Georges Parfait Mbida Messi. Nascido em Yaoundé, nos Camarões, rapidamente ganhou fama no pátio traseiro da cubata de sua avó - uma senhora que, além de prezar a feitura de colares coloridos de simbologia indígena, foi considerada, em 1960, a melhor camaronesa com uma perna a jogar futebol em Yaoundé. Georges denotava, já em criança, uma extrema capacidade para o chamado "toca-e-foge", técnica aprimorada com influência sacramental de sua avó que passava por fazer tabelas imaginárias com os colegas, correndo de um lado para o outro do pátio, desmarcando-se na diagonal contra as árvores ou entrando em apoio por dentro das defesas, geralmente compostas por duas estátuas ou, se o dia era de chuva, uns pequenos varões de roupa.
Foi já nos seus gloriosos 20 anos que potenciou toda a sua cultura de pátio num clube de top, ingressando no Tonnerre Yaoundé, onde descobriu a sua vocação pelas alas, zona por onde cirandava ao longo dos 90 minutos, parando, voltando atrás, sentando-se no pelado, rindo e acenando aos adeptos que, loucos, lhe retribuiam a simpatia lançando amavelmente pedaços de excrementos de elefante do Parque Nacional Bouba Ndjida, onde, dizem, são criadas as melhores poias que este mundo já viu.
Sempre foi um injustiçado do futebol, Parfait Mbida Messi. O que era uma lição de serenidade em campo, mostrando a quem queria ver que o jogo depende da filosofia com que é encarado, para os outros - especificamente os adeptos que nada entendiam da estratosférica experiência que presenciavam - aquilo que ele fazia não passava de uma indesculpável displicência e até miserável desrespeito pelo clube que lhe pagava os hábitos de frequentador habitual da casa de putas de Yaoundé, onde era graciosamente conhecido como o «Ministro da Paz», por supostamente adormecer a meio do acto animalesco - e até grosseiro! - de colocar nêsperas nos ânus das dóceis concubinas, o que fazia com que a geleia só em parte fosse coerente com o nome que depois ia para o mercado, criminosamente adulterando a verdade do produto e criando na clientela a falsa ideia de estarem a comprar pureza quando no fundo o que compravam podia perfeitamente ser feito no sossego dos seus lares.
Georges foi assim obrigado a emigrar. Era a grande epopeia de Messi! Chegou ao Rizespor em 2001, de coração apertdo pelas saudades que tinha da avó, grande jogadora de uma só perna, mas cheio de sonhos. Georges sonhava. Infelizmente para ele, na Turquia não há nêsperas da qualidade das dos Camarões e ele decidiu regressar. Foram três anos em Yaoundé, agora não no Tonnerre mas no Canon, onde aprendeu que se chegasse de facto a tocar na bola podia fazer coisas bonitas. Brilhou em grande com meio-golo marcado em três épocas - ainda hoje dizem que o golo não foi dele, mas quem quer mostrar alguma imparcialidade de análise sabe que aquele sopro que fez a bola entrar teve a marca indelével de Parfait Mbida Messi.
Apareceu o Lokeren, onde foi muito bem recebido por uns senhores pedófilos que precisavam de alguém que guardasse as portas dos bunkers, e logo seguiu para o Wisla Cracóvia, cidade que lhe ficou no coração por ter tido um familiar que por aquelas terras tinha viajado de comboio até um campo de férias muito agradável, onde todos os dias queimavam lenha que, dizia Georges com ternura, chegava às estrelas.
Mas é fria a Polónia. Messi sentia falta dos ares quentes do seu país. Apanhou o avião e acabou, por engano, no Catar. Decidiu abraçar o destino e ingressou no Al Kharaitiyat. Não era para ele, aquilo, muito dinheiro, nenhuma nêspera, pouquíssimos elefantes - até havia alguns, mas eram pequenos e o cheiro, aquele saudoso cheiro da merda dos elefantes camaroneses, não lhe saía da cabeça e foi assim que Georges Parfait Mbida Messi acabou no Olhanense.
Gloriosas quatro épocas, sempre com aquele perfume africano com que enchia o José Arcanjo. Comeu muita nêspera, naturalmente, putas é que nem vê-las, todas metidas em iates de estrangeiros - e Georges sempre mareou bastante. Aquele ondular das águas, o vento ventando, a incoerência do oceano criavam-lhe grandes doses de movimentações interiores e não era raro regurgitar-se todo por dentro, numa sequência de acontecimentos esofágicos que podiam durar horas. Uma vez, num destes exercícios matinais junto ao mar, decidiu abrir a boca e regurgitou toda a cidade de Olhão, o que naturalmente não podia ser.
Foi já nos seus gloriosos 20 anos que potenciou toda a sua cultura de pátio num clube de top, ingressando no Tonnerre Yaoundé, onde descobriu a sua vocação pelas alas, zona por onde cirandava ao longo dos 90 minutos, parando, voltando atrás, sentando-se no pelado, rindo e acenando aos adeptos que, loucos, lhe retribuiam a simpatia lançando amavelmente pedaços de excrementos de elefante do Parque Nacional Bouba Ndjida, onde, dizem, são criadas as melhores poias que este mundo já viu.
