e pergunto-vos, se não haverá gente competente benfiquista para fazer a ligação entre jogadores e Presidente.
Num cargo vital para o clube, em que a paixão, além da razão, tem de existir e é potenciadora de uma dinâmica de vitória e propiciadora de uma identidade consistente e alicerçada no benfiquismo, como fazê-lo se o Director para o Futebol não é do Benfica? Gostava que me respondessem os que, cegamente, vão assobiando para os lados e fazendo longas vénias às escolhas de Vieira.
Não bastavam Jorge Gomes, Paulo Gonçalves, Domingos Soares Oliveira, Vieira e João Gabriel; eis a cereja em cima do bolo ausente de benfiquismo: António Carraça. Por que razão não escolher Pedro Emanuel para adjunto, Manuel Fernandes para técnico dos juniores ou António Oliveira para Director de Comunicação? Pintar o Estádio de azul, o Seixal de verde e trazer o Macaco para liderar os No Name Boys ou o Miguel Sousa Tavares para as crónicas no jornal do clube? Deixo estas ideias para que os dirigentes do Benfica pensem seriamente nelas. Qualquer uma que venha a ser produzida no futuro já não me surpreenderá.
O que me surpreendeu, pela positiva, foi a notícia que dá conta de que Manuel Sérgio será a partir de agora colaborador próximo do Benfica, especificamente de Jorge Jesus. Uma escolha inteligente que surpreende de tão rara no universo das escolhas incompetentes dos dirigentes do Benfica. Manuel Sérgio é um homem sábio, culto, conhecedor por dentro do futebol, experiente e com a inteligência suficiente para observar, analisar, aconselhar Jesus sobre jogadores, modelos e sistemas de jogo da equipa e dos adversários, inventoriar evoluções de atletas, detectar-lhes o potencial.
Manuel Sérgio fala em criar um "departamento de inteligência competitiva". Nada mais correcto e que só peca por tardio. Já muitas equipas o fazem a nível profissional. Que tenha sido Jesus e não o Benfica a pensar nesta solução, por um lado significa que, de facto, há pouca gente a pensar o futuro dentro daquele clube; por outro, pode dar-nos um sinal positivo sobre a possibilidade de Jesus ter ganho alguma humildade e a sua disponibilidade para a aprendizagem com os mestres. Pena é que, repetindo-me, tenha sido assombrada tão bela notícia com mais uma escabrosa e estúpida escolha da nossa Direcção. Definitivamente, não temos sossego.
19 comentários:
já agora, se a memória me não falha, o velhote é... do Belenenses.
não escapa um.
carlos
1 - Ricardo, por vezes o que escreves quase me surpreende, o que é óptimo. Por exemplo, louvas a “entrada” do Prof. Manuel Sérgio na estrutura e criticas que o mesmo tenha acontecido com António Carraça, mais um não benfiquista, ainda que me falte informação para ser tão peremptório. Tenho um respeito crítico sobre o cidadão Manuel Sérgio, são de sua autoria alguns dos melhores textos que li e estudei sobre sociologia do desporto. No entanto, desde a sua incursão pela política e a sua candidatura pelo partido dos reformados, a minha opinião sobre o cidadão tornou-se mais interrogativa, o homem revelou uma capacidade de flutuação muito próxima do oportunismo. As suas últimas intervenções públicas, confirmam a tendência de “Manuela vai com as outras” e se há alguma que me desagrada nas “Manuelas” é o carácter saponáceo das respectivas vaginas. Concordo que tenha sido uma boa escolha, o treinador do Benfica precisa do tipo de acompanhamento que o Prof. pode providenciar, alguém entre o psiquiatra e o padre. Enfim, o “bom” e “óptimo” não são a mesma coisa.
2 – Há algum tempo, no texto que fiz sobre os “noyaux”, perguntei se nós íamos a caminho, isto é, se não estávamos a aproximar-nos do sportinguismo. No Benfica existe uma forma de aristocracia semelhante, são os nossos “notáveis” e para estes LFV é um arrivista, alguém que não possui estatuto para presidente do Benfica, o que no mínimo demonstra um completo desconhecimento da cultura e história do Benfica, um clube onde os arrivistas são os notáveis.
