Por vezes, sem que nos demos conta, acontecem-nos coisas na vida para as quais não temos explicação. Por muito que vasculhemos, por muito que estudemos cada passo dado, continuaremos sem entender o que acabou de suceder.
Fatalismos, dizem uns, sorte ou azar, dizem outros. O certo é que poucos saberiam explica-lo racionalmente e ainda menos entenderiam as suas explicações.
A teoria do caos diz-nos que o simples bater de asas de uma borboleta pode desencadear um furacão do outro lado do planeta, através de uma sucessão de acontecimentos em dominó, que se vão tornando maiores a cada segundo, a cada centímetro, qual bola de neve a rolar montanha abaixo.
Assim foi com ele, a cada suspiro, a cada passo, a cada toque, a cada passe, corresponderia sempre um acontecimento maior, único, inesquecível, inexplicável. Para uns era sorte, para outros fatalismo, para muitos não chegava a ser alguma coisa, para poucos… uma borboleta.
No final dos tempos, o jogo saberá que ele passou por si mas, qual ladrão sem rosto, não saberá quando ou como, porque não o deixaram ficar nos seus registos.