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quinta-feira, 8 de maio de 2014

Foi um prazer, Rio Ave


Ao contrário da maioria dos meus amigos - que legítima e verdadeiramente "sofrem" por outros emblemas todos os fins-de-semana - sou um adepto do Benfica sem simpatias especiais por outros clubes. Não as tenho por clubes estrangeiros, não as tenho por clubes nacionais. Também não odeio nenhum clube (não, nem o Porto), o que me equilibra a balança e me permite ver futebol de uma forma que me agrada. Mas se tivesse de escolher um clube pelo qual tenho um certo gosto especial em ver na Primeira Liga escolheria o Rio Ave. 

O motivo extrapolará seguramente os motivos desportivos; aliás, na verdade o que me atrai no Rio Ave é o facto de ser de Vila do Conde, terra que muito me encanta e gente que muito me enleia. Como uma rede de pesca, esta gente prende-me. Comove-me. As Caxinas fascinam-me. Há todo um mundo dentro daquele lugar que não é bem Douro, não é bem Norte, não é Portugal. É outra coisa. E é essa coisa que, sem directa e evidente explicação, atrai e comove. Por isso, desejo sempre tudo do bom e do melhor ao Rio Ave, a menos que se dê o acaso de jogarem contra o Benfica, acontecimento que, não acalmando a minha admiração por aquelas gentes, tudo muda em relação ao meu interesse no resultado final: quero que o Rio Ave perca. Como quero que todos percam contra o Benfica.

Foi, portanto, muito bonito assistir ao vivo a mais uma final dos nossos e ainda por cima disputada com os de Vila do Conde. E não surpreenderam: apoiaram a sua equipa, aplaudiram os nossos pela vitória, fizeram a sua festa, foram embora, não partiram nada nem ninguém, deram ao futebol o exemplo universal. E ainda bem que voltaremos a defrontar o Rio Ave daqui a semana e meia. Na mata do Jamor beberei copos convosco, caros caxineiros.

Quanto a nós, continuamos o sonho. Nota-se que os jogadores estão a chegar ao limite físico (aqueles jogos todos contra boas equipas em inferioridade numérica deixaram marcas; as lesões, os castigos), mas há uma alma que perpassa por este grupo que vai superando obstáculos, uns atrás dos outros. É só mais um bocadinho, companheiros. Chegados aqui, com Campeonato e Taça da Liga no Museu, não custa nada, e seria tão bonito, juntarmos-lhes Liga Europa e Taça de Portugal. Nós todos acarditamos, ganhe a Alemanha um Mundial, três ou trinta e três.