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domingo, 19 de outubro de 2014

Evita, Rúben. Tens família [benfiquista].


"Lamentável este ataque ao Amorim".

Há uns dias, o saudoso Guarda Abel (com o qual aproveito para anunciar que não tenho qualquer fotografia) utilizou o Facebook para "avisar" um fiscal de linha, no seu próprio mural, para não se deslocar à cidade Invicta sob pena de apanhar uma tareia das antigas. "Evita. Tens família.", escreveu o simpático ex-agente da PSP da cidade do Porto.

Queria aproveitar as bonitas palavras de Abel para me dirigir a Rúben Amorim. O Rúben é um dos nossos. Não é um estrangeiro que chegou ao Benfica há 3 dias e que já está a pensar numa transferência para um colosso internacional qualquer. O Rúben não vê o Benfica como uma ponte aérea. Para o Rúben, o Benfica não é um meio mas sim um fim. Quando está em campo, veste a camisola. Quando está de fora, ergue o cachecol. E é por isso que, para mim, é difícil compreender e aceitar que Rúben Amorim tenha posado para uma fotografia com alguém que tanto mal fez e tanto mal quer aos benfiquistas.

Caso vos tenha dado um súbito ataque de amnésia ou tenham estado em coma profundo nos últimos 20 anos, Fernando Madureira (ou "Macaco", para os amigos), é o líder da claque dos Super Dragões. É a cabeça de uma organização mafiosa que ameaça e agride (e sabe-se lá o que faria mais se não houvesse um mínimo de descaramento por parte das forças policiais deste país) adeptos de vários clubes e que vive alimentando um ódio visceral ao Benfica, aos seus adeptos e a tudo o que o nosso clube representa. Lembram-se do que aconteceu no ano passado aos adeptos que tentaram deslocar-se ao Dragão Caixa para ver o Benfica sagrar-se campeão europeu de Hóquei em Patins às custas do Porto? Já se esqueceram do que acontece na Avenida dos Aliados sempre que o Benfica ganha um campeonato?

É por isso, Rúben, que tenho de te dizer isto mesmo. "Evita. Tens família.". A tua família é a família benfiquista. É a família a quem Madureira e os seus lacaios insistem em ameaçar e agredir. É esta gente que atira bolas de golfe para tentar acertar em adeptos e jogadores. É esta gente que ataca o autocarro do Benfica quando vai ao Norte, seja à entrada para o Estádio do Dragão, seja na auto-estrada, atirando pedras, partindo vidros e colocando em perigo a vida dos teus colegas de equipa, dos teus amigos. Por isso, Rúben, deverias ter evitado tirar aquela foto. Por uma questão de respeito para com os teus colegas e para com a tua família.

Não sei se Rúben Amorim viu ou não que era Fernando Madureira que estava ao lado de Pedro Proença. Se ainda estivessem umas dez, vinte pessoas, acredito que pudesse nem se ter apercebido, mas agora só estando lá mais duas… acredita quem quer na justificação. Por mim está tudo esclarecido. Foi um momento profundamente infeliz do Rúben, que não reflectiu sobre as consequências de tirar uma fotografia com alguém que nos odeia de morte. Esteve mal.

Por isso, antes de dizerem "Lamentável este ataque ao Amorim", pensem duas vezes. Pensem no que gente como Fernando Madureira representa. Isto não é um ataque a Amorim. É a defesa dos benfiquistas.

Às vezes, a melhor forma de ficar bem na fotografia é nem aparecer nela. Que sirva de lição.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

O que muda sem Matic



Está feito, Matic regressa ao Chelsea a troco de (fantásticos) 25M€.

Analisando a questão sob o ponto de vista meramente desportivo, é óbvio que a venda de um dos nossos melhores jogadores quando estamos a meio do campeonato não faz qualquer sentido. Pouco me importa o que provocou esta venda, o facto é que Matic já não mora na Luz.

Perder Matic é perder, não tenho grandes dúvidas, um dos melhores médios defensivos do futebol europeu. O Sérvio está certamente, e de forma tranquila, entre o top 5 dos melhores médios do futebol actual, fora da órbita dos grandes colossos.

Não é fácil transformar em Euros o valor de cada jogador, no entanto, parece-me que conjugar a importância de Matic no Benfica com a vontade e necessidade do Chelsea de um jogador com estas características tem de dar mais que 25M€. Aliás, o próprio presidente afirmou em Agosto que Matic só sairia pela cláusula (50M€). Obviamente que não esperava que Matic saísse por esse valor, mas também não esperava que o presidente reduzisse a metade as suas exigências em menos de 6 meses.

Mas lembrem-se, o argumento de eliminação da LC para alienação dos melhores jogadores esgota-se em Matic, porque só com a vitória na LC conseguiríamos verbas próximas dos 25M€ que rendeu o Sérvio, logo, se mais algum jogador importante sair e vos disserem que estamos obrigados a vender por via da eliminação da LC, acreditem só que o Benfica está financeiramente desesperado.

