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terça-feira, 26 de janeiro de 2016
E que tal irmos ao mercado buscar um médio?
Temos o Sanches (que é um puto que por mais qualidade que tenha, e tem, não deve ter um peso desmesurado em cima), temos o fraco Talisca (que ainda se safa a segundo avançado, no miolo é uma desgraça) e temos o Samaris (que é muito mais um médio defensivo do que um "8"). Vamos atacar os próximos meses, lutando por Campeonato e Taça da Liga e estando nos oitavos da Champions, só com esta malta? E se o puto se lesiona?
Vejam lá isso. Eu ia buscar um médio de grande qualidade, experiente, mais cerebral do que o puto, um gajo que entenda o génio do Jonas, o talento do Gaitán, a criatividade do Pizzi. Um gajo para fazer a diferença entre ganhar alguma coisa ou não ganhar nada.
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segunda-feira, 25 de maio de 2015
Vamos escolher o melhor 11 do século XXI (2000-2015)?
domingo, 30 de novembro de 2014
0 10 fica-te tão bem, N1c0.
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quarta-feira, 23 de julho de 2014
FIM: BENFICA - 1; MARSELHA - 2 (Gignac, Michy)
Melhor em campo: Luís Filipe Vieira. O Sócio Zero Euros confirmou as excelentes aparições da Primeira Parte. Além disso, compensou a expulsão de Jara, aparecendo em várias posições do televisor. Sempre a mesma disponibilidade, a solidariedade, a polivalência, a abnegação, o colectivo sobre o ego - virtudes de quem não dá meros pontapés na bola.. Com Calado, fez dupla de sucesso na limpeza da área cerebral dos adversários.
Faltaram apenas os dois elementos que compõem o chamado «quadrado mágico»: Pedro Guerra e Fernando Santos. No entanto, estamos em crer que os dois últimos irão agora aparecer no rescaldo do jogo, tanto a comentá-lo como convidado como a comentá-lo como telespectador, de forma a que este encontro seja devidamente limpo de nefastas impurezas que naturalmente não são bem-vindas a um saudável convívio entre as boas gentes benfiquistas.
INTERVALO: Benfica -1 (Gaitán); Marselha - 1 (Gignac)
Melhor em campo: Luís Filipe Vieira. O Sócio Zero Euros apareceu sempre em jogo e em bom plano. Confiante, seguro, alegre, surpreendeu constantemente o adversário. Não se esconde perante o perigo e denota bom timing sempre que é chamado a intervir.
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quinta-feira, 5 de junho de 2014
6 remates perigosos
1) SAÍDAS EXPECTÁVEIS: Garay, Siqueira, Markovic, Cardozo a juntar às duas vendas de Janeiro - André Gomes e Rodrigo. Confirmando-se estas 5 ou 6 saídas, é fundamental manter Gaitán e, sobretudo, Enzo Perez. Fejsa tem um problema crónico, situação aliás já conhecida e que talvez não tenha merecido a devida atenção por parte dos responsáveis do Benfica. Olhando para este cenário, é ainda mais crucial que Perez se mantenha no clube. Destruindo metade da defesa e metade do ataque, convém não destruir todo o meio-campo.
2) Como colmatar as saídas? Tendo em conta a dramática situação financeira do clube - só alguém muito optimista, muito bem pago pelo Benfica ou simplesmente tonto pode vender a ideia de uma saúde financeira quando mesmo um leigo percebe os constantes empréstimos (cada vez menos espaçados no tempo) e as recorrentes mentiras do Presidente do Benfica sobre a necessidade ou não de vender "para equilibrar as contas" -, julgo que devemos incidir em três estratégias:
- aposta clara em 3 miúdos da formação - por mim, Bernardo Silva, Ruben Pinto e Fábio Cardoso.
- Fazer regressar os melhores jogadores de entre as dezenas que temos emprestados - por mim, Lisandro, Pizzi e Ola John.
- Contratar apenas jogadores de qualidade indesmentível e ao melhor preço possível. A prospecção de qualidade é mesmo isso: descobrir talento onde ele não é visível a todos. Para gastar milhões em gajos conhecidos por todo o mundo futebolístico não vale a pena ter equipas de prospecção.
3) A Benfica TV tem sido um projecto de grande sucesso que deverá, como disse, bem, o Presidente Vieira, continuar a evoluir. Neste sentido, há que evitar qualquer apoio aos candidatos que defendem medidas nefastas ao crescimento da BTV - desde logo, o camaleão Seara - e despedir quanto antes o execrável comentador Fernando Santos, também conhecido como Pedro Guerra, também conhecido como Fernando Santos. Cada vez que o homem abre a boca na sua propaganda patética, rebolam na campa todos os gloriosos benfiquistas que fizeram deste clube um clube imortal, democrático, universal, sério, honesto e solidário.
4) Há um certo cheiro a 2010 no ar. A fanfarronice de Presidente e Treinador nas entrevistas que deram não é bom sinal para o futuro. Proposta: calarem-se até Setembro e focarem-se na preparação da próxima época. Pior do que perder (o que tem sido recorrente nestas últimas duas décadas) é não saber ganhar.
5) Djavan no Benfica. Do que lhe vi na Académica, pareceu-me um jogador interessante. Não me parece, no entanto, que sirva como titular. Deveremos ir ao mercado contratar um lateral-esquerdo de topo.
6) Passar tanto tempo sem ir ao Estádio ver o Benfica é deprimente. Nem um Mundial nos salva deste vazio existencial.
segunda-feira, 19 de maio de 2014
E agora, Benfica?
Garay, André Gomes e Rodrigo estão de saída. Luisão, Siqueira e Gaitán muito provavelmente também. Seria importante não sangrar mais a equipa titular, fazer regressar alguns bons jogadores que temos emprestados, dar oportunidades reais a 3 ou 4 putos com qualidade inquestionável e procurar, em sintonia com uma boa prospecção, contratar bem, com método e o mais barato possível.
