Um jogador que dá preferência ao espaço interior em detrimento do básico colocar na linha para alguém cruzar é sempre um jogador com mais capacidade. O adversário espera a segunda opção e a partir desse momento, bastando uma simulação, está criado o desequilíbrio.
Quando Luisinho finta o adversário, deixando Perez na linha e procurando Lima, o golo, apesar de não parecer evidente, já estava muito próximo. Bastava que os outros dois fizessem, como fizeram, bem o seu papel. Ao minuto 1:02 Lima, excelente, recebe e dá em Perez com um só toque, alargando a jogada à linha, enquanto pede a bola à frente. E Luisinho? Luisinho, que inventou o golo, já o cheirava sem que os jogadores do Gil Vicente o imaginassem, avançando pela área à espera do passe que - desde o momento em que, junto à linha, fintou o primeiro adversário - ele já sabia que iria receber segundos depois.
Perez, principal criador de passes de ruptura, desmarca Lima que, de forma simples óbvia mas não vulgar, já que tantos e tantos fazem o mais difícil em situações semelhantes, limita-se a fazer futebol: passe cruzado, na diagonal, para o pé de Luisinho, que atira para o outro lado da baliza.
Isto não é uma jogada de alguém que "só serve para o Campeonato". Muito menos quando o seu concorrente é um miúdo com talento mas ainda muito longe de ser a melhor solução. Só que Jesus adaptou, Jesus criou, Jesus inventou e portanto Jesus porá, à frente dos interesses do Benfica, a sua ideologia de catedrático valorizador de activos.
E podias ser tão bom, Jorge.
1 comentário:
Vamos elaborar um cenário - o Benfica é campeão...JJ deve sair...
Outro cenário, o Benfica não é campeão - JJ deve sair...
Numa gestão competente - a Direcção hoje já tem um técnico "apalavrado"... o que penso sobre isto?
Nada disto acontecerá...
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