Matic foi o melhor médio defensivo do Benfica em largos anos, um jogador tacticamente inteligente, tecnicamente fortíssimo (para a posição que ocupa) e com uma capacidade física assinalável. Ele com aquela passada larga e amplitude de movimentos, juntamente com Enzo, disfarçava muito do que é o défice numérico e táctico do meio-campo do Benfica. O Sérvio era ainda um autêntico farol para os nossos centrais na hora de construir, sendo capaz de lançar em profundidade quer em passes verticais quer em lançamentos longos e capaz de conduzir em posse a primeira fase de construção do Benfica. Era ainda um jogador capaz de encurtar espaços aquando da perda da bola, sabendo exactamente quando pressionar alto ou recuar e ser mais conservador. Estou certo que encaixará como uma luva no actual Chelsea e que pode ser a contratação decisiva para a conquista do título por parte da equipa de José Mourinho.

De pouco nos serve procurar substituto a altura de Matic no actual plantel, pois não existe. Não temos outro que nos dê todos os atributos que Matic dava. Mas não temos nós nas segundas linhas, nem têm a maior parte dos planteis nas primeiras sequer. Por isso, qualquer que seja o substituto de Matic no 11 inicial, aquela posição não será feita da mesma forma que até aqui.

De forma directa temos Fejsa, Amorim, A. Almeida e Lindelof. De todos, Amorim é o que mais se aproxima de Matic sob o ponto de vista técnico e táctico, porém não tem a mesma capacidade física do Sérvio para cobrir tantas áreas e em tão pouco espaço de tempo; Semelhante a Amorim temos A. Almeida, mas penso que se a ideia de Jorge Jesus passasse pelo jovem Português tê-lo-ia colocado nessa posição frente ao Leixões; Lindelof não me parece solução credível para uma equipa como o Benfica. Pelo que tenho visto da equipa B, é um jogador certinho, não erra muito, mas não vejo ali capacidade para mais do que aquilo, não vejo ali qualidade extra para ser explorada, pode ser que esteja enganado; Quanto a mim, e analisando o passado e palavras de JJ, passará por Fejsa a solução para o problema. Este outro Sérvio é um médio defensivo à imagem do que mais gosta JJ para aquela posição, se atentarmos aos jogadores que o nosso técnico tem colocado a jogar naquela função, todos são da linhagem de Fejsa, à excepção de Matic. Todos os outros são jogadores eminentemente defensivos, jogadores mais de destruição que construção, jogadores que mais facilmente se adaptam a centrais que a médios-centro, desde Javi Garcia, passando por Airton e finalizando na tentativa de adaptação de Roderick, nenhum jogador escolhido por JJ tem as capacidades técnicas de Matic, bem pelo contrário.

Fora destas escolhas haveria ainda a hipótese de adaptação André Gomes mas, românticos, acordem, aquilo do “Benfica made in Benfica” era a conversa do costume, ou ainda serão precisas mais provas que o jogo do Leixões? Sim, nem para esse jogo o André Gomes serve, mais, nem para um jogo deste tipo o André Gomes é escolha válida para ser suplente utilizado, pois Markovic, Rodrigo e Lima devem estar necessitadíssimos de minutos e ritmo de jogo. Ah, e não se esqueçam, “Substituto de Matic na formação? Tinham de nascer dez vezes”… Tem a palavra o treinador do “Benfica made in Benfica”.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Não há razão para mudar

Como já aqui escrevi, ainda que Jorge Jesus não o admita, a inclusão de Ruben Amorim no 11 do Benfica, produziu uma inegável modificação tática e de processos na equipa que, pelas exibições produzidas, se traduziu numa melhoria substancial no rendimento da equipa. E digo apenas pelas exibições produzidas e não refiro os resultados, porque essas exibições não tiveram correspondência absoluta em resultados por sucessivas e graves falhas nos lances de bola parada defensivos.

Com Ruben Amorim o Benfica organiza-se naquilo que Jaime Pacheco apelida, e bem, de um 4-3-3 envergonhado, pois Markovic não aparece como um ala/extremo puro, antes como o jogador que mais vezes aparece no flanco direito. Diria que a tendência natural dos jogadores será para se organizarem nesse 4-3-3 em processo ofensivo, com Gaitan pela esquerda, Cardozo pela zona central e Markovic como “vagabundo” com liberdade de movimentação a toda a largura do terreno, sendo apoiados por um trio de médios que tem em Matic o seu elemento mais recuado, em Ruben Amorim a sua unidade de trabalho e de transição e em Enzo o jogador mais liberto na missão ofensiva.

No momento defensivo a equipa varia entre o 4-5-1, com Markovic e Gaitan a fecharem nas alas, juntando-se ao trio de médios, formando assim uma linha de 5 na zona intermédia (com Matic ligeiramente recuado face aos demais) e um 4-4-2 quando Markovic não fecha sobre a ala direita, deixando essa missão entregue, por norma, a Ruben Amorim, sendo que o Sérvio permanece na frente com Cardozo.

Com a lesão de Ruben Amorim, existirá a tentação natural para se alterar o que foi feito no final dos jogos com o Nacional e Académica, e a quase todo o tempo nos jogos com Olimpiakos e Sporting, por ter “caído” o principal interprete desta mudança.