Há um fundamental BiCampeonato para conquistar, para além das Taças que são sempre importantes e uma participação digna na Champions. Que não se perca a possibilidade de hegemonia por estarmos dramaticamente no risco vermelho em termos financeiros, é o que se pede a quem manda nos destinos do Sport Lisboa e Benfica.
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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
Os Mágicos de Vermelho Coluna
A partida decorria, diluía-se, arrastava-se insossa como
que inebriada pela melancólica tristeza que invade a alma Benfiquista, num
estádio apaziguado, esquecido e vazio de si, rumo a um desfecho esperado e
anunciado.
A dado momento, sente-se um Monstruoso e Sagrado silvo
de impaciência que culmina na subtileza de um enlace que Katsouranis decide
oferecer ao maior clube que já representou. Ali, naquele momento, o Grego veste
o fato de assistente a um qualquer Mágico que quisesse tomar o palco. A nação
vermelha, entendida em ajudantes de magia, decide atribuir-lhe uma justa, e
talvez última, ovação.
O assistente retira-se do palco deixa-o inteirinho
para o Nico Mágico Gaitan. O Argentino, mestre em truques e ilusões, agarra na
bola e, enquanto ela lhe sorri, de uma penada, fá-la sobrevoar uma mole de
gente, de preto e branco vestida, fazendo-a aterrar e adormecer feliz no fundo
das redes.
Não satisfeito, o mestre de cerimónia Jorge Jesus faz
subir ao palco Lazar Poeta Markovic que nos fez saborear um delicioso rascunho
do seu novo conto de fadas.
Ir ao Estádio da Luz é assim, pagar por um jogo de
futebol e assistir a poesia declamada ao ritmo de um Glorioso bailado, digno de
uma qualquer Monstruosa história Sagrada de Reis Cósmicos.
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domingo, 27 de outubro de 2013
Três pontos
Cardozão (a passe de Gaitanão) e Siqueirão (a passe de Cardozão) arrumaram o jogo. Não foi grande espingarda, mas ganhámos. O que, hoje em dia, é já uma alegria. VIVÓ BENFICA!
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terça-feira, 16 de julho de 2013
À espera do equilíbrio
Tentando pensar que há uma estratégia coerente e lúcida na forma como o Benfica planeia o plantel para a época (sonhemos um pouco): a contratação do Fariña faz sentido se, por exemplo, Gaitán estiver de saída - relembro que o Jesus na época passada finalmente começou a utilizá-lo em zonas mais interiores, mesmo que não propriamente a 10, mas num falso segundo avançado em apoio a Cardozo.
Pelas características de Fariña julgá-lo uma solução a Enzo parece-me forçado, até porque teria de ser adaptado e nesse caso passaríamos por mais um processo de evolução e aprendizagem em competição; já chega as várias que temos tido e teremos. Já como opção para ser o médio ofensivo num 4231, titular ou suplente de Djuricic, faz sentido, até porque, além do sérvio, não temos mais ninguém que seja claramente um jogador talhado para a posição 10 - isto num 4231; num 4132 as diferenças, mesmo que com os mesmos princípios de jogo, são substanciais. Não só de posicionamento mas sobretudo de saída de bola: não é igual, por mais que tentem vender a ideia, que um jogador venha iniciar o processo de construção a zonas mais recuadas ou que esteja mais colado ao primeiro avançado, à espera de bolas entre-linhas e desmarcações no espaço. Sobretudo não é igual a forma como o jogo é pensado. Com um 10, a equipa respira de uma forma; sem um 10, corre de outra. Dizer que é só substituir jogadores e que a dinâmica se mantém é, no mínimo, duvidoso.
Aceitando que é esta a ideia de Jesus - Fariña para médio ofensivo -, resta saber que outras opções haverá para o meio-campo. Para a posição 8, há Enzo - com alternativas como Amorim e Gomes. Para 6, há Matic (que deverá sair), Almeida (que tem estado a ser preparado para a lateral) e Amorim (que não considero que traga benefícios claros jogando como pivot). Se Matic não sair, precisamos de um médio defensivo; se sair, precisamos de dois.
Nas laterais continua o problema na esquerda. Cortez, opinião pessoalíssima, não serve. Para jogar Cortez, joga Melgarejo. O que devia ter acontecido, e não aconteceu, era a contratação de um jogador capaz de entrar de caras e não, como dizem muitos adeptos, um jogador de 26 anos que nas mãos de Jesus deverá apreender conceitos básicos que qualquer puto com talento e escola conhece desde cedo. Confesso: acho Cortez fraco, demasiado fraco. Só espero que, à semelhança de Emerson, não jogue um ano inteiro a titular para provar que não serve. A teimosia tem limites. Ou não.
Falta ainda um central, se Garay sair. A dupla titular seria Luisão/Lisandro e nenhum dos outros do plantel tem qualidade suficiente para ser uma primeira opção que garanta um rendimento sustentado, sem oscilações.
Na frente, saindo Cardozo, precisamos de alguém com as mesmas características. Quase impossível. Mantenham Cardozo, promovam um jantar entre ele e o Jesus e deixem-se de merdas.
(Abriu sondagem ali à direita sobre o Cortez. Se estiverem para isso, avancem)
(Abriu sondagem ali à direita sobre o Cortez. Se estiverem para isso, avancem)
segunda-feira, 22 de abril de 2013
Nico Negrete
Não sei se será o melhor golo que alguma vez vi ao vivo - ainda por cima ali tão perto, no topo atrás da baliza onde a bola entrou deslumbrada pelas várias ternuras que foi recebendo. Se não é o melhor, é um dos três melhores e seguramente o melhor desde que existe novo Estádio da Luz. Tem tudo: criatividade, combinação, técnica suprema, noção perfeita do espaço, movimentação e uma finalização absurda de tão boa. Mas tudo nasceu primeiro no génio difícil mas delicioso de Nicolás Gaitán e depois numa memória muito difusa que Nico tinha mas nem sabia reconhecer. Os grandes jogadores são assim: misturam instinto, criação, improviso e dois ou três pozinhos de coisas que lhes ficaram a pairar em sonhos. Como esta:
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Um dos golos da minha vida
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013
Agro-Benfica
Uma cara é um mapa com caminhos para dentro do tempo. A velha olha a televisão com uns olhos azuis cheios de violações francesas e um nariz que se arrebita para o tecto, como se cheirasse o céu. Tem uma bengala entre as pernas, descaída, com o punho dentro da mão e a base enfiada entre as meias e os sapatinhos gastos pelos rumos da terra que enche alfaces, pimentos e curgetes nuns sacos para dar aos filhos quando eles vêm visitar o café para ver o Benfica sem fumo, só estrelas.
