Mostrar mensagens com a etiqueta Eliseu. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Eliseu. Mostrar todas as mensagens

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Mudanças para ganhar

Ederson
Semedo, Lindelof,  Jardel, Almeida
Fejsa
Carrillo, Pizzi, Cervi
Jonas, Rafa

- Almeida por Eliseu. Com Cervi naquele corredor a garantir alguns momentos de profundidade, as poucas  mais-valias de Eliseu ficam colmatadas e Almeida defende melhor.

- Jardel por Luisão. Não sou fã do primeiro; nunca fui grande fã do segundo. Mesmo sem jogos nas pernas, contra uma equipa que explora constantemente o espaço entre o nosso médio defensivo e a nossa linha defensiva e a profundidade nas costas da defesa, Jardel será sempre melhor solução do que Luisão. Além disso, solta Lindelof para a direita, onde explora melhor as suas qualidades, especificamente a qualidade na saída de bola e a possibilidade de criar superioridade numérica em zonas perigosas para os alemães.

- Carrillo por Salvio. Talento contra correria desenfreada. Inteligência e instinto contra contabilizações da GoalPoint.

- Rafa por Mitroglou (ou por Jonas, se este não puder jogar). Comigo, o português seria sempre titular. É, a par de Jonas, Pizzi e Zivkovic (e Carrillo, a espaços), o que mais constantemente cria. Tem uma imaginação prodigiosa, faz coisas que não foram ainda vistas. Neste jogo específico será fundamental a pressionar em zonas mais baixas e depois,  na recuperação,  a ligar toda a equipa para os lances letais em que poderemos criar as nossas melhores oportunidades de golo.

2-1.


sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Um golo que brilha na escuridão

Com a tristeza,  passou-nos ao lado o golo mais bonito do Benfica esta época. Uma lição de como sair da pressão adversária sem pontapés para a atmosfera - jogadores juntos dando apoios e várias soluções, triangulação simples, bom posicionamento.  Pizzi finalmente liberta e Salvio cria o desequilíbrio. Ali, naquele momento, já o golo esperava refastelado numa praia a beber cocktails. Já o golo sabia que ia acontecer. Jonas recebe no meio, abre na esquerda para alargar a defesa do Moreirense e assim criar um falso chamariz enquanto, do lado contrário,  o Salvio segue o seu trilho natural, à espera de uma bola que aparece cheia de álcool dos pés do Eliseu. A finalização é óptima. Futebol de eleição que terminou aos 6 minutos deste jogo, mas o golo, este golo, valeu o bilhete.


sábado, 7 de maio de 2016

Eliseu ou Grimaldo?


Ponto previamente prévio: este benfiquista quando dá opinião sobre um jogador ou uma escolha que, a seu ver, será a melhor está SEMPRE a querer o melhor para o clube e não a perseguir jogadores, a odiar jogadores ou a ter algum preconceito contra algum jogador. Isto, que é simples e básico, só requer esta nota prévia porque há muitos calhaus no mundo.

Grimaldo. Por mim,  Grimaldo. As dúvidas sobre se estaria preparado dissiparam-se no jogo com o Braga. A menor experiência em relação a Eliseu é amplamente suplantada pela super-qualidade que tem.

O português, que é indiscutivelmente uma figura simpática, que é indubitavelmente um jogador abnegado, que é até um jogador interessante do ponto de vista ofensivo, infelizmente para nós não percebe o que é defender. Não é fiel à linha defensiva, tantas e tantas vezes potenciando a desmarcação de um adversário isolado (quando os nossos centrais e o lateral direito sobem ficamos sem rede se o lateral esquerdo está dois metros atrás deles a colocar o adversário em jogo); não sabe fechar no meio (o constante ataque das equipas àquele espaço entre ele e o Jardel deve-se precisamente à sua incapacidade de perceber quando deve encolher a equipa, chegando-se mais ao central do seu laso); cruzamentos vindos da direita são constantemente mal lidos por Eliseu (vai quase sempre atrás do adversário directo, chegando muito depois ao espaço onde o jogador que estava a marcar já chegou); pressionado, não sabe sair senão com recurso ao jogo aéreo (tendo noção de que não é um primor com bola, reconhece a fragilidade e não da soluções de saída pelo chão à equipa).

