segunda-feira, 31 de outubro de 2016

O nosso 36 será um grande 31 para eles



O facto de Porto e Sporting não se calarem com as arbitragens, atribuindo ao Benfica o Grande Benefício apesar de no único jogo que não ganhámos termos sido prejudicados pela arbitragem (perdendo aí 2 pontos), é um óptimo sinal. Mau seria se estivessem tentando resolver os vários problemas internos por que ambos passam. Mau seria se estivessem lúcidos e focados como estão a nossa equipa técnica e os nossos jogadores.

Para eles, um verdadeiro 31. Para nós, o Glorioso 36.

A importância das substituições num jogo de futebol



- Mas do que é que este gajo está à espera para meter o Chico Timóteo?

ouve-se no Piso 3 do Estádio da Luz, no primeiro Anel no Dragão, num pelado em Peniche ou num tasco em dia de jogo. Geralmente o Chico Timóteo é um tipo "para jogar lá na frente, a prender os centrais" e que talvez "numa bola alta resolva o jogo". Porque, quando precisamos de um golo, é clarinho que "é preciso meter a carne toda no assador".

Este conceito futebolístico é muito mais importante para aliviar as nervoseiras dos adeptos do que propriamente para melhorar alguma coisa no jogo. As substituições, podendo ter importância em alguns momentos, estão longe de ser uma prioridade para os bons treinadores. Há até quem, cansado de tanta lamúria e só para manter a equipa focada no jogo sem ouvir assobios da bancada, lance um jogador de características semelhantes lá para dentro. Só naquela de "esgotar as substituições", que é outro conceito muito do gosto do povo em delírio.

Na verdade, não há qualquer obrigatoriedade de esgotar substituições só por esgotar substituições. A equipa pode estar a entrar nos últimos 10 minutos do jogo e a precisar de um ou dois golos e não haver necessidade de substituir ninguém - basta que esteja a cumprir as ideias do seu treinador. Não é por se  tirar um jogador e se meter outro no lugar do primeiro que necessariamente a equipa passa a jogar melhor. Até pode acontecer, e acontece várias vezes, um treinador fazer as três substituições e a produção da equipa piorar ou não fazer nenhuma e a equipa, mantendo o seu estilo de jogo, conseguir marcar nos últimos minutos.

Para o treinador, as substituições servem um propósito - se ele não existir, não vale a pena substituir por substituir. Por vezes, faz sentido criar novas dificuldades ao adversário colocando um novo jogador; noutras faz mais sentido continuar a criar dificuldades mantendo em campo os mesmos 11 (há uma razão para terem sido escolhidos para aquele jogo aqueles 11 e não outros). Para o treinador, as substituições podem servir muito mais para outras coisas - como manter uma rotatividade no plantel, fazer descansar os mais utilizados, testar um plano para o próximo jogo, gastar tempo, dar minutos a putos da formação, motivar com aplausos um jogador que tenha feito um grande exibição - do que propriamente para, em todos os jogos, mudar o radicalmente jogo nos últimos minutos à procura de não sei quê.

É evidente que pode haver algo estudado para situações-limite contra equipas de características muito específicas em que se opte por um jogo mais directo (Rui Jorge tem feito alguns testes no fim dos jogos da Selecção que são muito curiosos) mas geralmente a equipa mais facilmente chegará ao golo se continuar a cumprir o plano previsto, ensaiado e desenvolvido ao longo da época do que se, de repente, passar a lançar bolas para a molhada e rezar a Nossa Senhora de Fátima que uma finalmente encontre um momento de fortuna. Se fosse mais fácil marcar golos em constantes morteiros para a área as grandes equipas passariam a jogar assim logo a partir do primeiro minuto ou logo depois do intervalo. O que, naturalmente, também irritaria a populaça, vociferando imediatamente da bancada para o relvado: "tu deves pensar que esta merda é o INATEL!"


terça-feira, 25 de outubro de 2016

O clube mais eclético do Mundo



O ecletismo não é só variedade, é também capacidade competitiva. Não basta criar uma equipa de sueca para jogar aos Domingos na sala da associação do bairro e chamar-lhe ecletismo.