É possível olhar a cara da velha e descobrir viagens para o passado, descobri-la nova. Os lábios largos que agora se molham de aguardente revelam três ou quatro décadas atrás de descuidada beleza; o cabelo, ainda tão vivo, antecipa uma vez em que a velha foi a Lisboa ver o Eusébio, deliciando plateias naquele terceiro anel com os homens atrás a fingirem dores de pés para sentirem o toque ao vento dos seus cabelos de índia; os olhos que agora se embaciam, antes tão cheios de vida e fogo. Olhamos a velha agora, com tudo - lábios, cabelo, olhos, nariz, mãos - deformado, exageradamente aumentado, e só com ternura bastante conseguimos ver a linda mulher que a velha já foi. Hoje só traços, braços e gestos negros, cheia de fim, quase adormece com a cabecinha junto à janela enquanto o Gaitán faz um estranho rodopio de anca e marca golo.
A casa está escondida nas sombras das árvores e da noite. Há céu em cima cheio de pontinhos de luz que lembram mortos ou parecem lembrar mortos que nós vemos nas coisas aquilo que pensamos ver. Entro em corrida pela horta, percorro o socalco mais alto e sinuoso que olha de cima para os legumes e por dentro para as árvores. Com o Diego Cigala a abrir estéreo para o mundo, atiro-me para o escuro da lama, terra deixada a repousar com rega, e sujo a cara, as pernas, o cérebro com a humidade da noite. Viro-me e olho as estrelas. O corpo tão pouco importante, só o ar e a distância daqui para as nuvens e depois das nuvens a plasticina que faz de fronteira entre o mundo e o resto. Está na hora de ir ver o Benfica.
Limpo a cara de bróculos, meto água nos braços, visto roupa de café (t-shirt, calção, havaiana), despeço-me da mulher e dos filhos (dois cães que latem contra a lua) e avanço, cheio de memórias de legumes e tinto, pelos caminhos da aldeia a meia-luz, só sons e sombras de fantasmas que já morreram e viveram dentro daquelas casas que agora me olham com três séculos de tormentos. Os passos ouvem-se no silêncio das ruas, a parte de trás dos chinelos quando bate na pedra faz um eco de anúncio, estou quase a chegar. Vou em frente, perco-me a ver águias e leões de mármore, cheiro ramos de laranjeiras, roubo laranjas e meto no bolso três quilos de jasmim que além de estarem nos pátios avançam pelo ar como perfumes de átomos. Tudo é jasmim, laranjeiras, escuridão, lua e bebedeira.
Quando chego ao café do Senhor Ferreira, passo pela chuva de tiras de plástico às cores que anunciam a meteorologia: está tudo bêbado, incluindo o cão, que passou duas horas a debicar amêndoa amarga dos dedinhos do Eleutério, rapaz tido na aldeia como pouco avisado. Olham-me de lado, estranham-me, sussurram, segredam-se, conspiram. Abro os braços repletos de Rogério "Pipi" e grito: "VIVÓ BENFICA!", e de repente, sem que saibam da Taça Latina, já fizeram de mim mais um igual entre iguais. Peço um uísque, sento-me junto à velha dos olhos azuis das invasões francesas e, juntos, festejamos o calcanhar em suspensão do Nico Gaitán.
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Memória e nostalgia
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
Braga-Benfica (uma semana depois por ter estado a chorar, deprimido, a vitória)
Um dia antes do clássico contra o Porto, escrevi isto:
« (...) É um exercício interessante o de pensar qual a
melhor equipa para entrar de início no Domingo - e, claro, quais as
ideias que Jesus deverá ter para o 11. Partamos de uma ideia-interrogação: devemos
abdicar de um avançado, povoando o miolo contra um expectável meio-campo
forte do Porto (com Fernando, Moutinho, Defour e Lucho) ou será mais
avisado mantermos o sistema preferido do Jesus, apostando as fichas num
jogo de rasgões e pressão forte sobre a saída de bola dos portistas?
Por mim, e sabendo que Rodrigo está lesionado e Lima jogou os 90 minutos na Quarta, faria uma espécie de híbrido entre o 442 e o 433: o 41311. E o que é o 41311? É Gaitán. Colocar o argentino onde me parece que rende mais: não propriamente a 10, mas a segundo avançado que parte de trás - um pouco como João Vieira Pinto jogava. Em construção, Gaitán tanto pode aparecer, móvel, na zona à frente da área portista como pode recuar dando apoios e permitir a subida de Enzo, desequilibrando marcações formatadas. Em transição, é um jogador que garante não só velocidade e transporte a grande nível como, com Ola John e Salvio na alas, pode potenciar situações de 5-4, 4-3, 4-2, 5-3, 3-2, que, com boa decisão, resolvem jogos.
Por mim, e sabendo que Rodrigo está lesionado e Lima jogou os 90 minutos na Quarta, faria uma espécie de híbrido entre o 442 e o 433: o 41311. E o que é o 41311? É Gaitán. Colocar o argentino onde me parece que rende mais: não propriamente a 10, mas a segundo avançado que parte de trás - um pouco como João Vieira Pinto jogava. Em construção, Gaitán tanto pode aparecer, móvel, na zona à frente da área portista como pode recuar dando apoios e permitir a subida de Enzo, desequilibrando marcações formatadas. Em transição, é um jogador que garante não só velocidade e transporte a grande nível como, com Ola John e Salvio na alas, pode potenciar situações de 5-4, 4-3, 4-2, 5-3, 3-2, que, com boa decisão, resolvem jogos.
