Pelos vistos um clube europeu, ali da zona da Alemanha e mais especificamente Munique, cometeu o amadorismo de saldar a sua divida relativamente à construção do seu estádio. Pagar atempadamente? Aliás, pagar antecipadamente? Ser bom pagador? Preocupação em liquidar as dividas? Seriedade e responsabilidade? Puro amadorismo.
Hoje em dia ser um bom cliente dos bancos é tão ou mais importante do que ganhar títulos. Quanto mais milhões de juros pagarmos aos bancos mais motivos temos para nos orgulhar e gabar.
Estes bávaros estão loucos mas o Maior Clube do Mundo é o nosso e o título de Clube Melhor Cliente dos Bancos está bem encaminhado.
Acreditar que o Benfica com este Presidente algum dia ganhará de forma sustentada é, acima de tudo, parvo. Caramba, até a cegueira tem limites.
Há episódios na História do clube que revelam que o benfiquista é de facto um crente - mesmo contra todas as probabilidades (quando digo probabilidades falo em 0 por cento). Um deles passou-se a 5 de Dezembro de 1995, numa noite europeia frente ao Bayern de Munique.
Tínhamos vindo da Alemanha com um 1-4 no bucho e o Estádio engalanou-se para a reviravolta. Sim, aquela gente - eu incluído - acreditava mesmo que podíamos dar 3-0 aos gajos ou 5-1 ou 9-0. O Valdo aos 13 minutos faz o primeiro golo e foi a loucura, andámos ali 20 minutos com o sonho na mão - só faltavam mais dois golos e estava feito, coisa pouca. Mas... que equipa tinha o Benfica?, pergunta o leitor menos atento. Eu digo, caro leitor. Uma equipa de sonho:
Preud´homme
Marinho, Ricardo Gomes, Helder, Pedro Henriques
Paulo Bento, Calado
Edgar, Valdo, Marcelo
Hassan
Digamos que no centro jogavam os bons; nas alas os cepos, como se fossem cuspidos do coração do relvado. Aos 31 minutos, Klinsmann empata - agora já tínhamos de marcar 3 para empatar a eliminatória. Depois Klinsmann (quem mais?) faz o 1-2 aos 67 minutos - 23 minutos para marcar 5 golos ao Bayern de Munique? era possível; talvez difícil, mas possível. Herzog aos 82 marca o 1-3 - o que são 6 golos em 8 minutos, caramba?