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sábado, 28 de abril de 2018

O jogo que segue empobrecendo

Por vezes, sem que nos demos conta, acontecem-nos coisas na vida para as quais não temos explicação. Por muito que vasculhemos, por muito que estudemos cada passo dado, continuaremos sem entender o que acabou de suceder.

Fatalismos, dizem uns, sorte ou azar, dizem outros. O certo é que poucos saberiam explica-lo racionalmente e ainda menos entenderiam as suas explicações.

A teoria do caos diz-nos que o simples bater de asas de uma borboleta pode desencadear um furacão do outro lado do planeta, através de uma sucessão de acontecimentos em dominó, que se vão tornando maiores a cada segundo, a cada centímetro, qual bola de neve a rolar montanha abaixo.

Assim foi com ele, a cada suspiro, a cada passo, a cada toque, a cada passe, corresponderia sempre um acontecimento maior, único, inesquecível, inexplicável. Para uns era sorte, para outros fatalismo, para muitos não chegava a ser alguma coisa, para poucos… uma borboleta.

No final dos tempos, o jogo saberá que ele passou por si mas, qual ladrão sem rosto, não saberá quando ou como, porque não o deixaram ficar nos seus registos.

Com ele soubemos que teríamos um novo termo para designar os Génios, com ele soubemos que Da Vinci, Galileu, Beethoven, Einstein ou Stephen Hawking foram… Iniesta.

O Rei das Assistências para as Assistências



O primeiro jogo de Andrés pelo Barcelona foi com o Benfica (na foto, João Pereira atrás do génio insurge-se contra Deus pela injusta distribuição de talento).

Iniesta é o meu jogador preferido, é o jogador que mais prazer me deu, que mais me ensinou sobre o jogo, que mais fez evoluir a minha percepção sobre o que é fundamental no futebol. Chamo-lhe o Rei das Assistências para as Assistências porque é ele que sonha sempre o golo e o constrói e depois deixa que outros apareçam nas capas e nas estatísticas. Um homem com um corpo, uma cara e um ar banais, de vendedor de raspadinhas num quiosque ou de entregador de pizas, com a alma de um Deus. Depois de ti, Andrés, o jogo nunca mais será o mesmo.

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Andrés Iniesta, um jogador contra a estatística



Nada tenho contra Ronaldo. Pelo contrário, acompanho-o desde que chegou à equipa principal do Sporting, gostei de ver a evolução que teve em Manchester, a maturidade em Madrid, a liderança na Selecção Nacional.

Vejo-lhe todas as centenas de golos, os arranques diabólicos, os remates certeiros, potentes e confiantes de um miúdo que chegou ao topo do mundo por ter uma ambição desmesurada que o faz não ter impossíveis, uma humildade emocionante que o faz trabalhar sempre mais do que os outros.

É uma máquina de fazer golos. É um portento atlético, uma mistura explosiva de técnica, velocidade e potência. Já é um dos Eternos na História do jogo e ainda lhe faltam pelo menos mais 5 anos dentro dos relvados.

Mas dar 4 bolas de ouro a um jogador como Ronaldo é a demonstração clara de que ainda falta caminhar muito para que tenhamos este maravilhoso jogo verdadeiramente apreciado. O futebol para ser golo tem de ser remate. Para ser remate tem de ser passe. Para ser passe tem de ser espaço. Para ser espaço tem de ser cérebro. O jogo dos génios não é melhor só porque é mais bonito, é melhor porque é mais eficaz. Porque cria constantemente as condições para que a equipa brilhe sempre mais.

Não dar uma única Bola Dourada ao melhor jogador do Mundo, Andrés Iniesta, e dar 4 a um jogador que, sendo fantástico e empolgante, não trouxe nada de novo ao jogo, não criou, não o entendeu, não o reinventou por dentro, é um insulto ao próprio futebol. É ser adepto da estatística e a estatística em futebol vale perto de zero.

A estatística em futebol é um diálogo de surdos:

- Gostaste d"O Jogador", do Dostoievski?
- Eh pá,  adorei. Tem 170 páginas e a imagem da capa é extraordinária.

quarta-feira, 29 de junho de 2016

9 letras para Iniesta


Tantas voltas dadas, tanto texto a tentar fixar o que é Iniesta num poema. Será porventura a única forma de agradecimento, esta vontade de devolver através de palavras o tudo que tem sido recebido na última década. É tão impossível a vida, a frase não sai, parece sempre que é pouco mesmo quando conseguimos retratar o herói de alguma forma que não o desconsidera, que o eleva acima da mera linha da vida. E, no entanto, parco. Limitado. Curto. Frágil. Incompleto. Até ler, numa entrevista de 2013 feita a Perarnau, uma daqueles mágicas descobertas. O escritor usa apenas uma palavra, não mais do que isso: 9 letras a pintar o quadro que Andrés Iniesta é quando joga.

Ingrávido.

Leu bem. Ingrávido. Apenas isto: ingrávido. Vamos ajudar o leitor menos atento, vamos abrir o dicionário

"adj. Liviano, ligero. Que no se halla sometido a un campo de gravedad:
en el espacio los astronautas se vuelven ingrávidos."