Disto resulta que se os notáveis não aceitam a emergência e afirmação do arrivista LFV, este responde na mesma moeda. E quem paga?
3 – AC fez um excelente trabalho na formação, para onde foi chutado pelo Veiga, uma transitória eminência parda, a mesma vergonha que o nosso juiz de estimação do “Vencer, vencer” queria colocar à frente do clube.
4 – A ver vamos o significado da alteração de funções de Rui Costa. No plano teórico, diria que o Rui estará, finalmente, colocado onde deveria estar, próximo da decisão, próximo do presidente, dando a este o suporte ideológico, a credibilidade que falta neste particular a LFV. O Rui e não o presidente nem os profissionais da comunicação, deve ser a nossa voz pública. Os “notáveis”, a sua maioria odeiam mais o Rui que o presidente, o nosso”10”, sempre deu ao Benfica, nunca recebeu nado do que merecia. Veremos se LFV e a maioria dos benfiquistas conseguem diferenciar o que é essencial da conversa de gralhas.
PS. Ricardo pouco me interessam concordâncias, embora as respeite e considere. Na discussão, o contraditório, quando não competitivo ou eliminatório, é muito mais estimulante na procura da síntese. A questão que enunciei — a escolha do modelo de gestão — é para mim tão importante que a adopção da mesma corresponderia a uma espécie de REFUNDAÇÃO do clube. Não sou criador da coisa, dispenso a paternidade, afinal sou do Benfica. Foi um arranque e se os méritos são indiscutíveis, a proposta pode e deve ser aprofundada e a blogosfera benfiquista poderia determinar ou ajudar a definir o futuro do Benfica. Seguramente estão muito mais preocupados com os respectivos umbigos. Daí a explicação do “porque não” de ontem.
A competência não tem nem cor, nem clube, nem país, nem nada. Está espalhada uniformemente por todo o mundo. Os racistas, os xenófobos, etc., é que só gostam dos seus.
XXI century, remember?
A ultima vez que cedemos a parvoices destas foi mandar embora o 'antigo tradutor' que era o Porto (o que até era mentira) para contratar o grande Benfiquista Toni e depois o grandíssimo Benfiquista Jesualdo...
Armando, parece-me claro que o cargo de um, Carraça, e o cargo de outro, Sérgio, nada têm de semelhante no que é a importância e poderio dentro da estrutura do Benfica. Não me importo absolutamente nada que um colaborador do nosso treinador seja de outro clube (como, aliás, o próprio técnico); e claro que me importo e me preocupo que uma pessoa que trabalha diariamente com os jogadores, que faz a ponte entre jogadores/equipa técnica e o Presidente seja uma pessoa sem paixão. Parecem-me óbvias as diferenças e importâncias.
Como disse, não ponho em causa a valia de Carraça, que me parece que a tem em doses substanciais. Mas não aceito que o Benfica construa uma equipa de dirigentes/funcionários ligados ao futebol de não-benfiquistas. A conversa absurda do Manuel sobre o "XXI century" e "xenófobos" é das coisas mais ridículas que alguma vez li - só quem vive cego de submissão pode escrever uma coisa com o nível de patetice tão elevado. Como se procurar competência e benfiquismo fosse algo ultrapassado ou impossível de criar. Peço desculpa, o Barcelona, o Milan, o Ajax, etc, etc, discordam muito desse conceito apalermado. E não é que estejam mal.
Carlos, outra vez? Pensava que não comentavas aqui. E, se em vez de "parvoíces", justificasses o facto de haver cada vez menos benfiquistas onde devia haver cada vez mais, ou seja: no centro de tudo: o futebol?
Ora aqui estou eu de novo.
Ricardo, o que o Manuel escreveu não é de todo ridículo, ou consegues desmenti-lo? A competência, de facto, não tem cor, nem raça, nem nacionalidade.