Essas são algumas das suas lacunas que podemos observar em todos os jogos. Por vezes, os lances são mais visíveis, outras passam mais despercebidos. Mas estão sempre lá, jogo após jogo. Claro que também  tem qualidades - cruza bem (já surgiram alguns golos dos seus cruzamentos tensos), é esforçado, combina bem quando sobe, tem um bom remate, sabe dar soluções na frente, usa bem o corpo para proteger a bola, tem a maturidade competitiva de muitos jogos nas pernas num óptimo Campeonato como o espanhol - mas, quanto a mim, são insuficientes tendo em conta o perigo a que sujeita constantemente a equipa. Uma coisa é gostarmos da personalidade do jogador, outra é analisar-lhe o futebol. Tento que as duas não se misturem.

Já Grimaldo é outra loiça. Pouco experiente, tem tudo o resto. A escola catalã de saber defender como e com poucos - num jogo explicou ao Eliseu o que é isso de parar o movimento para (tentar) deixar o adversário em fora-de-jogo - e depois o talento da criação. Grimaldo vai por dentro, vai por fora, compensa na direita quem subiu, desequilibra dentro do bloco adversário, defende sempre com a noção de e da equipa, com bola procura soluções menos óbvias. Este puto vai rasgar vindo de trás defesas inteiras. Vai criar instabilidade no adversário (e como estamos precisados, neste exaustivo final de época, de quem venha trazer agitação e criatividade ao nosso jogar). Claro, é um puto, há-de cometer erros. Mas, pesando vantagens e desvantagens, se eu fosse Vitória metia o "novo Léo" já na Madeira.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Rescaldo do Clássico



Independentemente de quem favoreceu o resultado, do pragmatismo e da objectividade, este foi um péssimo 0-0.

Um 0-0 não tem sempre de ser tão sem interesse e bastava termos acompanhado o jogo que começou uma hora antes na BTV para confirmarmos isso.

Não houve qualidade com bola no pé, não houve rasgos de magia e não houve qualquer espectáculo naquele relvado.
O interesse do jogo foi construído e limitado a tudo o que aconteceu até chegada a hora do apito inicial, à situação pontual do campeonato e à presença de dois clubes tão rivais no relvado. O jogo jogado teve pouco interesse, foi pobre e deu o espectáculo que esperamos ver em divisões regionais, nunca num relvado com os melhores artistas em solo português.

Não podemos andar a criticar os derbies italianos e a adjectivá-los negativamente para depois, perante o Clássico de ontem, virmos falar em grande exibição táctica, pragmatismo, inteligência e tudo mais.

Não dá para vender o futebol português quando após aquele descalabro do Porto em Munique, no jogo mais esperado do campeonato português e que contava com milhares e milhares de a acompanhá-lo, oferecemos um futebol tão pobre.

O 0-0 foi o resultado justo e este empate foi muito positivo para as aspirações do Benfica. Não foi decisivo mas quase.

Enquanto benfiquista este resultado só me vale pelo que aconteceu há uns meses no Dragão. Qualquer alegria minha com este 0-0 é ainda direccionada para o 0-2. No estádio o Jonas foi eleito o melhor em campo e na TSF foi o Samaris. Para mim teria de ter sido o Lima por ter bisado.

Saí do estádio com uma mistura de sensações. Por um lado aliviado e confiante pois conseguimos um resultado muito positivo para o nosso objectivo da época, por outro lado desiludido e chateado, tanto com o futebol que tinha acabado de assistir como com a ausente ambição de vitória que apresentámos em nossa casa contra o Porto.

Olhando para o Porto.
Esperava o 11 do costume e uma equipa em velocidade e pressão alta. Foi quase o oposto. As consequências de Munique podem em parte explicar as mudanças na equipa portista mas não explicam tudo.

A titularidade do Helton foi uma boa, mas tardia, cartada do técnico espanhol. Mais qualidade na baliza, liderança no relvado e identidade na equipa.

