segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Leva-nos à PolóniUcrânia, Frei Bento!

Domingos Amaral (dirigindo-se a Ronaldo): "Enquanto treinador da Seleção, Carlos Queiroz transformou-te numa espécie de maluquinho desesperado, a correr para a baliza em cavalgadas inúteis, ou a tentar remates violentos a mais de trinta metros da baliza, na esperança que pelo menos um entrasse."

Luís Pedro Sousa: "A Seleção Nacional está diferente. Em tão curto período, uma série de alterações, operadas em primeiro lugar pela FPF e mais tarde pelo novo selecionador, fizeram ressurgir o futebol de uma equipa moribunda e devolveram a esperança aos exigentes adeptos, envergonhados por uma série de episódios com muitos culpados e poucos inocentes."

Norberto Santos: "As palavras de José Mourinho em testemunhar o seu inteiro apoio ao selecionador nacional Paulo Bento antes do Portugal-Noruega traduziram-se na conquista de um novo élan para a equipa das quinas, aglutinando a família do futebol em redor da missão quase considerada impossível de a equipa não ficar de fora do Europeu de 2012." (citações tiradas do blogue 442)


Se num (Domingos Amaral) vejo mais ignorância do que propriamente maldade - o que não deixa de ser muito perigoso! -, noutros (Sousa e Santos) leio-os e fico com o estômago em nós, do nojo de falta de isenção, de falta de carácter, de profissionalismo, de falta de verticalidade. Com palavras baseadas apenas e só nas suas crenças e opiniões enviesadas, querem fazer crer ao leitor que está perante factos - é do mais baixinho que pode haver.



E dá para tudo, até para a crença quase psicotrópica, para o delírio festivo e religioso em que Santo Mourinho testemunha o apoio a Frei Bento e traduz assim um "novo élan (...) aglutinando a família em redor da missão quase considerada impossível". É de ir às lágrimas.



E se não bastasse a opinião facciosa, burra e propositadamente desviante, ainda vem, como cereja vermelhinha por cima da camada calórica de gelado, a sempre interessante noção do cataclismo - o fim para Portugal, o desespero, a tragédia: a Selecção está fora do Euro 2012!



Como para 2010, os prognósticos estão traçados e se ainda não fizeram velório em caixão de ouro foi apenas e só porque Frei Bento chegou; caso contrário, mesmo ganhando à Dinamarca, Portugal tinha menos de 0 por cento de hipóteses de ir jogar a Birkenau.

Assim, ainda subsiste uma ténue esperança, um laivo de luz, uma pepita sagrada neste imenso e árduo caminho que a Selecção tem pela frente. Porque é óbvio, e todos o sabemos, que a Noruega, mesmo perdendo connosco, ganha os outros jogos todos, incluindo o duplo embate com os rivais (e melhores) da Dinamarca. É óbvio, isto.



Portugal precisa, portanto, de 5 vitórias em 5 jogos. Sem volta a dar. As contas estão feitas.



Felizmente, o demo já saiu. Não será fácil mas pelo menos agora teremos uma hipótese em um milhão.



Nóbrega, abre o faducho...












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