Um clube verdadeiramente eclético é aquele que mantém no topo várias equipas de vários desportos sempre ao mais alto nível. Nesse sentido, poucos clubes no mundo o são. Se olharmos para os 100 maiores clubes europeus com equipas de futebol reconhecidas e competitivas, teremos muito poucos que consigam manter 15/20 modalidades nas quais lutem constantemente por títulos nacionais e internacionais. Lembro-me de repente de 4: Porto, Sporting e Barcelona. É possível que existam mais. Um ou dois mais, no máximo.

Depois é preciso perceber que tipo de competitividade têm nas modalidades mais mediáticas de pavilhão: andebol, basquetebol, hóquei em patins, voleibol, futsal. Aqui, Porto e Sporting perdem por só terem algumas ou por só serem competitivos em algumas. O Benfica ganha recorrentemente nacional e internacionalmente títulos em todas elas. Mais nenhum clube europeu ou mundial o faz.

Por fim, o histórico atletismo. Os 3 portugueses têm tradição, o Sporting com melhor performance no geral, mas é muito rica a História do Benfica em várias das especialidades, além dos contributos essenciais para as performances olímpicas de vários atletas nacionais. Além deste, são dezenas e dezenas de  outros desportos praticados pelos nossos atletas que seria fastidioso elencá-los todos.

Nenhum dos outros 3 clubes aqui mencionados chega perto da dimensão verdadeiramente plural, ecléctica e desportiva do Glorioso. É por isso importante continuar a desenvolver a qualidade em todas as nossas modalidades e a criar as bases para uma campanha que vise espalhar a mensagem por todo o lado: Sport Lisboa e Benfica, o clube mais eclético do Mundo.



sexta-feira, 21 de outubro de 2016

O ESTÁDIO DOS ADEPTOS - João Noronha, Belenenses



O João Noronha é um adepto do Belenenses que entrevistámos uma vez que o clube de Belém será o próximo adversário do Benfica. Primeiro, uma pequena apresentação que o João faz da sua relação com o seu clube; depois, a entrevista. Aproveitamos para agradecer a simpatia e disponibilidade do João.

"A minha história com o Belenenses começa tarde e por um mero acaso. Aliás, venho de uma família de grandes e decentes Sportinguistas.

Eu fui nadador do Sport Algés e Dafundo muitos anos (até aos meus 13/14 anos) e quando desisti de competir e de ter 2 treinos diários, etc. procurei uma actividade desportiva mais próxima de casa e sem qualquer pressão competitiva. Como cresci junto ao estádio do Restelo e, à semelhança de quase toda a gente da zona, tinha desenvolvido um carinho especial pelo clube, foi natural procurar no Belenenses a actividade desportiva que queria.

Fui ginasta uns tempos. Naquela altura os miúdos atletas do clube eram também, por vezes, os apanha-bolas nos jogos de futebol. E foi assim que comecei a ir ao estádio do Restelo com muita regularidade. Assistia a todos os jogos em casa. Vi grandes jogos, grandes jogadores e excelentes treinadores. Via diariamente no café e mercearia os meus vizinhos Marinho Peres e Mladenov, sempre muito simpáticos e disponíveis. E foi assim que eu escolhi ser adepto do CF "Os Belenenses". Sócio e adepto! Infelizmente hoje não consigo ver os jogos por causa do "Cantinho Lusitano", o meu restaurante. Mas confesso que tenho quase sempre o telefone comigo com uma página com os resultados dos jogos em directo."