As restantes mudanças interpreto-as como uma opção táctica extremamente cautelosa, num jogo em que só a vitória interessava.
Contudo, percebo e até aplaudo o pensamento inicial do Lopetegui: O jogo tem 90 minutos e o Porto não tinha de o ganhar logo nos primeiros 20; O Benfica jogava em casa onde normalmente entra muito pressionante, ia ser empurrado por 60 mil apaixonados e estava mais descansado.
Assim o Lopetegui optou por um Porto mais cauteloso, a fechar os espaços ao Benfica, com capacidade de anular a iniciativa e empolgação benfiquista e que fosse crescendo ofensivamente com o decorrer do jogo. Na minha opinião o espanhol acabou por abusar da cautela e podia ter feito a mesma abordagem com o Quintero no lugar do R.Neves.

Ao longo da primeira parte o Porto foi crescendo e cada vez mais conseguiu abafar o futebol do Benfica e aproximar-se da área do J.César.
Esta melhoria foi é insuficiente para uma equipa que tinha de ganhar. O que se esperar quando um treinador abdica de um dos pontos fortes da sua equipa – profundidade lateral – e joga com os 2 laterais recolhidos, 2 trincos, 3 médios interiores e um avançado abandonado no meio de 2 centrais?
Com o Quintero mantinha-se a cautela mas a equipa teria melhor qualidade na saída com a bola e maior aproximação ao Jackson.

O início do segundo tempo fez-me temer pelo resultado pois pensei ver um Lopetegui a ler e a mexer bem no jogo. Percebi que estava enganado quando vi que era o Brahimi que ia dar o lugar ao Quaresma. O argelino não estava a fazer um bom jogo mas esta substituição ia manter a pouca profundidade e criatividade ofensiva no Porto. E até poderia melhor com o espaço que a entrada do Quaresma iria trazer ao jogo.
O Porto mudou mas não o suficiente.

Só com a entrada do Hernâni o Porto se apresentou para vencer, contudo já foi tarde a más horas. Quando os extremos entraram no ritmo do jogo a profundidade e velocidade que trouxeram já foram contrariadas pelo desespero portista. Além disso, o Lopetegui queimou uma alteração ao não trocar o Evandro pelo Quaresma e assim não teve possibilidade de mais tarde povoar mais o ataque, ou com o Aboubakar ou com o Hernâni.

Para quem só a vitória interessava, o Porto pouco fez. Subiu de rendimento no final da primeira parte mas no segundo tempo não fez o suficiente. O Lopetegui sobrevalorizou o Benfica e foi excessivamente cauteloso.

A nível individual os melhores foram os centrais, principalmente o Maicon. O Quaresma entrou mal, ao contrário do Hernâni. O Brahimi não esteve bem e não teve espaço para jogar. O Jackson abandonado trabalhou muito mas produziu pouco.

O Benfica apresentou o 11 previsível e foi muito afectado pela indisponibilidade do Salvio. Para Jorge Jesus a opção seria entre o Ola ou o Talisca e acho que escolheu mal. Eu teria apostado no Pizzi na linha com o Amorim no meio.

Na abordagem da equipa ao jogo confirmaram-se as fragilidades tácticas e individuais perante um adversário que quer e sabe ter bola, que tem a iniciativa de jogo e não se limita a defender. Também se percebeu que a equipa entrou mentalizada para o empate e sem chama imensa para tentar a vitória.

Há uma grande distância entre atacar à maluca e resignar-se com o empate e este Benfica apareceu resignado com o 0-0.
O ambiente fora do relvado foi fantástico e o mosaico que recebeu os jogadores ficará na memória. Este mosaico apelava à vitória, dizia “Vence por nós” e não “Não percas por nós”.

Na primeira parte o Benfica foi insuficiente. Não houve Salvio nem profundidade pois tanto o Nico como o Talisca tendem a vir para meio. Assim o jogo do Benfica foi demasiadamente interior o que facilitou defensivamente mas complicou ofensivamente. Para o Samaris foi positivo mas para o Pizzi, Nico, Talisca, Lima e Jonas não, com o português sem espaço para ter bola e os restantes mais na luta que na construção.

A segunda parte começou com um Benfica mais ofensivo e com maior vontade. Soube também aproveitar os espaços que o Porto começava a ter de dar. Apesar da produção quase nula este foi o momento em que jogámos melhor. Acredito que a melhor entrada encarnada tenha quebrado a estratégia e a confiança portista.