Gaitán seria assim um apoio precioso a Cardozo
ao mesmo tempo que, sem bola, permitiria à equipa equilibrar o meio,
juntando-se o argentino a Fernando, possibilitando que o bloco se mantenha
alto para afundar o Porto no seu meio-campo e evitar que, nas perdas de
bola, os portistas a recuperem em zonas próximas da nossa área (...)»
Duas ideias recorrentes neste blogue de há 3 anos para cá: a necessidade de, em jogos de dificuldade média/elevada, abdicarmos do sistema de dois avançados puros e a noção de que o enorme talento de Gaitán está a ser desvalorizado por Jesus na ala quando devia ser não um 10 mas um híbrido, como segundo avançado.
Para o jogo contra o Porto, Jesus não veio ler o blogue. Pena, naturalmente, porque foi um jogo - até pela ausência de James - totalmente desperdiçado por uma equipa que quer ser campeã. O empate nesse jogo desviou o já alto favoritismo do Porto antes dele para um patamar de enorme favoritismo quando o jogo acabou. Em casa, num campeonato tão equilibrado entre as duas equipas e tão desequilibrado para as restantes, só podia ter dado vitória. Não dando, e tendo persistido no erro táctico que tem sido recorrente em Jesus nos grandes jogos, o Benfica passou a depender não só dos árbitros (quota-parte importante, visto que falamos do campeonato português), mas de uma vitória no Dragão - ou de um empate a 3 ou mais golos, o que não é propriamente um cenário muito plausível. Por culpa nossa, por culpa do nosso treinador, por culpa do nosso presidente. Coisas que passam por entre os pingos da chuva na ilusão de outras vitórias.
Para Braga, Jesus decidiu ler primeiro este blogue. Os resultados foram os que se viram. Fica, porém, uma dúvida: Gaitán foi utilizado ali por opção táctica? Os mais optimistas dirão que sim. Eu vejo na indisponibilidade de Cardozo para esse jogo e na utilização de Gaitán na faixa no último jogo duas razões para acreditar que Jesus ainda não percebeu. Mas eu sou abutre.
Há, no entanto, duas boas notícias: a tentativa que Jesus tem potenciado para a equipa conseguir jogar em posse e o próprio discurso do mister, que tem sido nos últimos tempos de enorme ponderação, clarividência, lucidez, inteligência. Como é óbvio, a equipa ainda não sabe jogar dessa forma - são 3 anos e meio a jogar de forma tresloucada; os processos não se apreendem a meio da época -, mas os sinais são positivos: parece haver (FINALMENTE!), uma ideia de que o Benfica, como grande clube que é, não pode passar anos a fio a jogar estupidamente ao ataque. O futebol não é um jogo de ataque, é um jogo de inteligência. Ataca-se e defende-se sempre com o intuito de fundir esses dois movimentos num modelo uno, sem distanciar um do outro. Podemos atacar na defesa; defender no ataque. É isso que as grandes equipas são e que o Jesus ainda não compreendeu, perdido numa ideia de jogo que dá goleadas aos mais fracos e derrotas e empates com os mais fortes.
De qualquer forma, pela indisponibilidade de Cardozo (para os mais cépticos) ou por opção táctica (para os mais optimistas), em Braga pudemos ver o Benfica confrontar todas as suas hesitações e fragilidades dos grandes jogos com uma mentalidade diferente: não foi só o sistema (Gaitán híbrido) ou o modelo (segunda parte de tentativa de posse segura e inteligente) que mudaram; mudou o lado mental. Ganhar em Braga foi, se os agentes protagonistas o souberem entender, uma mudança de paradigma. Resta agora mantermo-nos fortes contra os fracos e rezar por um deslize do Porto. Não acontecendo, estaremos dependentes de uma vitória na penúltima jornada. Se possível, sem Jardel e Melgarejo no onze - que, como aqui vem sendo dito, cometem demasiados erros invisíveis aos olhos da generalidade dos adeptos. Só se tornam visíveis quando os erros dão golos, como em Braga.
E agora? Resta acarditar. À falta de planeamento, só a crença. E ela às vezes dá frutos. Veja-se a viagem alucinogénica dos três pastorinhos que, carregados de ácidos e bolota, acabaram por criar em Fátima um dos destinos turísticos de eleição dos pouco dotados de espírito.
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segunda-feira, 7 de janeiro de 2013
A cozinhar, vendo o jogo por mensagens.
Não pude ver o jogo - o sofrimento que é não poder ver o Benfica devia ser estudado e posto num museu para as próximas gerações conhecerem o amor que os antigos adeptos tinham pelo clube.
Fui recebendo boas mensagens por parte de amigos. Primeiro, uma quantidade delas a anunciar um golão do Gaitán num canto marcado pelo Cardozo - aqui é preciso explicar que eu estava bezano e passei algum tempo a olhar para o monitor a tentar perceber se eu estava a imaginar coisas ou se era mesmo aquilo que estava escrito. Era mesmo, canto marcado pelo Cardozo. Bom, tendo em conta a ineficácia na marcação de bolas paradas, não me parece nada mal pensado aproveitar aquele pezinho de ouro para marcar cantos, até porque ele não é especialmente forte a concretizar nestes lances. Pode ser, Jesus, aceito - pelo menos tentas e mudas o que está mal, mesmo que tardiamente. Depois recebi a do Lima e descansei. Quando veio o «Salvio à trave e depois golo» já eu estava com o meu coração pronto a dedicar toda a noite à minha donzela.
Não posso falar do jogo porque não o vi. Destaco, portanto, o que vi e sei:
Não posso falar do jogo porque não o vi. Destaco, portanto, o que vi e sei:
- o fabuloso golo de Gaitán - de uma beleza, criatividade, imaginação e brilhantismo ao alcance de muito poucos. Quando vejo Gaitán marcar golos destes, além de outras façanhas que de tempos a tempos vai fazendo, mais pena tenho de o ver desperdiçar o enorme talento que tem. Vai tendo laivos e é só. Joga quando está para isso. E isso, naturalmente, não serve para o clube. Mesmo que um maravilhoso golo como este nos faça querer tê-lo por muitos anos a fazer isto no Benfica.