O Belenenses está actualmente em 8° lugar, numa posição confortável. Quais
são as tuas expectativas para esta época? É possível sonhar com um lugar
europeu?
Será manter-se numa posição confortável no meio da tabela. Não temos plantel
para mais, neste momento. Um lugar europeu, apesar de ser sempre possível,
não seria desejável com um plantel tão curto e sem recursos financeiros para
o aumentar em quantidade e qualidade. Obrigar-nos-ia a começar a época mais
cedo e, possivelmente, estourar fisicamente com possíveis penalizações no
campeonato nacional.

Qual a tua opinião sobre o Presidente do Belenenses? Está a fazer um bom
trabalho ou preferias uma pessoa com outro tipo de perfil?
O Presidente da SAD, será? Assumo que, tratando-se da equipa de futebol
profissional estejamos a falar do dono da SAD. Apesar de, aparentemente, ter
retirado pressão financeira com pagamentos, ajustamentos e acordos de
pagamento a cumprir não me parece um tipo sério nem adepto do clube. Este
tipo esteve associado a negócios menos claros com o Sócrates, é adepto
confesso do Porto e tem negócios particulares com o Vieira que,
aparentemente, interferem com a sua função de Presidente da SAD do
Belenenses. Consta que a inibição nos jogos com o Benfica do Miguel Rosa e
Deyverson foram favores pessoais pagos ao Vieira. Por outro lado, e aqui não
sei bem de quem será a culpa, a direcção do Clube e SAD estão de costas
voltadas com claro prejuízo para toda a estrutura do CF "os Belenenses". Não
há sócios, não há assistência e há lutas sobre de quem é a responsabilidade
de manutenção do estádio/relvado

Há cerca de 3 semanas houve uma mudança de treinador. Achas que foi a
solução correcta? Qual é a tua opinião sobre o antigo e o actual técnicos?
Bom , aparentemente o Julio Velásquez saiu porque teve uma proposta para
regressar ao futebol espanhol. A solução que se encontrou foi o Quim
Machado. Péssima escolha. Deverá ser um dos treinadores com piore rácio
jogos-vitórias. Tem a mentalidade típica de treinador português de equipas
secundárias. Vamos (e espero estar enganado) apresentar um futebol chato,
defensivo e sem alma. O espanhol, quando chegou, tentou colocar o Belenenses
a jogar de forma mais aberta, assumindo os jogos sempre que possível e com
as limitações que o plantel apresentava Mas não era mau. Merecíamos melhor,
mas as limitações financeiras não nos deixam ter muitas opções.

Qual é o maior rival do Belenenses, aquele em que a maior parte dos adeptos
fala mais?
É difícil responder. Historicamente o rival seria o Atlético, embora muitos
adeptos não gostem que se diga isto por considerarem que deveríamos ombrear
com Sporting e Benfica.
Actualmente, creio que o clube que maior tensão coloca nos adeptos será o
Boavista. Sempre que há jogos entre os dois a tensão é maior e há sempre a
possibilidade de algumas escaramuças.

Quantos sócios tem actualmente o Belenenses?
Não sei ao certo o número mas, deverá ter cerca de 30.000 sócios registados.
No entanto o que se fala é que apenas cerca de 3.000 são pagantes. Situação
muito preocupante em termos financeiros. Desde que se fecharam as piscinas o
número de sócios desceu de forma clara. Anteriormente, mesmo que muitos dos
sócios não fossem adeptos do clube eram pagantes para poderem usufruir das
instalações desportivas o que nos daria uma maior folga financeira.

Tendo em conta o facto de Benfica e Sporting serem da mesma cidade que o teu
clube (o que naturalmente apela a muitas pessoas), que tipo de medidas
poderiam ser eficazes na angariação de mais adeptos e sócios?
Creio que enquanto a qualidade se mantiver fraca será complicado ter muitas
mais pessoas a apoiar a equipa. No entanto, em relação a sócios, mesmo que
não assistam aos jogos, deveriam repensar o papel da instituição na zona a
nível desportivo. Trata-se da maior instituição desportiva num raio muito
largo. Com um número significativo de modalidades. Com história importante
em algumas (Futebol, andebol e, claro, Rugby). Têm que se aproximar das
escolas, dos bairros. Tentar apoiar o desporto local para que, no futuro, os
miúdos façam parte da família Belenenses. Quase com o pensar num
renascimento do clube.

