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quinta-feira, 5 de julho de 2012

Machado Vaz e Bagão Félix


São dois enormes benfiquistas, ambos somam sucessos nas suas áreas profissionais. São ponderados, cordatos, não escolhem o confronto, a baixaria e a má-educação como forma de comunicação.

Enfim, respeitam o ADN do benfiquismo mais puro, a defesa da elevação dos valores, o respeito pelos adversários, a paixão e a razão juntas.

Que raio de país é este em que vivemos, onde as qualidades são vistas como defeitos e como pontos fracos daqueles que representam ou poderiam aceder a cargos de relevância no nosso clube ?

Os fundadores, encabeçados pelo Cosme, e figuras de grande relevância do nosso passado colectivo, como o Mestre Cândido, com certeza que darão voltas nos túmulos ao terem consciência da perda de valores da sociedade em geral e dos benfiquistas em particular.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

E que tal sem V?

Pode parecer estranho que num clube como o Benfica não haja alternativas credíveis à actual Direcção, mas é exactamente essa a realidade com que temos de conviver. Pelo menos por agora a única que parece estar a formar-se não serve os interesses dos que querem uma mudança drástica de rumo, que traga para o clube todo o contrário do que hoje temos. No fundo, a única solução passa por dar ao Benfica uma linha estratégica que faça exactamente o oposto desta. Queremos um Benfica não só competente mas recheado de fervor benfiquista.

A alternativa que se perfila é mais do mesmo. As mesmas pessoas, as mesmas ideias, a mesma sede de vingança - contra Vieira e contra Pinto da Costa, o que é suficiente para compreendermos que os motivos não são os mais adequados e não servem o clube. A vingança pode ser um bom catalisador mas apenas se dentro dela houver alma; não é, parece-me, o caso dos que hoje se reúnem para destronar o actual líder.

Chegou-me às mãos há uns tempos uma foto muito curiosa: num restaurante de Lisboa, almoçavam, galhofeiros, o Senhor Veiga, o Senhor Varandas, o Senhor Tavares e o Senhor... Bagão Félix. Ora, pondo de parte a hipótese de este ter sido um almoço de velhos companheiros de futeboladas da Cidade Universitária, estamos perante uma alternativa que não só traz à memória aquele estranho movimento Benfica Vencer Vencer de há três anos atrás como denota um certo espírito tacanho e arrivista - Veiga não pode, porque Vieira não o deixa, candidatar-se, logo tenta-se uma aproximação a uma figura do Benfica que o possa fazer - Bagão Félix e a sua ideia de reforma dourada junto às flores. 

Naturalmente, Bagão almoçou bem, os outros três acompanharam-no, mas também naturalmente Bagão teve dúvidas. Quase certezas: não quer ir para o ambiente bucólico dos seus últimos dias deixando no país a mancha de ter perdido com o senhor Vieira - isto disse Bagão no tal almoço, não é ficção científica. A verdade é que o Senhor não tem perfil para Presidente do Benfica, nunca teve, e com esta resposta demonstra isso mesmo: medo não pode fazer de uma pessoa que quer ajudar o clube. E aqui, sobre Félix, estamos tratados. Boa reforma. Do seu benfiquismo não duvido, mas não é a figura de que precisamos para uma nova mentalidade vencedora.

Antes disso, porém, e imaginando que o almoço tinha servido para convidar outra figura, menos medrosa, do Benfica, há arestas por limar ou que nunca serão limadas. Logo à partida, Veiga e o seu passado. Tenho recebido - como já recebo há uns anos largos, o que não pode ser bom sinal - mensagens de vários benfiquistas em justificações sobre o negro histórico de José Veiga. Dizem-me, juram-me, põem-se de joelhos em explicações: que é um benfiquista acima de qualquer suspeita, que o facto de ter sido Presidente da Casa do Porto no Luxemburgo se deve a uma natural convivência entre emigrantes, que as suas intenções são as melhores, que é muito competente no cargo. Meus caros, por partes: que Veiga é um Vieira (porque de motivações parecidas) competente, não tenho a menor dúvida. Que com Veiga, o Benfica ganharia muito mais, também não. 