- a imagem que vi agora mesmo e me emocionou. Espero que venhas para ficar por muito tempo, Pablito.
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quinta-feira, 29 de novembro de 2012
7
1) Esquecendo a peça humorística dos jornais sobre uma suposta vontade por parte do Anzhi de dar 25 milhões de euros pelo Gaitán, é fundamental que se definam, de forma escrupulosa, os jogadores que podem sair em Janeiro como solução de compensar as asneiras que andamos há anos a cometer. A sair alguém, terá de ser sempre um ou dois jogadores que não deixem o plantel desequilibrado e/ou fragilizado. Nesse sentido, ponho logo de parte: Luisão, Garay, Enzo, Nolito, Salvio, Aimar, Rodrigo e Cardozo. A venda de um ou mais deste lote será um erro monumental. No resto, e olhando para quem ainda tem valor de mercado suficiente para um encaixe simpático, temos Gaitán na linha da frente e depois talvez Jardel, Bruno César ou Sidnei. Os três menos do que o primeiro, que é quem eu venderia de pronto: por ter sido um activo totalmente desvalorizado por Jorge Jesus (sim, também existe o fenómeno contrário ao que é apregoado), porque neste momento a sua saída não teria qualquer peso nos objectivos da época e porque, pelo talento que tem, ainda tem valor de mercado. Acima de 15 milhões de euros, punha-lhe um lacinho.
2) Fala-se em Diego Reyes como possível contratação para Janeiro. Desconheço o valor do jogador, das informações que tirei junto de quem conhece a fundo o atleta fiquei com a ideia de que é mesmo um talento puro, com qualidade para jogar ao mais alto nível. Agrada-me a possibilidade de compra de um central/médio defensivo, aliás defendi em Agosto a necessidade de dotar o plantel de mais um central e de mais um médio de características defensivas. Se o Diego é 2 em 1, melhor: menos gasto na compra e menos sobrecarregar nos ordenados. Só espero que esta contratação, a acontecer, seja por haver uma estratégia definida de equilibrar o plantel e preparar o jogador para o futuro e não por ser um remendo à saída de Garay. Se for esse o caso, será mais um tiro nos pés.
3) «Há momentos em que o silêncio é de ouro» - Luís Filipe Vieira.
Como há uns meses, quando o Benfica tinha uma vantagem de 5 pontos e tu foste todo vaidoso para a televisão dizer que não havia problema nenhum com a arbitragem em Portugal? É raro, mas desta vez concordamos, Luís. Por mim manténs o ouro silencioso até 2016.
Como há uns meses, quando o Benfica tinha uma vantagem de 5 pontos e tu foste todo vaidoso para a televisão dizer que não havia problema nenhum com a arbitragem em Portugal? É raro, mas desta vez concordamos, Luís. Por mim manténs o ouro silencioso até 2016.
4) No Benfica-Olhanense estiveram 24.104 espectadores, a pior assistência da época até agora. É um problema real, sobre o qual escrevi há uns dias, que não tem sido abordado por parte desta Direcção com a inteligência e sensibilidade que ele merece. Já o disse: um clube como o Benfica tem de ter SEMPRE pelo menos 50.000 adeptos no estádio. Compete a quem governa criar as condições para que isso aconteça. Se não se preocupam com o lado humano e de apoio, vejam a coisa pelo lado financeiro, que tanto apreciam. E resolvam lá isso.
5) Está prevista uma romaria em grande escala a Alvalade. Seremos uns bons milhares a acreditar que o Benfica pode fazer um grande jogo contra o Sporting e trazer de lá não só uma vitória como uma exibição concludente neste que continua a ser sempre um jogo mais do que especial. Peço aos senhores que nos dirigem que se calem, a sério, ponham um açaime ou agrafem a boca. Depois dos espectáculos oligofrénicos dos oligofrénicos Sílvio Cervan e Rui Gomes da Silva, espera-seque não venha mais nenhum membro da Direcção ou dela próximo dar trunfos e motivação aos nossos adversários. O Benfica nasceu do trabalho e da humildade, de valores solidários e simples; nunca foi um clube de dirigentes emproados armados em papagaios que desvalorizam os outros clubes, achando que as vitórias vêm por decreto antes de entrarmos em campo. Competência, seriedade, organização, estratégia: bastarão estes valores para irmos a Alvalade lutar pelo jogo. E a palavra é essa: lutar. Não subvalorizar.
6) Ronaldo, Messi e Iniesta nomeados para o Melhor jogador do Mundo; Guardiola, Mourinho e Del Bosque para o Melhor treinador do Mundo. Há uns anos que mantenho os mesmos votos: Iniesta e Guardiola.
7) Scolari a Seleccionador brasileiro. De rir. Se chegar aos quartos-de-final será uma sorte.
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quarta-feira, 21 de novembro de 2012
12
1) A melhor equipa do grupo foi a casa da pior equipa do grupo perder; a segunda melhor equipa do grupo ficou extremamente feliz por empatar em casa da pior equipa do grupo; a pior equipa do grupo foi a casa da segunda pior equipa do grupo ganhar; a segunda melhor equipa do grupo foi a casa da segunda pior equipa do grupo perder e levar um banho de bola; a segunda melhor equipa do grupo ficou deveras contente com a excelente derrota em casa («por apenas 2-0») contra a melhor equipa do grupo, embora a pior equipa do grupo tenha vencido a melhor equipa do grupo em casa. A segunda melhor equipa do grupo, em vez de se assumir como segunda melhor equipa do grupo, e procurar ganhar os jogos fora contra a segunda pior equipa do grupo e contra a pior equipa do grupo, decidiu que podia empatar um e perder outro porque, naturalmente, a melhor equipa do grupo tudo resolveria quando fosse jogar fora contra a pior equipa do grupo e contra a segunda pior equipa do grupo. A segunda melhor equipa do grupo contou com o ovo no cu da galinha e agora espera que a segunda pior equipa do grupo vá resolver os problemas da segunda melhor equipa do grupo ao campo da pior equipa do grupo. Isto se não acontecer o que seria uma surpresa monumental: a segunda melhor equipa do grupo ir a casa da melhor equipa do grupo ganhar o jogo. Mas isso não deve ocorrer visto que, como nos foi vendido na altura, a melhor equipa do grupo é a melhor equipa do planeta, o que quer dizer que perder por 0-2 em casa contra a melhor equipa do grupo é não só um motivo de satisfação como até de orgulho e, vá, alguma vaidade. A segunda melhor equipa do grupo decidiu abdicar do estatuto de segunda melhor equipa do grupo, fez-se de pior equipa do grupo durante uns jogos e agora vai ter de ser, à força, a melhor equipa do grupo se quiser passar o... grupo.