Será possível ao Belenenses voltar a ser campeão nacional?
Não me parece. As diferenças financeiras para os 3 grandes são abismais.
Mesmo para Braga são demasiado grandes. Só se fosse um acaso da vida.

Que tipo de relação têm os adeptos do Belenenses com o Benfica? Há
rivalidade ou há uma forma tranquila de olhar para o vizinho de Lisboa?
Não têm grande relação. Não gostam mas, creio, não odeiam. Criticam de igual
forma que criticam o Sporting e Porto. Houve, no passado, algumas tensões em
jogos. Especialmente quando ainda permitiam que qualquer sócio (adepto do
clube ou não) tivesse entrada gratuita nos jogos. Em jogos com o Benfica
aconteceram alguns desacatos naturais. Previsíveis para qualquer pessoas
menos para quem organizava os jogos. Enfim, passado. Mas não creio que seja
tensa a relação. Apenas não são amigos e queixam-se das diferenças dos
apoios dados pela autarquia.

Se pudesses mudar alguma coisa no futebol português, que medida seria
prioritária?
Se fosse possível, tornar a arbitragem mais próxima, senão igual, à do
Rugby. Apenas o capitão de equipa fala com o árbitro e tudo (sem filtro) o
que for dito pelos árbitros é ouvido pelos espectadores no estádio em pelas
transmissões televisivas. As suspeitas de eventuais corrupções e favores a
clubes consomem demasiado o futebol. Mas isto não seria possível apenas num
país, portanto...

Acho que as negociações de patrocínios deveriam ser feitas pela Liga para
todos os clubes. Creio que seria mais transparente e vantajoso para todos.
Mesmo os grandes.

Qual é a melhor equipa do Campeonato?
Difícil. Creio que tanto o Sporting quanto o Benfica têm os melhores
plantéis. Mas, já respondendo à pergunta seguinte, creio que como equipa o
Sporting é melhor. Comparando os dois na máxima força, creio que o Sporting
é mais sólido.

E o melhor treinador?
Jorge Jesus sem sobra de dúvida. Treinador, não pessoa.

Quais os 3 melhores jogadores?
Tão difícil...
Gelson Martins, William, Jonas, Pizzi, Cervi, Bryan Ruiz, Rafa, Oliver
Torres, Brahimi. Todos excelentes.
Se tiver que escolher apenas 3: Gelson, William e Jonas. Mas custa deixar o
Pizzi de fora dos 3.

No Domingo haverá dérbi entre Belenenses e Benfica. Prognóstico?
Sonho com uma vitória do Belenenses por 1-0.

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Discutamos o Benfica dos Relvados

Ederson
Lindelof
Grimaldo
Fejsa
Pizzi
Mitroglou

Esta é a base de uma grande equipa.

Com o regresso do Jonas e a afirmação do Rafa isto fica ainda mais bonito.

Adoro o Horta mas não como o 8 num meio-campo a 2. Vejo-o como um talento que para crescer em rotação na direita com o Pizzi.

O Semedo é mais talentoso e tem mais rasgo. O Almeida traz mais estabilidade e solidez à nossa equipa. Para a titularidade aposto no segundo.

A 8 tenho enormes expectativas no Danilo. Pode ser aquilo que precisamos. Quero vê-lo a titular na Luz contra o Paços.

A maior dúvida está no parceiro do Lindelof.

O Luisão já atingiu o pico e cada ano que passa vai-se afastando mais desse momento de forma. É, contudo, o nosso maior líder em campo, o nosso central mais experiente, com maior maturidade e melhor percepção da organização defensiva da equipa. Em entrega ao jogo não fica atrás do Jardel.

