São 26 os jogadores emprestados pelo Benfica para esta época. Um número surreal que compõe todo um novo plantel no qual se mesclam péssimas decisões, jovens da formação e alguns em que ainda queremos ter esperança de que sairão valorizados pelas equipas às quais os emprestámos.
Dêem as voltas que quiserem a este número, justifiquem para vós próprios ou para os outros, inventem argumentos que suportem a compreensão desta realidade que, ainda assim, por muito esforço que façam, é impossível aceitar este despesismo de um clube endividado até aos cabelos. Não há estratégia, organização, critério, lucidez. E com isso se desbastam milhões em jogadores que por vezes nem chegam a vestir a camisola do Benfica.
Mas importa compreender quantos milhões serão ao certo. Façamos esse exercício, deixando de lado, entre os emprestados, aqueles que ou vêm da formação ou chegaram ao clube a custo zero. Contemos apenas os milhões gastos em jogadores que, pela avaliação da equipa técnica e estrutura dirigente, não servem para a equipa principal do Benfica:
- Jan Oblak (Leiria) - 3,9 milhões de euros
- Júlio César (Granada) - 1 milhão de euros
- Fábio Faria (Paços de Ferreira) - 2 milhões de euros
- Shaffer (Leiria) - 2 milhões de euros
- Sidnei (Besiktas) - 5 milhões de euros
- Léo Kanu (Belenenses) - 1 milhão de euros
- Airton (Flamengo) - 3 milhões de euros
- André Almeida (Leiria) - 200.000 euros
- Carlos Martins (Granada) - 3 milhões de euros
- Elvis (Leiria) - 500.000 euros
- Fellipe Bastos (Vasco) - 150.000 euros
- Felipe Menezes (Botafogo) - 1,2 milhões de euros
- Fernandez (Estudiantes) - 1,5 milhões de euros
- Alípio (América Natal) - 6 milhões de euros
- Éder Luis (Vasco) - 2 milhões de euros (50 por cento do passe)
- Franco Jara (Granada) - 5,5 milhões de euros
- Kardec (Santos) - 2, 5 milhões de euros
- Melgarejo (Paços de Ferreira) - 700.000 euros
Ou seja, meus caros companheiros, o Benfica tem enterrados 40 milhões de euros em jogadores emprestados. Digam-me só uma coisa do fundo do vosso coração: acham mesmo que é possível gerir um clube endividado desta forma? E acham mesmo possível ficar, como adepto, calado a este desbaratar dos recursos do clube? É incompetência a mais, hão-de convir.