Quanto a mim, e porque o jogo que se segue é com o SC. Braga (longe do melhor Braga dos últimos anos, mas ainda assim, uma das melhores equipas da nossa liga), não há razões para se alterar o que está bem feito. É verdade que o plantel não foi organizado tendo por ideia base o novo sistema tático (basta atentarmos ao numero de médios que o plantel possui para percebermos isto), também não é menos verdade que neste momento não temos nenhum outro médio disponível que seja capaz de dar à equipa o que dá Ruben Amorim, todavia os benefícios aportados com a mudança são tão evidentes e tamanhos que mudar agora seria retroceder ao ponto de partida deste processo evolutivo.


Vejo em André Gomes e, no limite, em Djuricic, elementos perfeitamente capazes de integrarem o 11 nesta nova organização tática, desde que ocorram as respetivas nuances táticas inerentes à saída de alguém como Ruben Amorim e à entrada de alguém eminentemente criativo. E essa nuance, prende-se essencialmente com a entrega do papel até aqui desempenhado pelo médio português a Enzo e o papel deste entregue a uma das unidades que referi, nada mais. Tudo que passe além disto, será voltar ao tão amado 4-4-2 de Jorge Jesus e a tudo o que ele tem de melhor e pior. E quanto a mim o que esse modelo tem de melhor não chega para superar o que tem de pior em jogos de patamar competitivo superior como é o jogo com os bracarenses e o jogo imediatamente seguinte para a liga dos campeões com o Anderlecht.

domingo, 10 de novembro de 2013

Estou vivo



Por muito que Jorge Jesus diga que não mudou o sistema táctico, por muito que custe a Jorge Jesus admitir que mudou por força das derrotas, por força dos seus próprios falhanços, parece-me ser indesmentível que esta nova formula táctica do Benfica com 3 médios de corredor central declarados e uma ideia de jogo mais pausada e emocionalmente mais controlada tem os seus resultados à vista.

O derby de ontem, tal como já havia sido o jogo na Grécia, foi lançado nestas bases tácticas, com o trio formado por Matic, Enzo e R. Amorim a controlarem todas as operações a meio-campo, roubando tempo e espaço aos médios leoninos e demonstrando qualidade na hora de construir. Com estas unidades em campo, o Benfica relaciona-se melhor com o espaço, havendo menos espaço entre unidades e, por isso, maior facilidade nas ajudas defensivas e na criação de linhas de passe no momento ofensivo.

O Sporting, tal como já tinha acontecido com o Olimpiakos, marcou o 1º golo na primeira e única oportunidade criada através de lances de bola corrida durante os 90 minutos, e em mais dois erros primários do Benfica na defesa de lances de bola parada, tudo o resto foi luta a meio campo e domínio do Benfica.

É verdade que sentimos algumas dificuldades após a lesão de R. Amorim, talvez porque Jorge Jesus caiu na tentação de trocar o médio Português por um extremo (Cavaleiro), colocando Gaitan ao meio, no papel que até ali havia sido de Enzo, mas Gaitan está longe de ser Enzo no que a capacidade e voluntarismo defensivos diz respeito e Markovic não teve a capacidade de transporte de bola que Gaitan teve, até ali, pela esquerda. Mas esse desequilíbrio causado pela má opção táctica de Jorge Jesus, foi mitigado pela opção de Leonardo Jardim que na busca do golo também trocou um médio (A. Martins) por um avançado (Slimani). Ainda assim, ainda que essas dificuldades tenham sido evidentes, reforço, fomos capazes de manter o controlo do jogo, caindo apenas pela questão, que já se torna desesperante, das bolas paradas defensivas.

Ao contrário do que considerou Jorge Jesus, eu acho que a entrada de Lima ia sendo determinante, mas para um desfecho semelhante ao que temos vivido com o “mestre da tática”. Entrando Lima para a saída de um esgotado Enzo, a equipa voltou ao sistema “antigo” e ao que isso tem de melhor e… pior. Voltamos a ser uma equipa a correr desenfreadamente para a frente, mesmo depois do 4-3, voltamos a ser uma equipa completamente partida a meio (a 3 minutos dos 120 é visível uma linha de 6 jogadores a defender e 4 na zona do grande circulo), facto que só não melhor aproveitado pelo Sporting pela sua falta de experiencia e matreirice, pois contra equipas com esses predicados já vimos por diversas vezes que sofremos, e muito.

Para finalizar gostaria de falar de Gaitan. É verdade que Enzo foi, mais uma vez, gigante no meio-campo, desmultiplicando-se em 2/3/4 “Enzos” para se entregar à equipa. Não é menos verdade que Cardozo foi absolutamente letal, marcando 3 grandes golos. Mas Gaitan voltou a provar que, querendo, é o jogador mais genial deste Benfica. Gaitan é daqueles que leva gente aos estádios, é daqueles que se funde com a bola num bailado só alcance dos predestinados, assim haja disponibilidade mental e compromisso com o colectivo.