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quarta-feira, 12 de julho de 2017

O plantel do 37



O plantel para esta época está praticamente fechado, do que é dado a entender pela imprensa. Diria que, caso se confirme a saída de Eliseu para a Turquia e com o, aparente, retrocesso na contratação de André Moreira, ao nível de entradas, só precisaremos de um guarda-redes e, eventualmente, de um lateral esquerdo.

E se na posição de lateral esquerdo, apesar dos problemas com lesões de Grimaldo, temos o melhor jogador a atuar naquela posição em Portugal, na posição de guarda-redes, o temor sobre a condição física de Júlio César, leva-me a achar ser absolutamente necessário contratar um jogador capaz de assegurar a titularidade da baliza gloriosa a qualquer momento e com qualidade.

Se olharmos para as 4 épocas do tetra, entre outras coisas, conseguimos facilmente estabelecer um ponto de contacto entre os diversos planteis: A qualidade inquestionável dos guarda-redes. Oblak, e as suas mãos de ferro; Júlio César e a transformação monstruosa operada pelo então treinador de guarda-redes, Hugo Oliveira; e, o melhor de todos, Ederson.

Em todos casos falamos de guarda-redes super completos e preparados para assumir a baliza de um grande, e sobretudo um grande que assuma o risco de defender com a linha defensiva tão subida, como faz o Benfica.

O imperador tem esse tipo de rotinas, no entanto, com a idade é mais do que natural que perca velocidade e, por isso, sinta maior dificuldade em assegurar um bom controlo das costas da linha defensiva. Mais que isso, os constantes problemas físicos que o têm afretado, especialmente nas duas últimas épocas, deixam antever que, sem uma alternativa inequívoca, podemos passar por dificuldades.

Para já, existe Paulo Lopes – que sabemos o papel que tem, e Bruno Varela que, quanto a mim, do que já lhe vi fazer na formação do Benfica e, sobretudo, em Setúbal, não garante sossego na posição. Acho-o demasiado incompleto em todos os aspectos para poder ser solução para o Benfica. Pode evoluir? Sim, talvez. Mas não acho que o faça a ponto de alguma vez poder ser titular de uma equipa campeã. E mesmo que esteja enganado, o que mais precisa Varela para tentar lá chegar, é de competição (muita de preferência) e, neste momento, essa competição não surgirá no Benfica com a regularidade que o jovem Português necessita.

Por tudo isto, considero absolutamente vital a contratação de um guarda-redes de inequívoco valor e potencial. Acho mesmo ser esta a única grande lacuna do plantel neste momento, sendo certo que tenho alguma dificuldade em reconhecer essa qualidade toda em André Moreira – o nome, até hoje, mais apontado ao lugar. O jovem Português fez uma meia época interessante no União da Madeira, no entanto, falta provar ser competente no tal controlo do espaço atrás da defesa, já que, na equipa madeirense estava enquadrado numa ideia de jogo que contemplava, sobretudo, uma equipa em bloco demasiado baixo para se poder avaliar essa mesma capacidade. Por isso, a ser ele a aposta, considero ser arriscada, demasiado arriscada para quem tem uma primeira escolha tão fisicamente intermitente.