2) Ola John tem coisas. Muitas, variadas e boas.
3) Gaitán também tem coisas. Geralmente más.
4) Matic seria um 8 delicioso. Aquele passe vertical na segunda parte, uma coisa deliciosa que faz sonhar com o rapaz mais avançado no campo e pensar no que poderia fazer se largasse a posição onde vai andando, desposicionando-se e desposicionando a equipa ou fazendo faltas desnecessárias que originam livres perigosos para os cepos que só têm essa arma como futebol.
5) Garay e Pérez. Delícia.
6) Cardozo: há mais baliza além do sítio central onde está o guarda-redes.
7) Não havendo soluções experientes, Almeida a médio defensivo. A lateral não, por favor.
8) Informação aos «melhores adeptos do Mundo»: há jogos aos fins-de-semana também. E, espantem-se, bem mais importantes para a equipa do que os das Terças e Quartas.
9) O nosso mister veio dizer antes do jogo que a dupla Lima-Cardozo não é a sua preferida mas que, por ser decisivo o encontro de ontem, tinha de arriscar no "tudo ou nada" e meter os dois de início. Eu julgava que nos jogos decisivos, e nos outros, o mister devia meter os jogadores em quem acredita e que acha que podem criar a melhor solução para resolver os problemas. Afinal não. Quando o jogo é decisivo, arrisca-se. É todo um novo conceito futebolístico.
10) A única forma possível de os 11 postes escoceses poderem marcar golo passava por atirarem bolas para a área, um ou dois fazerem uns bloqueios à basquetebol e criarem um espaço para alguém cabecear. Isto sabia eu, sabias tu, sabia o mundo e até sabia o Jorge Jesus. Mas foi mesmo assim que o Celtic marcou o seu golo. Encosto ilegal? Aceito. Já é mais difícil aceitar a ingenuidade de Artur, o mau posicionamento defensivo do Benfica e aparecer um gajo isolado ao segundo poste. Contra um futebol de 1913, soluções pontuais e específicas de 1913.
11) Eu já não me lembro de uma arbitragem europeia a nosso favor. É possível que tenha existido na década de 90, mas começa a ser desesperante ter de assistir consecutivamente a prejuízos - em casa e fora. Se calhar o encosto do Luisão, as gargalhadas histéricas de jogadores e técnicos, as frases imbecis do lagarto carraça e a falta de uma palavra de apaziguamento naquele dia que colocou o nosso capitão dois meses de molho têm alguma coisa a ver com isto. Mas não quero ser apelidado de mau benfiquista. Bem fez Luisão em atirar-se para cima do árbitro. Ou, como diz esse tratado de brilhantismo Rui Gomes da Silva, «o árbitro não tinha nada de meter o corpo à frente do Luisão». E é esta coisa Vice-Presidente do Benfica.
12) Vítor Pereira anda com «As bolinhas amestradas» pois «parece que sabem que gostamos de grandes desafios». É bem verdade: no Porto adoram grandes desafios. Especialmente se as bolinhas dos árbitros também estiverem amestradas:
domingo, 15 de julho de 2012
Alguns pedidos de esclarecimento aos verdadeiros benfiquistas
- Contrata-se um jogador. Esse jogador faz a época inteira a titular, relegando para suplente um campeão do Mundo. Em Janeiro, de tão satisfeitos que estavam com o jogador, nem a Direcção nem a equipa técnica acharam necessária a compra de outro jogador para a função. Acaba a época, o titularíssimo Emerson é dispensado - nem direito tem a fazer parte do grupo que estagia no estrangeiro.
Alguém - só quero respostas dos verdadeiros benfiquistas, daqueles que apoiam muito na blogosfera e que sempre disseram que o Emerson era um bom jogador e que os críticos se calassem de uma vez por todas - me pode explicar a razão pela qual estamos a desperdiçar todo este talento?
E, já agora: antes ele era bom e agora já é mau? Ou ele sempre foi mau e ninguém no Benfica o viu? Ou ele sempre foi mau, todos viram mas acharam que era melhor arriscar uma época inteira para não se mostrarem fracos? Um verdadeiro benfiquista que apareça. Alguém que não um dos "Iluminados" que há um ano já dizia que Emerson era uma valente merda.
Alguém - só quero respostas dos verdadeiros benfiquistas, daqueles que apoiam muito na blogosfera e que sempre disseram que o Emerson era um bom jogador e que os críticos se calassem de uma vez por todas - me pode explicar a razão pela qual estamos a desperdiçar todo este talento?
E, já agora: antes ele era bom e agora já é mau? Ou ele sempre foi mau e ninguém no Benfica o viu? Ou ele sempre foi mau, todos viram mas acharam que era melhor arriscar uma época inteira para não se mostrarem fracos? Um verdadeiro benfiquista que apareça. Alguém que não um dos "Iluminados" que há um ano já dizia que Emerson era uma valente merda.
- Às críticas que fazíamos a Gaitán - não ao talento que tem, que é evidente, mas à fraca prestação defensiva que oferece à equipa quando encostado a uma ala -, os verdadeiros benfiquistas respondiam-nos de forma irónica: "pois, tu é que sabes, o Ferguson anda louco por ele, mas tu é que conheces o valor do Gaitán". Há nesta frase - que nos foi lançada vezes sem conta por essas caixas de comentários - vários pontos interessantes (Devante, um abraço):
- O facto de uma pessoa criticar a atitude de um jogador (geralmente, por ser displicente e com pouco espírito colectivo do jogo) não significa que esteja a dizer que o jogador é mau ou que não tem mercado. Eu sei que esta explicação pode parecer absurda, de tão óbvia, mas com os verdadeiros benfiquistas precisamos mesmo de dizer as coisas todas muito bem explicadinhas para ver se eles entendem.