Sempre foi um injustiçado do futebol, Parfait Mbida Messi. O que era uma lição de serenidade em campo, mostrando a quem queria ver que o jogo depende da filosofia com que é encarado, para os outros - especificamente os adeptos que nada entendiam da estratosférica experiência que presenciavam - aquilo que ele fazia não passava de uma indesculpável displicência e até miserável desrespeito pelo clube que lhe pagava os hábitos de frequentador habitual da casa de putas de Yaoundé, onde era graciosamente conhecido como o «Ministro da Paz», por supostamente adormecer a meio do acto animalesco - e até grosseiro! - de colocar nêsperas nos ânus das dóceis concubinas, o que fazia com que a geleia só em parte fosse coerente com o nome que depois ia para o mercado, criminosamente adulterando a verdade do produto e criando na clientela a falsa ideia de estarem a comprar pureza quando no fundo o que compravam podia perfeitamente ser feito no sossego dos seus lares.
Georges foi assim obrigado a emigrar. Era a grande epopeia de Messi! Chegou ao Rizespor em 2001, de coração apertdo pelas saudades que tinha da avó, grande jogadora de uma só perna, mas cheio de sonhos. Georges sonhava. Infelizmente para ele, na Turquia não há nêsperas da qualidade das dos Camarões e ele decidiu regressar. Foram três anos em Yaoundé, agora não no Tonnerre mas no Canon, onde aprendeu que se chegasse de facto a tocar na bola podia fazer coisas bonitas. Brilhou em grande com meio-golo marcado em três épocas - ainda hoje dizem que o golo não foi dele, mas quem quer mostrar alguma imparcialidade de análise sabe que aquele sopro que fez a bola entrar teve a marca indelével de Parfait Mbida Messi.
Apareceu o Lokeren, onde foi muito bem recebido por uns senhores pedófilos que precisavam de alguém que guardasse as portas dos bunkers, e logo seguiu para o Wisla Cracóvia, cidade que lhe ficou no coração por ter tido um familiar que por aquelas terras tinha viajado de comboio até um campo de férias muito agradável, onde todos os dias queimavam lenha que, dizia Georges com ternura, chegava às estrelas.
Mas é fria a Polónia. Messi sentia falta dos ares quentes do seu país. Apanhou o avião e acabou, por engano, no Catar. Decidiu abraçar o destino e ingressou no Al Kharaitiyat. Não era para ele, aquilo, muito dinheiro, nenhuma nêspera, pouquíssimos elefantes - até havia alguns, mas eram pequenos e o cheiro, aquele saudoso cheiro da merda dos elefantes camaroneses, não lhe saía da cabeça e foi assim que Georges Parfait Mbida Messi acabou no Olhanense.
Gloriosas quatro épocas, sempre com aquele perfume africano com que enchia o José Arcanjo. Comeu muita nêspera, naturalmente, putas é que nem vê-las, todas metidas em iates de estrangeiros - e Georges sempre mareou bastante. Aquele ondular das águas, o vento ventando, a incoerência do oceano criavam-lhe grandes doses de movimentações interiores e não era raro regurgitar-se todo por dentro, numa sequência de acontecimentos esofágicos que podiam durar horas. Uma vez, num destes exercícios matinais junto ao mar, decidiu abrir a boca e regurgitou toda a cidade de Olhão, o que naturalmente não podia ser.
Veio o Presidente da Câmara e acabou logo com aquilo: «vais fazer tijolo para Angola que te fodes, meu cabrão!» e foi assim que Parfait Mbida Messi entrou pela porta dos fundos numa construção que estava a ser feita nas traseiras do estádio 22 de Junho, propriedade do Interclube. Uma vez, no intervalo do árduo labor, pôs-se a dar toques a uma nêspera e foi logo contratado. Georges adaptou-se facilmente ao Girabola, aquilo ali era tudo dele, desde a baliza à zona avançada, criava perigo com a sua conduta agora mais assertiva, geralmente ceifando tudo o que mexia, árbitro e galinhas incluídos. Os excrementos, no entanto, é que falhavam. Sim, foi alvo de alguns de tempos a tempos mas não havia beleza nem odor que se comparasse aos calhaus de merda dos elefantes dos Camarões. Infelizmente para ele ainda não estava preparado para regressar e por isso foi dar banho a elefantes para a Indonésia, escolhendo a dedo o Persib Bandung por ter nêsperas de qualidade insuperável. Por lá se encontra em busca do cagalhão perfeito com que possa ser agraciado pelos adeptos e acabar a carreira em glória.
E só não foi considerado o melhor jogador do Mundo porque, como diz e bem António Tadeia, com aquele ar de conhecimento superior, «isto [FIFA] a continuar assim [leia-se: pornográfica embirração dos altos dirigentes europeus do futebol contra a genialidade assinalável dos portugueses] vamos ter Messi como melhor do mundo por muitos anos». Infelizmente para Georges, falamos do Messi errado.
E só não foi considerado o melhor jogador do Mundo porque, como diz e bem António Tadeia, com aquele ar de conhecimento superior, «isto [FIFA] a continuar assim [leia-se: pornográfica embirração dos altos dirigentes europeus do futebol contra a genialidade assinalável dos portugueses] vamos ter Messi como melhor do mundo por muitos anos». Infelizmente para Georges, falamos do Messi errado.