Claro que será sempre melhor ter dirigentes que sejam de coração do nosso próprio clube, mas será que o LFV é benfiquista de coração? Não tem feito um trabalho aceitável à frente do teu clube?
Haverá melhores? Certamente que sim. Haverá melhores e benfiquistas de coração? Certamente que sim. Será inteligente condicionar a escolha de um presidente a quem é benfiquista de coração? Talvez seja, mas restringe-te o número de possiveis candidatos. Achas que o Pinto da Costa se importou de ganhar a Liga dos campeões com um treinador que não era Portista de coração?
Mike, o que é ridículo no que o Manuel escreve não é ele afirmar que a competência não tem cor nem raça nem nacionalidade - isso é óbvio, e só gente muito doente do cérebro pode atribuir características superiores a um determinado clube apenas e só por serem adeptos desse clube - conheço uns quantos que pensam assim, tu também, mas quando se chega a esse patamar é difícil qualquer tipo de conversa lúcida.
O que é ridículo no que o Manuel escreve é afirmar que é xenofobia e ultrapassado eu querer gente do Benfica na estrutura do clube. Que moderno, o Manuel. O problema do moderno é que cai muitas vezes no ridículo. Parece que agora está na moda falar-se em "profissionalismo no desporto". Como se fosse impossível aliar paixão ao profissionalismo. E, de facto, então benfiquistas, que somos tão poucos, não se encontra nem um para Director de Futebol.
O meu futebol, a minha ideia de clube é outra. Vejo que não é a mesma que a do Manuel, do Carlos, de ti também, pelos vistos. Para mim, só faz sentido existir um clube se ele viver de gente que o ama. Gente competente que o ama. Isto na sua estrutura directiva. Quanto à tua última pergunta, é óbvio que concedo que nem todos os jogadores ou treinadores necessitem dos mesmos requisitos. Mas quem manda, quem organiza, quem planeia, quem, no fundo, dá vida ao clube, esse, para mim, tem de estar íntima e ubilicalmente ligado ao clube. Não consigo ver o clubismo de outra forma.
E, não, Vieira não é do Benfica e não tem feito um trabalho razoável.
Então não admites a possibilidade de ter um presidente que de coração seja do Setubal, por exemplo, mas que com o tempo passe a ter o benfica no coração?
E já agora, todas as pessoas da direção terão que ser benfiquistas ou basta o presidente ser?
Não me faz sentido que um Presidente de clube - muito mais de um clube grande, que permite uma abrangência de vários perfis - seja de outro e só depois de ser Preseidente é que comece a conhecer o clube que preside. É que isto de gostar de um clube tem as suas vantagens: conhecemos-lhe a História; cuidamos de enfrentar os defeitos, porque os conhecemos; aproveitamos as qualidades; respeitamo-la; conhecemos os seus adeptos; trabalhamos mais por ele (o amor favorece o sacrifício), queremos-lhe sempre bem e não preferimos outros interesses ao capital interesse: o do próprio clube.
Quanto à Direcção, por mim, sim. Todos. Mas aceitava que um ou outro, por ser excelente na sua área e não se encontrar benfiquista do mesmo nível, pudessem ser a excepção da regra: um sentimento colectivo benfiquista. O que não aceito é que:
- o Presidente não seja do Benfica.
- o advogado do clube não seja do Benfica
- o Director de Comunicação não seja do Benfica
- o Gestor não seja do Benfica
- o prospector para a América do Sul não seja do Benfica
E, agora, o Director para o Futebol não seja do Benfica. Isto é patético.
quantos jogadores do plantel principal do Benfica são do clube desde pequeninos? será que esses também não devem estar no Benfica?
o Carraça só saiu do clube porque o LFV tentou satisfazer os sócios e colocar antigas glórias do clube em cargos importantes. e o tempo encarregou-se de demonstrar que o profissionalismo é o mais importante. se aliado a benfiquismo ainda melhor ;)
É sempre a mesma chatice, a ideologia, uns nascem da pureza benfiquista, livres do pecado original - o nosso Ricardo, por exemplo - e quem não está de acordo com tão espúria pureza, é um falso benfiquista, um contrabandista.