- Um jogador pode não estar ao seu melhor nível num clube mas ser alvo de cobiça de outros clubes - basta que para isso se identifique talento. Ora, Gaitán tem talento, logo é natural que haja interessados em tê-lo nas suas equipas. O que não exclui a ideia - para nós, facto - de que Gaitán está a ser desaproveitado no Benfica. E afinal, o jogador que desde Janeiro estava prometido a Ferguson (que andava doidinho com ele), continua a jogar com a camisola do Benfica.
- Algum dos verdadeiros benfiquistas poderá dizer-nos quando será a hora de Gaitán sair e deixar nos cofres os tais 30 milhões de euros com que encheram a boca um ano inteiro, louvando a extraordinária capacidade de "rentabilizar jogadores" que o nosso grande líder possui? É que ando com medo que antes dele vá outro. E esse é que não pode mesmo ir.
(desta vez, caso esporádico, aceitamos insultos e tudo. Mas tragam com eles uns argumentos também. Pelo verdadeiro benfiquismo)
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sábado, 3 de março de 2012
O que era demasiado óbvio (menos para quem dirige e treina o Benfica)
Primeiro golo: Aimar perde uma bola na zona central. Em vez de iniciar a pressão, decide ficar parado a reclamar com o árbitro. Mudança de flanco, bola para Hulk. Emerson - o tal que serve para ser titular a época inteira - marca com olhos. Golo.
Segundo golo: Gaitán - o tal que tem de ser mimado, caso contrário o menino amua e não joga nada -, pela milionésima vez esta época, arrisca em zona crucial, perde a bola e lança contra-ataques adversários. Golo.
Quando há uns meses, enquanto vitórias iam acontecendo, falámos de Gaitán e Emerson como perigos para o que restava da época, o chorrilho de asneiras e insultos caiu sobre este tasco. Gente que vive os jogos pelo lado errado: vê resultados, não vê mais nada. Não sabe ter uma atitude crítica em relação a um jogo, mesmo que seja um jogo de 5-1.
Jesus também não vê problemas nenhuns com a forma de jogar destes dois jogadores, visto que são seus titulares indiscutíveis. Um pode muito, mas não quer, goza com adeptos, colegas e clube. Outro luta muito, mas não pode, é fraco, não serve para o Benfica. Dois cancros numa equipa são tudo o que é preciso para a desgraça quando os adversários - como se sabia que ia acontecer nesta fase da época - são de outra qualidade e sabem aproveitar os erros destes dois indivíduos.
Esteve lá sempre. Jogo após jogo. Jogada após jogada. Fraca qualidade do Emerson (em tudo!), displicência e perdas de bola infantis do Gaitán. Mas não. Importava apoiar. Como se eu andar a gritar para um cego "vai, caralho, eu acredito em ti, vê, vê" o cego, por obra e graça do espírito santo, vai miraculosamente começar a ver.
Não é aceitável perder 8 pontos em 9 em três jornadas cruciais para o campeonato quando tínhamos 5 de avanço antes delas. Não é possível aceitar isto, por mais voltas que sejam dadas. Falem das arbitragens, do tipo de relvado, do azar, da fealdade dos jogadores adversários, do clima, do Gomes, do Oliveirinha, da fruta e seus derivados. Mas falem também da incapacidade desta equipa para lidar com a pressão. Falem também de Jesus que, de tão mestre da táctica, ontem levou um banho de um treinador ridículo. Falem na Direcção e a sua total incompetência para conquistar sucesso desportivo. Falem em quem dirige o clube e a sua nula capacidade para gerar um espírito de guerra e superação contra os corruptos.
Sejam críticos. Pensem pela vossa cabeça. Olhem para lá dos momentos esporádicos de bom futebol. Vejam para lá do que vos dizem. Leiam mais. Dediquem menos tempo a dizer frases vazias de sentido. "Agora temos de apoiar" - que sentido tem isto? "Agora"? Sempre! Apoiamos sempre. Mas apoiar não é meter a cabeça na areia e não ver o que os sinais fazem adivinhar. Apoiar não é dizer bem de tudo o que se faz no Benfica para "não desmotivar". Parecem o Jesus com o Gaitán: "precisa de carinho". Não, do que o Gaitán precisa é de um treinador que o cuspa todo quando faz merda. Precisa de um líder que lhe explique que o que ele faz em campo é vergonhoso. Precisa de sentar o cu no banco até entender conceitos básicos de futebol. Ou então vendam-no. O Ferguson fará dele o jogador que o Jesus nunca conseguirá fazer.
Com menos um jogador, Jesus decide não reforçar a equipa, deixando Gaitán - esse portento defensivo! - como lateral-esquerdo. Jesus teima muito, Jesus vê o futebol de forma caótica. É ele próprio que nos avisa disso mesmo quando afirma coisas tão absurdas como "não dou especial atenção ao processo defensivo, quero saber mais do lado ofensivo". Isto é muito estúpido. Isto é mesmo muito imbecil. Em 2012, pensar desta forma dá nisto: goleadas em jogos fáceis, derrotas em jogos difíceis.
E, pelo trajecto de 3 anos de Jesus no Benfica, já se percebeu que o homem não evolui. É aquilo, não dá para mais. Mas, como gosta de atacar (e não liga muito ao processo defensivo), é um deus na terra. Mau era o outro que era um cobardolas. Embora tenha disputado um campeonato até ao fim com um plantel que nem metade da qualidade deste tinha. É o Benfica e a sua estranha complexidade. Perder este título para o incompetente do Pereira é um selo de incompetência clara de quem nos dirige e treina. E o pior é que ainda há muita gente que ainda não percebeu que com esta Direcção o Benfica nunca voltará a dominar o futebol português. Nas próximas eleições, dêem-lhes mais votos. 90 por cento é pouco.
