1. O FCP tem somente 3 partidas com real potencial de perda de pontos: nas deslocações a Braga, Chaves e Marítimo. Dessas 3, estou em crer que, na melhor das hipóteses, perde pontos em 2 delas. Somente empatando, nunca sendo derrotado: ou seja, vejo-os a chegar aos 81 pontos.
2. Quanto ao nosso Benfica, com maior ou menor dificuldade, vejo-nos, até ao jogo fora frente ao Boavista, a sair vitoriosos de todos os confrontos: com excepção do jogo frente ao SCP, de onde creio que sairemos derrotados.
3. Sabem aquelas historinhas do apocalipse, sempre apontado para datas, locais e contextos em que ninguém acerta? Pois bem, assentem: ele virá pelas 20H30 de 22ABR2017. Local: Estádio Alvalade XXI, em Lisboa.
4. Vamos encontrar um apocalipse (espantem-se, ainda superior ao assistido presentemente) difícil de contrariar (às equipas do Benfica e de arbitragem), não reconhecendo no plantel (salvo honrosas excepções) mentalidade para superá-lo. Talvez o consigam “suportar” caso marquem primeiro, mas dificilmente isso se verificará perante contexto inverso.
5. No respeitante a qualquer aspiração que o Benfica tenha em sair “vivo” desta partida… todos os caminhos vão dar a Rafa.
6. Se calha o miúdo conseguir acabar os 90” de pé (relembre-se a nojeira do SCP-SCB da época passada)… vejo-o a partir aquela merda toda. Toda. Especialmente se descaído para a direita. E se calha RV lembrar-se que as épocas 2014/2015 e 2015/2016 já lá vão, assim como que os nomes, por si só, não significam absolutamente nada no jogo jogado… então aí pomo-nos a jeito para aspirar à excelência e fazer história.
7. Para fazer aquilo que o Benfica nunca faz nestes terrenos: subjugar o adversário, impondo o seu jogo, vencendo e convencendo.
8. Isso mesmo: estou a propor a saída de Jonas e a entrada de Cervi para o seu lugar.
9. Se há valência que, esta época, sai de sobremaneira valorizada neste Benfica, são os seus principais baluartes defensivos. Não se deixem enganar pela historinha dos golos sofridos: Ederson, Semedo, Fejsa, Luisão ou Lindel têm sido colocados à prova em termos como nenhum outro grande coloca os seus elementos mais recuados.
10. Recorde-se que, à frente daqueles, existe gente com a qualidade e compromisso defensivo de uma sandes de mortadela. Sem manteiga. Só de pensar que asfixiámos o FCP com um núcleo no meio-campo formado por Pizzi e Samaris… só equiparável a um qualquer fenómeno do Entroncamento.
11. E (também) por isso Ederson, Lindel e Semedo sairão já este verão para grandes europeus: com outros a verem a banda passar.
12. E por isso as partidas dos outros têm espectacularidade idêntica à do visionamento de um qualquer jogo de Arkanoid. Querem assistir à falência do futebol? Assistam a uma partida do SCP e/ou do FCP. Nem têm de passar pelo martírio de assistir a tudo do princípio ao fim: 15 minutos daquilo e está vista toda a época. Não, obrigado.
13. Independentemente das razões, o Benfica pode até nem sempre conseguir apresentar um jogo atraente, incisivo, depressa e em frente, em modo “rolo compressor”: mas, salvo em partidas pontualíssimas e por motivos essencialmente de carácter táctico, nunca assisti o Benfica a não tentar fazê-lo deliberadamente.
14. No Sporting Clube do Porto assistimos a automação: no Benfica, a criação.
15. Mas voltando atrás: chegamos então à última jornada frente ao Boavista com 80 pontos. A precisar de vencer (conforme apanágio do clube) ou, eventualmente, pela regra dos golos, somente empatar.
16. Creio que tudo vai ficar “reservado” para o Bessa. No ano passado, perante um Boavista mais limitado e, inversamente, um Benfica que esbanjava classe e pujança… foi o que se sabe. Carcela foi o nosso Kelvin: desatando em poucos minutos o que mais ninguém havia conseguido em 90. Só que esse… já cá não está.
17. Não me surpreenderia nada um desaire no Bessa. Nada mesmo. Não se deixem, por um minuto só, enganar por este recente 4-0 frente ao SCP. O ideal será ter presente o 3-3 na Luz. Esse sim dá-nos um vislumbre naquilo em que se poderá tornar esse dia.
18. Vejo ser necessária muita alma. Muita mística. Um apoio “asfixiante” dos benfiquistas: os do norte e de todos os cantos. E se, em cima de tudo isso, perante um Boavista físico, agressivo, organizado e estimulado por promessas de dias melhores, pudéssemos ter um “abre-latas” estilo Carcela… acredito que tudo seria muito mais fácil.
19. Só que não temos. Salvio, Rafa, Cervi ou Zivko (já nem conto com o Taarabt do Perú) dão outras coisas ao jogo e são superiores a Mehdi em muitos outros aspectos: mas não naqueles em que ele é tão forte e que tanta ajuda deram e dariam nas circunstâncias que se avizinham.
20. Por isso, pode ser que dê para chegar ao 36. Não me surpreenderia que não desse. Neste país, o mais certo é não dar. No que ao futebol nacional diz respeito, nada mudou com o tri: porque haveria de mudar com o tetra?
21. Contudo, independentemente do desfecho final, que fique a consciência tranquila de tudo ter sido dado: sem com isso afectar a imagem e honra de todos quantos servem e serviram o clube ao longo da história.
