domingo, 19 de fevereiro de 2017

Rogério Ceni e João Schmidt, dois extraterrestres no Brasil


Há uma boa ideia de futebol a nascer lentamente e incompreendida em São Paulo. Há um treinador a dar os primeiros passos que vai ser um dos melhores da História. Há um jogador que tenta ser o veículo dessa boa ideia através do seu treinador para os restantes colegas. Mas antes do sucesso vai haver polémica, já há polémica.

Rogério Ceni está a mostrar ao Brasil algo que ele definitivamente não quer nem compreende: pinturas de futebol europeu. Quer ter a bola, não quer ter de chegar à área adversária em 24 segundos. Diz: "não temos tempo contado, isto não é basquetebol" e levanta a ira de milhões de brasileiros pelo mundo. Neste momento, só os adeptos do São Paulo tentam perceber o que Ceni anda a fazer nos treinos e só porque foi dar 3 a Santos e deu 5 em casa ao Ponte Preta. Bastará que os resultados piorem para que o seu discurso maravilhosamente encantado pelo jogo e a ideia que tem para a sua equipa sejam massacrados.

Tem, no entanto, a seu favor as duas décadas e tal que deu ao clube como guarda-redes goleador. Isso dar-lhe-á algum espaço para poder revolucionar de vez um futebol que transborda de talento e escasseia de cérebro. Ponho as mãos no lume por Rogério Ceni enquanto ele vai cumprindo os seus primeiros meses de carreira: será finalmente o treinador brasileiro capaz de chegar aos grandes clubes europeus e ter sucesso. A fome de bola, o amor pelo jogo, o gosto por discutir o que quer fazer, a qualidade que se vai vendo em campo, a persistência na sua ideia no país mais céptico do mundo em relação a um outro tipo de futebol, dizem-me que mais cedo ou mais tarde Ceni ganhará tudo. Há ali um olhar ainda ingénuo de quem vem para o jogo para lhe trazer algo que ele ainda não viu. E depois João Schmidt.

Diz tudo de Ceni ter feito girar a sua ideia em redor de um jogador que é raríssimo aparecer por aquela banda. Anuncia que nos próximos meses veremos um São Paulo capaz de fazer do futebol brasileiro um pouco mais do que NBA. É médio, tem sangue de médio e cabeça de médio. Pode ser 6 ou 8, pode ser sempre o que a equipa precisar que ele seja.

João Schmidt, 23 anos, já passou por Portugal quando representou o Vitória de Setúbal há 2 épocas. Olhando para os 750.000 euros que custaria o seu passe e o facto de terminar contrato nos próximos meses, por mim regressaria ao nosso país para envergar a Gloriosa. O futuro vencedor da Champions Rogério Ceni que me perdoe.

 https://m.youtube.com/watch?v=BHYjavRVT3s

1 comentário:

Anónimo disse...

Que trampa é esta? https://opolvoleaks.blogspot.pt/2017/02/aperitivo.html
Este gajo anda a falar com os lagartos??? A dizer mal do nosso clube!
Vergonha!

Abraço Benfiquista
Julio Diniz