Andrés Ingrávido Iniesta. Andrés Ingriesta. Andrés Inigrávido. Ingrávido. Assim, simples.  Como um astronauta sem campo de gravidade.


quinta-feira, 16 de junho de 2016

Ronaldo não é do planeta de Messi e Iniesta


" (...) Não se ignore, porém, o que é mais importante e que no fundo despoleta tudo. A falta de qualidade de Cristiano na tomada de decisão. Como referido por cá há imenso tempo, o português não acrescenta nada ao jogo da sua equipa que não os golos que marca. Fá-lo em quantidades industriais e tal é suficiente para justificar sempre a sua presença em campo. Como sucedia com Jardel, por exemplo. Mas, por amor de Deus não queiram alimentar discussões sobre o melhor do mundo. O jogo é mil vezes mais que rematar à baliza. Para que esse momento chegue há todo um trabalho para trás tão trabalhoso e ainda mais difícil que somente finalizar que... tem de ser feito!


Alimentar a discussão sobre o melhor do mundo lançando do baralho um jogador cujas únicas qualidades se resumem ao processo ofensivo e a uma só fase é renegar tudo o que é o futebol nos dias de hoje.


Cristiano vai voltar a marcar e muito. Aí as dúvidas dos menos elucidados voltarão. Por cá afirma-se o mesmo de sempre. O português não vive no mesmo planeta do pequeno argentino que constroi, cria e finaliza.


Seja por vaidade, ego, ou simplesmente por incapacidade de perceber o que é melhor para a equipa, nunca alguém com tamanho nível de tomada de decisão que Ronaldo apresenta nos jogos por Portugal poderá entrar em lutas por prémios individuais que não relacionados com o número de golos que marca."

 http://lateral-esquerdo.blogspot.pt/2016/06/cristiano-ronaldo-na-seleccao.html

segunda-feira, 13 de junho de 2016

O meu melhor do Mundo



Letrista, compositor, intérprete - peçam-lhe tudo, que ele faz. É genial e solidário, não poupa nas dádivas, quer melhorar o mundo dentro do relvado. Com físico e ar de estar atrás de um balcão de tapas no meio da Andaluzia, Andrés só não está nas bancadas porque tem de cumprir o seu desígnio de ser o meu melhor do Mundo.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

O melhor cérebro do mundo



É também esta a minha percepção; defendo-a,  aliás,  há vários anos. Claro que, tendo em conta o mediatismo de Messi e Ronaldo na última década,  é uma opinião que leva tempestades de insultos sempre que é proferida. Esta por isso de Parabéns o Sampaoli por admitir publicamente aquilo que, estou em crer, muitos outros técnicos pensam mas não dizem. Andrés Iniesta é o melhor cérebro do mundo a jogar futebol. O Maestro das assistências para as assistências.  O Imperador da Suprema Decisão. Com 65 quilos, 1m70 e biliões de galáxias com "celulazinhas cinzentas", é o mais improvável dos génios para quem acha que o futebol é atletismo.


sábado, 9 de agosto de 2014

Um jogador de fracos músculos



Este é Andrés Iniesta. Magro, fraco, pequeno, frágil e pouco musculado, chegou à formação do Barcelona. Havia quem dissesse que Andrés tinha futuro - que tinha talento! -, mas logo foi decidido que um ser tão ridiculamente parco de músculos e força nunca podia ser jogador de futebol. Hoje serve no McDonald´s de Albacete, onde é o melhor do mundo a distribuir CBO´s.

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Iniesta

Um abraço fraterno para o Melhor do Mundo. Na História do Futebol, há poucos, quase nenhuns, como Andrés Iniesta.


sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Andrés existe.

Agradecer aos deuses por podermos ter a melhor equipa do Mundo ao vivo e a cores no Estádio da Luz. E também por um grupo que não sendo fácil é bastante acessível a um Benfica competitivo e sério.

E, claro, Parabéns ao melhor jogador do Mundo por ter sido considerado o melhor jogador a actuar na Europa. Iniesta, vemo-nos no dia 2 de Outubro. Será um honesto e verdadeiro prazer.

terça-feira, 19 de junho de 2012

O Mestre Andrés



Os grandes jogadores não ensinam apenas os outros colegas ou os adversários. Ensinam públicos, adeptos e especialmente os boçais comentadores que, de tanta banalidade com que enchem a cabeça, não sabem pensar. Na verdade, é muito simples: se estás isolado frente ao guarda-redes e tens um jogador da tua equipa ao teu lado, atrás da linha da bola, tens duas hipóteses: rematas à baliza com um gajo à tua frente que te tapa algum ângulo e pode interceptar a bola e evitar o golo OU fazes um passe lateral simples e crias um golo feito, de baliza aberta. 

Não é lance sequer que defina exclusivamente um jogador, de tão óbvio que é - Iniesta demonstra-nos que é o melhor do mundo em todos os jogos e em momentos bem menos evidentes -, mas serve bem para ilustrar o que deve ser o começo de uma lição definitiva sobre a frase mais estúpida do comentário em Portugal: não, um jogador, por estar isolado, não deve rematar à baliza. Não, um jogador frente ao guarda-redes, não deve ser perdoado por ter uma decisão estúpida. Não, ao atacante não se "compreende" a opção por rematar só porque é a sua "natureza". 

O atacante - ou o médio ou o defesa ou o guarda-redes - deve, a cada momento, decidir-se pela melhor opção. E essa, num lance deste tipo, não passa por ser estúpido ao ponto de perder probabilidades de golo por egoísmo ou incapacidade de ver para além do óbvio. Como o comentador que atira, orgulhoso, um "não podemos criticar o jogador por rematar à baliza, visto que estava isolado frente ao guarda-redes", deve de imediato ser recambiado para a Nigéria, onde será colocado enterrado até ao pescoço, só com a cabecinha de fora num círculo de gajos com pedras na mão. 

Ou isso ou ser obrigado a ficar numa sala de cinema durante uma semana inteira, a ver consecutivamente este vídeo: