Estive hoje na catedral. Foi a
minha primeira visita depois da morte do Rei. Fiquei desolado com aquilo em que
está transformado o maior local de culto do actual Benfica. O Rei, isolado,
tapado com uma lona escura e com uma serie de trabalhadores à sua volta, com
serras eléctricas em alto frenesim.
Sou frontalmente contra aquilo
que se está a fazer em redor da estátua. Sou contra, essencialmente, pelo
simbolismo que isto representa. Considero que isolar a estátua de Eusébio de
tudo o resto é retirar-lhe aquilo que mais ele gostava, ou seja, o povo e a sua
simplicidade. A estrutura que está a ser erguida, ainda que não esteja
finalizada, assemelha-se a uma jaula azeiteira e rebuscada, longe, muito longe
de tudo o que Eusébio da Silva Ferreira era.
Mas o Benfica dos dias de hoje é
assim, é o Benfica do isolamento físico entre Eusébio e os seus, é o Benfica
que vende a cabeça do Rei banhada a ouro por 2500€, tentando assim que Eusébio
dê ao Benfica algo que não devia dar: Negócio. Eusébio não é património do
Benfica, Eusébio não é negócio, Eusébio não é propaganda.
Desculpem mas, puta que pariu!