O Jardel é o que menos combina com o Lindelof. É um exemplo de raça, querer e entrega. Melhorou muito e deixou de ser aquele central medíocre de há poucos anos. É bom para o contexto nacional mas um perigo com a bola nos pés.

O Lisandro já foi a minha primeira aposta para jogar com o Lindelof mas não tem crescido com a velocidade que eu esperava. Com a bola é uma delicia. Sem a bola frequentemente se precipita na abordagem aos lances e num central de topo isso não pode acontecer.

Entre Luisão e Lisandro acho que iria pelo capitão e obrigava o Lisandro a lutar por recuperar a titularidade.

Júlio César, Samaris, Cervi e Guedes também merecem destaque.

Trazem benfiquismo, talento e qualidade às nossas opções.

O Samaris está a ser injustiçado esta época.
Do Cervi espero muito. Qualidade técnica e rapidez fenomenal. Não é um génio mas é um talento.
O Guedes mexe com um jogo. Nunca vai ser craque, não tem genialidade mas tem muita qualidade. Mais solto e mais confiante está a ser e vai continuar a ser muito importante.

O Carrilo está a pagar pela opção que fez há um ano no Sporting. Está ele e estamos nós. Qualidade sem rentabilidade.

O Salvio vinha a decair antes de se lesionar. Já 100% recuperado desse calvário está longe de ser aquilo que já foi.

O Zivkovic tem ainda tudo para mostrar. Duvido que esta época chegue realmente a apresentar-se.

O Celis é uma piada de muito mau gosto.

O José Gomes entusiasma-me. Espero que não seja automaticamente encostado à B devido ao retorno do Jiménez.

Gosto muito do manager Rui Vitória mas o treinador ainda não me convenceu. Falta-lhe sal. O nosso futebol tem muito pouco conteúdo, é muito politicamente correcto, exactamente como as suas conferências de imprensa e entrevistas. Falta sumo.

A equipa é o reflexo do treinador.

Está tudo muito bem trabalhado menos os processos de jogo, principalmente os processos defensivos que são onde há maior influência de um treinador.

Temos de defender menos e melhor.

Gosto do Rui Vitória, estamos melhor com ele do que estávamos antes, respiramos melhor, somos mais Benfica, mas tecnicamente ainda não me convenceu. Ainda há muito Guimarães neste Benfica.

Este ano temos um plantel de sonho. Umas pequenas afinações e seria uma construção perfeita desta equipa.

Que seja um plantel de sonho para uma época de sonho.

Estatísticas não estatísticas



MELHOR EM CAMPO  (Último jogo)

Pizzi


MELHOR EM CAMPO (Em todos os jogos)

Grimaldo: 3
Fejsa: 3
Pizzi: 3
Rafa: 1
Horta: 1
Danilo: 1


GOLOS

Cervi: 4
Mitroglou: 3
Pizzi: 3
Salvio: 3
Jiménez: 2
Lisandro: 2
Grimaldo: 1
Guedes: 1
Jonas: 1
Carrillo: 1
Horta: 1
Semedo: 1
Danilo: 1
Luisão: 1