Depois de uma péssima primeira parte, conseguimos uma segunda mais adequada. Mesmo assim queria um Benfica mais arrojado, mais forte e com a cabeça na vitória pelo menos até 15/20 minutos do final. Por isso não gostei da entrada do Fejsa para o lugar do Talisca. A saída do brasileiro foi tardia mas pedia a entrada do Ola ou pelo menos do Amorim. Que jeito teria dado o Guedes nesta substituição…

O melhor momento do Jorge Jesus foi nos últimos minutos. Com o 0-0 e o Porto virado para o ataque, o técnico encarnado soube ler o jogo, soube reconhecer a altura de não perder o empate e soube fazê-lo. Desta vez as suas acções não contrariam as suas palavras, como aconteceu em Vila do Conde e Paços de Ferreira.
Passou a mensagem certa para o relvado, manteve o meio-campo fechado com o Fejsa e Samaris e com a entrada do Almeida anulou o Hernâni e evitou a expulsão do Eliseu.

“Se não podes vencer também não podes perder”. Esta é uma expressão que tem sido muito repetida nos últimos tempos e que muitos querem aplicá-la à exibição do Benfica.
O problema é que esta expressão é só referente ao final dos jogos, não à sua totalidade. A menos que acreditem que na Luz o Benfica não tinha como vencer o Porto com 90, 70, 50 e 30 minutos por jogar.

Acho impensável a exibição do Benfica e notaram-se várias fragilidades na equipa contudo é preciso fazer o elogio aos últimos 15 minutos.
Estou convencido que tal elogio também só é possível por demérito do Lopetegui, pois se a equipa portista não tivesse tanto tempo a assumir só lhe interessava a vitória, é provável que no final do jogo em fez de gelo estivéssemos a colocar desespero no relvado.

Os centrais do Benfica estiveram muito bem apesar do trabalho facilitado. O Jardel está muito mais maduro mas ainda foi a tempo de um descuido que isolou o Jackson e que podia ter tido outro final se não fosse o acertado bom senso do Jorge Sousa.
O Samaris esteve muito bem ao contrário do Pizzi que, expectavelmente, não entrou no jogo.
O Nico foi uma sombra de si mesmo.
O Fejsa entrou bem mas acusou falta de ritmo e arriscou um desnecessário segundo amarelo.
O Eliseu e o Talisca fizeram um péssimo jogo, também sem surpresa. A este nível o Eliseu é uma banalidade a atacar e péssimo a defender. A este nível o Talisca está fora do seu campeonato. Tem toque de bola e jogando numa zona interior de frente para a defesa e com liberdade pode ser útil, não mais que isso.

Agora é vencer em Barcelos e sem volta olímpica nem bailinho da Madeira no relvado. Para mim isso é o suficiente para, eu que só sou sócio, dizer que somos campeões.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Em Casa ou Fora, o Mesmo Benfica



Um dos principais assuntos nesta segunda metade da época tem sido o contraste entre a produção da equipa do Benfica nos jogos em casa e fora. 

A tese que mais vejo defendida tem sido baseada em motivos psicológicos. Dentro do clube, e também na boca de alguns adeptos com menor capacidade critica, a tese é a da negação, utilizando palavras como pragmatismo e expressões como “1º lugar”.

Para mim esta discussão tem de ser sobre táctica.
Quando se discutem os 3 grandes muito dificilmente nos lembramos de analisar o adversário.
O Benfica não muda. Tem a sua identidade e filosofia de jogo. O que muda é a postura dos adversários na Luz ou fora desta. 

Os piores resultados, as piores exibições e as mais desapontantes performances da equipa do Benfica foram em que jogos?
 – Liga dos Campeões, jogos com equipas de qualidade igual ou superior ao Braga e também nos jogos fora da Luz.
Não há coincidências. Nós somos iguais mas os adversários são diferentes ou apresentam-se de forma diferente. 

Este Benfica é uma equipa de ataque, de transacções rápidas e de muita correria. É um Benfica que ataca com 8 e em velocidade e que defende em esforço com os que tiverem recuados ou pernas para acompanhar. É um esquema muito bem trabalhado pelo Jorge Jesus, uma filosofia que já está num grau de maturação muito elevado e há um enorme mérito do treinador no modo rotinado e natural como isto funciona.
Contudo o demérito acompanha estes méritos. Não temos plano B e o plano A é fenomenal para jogos de massacre mas débil para jogos mais equilibrados. 