Campeonato acabou. Taça de Portugal tinha acabado há muito tempo. Taça da Liga é prémio menor. Resta-nos a Champions. O mínimo dos mínimos neste momento, aquilo que se EXIGE ao Benfica e seu treinador, é a passagem aos quartos-de-final. Alguém que explique a quem gere os nossos destinos que, depois de mais uma facada profunda nos nosso corações, os adeptos merecem uma noite de alegria. Lá estaremos para apoiar. Porque é no estádio que se apoia, não atrás de um teclado.
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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
Urreta é para jogar, Emerson para fazer anos e Gaitán para dar presente de Julho.
Não gostei de ver a "lesão" do nosso Jonathan. Ou melhor: não gostei de que a sua ausência tivesse sido alvo de algum silêncio suspeito por parte de quem, como eu, tão prontamente sai solícito em acusações ao modo de operar dos representantes do demo. E também não gostei de que a suspeita pudesse ter aparecido. Estaria o rapaz, de facto, muito adoentado? É possível. Enzo Pérez, pelos vistos, também tinha a mãe numa situação periclitante, situação óbvia para um empréstimo de seis meses. Quem somos nós para duvidar de mazelas físicas do nosso pequeno Urretaviscaya? Meros observadores do fenómeno e nem isso, talvez. Mas não gostei do que senti. E espero que no Benfica não se comece a pensar em seguir as pisadas do demoníaco senhor do Mal. Bem sei que é coisa rara jogador do Benfica sofrer destas pequenas convenientes indisposições, especialmente se compararmos com as recorrentes do lado de lá da barricada, mas preciso, tenho, quero reforçar esta ideia: para a próxima, joga magoado, só com uma perna, com 50 de febre, de robe, agarrado a uma algália, de máscara de oxigénio. Mas joga. E, se me permitem um elogio aos pobres coitados do outro lado da rua: o Sporting neste particular é um exemplo.
E agora Parabéns aos nossos atletas Emerson e Gaitán. Ao primeiro, por ser um bravo guerreiro, desejo que tenha tido permissão do Jesus para se ausentar da convocatória; ao segundo, uma dose de humildade e duas de sacrifício. E que nos renda muitos milhões no Verão.
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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
Golos do Zenit (e o porquê do meu mau benfiquismo)
Primeiro golo - Lançamento lateral pelo lado direito da nossa defesa. Maxi pressiona o jogador que recebe a bola, Gaitán o que faz? Está parado. Em vez de estar atento ao movimento do russo que aparece nas suas costas - mais ainda porque Maxi foi pressionar no espaço interior -, Gaitán olha a jogada como se fosse adepto. Quando vê dois jogadores sozinhos em situação de cruzamento, imita uma corridinha. Demasiado tarde.
Segundo golo - Bola nas costas de Emerson - Spalletti, afinal, sabia -, Garay compensa. O que faz Emerson? Em vez de acompanhar o movimento dos jogadores que aparecem nas costas, compensando o espaço do central que ficou vazio, Emerson continua a correr em direcção a Garay e ao jogador que Garay está a marcar. Demasiado mau.
Terceiro golo - Bola nas costas de Emerson - Spalletti, afinal, estava a par -, jogador com tempo e espaço para o cruzamento. Depois um erro inacreditável de Maxi Pereira. Demasiada ignorância e pouca clarividência.
A ver se nos entendemos: o meu Benfica, aquele em que eu acredito e o qual vive dentro de mim, não é o Benfica que se acomoda a vencer, em 10 anos, dois campeonatos. Não é o Benfica que, por ter bons jogadores, me deixa descansado por fazer boas exibições nem é o Benfica que aceita ter um jogador displicente e outro medíocre no onze titular. Não é, de certeza, o Benfica que tem uma treinador que, por teimosia, quer demonstrar ao mundo que pode ser campeão e ir longe na Europa com jogadores desta estirpe. O primeiro, Gaitán, não tem respeito nenhum, nem pelo jogo em si nem pelos adeptos que sofrem por aquele símbolo que ele leva envergado; o segundo é um bravo guerreiro, um trabalhador, mas um jogador limitadíssimo, que não pode, REPITO: NÃO PODE, fazer parte do plantel, quanto mais ser um titular indiscutível.
O meu Benfica é humilde e assume os erros. É um Benfica que, em Janeiro, depois de ver a borrada que fez com o lateral-esquerdo, tem já preparado um plano que resgate um jogador de qualidade inegável para a posição, porque sabe que terá, até ao final da época, jogos em que precisará não de 9 ou 10 bons mas de um onze em que não haja elos mais fracos. Para o Nacional e para o Paços de Ferreira, podemos entrar com 9 ou 10 em campo, que ganhamos, porque somos muitos melhores. Para o Porto e para a Champions League, onde além de grandes equipas há grandes treinadores (que vêem o que os outros não vêem), estamos sujeitos a isto. Não foi por falta de aviso.
O meu Benfica é um Benfica de adeptos exigentes. Não de adeptos que confundem "apoio" com cegueira. Não é o Benfica dos Robertos nem dos Emersons. Não é o Benfica que muitos daqueles que pedem "apoio" ao Emerson, como pediam "apoio" ao Roberto", e pedem "compreensão" para com Gaitán, acreditam. Porque esse Benfica estará sempre mais próximo de não ganhar absolutamente nada. De que vale ter um bom plantel se há falhas evidentes que não são supridas? Não ter contratado ninguém para a lateral-esquerda em Janeiro foi um erro. Um pouco como se tivéssemos mantido Roberto esta época e não tivéssemos ido buscar Artur. Por "apoio", por "compreensão" - no fundo, por parvoíce.
Mas estes adeptos, além de não verem o óbvio, têm outra característica ainda mais interessante: não querem que os outros vejam e digam o que acham. Nem pensar, todos temos de calar perante a sabedoria dos que nos dirigem e treinam. Por muito que vos custe, esse não é o meu Benfica.
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