«Nos final dos anos 30, primórdios dos anos 40, existia em Portugal uma orquestra de harmónicas (mas não só) de que faziam parte entre outras, figuras como o actor Óscar de Lemos (como cantor), o actor e realizador Jorge Brum do Canto, o popular Menan dos Manos Alexandres, como assobiador - não se riam, é mesmo verdade e este nosso amigo parecia um rouxinol - que tinha o apoio do Radio Clube Português (CT1 GL) e se chamava Orquestra Aldrabófona sendo dirigida pelo Maestro Aldrabowsky ( que eu creio era o Jorge Brum do Canto, mas não tenho a certeza ).
Porque se tratava de uma orquestra cómica, grande parte dos seus componentes limitava-se a participar dos "gags" e não a tocar o que quer que fosse, daí o nome de aldrabófona. Mas não é desta orquestra, que eu hoje vos vou falar. É que surge então uma outra orquestra pretendendo rivalizar com a Aldrabófona.
Essa orquestra que tomou o nome de Orquestra Excêntrica Os Benficófilos, era "dirigida" por um dos maiores nomes do atletismo do Benfica e de Portugal - Matos Fernandes. Faziam parte entre outros Júlio Gomes (que veio a tornar-se famoso, como acompanhante à viola dos maiores fadistas da cena nacional), Bártolo Valença, que mais tarde se tornou imensamente popular com os seus "Rapazes do Ritmo", e entre muitos outros, um amigo que infelizmente já não está entre nós, que tinha uma verdadeira paixão pela "gaita", (nome porque é designada popularmente a harmónica).
Esse amigo que eu recordo com saudade, era o amigo Carlos Guedes dos Manos Salgueirais, que quis por força, que eu ficasse depositário destas fotos que vos trago hoje aqui. Fica aqui a homenagem, a esses pioneiros da harmónica em Portugal e em especial a este meu bom amigo.»
http://riskas513.blogspot.pt/2010/01/orquestra-excentrica-os-benficofilos.html
3 comentários:
Ricardo,
Muito obrigado pela partilha, que maravilha!
Abraço,
PN
memória de excepcional valor cultural, que demonstra que o Benfica é mais do que um clube desportivo e que o Orfeão do SL Benfica tem antepassados. obrigado
Muito obrigado pela divulgação.
Hermenegildo Mendes
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