Mas a que preço? Eu não quero um gajo que use dos mesmos modos que os lá de cima e que tanto nos fartamos de criticar. E é aqui que Vieira e Veiga se juntam e diferenciam: Vieira tenta corromper (ou, vá, tenta armar o cenário que o beneficie), mas não sabe como; Veiga tenta corromper e sabe como. E, pelo menos para mim, não quero vitórias de bastidores. Quero vitórias em campo, com gente forte nos bastidores que impeçam que outros as tenham por ínvios caminhos. Veiga seria capaz de vencer sem usar de actos escabrosos? Estou disposto a aceitar, só pelo bem da discussão, embora não esteja totalmente convencido. Mas depois enfrentamos toda uma muralha: o passado de José Veiga. O argumento de que aquilo se deveu à galhofeira e à saudável confraternização entre emigrantes é risível, quase patético, muito desadequado, quase mentira, apenas e só mentira. 

Desconheço se Veiga é benfiquista, portista ou luxemburguês. Não me interessa. Se critico esta Direcção por ter nos seus quadros sportinguistas, boavisteiros e portistas não quero seguramente para o futuro uma alternativa que comece logo com este ponto de partida: um líder (mesmo que não a Presidente, porque não pode) que tenha sido Presidente de uma Casa do Porto no estrangeiro e que, à conta disso, tenha recebido um dragão de ouro. Podem dar as voltas que quiserem, enfeitar José Veiga de cachecóis, bandeiras e camisolas do Benfica, apagar-lhe o passado, imaginar novas ficções - não quero. Podem vendê-lo como alguém não-vendido - não quero. Podem encontrar motivos que suportem a justificação de um apoio a um gajo que privou de perto com Pinto da Costa - não quero.

Até porque é exactamente pelos mesmos motivos que não quero Vieira no Benfica - como Veiga, andou a beber dos ensinamentos do corrupto-mor anos a fio. Tivesse este saído mais cedo e Vieira ter-se-ia atirado a eleições mais a Norte - isto só por si chega bem para entender quem o não pode ver à frente, mas estou disposto a aceitar que o benfiquismo, de tão frágil que anda, já quase aceite tudo. Eu, por outro lado, não aceito. 

E com isto digo já ao que vou: votar em Vieira, NUNCA - um gajo que andou de mãos dadas com o pintinho, que era presença recorrente no camarote presidencial do pintinho, que festejou golos do Porto contra o Benfica (curiosamente, quando nas bancadas estava o ladrão Vale e Azevedo, todo vestido de vermelho - a ironia disto tudo!), que antecipou eleições para não ter oposição, que mudou os estatutos de forma ridícula, que apoia os gajos que ontem veio criticar (permitem-me mais um BAHAHAHAHAHHAHAHAHAHAHAHAHAHHAHAHA? é que, de facto, é mesmo gozar com os benfiquistas, desculpem lá qualquer coisinha), que é mentiroso, sacana, traiçoeiro, falso, populista, demagogo, interesseiro, este gajo NUNCA servirá para o Benfica. E, que já agora, trouxe Veiga para o clube - alguns já se esqueceram. É assim a memória selectiva.

Agora também não me peçam que seja binário - já chegam os que, de tão básicos, acham que um gajo por não gostar do Vieira vai gostar de outro gajo qualquer só porque é contra o primeiro - isso, sim, meus caros, é ódio. Eu não tenho ódio ao Vieira, tenho amor ao Benfica, e é por isso que, NA MINHA PERSPECTIVA, se acho que o grande líder está a fazer mal ao nosso clube, defendo a sua saída. Porque é isso que me move: o bem do Benfica. E é pelos mesmos motivos que não embarco em alternativas enviesadas logo à partida. Pintem a manta como pintarem - com Veiga, esqueçam. Arranjem outro.

E o mais triste para nós - adeptos e sócios, e fundamentalmente para o clube - é que estaremos perante isto: ou Vieira ou Veiga. Ou Veiga ou Vieira. Não chega já de V´s?

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Estou muito curioso...

... para ver quanto tempo vai durar até este apoio à candidatura de Bagão Félix à Presidência do Benfica ser apelidado com aqueles nomes bonitos que os ditadorzecos de pacotilha gostam de chamar para denegrir todos os que possam fazer sombra ao seu regime.