Há uma certa maneira de Jonas jogar à bola que me deixa saudoso da minha vida.
Lembro-me de mim na adolescência. Sou eu ali no canto do ciclo a fumar cigarros e a dar beijos às miúdas quando o Jonas avança pelo campo, faz triangulação, recebe, finge que remata, deixa cair o guarda-redes, depois golo.
É provável que eu goste do Jonas porque sinto falta das sandes de tulicreme e manteiga, das saudades daquilo que eu senti há muitos anos. Já tocou, a professora de Matemática está à espera mas eu ainda tenho a Vitorina ao meu colo a cheirar a perfume de flores e a língua dela parece um helicóptero.
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