Aceito a legitimidade da crítica,desde que que não toldada pelo preconceito, a paixão não vale tudo. LFV pode ter passado muito tempo a lutar pela sua afirmação pessoal, lutar por fugir à sua condição de menino pobre e depois pela preocupação de colocar comida na mesa dos seus. Pode não ter tido para a ociosidade intelectual e para a aprendizagem da historia e cultura benfiquista. Pode ser, o facto é que na última candidatura, o seu número de sócio andava pela casa dos 5 000 tal, o que significa que é sócio há pelo menos 40 anos. Tu e eu somos mais benfiquistas? Talvez melhores na má língua, no destrutivo? No abuso da liberdade?
E sim, lamento muito a necessidade deste texto. Podes expulsar-me, o castelo é teu.
Tiago, já expliquei a minha ideia: diferenciei claramente as coisas entre os requisitos para quem dirige e quem, como jogadores e treinadores, serve no campo o clube.
No resto, concordamos: profissionalismo aliado a benfiquismo. Não me parece complexo.
Armando, longe de mim achar-me de uma estipre de benfiquistas puros em contraposição aos "impuros", que são os que discordam das minhas ideias - se não foi isto que escreveste, pareceu.
Se reparares, a conversa de benfiquistas puros vs impuros, vem normalmente associada ao discurso dos que aqui vêm comentar e criticar o que escrevo. Quem vem a bem, não recebe epítetos; quem vem com conversas sobre "abutres" e outras patetices, não mercece mais do que uns epítetos pueris.
Não quero saber minimamente se um benfiquista é rico, pobre, bonito, feio, culto ou ignorante. Quero que seja benfiquista. Chega-me bem. Se eu sou mais benfiquista do que o Presidente que nos representa? De certeza que sim. Mas também não é difícil. O desrespeito demonstrado pelo clube ao longo destes anos serve perfeitamente para aferir do seu falho relacionamento amoroso com o clube. Diz-me uma coisa, Armando: serias capaz de ser amigo de Pinto da Costa? De ser sócio do Porto, do Sporting? De antecipar eleições, para que a concorrência fosse aniquilada? Eu não. Se isto não faz de Vieira um benfiquista demasiado emprestado, não sei o que fará.
E evita a mesma conversa das expulsões. A discussão em torno do tema basta bem e é mais interessante.
*estirpe
LFV não é benfiquista"! Esta é daquelas afirmações sem sentido, pelo menos para mim! O homem é sócio do clube há décadas e diz que é benfiquista!!!
Já sei que é (ou foi) sócio dos lagartos e dos corruptos, mas isso não é razão para não ser benfiquista. Nunca seria sócio desse clubes mas tal não me dá o direito de afirmar que alguém não benfiquista apenas porque é sócio desse clubes. Tem de saber algo mais para se fazer uma afirmação dessas e de todas as razões que já li, ou ouvi, nenhuma me convenceu. Talvez saibas alguma que me convença...
Quanto a Carraça e aos benfiquista; é com pena que digo que muitos dos"notáveis" benfiquistas tem uma postura de primeiro eu e só depois o Benfica.
É uma espécie de cavalheirismo benfiquista ou de superioridade divina! Ter uma postura correcta sendo o mais possível isento e independente! O Benfica está no além, para lá da luta, ele ganha por ele, por ser grande...
Há corrupção, mas dá-se sempre os parabéns aos corruptos e considera-se que eles têm uma estrutura ganhadora! Eles...
O Benfica não tem e por isso perde. Quando chega a hora de porem o seu entendimento ao serviço do clube falham e a culpa é sempre do Benfica. É sempre uma culpa abstracta, é do Benfica. E assim os benfiquistas estão sempre fora do insucesso. São benfiquistas e isso chega. É o Benfica que tem de lhes dar o que eles acham que merecem e, se não dá, não os sabe aproveitar e paga por isso!
Como alguém disso certa vez, e referindo-se aos notáveis: "O Benfica era ele e mais dez" e nesse número incluía LFV", pareceu uma estupidez que cada vez mais pareçe a realidade!