Na luz a maioria das equipas apresenta-se de forma defensiva, com as linhas muito recuadas, sem procurar ter bola e jogando na expectativa de um contra ataque.
É com equipas assim posicionadas que o Benfica se sente mais à vontade.
Nesses jogos o Benfica quase só ataca e é para o momento ofensivo que esta equipa está montada.
Vejamos: Maxi, Eliseu, Samaris, Pizzi, Salvio, Nico, Lima e Jonas. 8 jogadores que gostam de atacar e que são ofensivos nas posições em que se apresentam.

O que acontece quando a equipa que se encolheu na Luz, recebe o Benfica?
As equipas fora do top 4 nacional, fora jogam mais recolhidas mas jogando em casa libertam-se mais, procuram ter bola, disputar o jogo, sobem as linhas e têm mais vontade de jogar futebol.
Isso faz com que o Benfica recue as suas linhas, elimina a constância de momentos ofensivos encarnados, obriga o Benfica a disputar o domínio do meio-campo e afasta os nossos 5 atacantes da área adversária.
O Benfica fica mais desconfortável em campo.

Vejamos: Lima, Jonas, Nico e Salvio, 4 atacantes que se esforçam defensivamente mas que são jogadores puramente de ataque; Pizzi um médio ofensivo lutador mas com evidentes carências defensivas; Samaris um médio com gosto pelo ataque adaptado a 6; Maxi um lateral todo o terreno e com grande tendência para subir pela ala; Eliseu… extremo sem qualidade defensiva e mesmo assim adaptado a lateral.

Portanto para mim está aqui a explicação para a diferença do Benfica na Luz ou fora da Luz: postura do adversário. 

E atenção. Estou longe de criticar a qualidade defensiva da nossa equipa. É impressionante o modo como o Luisão orienta a nossa linha defensiva, como o Salvio e o Nico recuam no terreno e como o Lima ajuda na luta do meio-campo. Nos jogos referidos o Benfica não defende mal, à excepção de erros individuais de um ou outro jogador. Nesses jogos o Benfica tem é muita dificuldade em ter meio-campo, em ter bola e em sair para o ataque. Portanto o adversário está mais próxima da nossa área, tem menos preocupações defensivas, tem mais bola, mais iniciativa de jogo e como tal torna-se mais perigoso, ao contrário de nós. 

Claro que a qualidade dos jogadores também conta para muito. Por isso, apesar de maiores dificuldades, temos conseguido ganhar a maioria dos jogos forasteiros. 

Quando o fosso entre a qualidade dos jogadores já não é assim tão grande a conversa tem sido diferente. A única excepção foi a vitória no Dragão, sobre a qual não me canso de repetir o quanto enorme foi apesar de uma fraca exibição nossa que ainda por cima contou com a incompetência ofensiva do adversário – ineficácia.

Este Domingo na Luz o Porto poderá causar grandes dificuldades ao Benfica. Quando a equipa portista está bem aquele 4-3-3 normalmente superioriza-se à filosófica do Jorge Jesus.
Não sei que Porto teremos mas sei que teremos de correr e lutar muito mais que eles, sei que se jogarmos para o empate, sei que se jogarmos com maior cautela, provavelmente iremos sofrer bastante. 

Se o JJ optar por usar a equipa habitual com a filosofia habitual, teremos de ir para cima deles. Para jogar de forma mais equilibrada e segura seria primeiro necessário alterar alguns jogadores e posicionamentos na equipa, sendo que estrear tal inovação nesta altura do campeonato seja um risco pouco aconselhável.
Nesse caso estaria a falar do Almeida no lugar do Eliseu, estaria a falar num meio-campo diferente, com Samaris acompanhado por Amorim ou Fejsa ou Cristante ou mesmo por 2 destes, abdicando neste último caso de um dos 2 avançados. 

Antevejo que o Jorge Jesus irá jogar com o 11 habitual mas que a equipa irá jogar mais recuada do que o costume na Luz. 

Pessoalmente, condicionado pelas rotinas da equipa tão perto do final do campeonato, apostaria num 11 com Júlio César, Maxi Pereira, Luisão, Jardel, André Almeida, Samaris, Ruben Amorim, Salvio, Nico Gáitan, Lima e Jonas e acima de tudo numa equipa ofensiva, sem receios da derrota e sem pudor em tentar impôr a sua ideia de jogo.