Num relvado diferente do meu

Nos últimos tempos, ver jogos do Benfica e o no final ouvir as declarações de Jorge Jesus é o mesmo que ir a um estádio que não o da Luz e depois cingir o que foi o jogo às palavras do nosso técnico, ou seja, ultimamente devo andar com a mania de não ver os jogos do Benfica.

O jogo de ontem foi apenas mais um capítulo desta minha história recente com Jorge Jesus, onde Jorge Jesus viu um resultado importante, eu vi um resultado preocupante; onde Jesus viu uma primeira parte de domínio, eu vi uma primeira parte deplorável; onde Jesus viu em Dominguez um 2º avançado, eu vi um 3º/5º médio; onde Jesus viu uma equipa a dar uma grande resposta física e mental perante o estado do relvado na 2ª metade, eu vi um relvado alagado a disfarçar a maior fragilidade da equipa – o meio campo; onde Jorge Jesus viu em Roberto um guarda-redes capaz de nos dar pontos, eu… bom, aqui tenho de admitir a minha concordância, Roberto é mesmo um guarda-redes que nos dá pontos.

Por mais vezes que reveja o jogo, por mais que leia a imprensa, por mais que ouça os comentadores cá do burgo, não vislumbro como eu possa ter visto o jogo e ontem do Benfica ou, na pior das hipóteses, é Jorge Jesus quem não vê os jogos da equipa que dirige, o certo é que dificilmente estivemos no mesmo espaço físico.

Em três jogos na Liga dos Campeões temos 4 pontos, sendo que desses 3 jogos, 2 foram disputados em casa, nesses 3 jogos contamos 1 vitória com o adversário mais fraco do grupo, 1 derrota e exibição deplorável frente ao adversário mais forte e um empate caído do vasto aviário de Roberto e uma exibição, no mínimo, sofrível frente, segundo o próprio técnico, ao adversário directo desta fase da competição.

Venha de lá o Nacional.