Comoventes, os relatos de José Eduardo, Eduarda Proença de Carvalho e Dias Ferreira sobre as ameaças que sofreram na Assembleia-Geral do Sporting. Quem os ouve, quase esquece que foram três dos mais activos apoiantes de Bruno de Carvalho nos últimos 5 anos. Quem os lê, quase pensa que não foram os três responsáveis pelo clima de terror que Bruno de Carvalho instalou no Sporting. Quase.
quarta-feira, 27 de junho de 2018
José Eduardo Dias Ferreira Eduarda Proença de Carvalho
segunda-feira, 25 de junho de 2018
E tudo o Bento deixou
Manuel Galrinho Bento faz hoje 70 anos sentado no sofá glorioso do Quarto Anel. Enchia as balizas com o corpo franzino que esticava pernas e braços para o abraço com a bola. Lesto, louco, esperto, intuitivo, genial, romântico, era tão bom que o símbolo do Benfica adornava camisolas amarelas, verdes, azuis, sem traumas ou preconceitos. Era o Benfica num salto, a Mística num voo pela área, o Povo no bigode. Foi e é o número 1 das nossas balizas gloriosas.
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Manuel Galrinho Bento,
Memória e nostalgia
sexta-feira, 22 de junho de 2018
Parabéns, Excelentíssimo Senhor Presidente!
Hoje não é um dia qualquer para o Universo Benfiquista; hoje é o dia mais importante do ano - sim, ainda mais do que o 28 de Fevereiro porque se este 22 de Junho não tivesse existido o Benfica também já não existiria.
Este é o dia que marca assim o nascimento do Salvador Glorioso, o Excelentíssimo Senhor Presidente Luís Filipe Vieira. O homem que sozinho elevou o clube a um patamar de excelência empresarial só ao nível das grandes multinacionais do planeta. Hoje a Marca Benfica bate-se taco-a-taco com as Coca-Cola, os McDonald's, as Primark, as Lojas do Gato Preto, as Papelarias Fernandes, os Calçados Guimarães, as sanitas Roca.
De visão futurista, inovadora e original, Luís Filipe Vieira completa hoje 69 gloriosas primaveras. O mínimo que podemos sugerir como prenda de aniversário é a mudança de nome da Catedral para Estádio Luís Filipe Vieira, a mudança do lema do símbolo - de "E Pluribus Unum" para "Se não tivermos 300.000 sócios em 2004, demito-me!" - e a mudança do nome do clube: Sport Vieira e Benfica. No Museu já não será necessário fazer alterações porque o gigante V que o adorna já sugere decentemente a homenagem devida.
Parabéns, Grande Presidente! E obrigado pela dedicação e paciência com que todos os dias passa pelo menos 6 horas a enviar sms pessoais aos aniversariantes benfiquistas. Hoje terá de enviar uma a si próprio, assim como ler a sua autocitação que colocou no nosso lindíssimo Caixa Futebol Campus 💕
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Luís Filipe Vieira
quinta-feira, 21 de junho de 2018
O Processo
PEDRO PROENÇA LÍDER DO GRUPO DE SÓCIOS DO SPORTING (PPLGSS) fez uma PETIÇÃO para ser formada uma COMISSÃO DE SUPERVISÃO E MONITORIZAÇÃO (CSM) na ASSEMBLEIA-GERAL DE DESTITUIÇÃO (AGD) de dia 23, marcada pelo ALEGADO PRESIDENTE DEMISSIONÁRIO OU NÃO DA MESA DA ASSEMBLEIA-GERAL JAIME MARTA SOARES (APDONMAGJMS) e criador de uma COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO (CF) que já foi ameaçada com PROVIDÊNCIAS CAUTELARES por parte do PRESIDENTE DO CONSELHO DIRECTIVO SUSPENSO BRUNO DE CARVALHO (PCDSBC) que ontem proibiu a entrada em Alvalade do PRESIDENTE DA COMISSÃO DE GESTÃO ARTUR TORRES PEREIRA (PCGATP) por achar aquele, devidamente auxiliado pela PRESIDENTE DA PUTATIVA COMISSÃO TRANSITÓRIA DA MESA DA ASSEMBLEIA-GERAL ELSA JUDAS (PPCTMAGEJ), que a COMISSÃO DE GESTÃO (CG) é ilegal. PUTATIVA COMISSÃO TRANSITÓRIA DA MESA DA ASSEMBLEIA-GERAL (PCTMAG) que já havia convocado uma ASSEMBLEIA-GERAL ELEITORAL (AGE) para dia 21 de Julho; CONVOCATÓRIA anulada por parte do TRIBUNAL (T) que decretou ilegal a PUTATIVA COMISSÃO TRANSITÓRIA DA MESA DA ASSEMBLEIA-GERAL (PCTMAG).
Ou seja:
- O PPLGSS exige ao APDONMAGJMS - responsável pela formação de uma CF e de uma CG -, a criação de uma CSM para a AGD com o intuito de que as duas partes em confronto - PCDSBC e PCGATP - sejam equitativamente fiscalizadas. Isto, claro, se até lá a PPCTMAGEJ não putativamente inviabilizar a AGD de dia 23 e putativamente roubar o cargo ao PPLGSS, ao APDONMAGJMS, ao PCDSBC e ao PCGATP. O que seria putativamente ilegal.