ASSISTÊNCIAS

Pizzi: 4
Grimaldo: 3
Salvio: 2
Almeida: 1
Semedo: 1
Guedes: 1


POTENCIALIZADORES DO GOLO

Pizzi: 5
Salvio: 3
Guedes: 3
Jiménez: 1
Horta: 1
Mitroglou: 1
Zivkovic: 1


quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Sport Amor e Benfica

Não é nem pode nunca ser criticável que os benfiquistas que não sabem o que se passa no Benfica amem desmesuradamente o Presidente Vieira. A Internet não chega a toda a gente, o facebook pode de vez em quando parecer o mundo todo mas é só uma pequena ilha do planeta real. A maior parte dos seres humanos do Benfica só conhece o jornal A BOLA, as conversas de café, as notícias do Correio da Manhã. Por isso é normal que, ganhando o Benfica, amem o Presidente Vieira como, mesmo não ganhando o Benfica, amaram o Presidente Vale e Azevedo. Se no poleiro presidencial estivesse um grande cagalhão amariam o grande cagalhão porque seria um grande cagalhão do Benfica. Um grande cagalhão glorioso que exalaria um glorioso cheiro a merda. Um cheiro glorioso a Benfica.

Estas pessoas merecem-nos toda a consideração porque têm mais que fazer ou não têm nada para fazer mas para elas a equação é simples: é do Benfica, é bom; não é do Benfica é mau. A matemática que parece demasiado singela acaba por fazer sentido se entendermos que nem tudo é Tolstoi. Aliás, esse russo, se vier armado em intelectual, leva logo com três cachecóis gloriosos que é para não se armar em herói. O Tolstoi deve ser um lagarto que trabalha num jornal qualquer para dizer mal do Benfica.

O que já faz confusão é assistir à podridão humana de quem consegue ligar sinapses gloriosas, saber que Vieira é ilegítimo Presidente (o único da História do Benfica!), saber que maltrata opositores até os convidar para a Direcção. Gente que dá exemplar educação aos seus filhos e finge que o Benfica não merece o mesmo tipo de amor. Gente que, afinal, só quer ganhar títulos, gente que criticava os portistas por não se importarem de vencer de forma corrupta. Esta gente, engravatados, semi-engravatados, funcionários públicos, médicos, jornalistas, advogados, juristas, sem-abrigo, gente com dinheiro, gente sem dinheiro, anda a falhar ao Glorioso Sport Lisboa e Benfica.

Esta gente que anda por aí a moralizar o mundo, falando em sobretaxas, pensões, esquerdas, direitas, a vergonha que o Trump é, a indecência da Hillary, o saco azul da Felgueiras,  o bolo-rei do Cavaco, o sorriso nefasto do Isaltino Morais. Esta gente vai votar em Vieira ou, não votando em Vieira, anda pelo facebook e pelo twitter e pelos cafés do bairro a defender que "eh pá, até pode ser, mas o gajo ganha!".

Esta  merda desta gente faz mal ao Benfica. Esta merda desta gente faz mal ao mundo. Esta merda desta gente é pior do que aquela gente que aceita ter um cagalhão glorioso a Presidente desde que seja um cagalhão glorioso que é elogiado na CMTV. No coração têm uma poia que bombeia merda para o resto do corpo. Os filhos desta merda de gente vão crescer a aprender que não importa se as pessoas são aldrabonas, corruptas, indecentes, mal-educadas, ignorantes, maldosas. Vão aprender que o importante é ganhar ou, no caso do Vieira, nem sequer ganhar grande coisa. Vão aprender que os pais só querem é poleiro e ganhar dinheiro  e apoiar o medíocre mealheiro.

Esta merda de gente é verdadeiramente a responsável por ser impossível mudar o mundo para melhor. Com diplomacias de vão de escada, com "ah, mas as pessoas aprendem, pá", com hipocrisias, com cobardias, sem colhões para assumirem uma posição no mundo. Esta merda de gente é a vergonha dos seus pais, dos seus avôs, do país, dos mares.  É a merda de gente que, por se vender ao desbarato, permite que a outra merda de gente domine os outros. Nunca haveria Holocausto nem Gulag sem esta merda de gente, estes subalternos da razão, medíocres de espírito, escravos do medo. Parasitas sociais. Gente à qual foi facultado um cérebro usado para deixar de usar o coração.