22. Certos de que disso, actualmente, poucos se poderão gabar.
4 comentários:
1. O FCP tem somente 3 partidas com real potencial de perda de pontos: nas deslocações a Braga, Chaves e Marítimo. Dessas 3, estou em crer que, na melhor das hipóteses, perde pontos em 2 delas. Somente empatando, nunca sendo derrotado: ou seja, vejo-os a chegar aos 81 pontos.
2. Quanto ao nosso Benfica, com maior ou menor dificuldade, vejo-nos, até ao jogo fora frente ao Boavista, a sair vitoriosos de todos os confrontos: com excepção do jogo frente ao SCP, de onde creio que sairemos derrotados.
3. Sabem aquelas historinhas do apocalipse, sempre apontado para datas, locais e contextos em que ninguém acerta? Pois bem, assentem: ele virá pelas 20H30 de 22ABR2017. Local: Estádio Alvalade XXI, em Lisboa.
4. Vamos encontrar um apocalipse (espantem-se, ainda superior ao assistido presentemente) difícil de contrariar (às equipas do Benfica e de arbitragem), não reconhecendo no plantel (salvo honrosas excepções) mentalidade para superá-lo. Talvez o consigam “suportar” caso marquem primeiro, mas dificilmente isso se verificará perante contexto inverso.
5. No respeitante a qualquer aspiração que o Benfica tenha em sair “vivo” desta partida… todos os caminhos vão dar a Rafa.
6. Se calha o miúdo conseguir acabar os 90” de pé (relembre-se a nojeira do SCP-SCB da época passada)… vejo-o a partir aquela merda toda. Toda. Especialmente se descaído para a direita. E se calha RV lembrar-se que as épocas 2014/2015 e 2015/2016 já lá vão, assim como que os nomes, por si só, não significam absolutamente nada no jogo jogado… então aí pomo-nos a jeito para aspirar à excelência e fazer história.
7. Para fazer aquilo que o Benfica nunca faz nestes terrenos: subjugar o adversário, impondo o seu jogo, vencendo e convencendo.
8. Isso mesmo: estou a propor a saída de Jonas e a entrada de Cervi para o seu lugar.
9. Se há valência que, esta época, sai de sobremaneira valorizada neste Benfica, são os seus principais baluartes defensivos. Não se deixem enganar pela historinha dos golos sofridos: Ederson, Semedo, Fejsa, Luisão ou Lindel têm sido colocados à prova em termos como nenhum outro grande coloca os seus elementos mais recuados.
10. Recorde-se que, à frente daqueles, existe gente com a qualidade e compromisso defensivo de uma sandes de mortadela. Sem manteiga. Só de pensar que asfixiámos o FCP com um núcleo no meio-campo formado por Pizzi e Samaris… só equiparável a um qualquer fenómeno do Entroncamento.
11. E (também) por isso Ederson, Lindel e Semedo sairão já este verão para grandes europeus: com outros a verem a banda passar.
12. E por isso as partidas dos outros têm espectacularidade idêntica à do visionamento de um qualquer jogo de Arkanoid. Querem assistir à falência do futebol? Assistam a uma partida do SCP e/ou do FCP. Nem têm de passar pelo martírio de assistir a tudo do princípio ao fim: 15 minutos daquilo e está vista toda a época. Não, obrigado.
13. Independentemente das razões, o Benfica pode até nem sempre conseguir apresentar um jogo atraente, incisivo, depressa e em frente, em modo “rolo compressor”: mas, salvo em partidas pontualíssimas e por motivos essencialmente de carácter táctico, nunca assisti o Benfica a não tentar fazê-lo deliberadamente.
14. No Sporting Clube do Porto assistimos a automação: no Benfica, a criação.
15. Mas voltando atrás: chegamos então à última jornada frente ao Boavista com 80 pontos. A precisar de vencer (conforme apanágio do clube) ou, eventualmente, pela regra dos golos, somente empatar.
16. Creio que tudo vai ficar “reservado” para o Bessa. No ano passado, perante um Boavista mais limitado e, inversamente, um Benfica que esbanjava classe e pujança… foi o que se sabe. Carcela foi o nosso Kelvin: desatando em poucos minutos o que mais ninguém havia conseguido em 90. Só que esse… já cá não está.
17. Não me surpreenderia nada um desaire no Bessa. Nada mesmo. Não se deixem, por um minuto só, enganar por este recente 4-0 frente ao SCP. O ideal será ter presente o 3-3 na Luz. Esse sim dá-nos um vislumbre naquilo em que se poderá tornar esse dia.
18. Vejo ser necessária muita alma. Muita mística. Um apoio “asfixiante” dos benfiquistas: os do norte e de todos os cantos. E se, em cima de tudo isso, perante um Boavista físico, agressivo, organizado e estimulado por promessas de dias melhores, pudéssemos ter um “abre-latas” estilo Carcela… acredito que tudo seria muito mais fácil.
19. Só que não temos. Salvio, Rafa, Cervi ou Zivko (já nem conto com o Taarabt do Perú) dão outras coisas ao jogo e são superiores a Mehdi em muitos outros aspectos: mas não naqueles em que ele é tão forte e que tanta ajuda deram e dariam nas circunstâncias que se avizinham.
20. Por isso, pode ser que dê para chegar ao 36. Não me surpreenderia que não desse. Neste país, o mais certo é não dar. No que ao futebol nacional diz respeito, nada mudou com o tri: porque haveria de mudar com o tetra?
21. Contudo, independentemente do desfecho final, que fique a consciência tranquila de tudo ter sido dado: sem com isso afectar a imagem e honra de todos quantos servem e serviram o clube ao longo da história.
22. Certos de que disso, actualmente, poucos se poderão gabar.
36. Alvalade será o nosso Hemingway.
No sentido de génio ou no de suicida?...;)
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