Também preferia que todos fossem benfiquistas, mas houve um tempo que em que todos o eram e de créditos firmados (era o que apregoavam), e foi com eles que quase caímos no abismo!
Quando os ouvir dizer que o Benfica perde porque existe no Futebol português algo mais que um clube com uma estrutura ganhadora, talvez a tua critica faça todo sentido. De momento, o que o Benfica precisa é dos humildes e anónimos!!!
20 de Junho de 2011 23:52
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ÚLTIMA HORA: VILAS SALTITÃO ENCURRALADO
www.sakanagem69.blogspot.com
Divulguem
Ricardo, se calhar não sou o carlos em que estavas a pensar... pelos vistos há muitos, com variações e declinações (karlos, carlos alberto, o da tertúlia, etc.), mas duvido que o teu comentário fosse mesmo para mim; isto é um esclarecimento secundário, mas para o caso de haver por aí algum equívoco com assunto que desconheço aqui fica: raramente comento aqui, foi talvez a segunda ou terceira vez, embora seja leitor assíduo, assim como do redpass, onde comento mais vezes, mesmo aí com uma frequência rara...
Neste caso, apenas reagi à piada da coisa, com aquilo do belém, pois estou plenamente de acordo contigo. E isto é um clube, a que se adere por paixão e convicção, não uma empresa ou uma organização administrativa onde os critérios de recrutamento podem ser mais "esterilizados"; e num clube, a identificação é um factor (admito que não único) para o bom desempenho (veja-se o que se passa no FCP!), o que nada tem que ver com a "proibição de acesso" a profissionais de outras cores ou ao recrutamento de jogadores num tipo de profissão altamente competitiva, não confundam os termos da discussão.
carlos
A questão é mesmo essa. Não me choca a mim ter dirigentes ligados ao Benfica que sejam de outras cores. Não pode é acontecer o oposto (que é precisamente o que está a acontecer agora) em que o requisito para pertencer aos quadros do clubes seja o precisamente não ser benfiquista. Quanto à direcção eleita e presidente obviamente tem de ser do clube. E sim ... Estou com o Ricardo: tenho as minhas dúvidas que ele seja (ou alguma vez o foi) benfiquista. Quanto a ser sócio do clube há várias décadas... Será mesmo? Nem tudo o que parece às vezes é...
Ricardo, a nota sobre as expulsões tem a ver com as ameaças de uso da sanção disciplinar. Sou daqueles que pensam que pode existir honra entre inimigos, que podem existir intervalos na necessidade de mútua aniquilação dos "inimigos" em batalha. O reconhecimento exige respeito, consideração mútua. Sendo a Net o que é, passemos em frente da intrusão, talvez algum dia os invasores possam aprender algumas regras básicas de netiqueta.
Deixa que te diga algo que não é segredo, não faz parte do armário onde guardo os cadáveres: de 1980 a 1982, fui sócio do FC do Porto, tudo porque os meus melhores amigos eram portista e custava-me esperar por eles no café que frequentávamos, faziam-me falta nas tardes de domingo e daí que tenha decido juntar-me a eles e o cartão, a etiqueta, não me incomodavam
nada, o FC do Porto não era o inimigo, todos os que me rodeavam na bancada central sabiam da minha paixão, respeitavam-na e , em troca, respeitava-os, sendo, não parecendo, portista, excepto quando se tratava do Benfica.
É isso, sou um espúrio benfiquista, mesmo sabendo-se o que penso destes.
Ricardo, também sou da mesma corrente. Mas, ao contrário do que escreves, não entendo a escolha de Manuel Sérgio (?!). Pode ser que me engane, espero fervorosamente que sim, mas parece-me que não passa de um teórico, e também sem qualquer laço afectivo (para dizer o mínimo...) pelo Benfica.
Aliás, sinceramente acho gente a mais: LFV, que diz que vai delegar menos, Rui Costa, Carraça, Manuel Sérgio, um tal Armando Carneiro, salvo erro... cinco pessoas? Não será confusão a mais, vozes a mais?
Cumprimentos.
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