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domingo, 10 de junho de 2018
José Boto
Chegou hoje, de forma oficial, ao fim a colaboração de um dos melhores olheiros do mundo com o Benfica. Confirmando os vários e piores sinais que vinham sendo dados, José Boto anunciou hoje, na sua página de facebook, a saída do Benfica, ficando ainda por saber, também de forma oficial, o seu novo destino.
Da mensagem de despedida, para além do agradecimento a Luís Filipe Vieira, importa sublinhar o seguinte pensamento:
“ (…) Se defendo que o que faz a verdadeira diferença entre os jogadores é a capacidade técnica, a inteligência e a forma como um jogador toma decisões em campo, também eu procurei sempre fazer o mesmo no meu dia-a-dia (…) ”
Esta é a chave de todo o pensamento sobre o jogo para José Boto. E se já era suficientemente grave perdermos um nome com a sua valia, o que significa a sua saída é ainda mais preocupante e as suas ondas de choque irão muito além da perda do nome em si.
Deixar sair José Boto, é deixar sair um estilo que foi pedra basilar dos sucessos da última década. Com a saída do categorizado olheiro Português, muito provavelmente e com sinais já dados nas recentes contratações, veremos a política desportiva do Benfica regredir a ponto de nos colocar no patamar de outros que têm perdido tanto nos últimos anos.
Voltar a um modelo de jogador assente em atributos pouco ou nada diferenciadores, será como voltar a acender a lareira com duas pedras.
É triste termos um clube tão grande e que, por isso, tem ao seu dispor tanta gente verdadeiramente interessante e disponível para colaborar com qualidade e insistirmos em querer tão pouco e tão igual a tantos.
Se é difícil perceber como não se procura melhorar o que está mal, é aterrador ver desperdiçar as melhores coisas que temos, em vez de as melhorar.
Quanto a José Boto, cabe-nos deixar um profundo agradecimento por tudo e tanto que deu ao clube e desejar-lhe o maior dos sucessos futuros, vá ele para onde for.
P.S. E nem me venham com a conversa do dinheiro que José Boto irá ou não ganhar fora do Benfica. Há coisas que o dinheiro, por muito que seja, não compra: Paixão e compromisso. E esses dois predicados só podem existir com um projeto. E esse… Não existe!
quinta-feira, 7 de junho de 2018
O Túnel da Luz
Os mais novos talvez tenham lido o título e pensado que vinha aí uma crónica sobre estranhos pontapés de Hulk em stewards na Nova Luz, mas não é nada disso. Podem sair daqui e voltar para o Hugo Gil, Pedro Guerra ou Guachos Vermelhos onde certamente verão um benfiquismo orelhístico de grande monta. Não, o túnel da Luz é outra coisa.
O Túnel da Luz estava à nossa espera em dia de jogo. Jibóia de betão que já antecipava a chegada do Povo Glorioso vindo de Bragança, de Chaves, de Braga, de Coimbra, de Faro, de Beja, de Castelo Branco. Já sabia que os benfiquistas do Porto viriam, que os benfiquistas de Peniche chegariam, que os benfiquistas de Elvas haviam de voltar. O país encontrava-se no Túnel da Luz e cantava.
Mas antes comia e bebia onde agora é o Colombo. Deixava o Túnel em descanso à espera. Comíamos e bebíamos naqueles terrenos à solta. Gente que acendia fogueiras, gente sentada em bancos de madeira em redor de barracas de onde saíam cheiros de chouriças e caldo verde. As carnes na brasa, a gordura a pingar para as camisas, a entremeada a entremear a viagem e o jogo de bola. Um puto trouxe uma bola e deu-lhe 100 toques sem deixar cair na lama onde hoje é a Bershka. Um Pai abraçava o Pai, os dois com copos de vinho nas mãos onde hoje é a Worten. Mulheres davam beijos aos netos onde hoje é a Fnac. Três cães vestidos à Benfica farejavam cadelas onde hoje é a Portugália.
O túnel ali esperava, em coração de cimento, alcatrão, luzes e areia. Os benfiquistas iam percorrendo-o a conta-gotas, vindos da gastronomia benfiquista. Ia enchendo. Já se viam fumos a sair do Estádio, os cânticos da Luz já ecoavam, a Mística fazia a sua mezinha, hipnotizando o Povo Glorioso em direcção ao Benfica. Íamos por dentro dele e cantávamos.
Depois, o jogo. A noite europeia ou a goleada nacional. Às vezes, a desilusão, a tragédia, a tristeza. Mas nem assim o Túnel da Luz desistia. Ganhando (quase sempre) ou perdendo (quase nunca), saídos da Luz ansiávamos por aquela acústica. Mas custava chegar. O Povo Glorioso com o seu exército de 100.000 pessoas demorava-se a chegar ao Túnel. Pais punham os filhos nos ombros como se eles fossem óculos de submarino. Nós, putos, rodávamos a 360 e dávamos as coordenadas aos pais sobre o tráfego glorioso. Ainda faltava uma hora para o Túnel da Luz. Preenchíamo-la com discussões técnico-tácticas e críticas às substituições do treinador mesmo que tivéssemos ganhado por 6-0.
Finalmente, o Glorioso Túnel da Luz. Um orgasmo. A acústica sem limites para aguentar milhares de benfiquistas a cantar músicas do Benfica. Dois orgasmos. 1904 orgasmos juntos a estalar o betão. O Benfica é a mais maravilhosa maluqueira do mundo.
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