Os jogadores saltaram as barreiras publicitárias e correram em direção aos adeptos. No entanto, foi fora do relvado, naquele pequeno camarote, que o jogo foi ganho. Jonas, embora lesionado e fora das quatro linhas, esbracejava e festejava aquele golo como se ele houvesse sido, mais uma vez, "o culpado do costume". Não foi.
A verdade é que aquela comemoração foi mais do que isso. Foi mais do que um golo. Aquela comemoração foi igual à tua, que estavas no estádio e que abraçaste um desconhecido. Ou à tua, que, em casa, sozinho, apenas na companhia da tua televisão, gritaste até não teres voz. Ou à minha, que, no meio de um café cheio de gente e barulho, dei por mim aos saltos, agarrado ao meu pai. Jonas não marcou. Mas deu-nos isto. A certeza de que o Benfica é, acima de tudo, uma família. E este título, venha o que vier, já ninguém nos tira.
André.
2 comentários:
Foi lindo!!
É verdade! É mesmo verdade!
Dei por mim mesmo a abraçar desconhecidos, que pouco antes maldizia por estarem a encher-me de fumo dos seus cigarros, o que abomino!
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