Ao contrário do que vou vendo e sabendo por opiniões
que me são próximas, concordando ainda com o que já aqui foi escrito pelo
Ricardo, eu gostei do Benfica que se apresentou em Coimbra. Vi ali traços de um
Benfica que se quer mais organizado, mais sólido, mais realista e, porventura,
mais próximo do que deve ser um candidato a festejar vitórias no final de cada
época.
Embora admita que esta versão não seja tão
entusiasmante quanto a que mais conhecemos de Jorge Jesus, não poderia deixar
de gostar e registar quando vejo laivos daquilo que ia “pedindo” ao nosso
técnico, no que diz respeito ao modelo de jogo a apresentar.
É um facto que parece um futebol mais apático, mas eu
quero acreditar que isto não é mais que um processo de adaptação ao realismo
que Jorge Jesus deveria ter feito há mais tempo. Com este estilo de jogo
podemos não golear tantas vezes (3-0 não chega?), mas também acredito que assim
estaremos mais próximos de sermos capazes de ultrapassar os jogos decisivos, os
jogos com equipas do nosso nível competitivo.
Ainda me sobram algumas dúvidas sobre a motivação
desta nova face do Benfica, isto é, se a mudança passa por uma nova ideia de
Jorge Jesus ou se não passa de uma atitude amorfa dos jogadores que ainda assim
vai servindo para os jogos domésticos. Eu acredito que a primeira hipótese seja
a mais correcta e, nesse sentindo, o jogo na Grécia da próxima terça-feira será
bom aferidor de processos e intenções.
Quanto a mim, deveríamos começar o jogo com os gregos
no sistema em que finalizamos o jogo com os estudantes, ou seja, algo próximo
de um 4x3x3, ainda que mudasse de Cardozo para Lima, na procura de obter maior
e melhor capacidade de pressão sobre os centrais contrários. Mas no essencial,
com este sistema, o Benfica talvez perca algum poder de fogo, mas ganha em
controlo de jogo e controlo emocional da própria equipa, isto é, talvez percamos
capacidade de finalização, mas ganhamos na forma como preparamos essa
finalização, pois está mais que provado pelas sucessivas derrotas frente a
adversários de qualidade superior, que não nos adianta ter muito poder de fogo
se não conseguimos levar jogo até lá à frente, e o exemplo mais recente disto
mesmo é a primeira parte do último jogo com os Gregos na Luz.
Este sistema é ainda o que me parece tirar melhor
partido das características de alguns jogadores do plantel, como são os casos
de Markovic, Gaitan e André Gomes.
No caso dos dois primeiros, ainda que sejam colocados
nas alas, sem um 2º avançado no meio, abre-se um espaço entre o nosso meio
campo e o ponta-de-lança que pode e deve ser aproveitado pelos alas em
diagonais em condução de bola ou em diagonais entre os laterias e centrais
adversários em desmarcação, tal qual aconteceu no lance do 3º golo frente à
Académica.
No caso do jovem Português, neste sistema André Gomes
estaria menos exposto à principal debilidade do seu jogo, ou seja, a
intensidade e rapidez de decisão – no caso, falta de ambas.
4 comentários:
Concordo...mto bem visto...jogadores como gaitan,marko e até Suljemani renderiam bem mais em 433..
Registo que o JJ,passa por aqui e vai aprendendo umas coisas.
E reafirmo que o A.Gomes não tem o minimo de qualidade para jogar no Benfica.
tal e qual. versão menos entusiasmante mas em crescimento
3 pontos no campo. 3 pontos na diferença.
E se uma miúda atravessou o campo para ir buscar a camisola 50.
Esta semana a matemática não foi estragada pelo JJ. Alguém viu o JJ atrás dos policias???
No restelo, tal como na amoreira "molharam a sopa" em alguém.
Começo a pensar que o 50 pode ser já campeão pelo Glorioso... não vai ter muito tempo.
Benfica T T
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