Numa análise superficial ao Histórico Duelo de Ditadores, a Alemanha leva substancial vantagem: melhores níveis de agressividade, mais capacidade de perseguição ao oponente, diferentes soluções na hora de finalizar. No entanto, a estratégia alemã revela algumas lacunas se comparada à portuguesa - o conceito «o trabalho liberta» apresenta bons argumentos ao nível do colectivo, mas perderá sempre para o «orgulhosamente sós» lusitano, uma vez que, melhor do que um conjunto solidário e bem arrumado em campo, só mesmo uma equipa que entra no jogo sem adversário. Os capitães de equipa revelam diferenças ao nível da eficácia dos gestos técnicos: o alemão mais rectillíneo, vertical, procurando o jogo directo; o português num aceno menos evidente, como se procurasse amolecer primeiro o público, numa mão em meia-lua, para então desferir o ataque letal. Se jogassem um-contra-um num baliza-a-baliza, a estrutura mais ampla do lusitano poderia ter potencial vantagem, visto que a frágil compleição física do capitão alemão não dá garantias no cabeceamento e bolas altas. Como o jogo será disputado entre 22 atletas, damos favoritismo ao conjunto mais organizado e eficaz dos germânicos, sabendo que ninguém poderá gostar destes modelos de jogo.
3 comentários:
O da esquerda era mau, o da direita deu muito jeito não deu ?
Tanto jeito, Anónimo. Porto, Sporting e Belenenses beneficiaram da ligação ao Estado Novo como mais nenhum clube neste país. A História deste país é um assunto muito interessante de conhecer. Isto se alguém a quiser conhecer, o que naturalmente não acontece.
Deu muito jeito a Portugal, mas não ao Benfica!
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