O único Presidente ilegítimo da História do Benfica. Quem não luta diariamente para expulsar do Benfica esta trampa é meu inimigo.


segunda-feira, 17 de outubro de 2016

FERNANDO TAVARES - O ÚLTIMO DOS INVERTEBRADOS



"18. O ciclo findou: LFV está sentado em cima do Benfica e de lá não sai, de lá ninguém o tira (assim como à sua entourage).

19. Já Fernando Tavares propunha-se a algo diferente. A tudo o acima referido apelidou, em tempos não muito idos, de incoerência. Fê-lo quando saiu: acossado, em modo JJ, por forma a esclarecer, denunciar e demarcar-se - pois enquanto lá esteve e fizeram-lhe as vontades, o mundo era cor-de-rosa e o céu era o limite.

20. Exclamou ao mundo que o Benfica não tinha um presidente, mas um dono. Da reinvenção da história do Benfica levada a cabo e todo o espectro catastrofista recalcado incessante e vergonhosamente na mente dos adeptos – desresponsabilizando-os, estupidificando-os.

21. Denunciou o clientelismo. A natureza de muitos que por lá pululam. A má influência daqueles sobre o presidente e o clube. As suas verdadeiras intenções. Apontou inclusive nomes em concreto.

22. Denunciou o estado ultrajante das finanças do clube. A natureza perniciosa dos estatutos. Os níveis inéditos e ultrajantes que a propaganda directiva atingiu. A ausência e inadmissibilidade da crítica na vida do clube – os vulgos abutres.

23. Por tudo isso, demitiu-se (em bem, tivessem outros tantos tomates para isso). Para, seguidamente, mostrar uma combatividade assertiva e elevada que lhe proporcionou uma boa imagem junto dos adeptos. Para hoje voltar.

24. Pergunto: o que mudou entretanto? De tudo aquilo que FT apontou, com excepção da bola que (por ora) vai entrando, o que mudou verdadeiramente? Não terão, inclusivamente, alguns desses cenários que apontou piorado de sobremaneira? O que levou então a tamanho “volte-face”? A experiência que vem com a idade? A reflexão ponderada e a frio? A crença no presente projecto? Os superiores interesses do clube?

25. Nada disso. As pessoas são fundamentalmente as mesmas, assim como as práticas tidas ou o rumo traçado. Ou seja: nada mudou. Somente FT: que, não ficando mais novo a cada ano que passa, percebeu que, a tudo quanto apontou, se sobrepunham não os superiores interesses do clube, mas os seus: seja a nível material, seja ao nível da sua vontade em abraçar novamente o projecto então deixado.

26. Não o faz pelo Benfica, pela direcção, por LFV, pelos adeptos. Mas por si. Para si. Pela vantagem pessoal – independentemente da respectiva natureza. Não é grave: pelo menos, não para os padrões de todos quantos ali o acompanharão. Nesse capítulo, FT enquadra-se perfeitamente no projecto.

27. FT não pode ter reais aspirações a mudar seja o que for. Mais: por tudo o acima referido, entra numa posição ainda mais fragilizada do que aquela quando entrou. Que os seus proveitos sejam, na exacta medida, proporcionais ao desgosto que causou a todos quanto nele acreditaram.

28. Tudo quanto possa alguma vez ter defendido ou simbolizado, evaporou-se num simples acto: o do compromisso. Ao sair e, sobretudo, defender reiteradamente ao longo do tempo tudo quando referiu, deixou de ter quaisquer condições não para defender o Benfica, mas para fazê-lo enquanto parte da presente direcção.

29. Não ter (ou, mais grave, não querer ter) noção disso, é a mais flagrante manifestação da sua incapacidade para assumir o cargo e, assim, servir o Benfica.

30. Prestou um péssimo serviço ao Benfica. Se benfiquista, devia sentir-se envergonhado. Se humano, devia sentir-se desonrado."

RED MIST

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Há um Busquets na equipa B



É alto mas não é forte. É rápido a pensar mas não é veloz a correr. Quando recebe já tem 3 ou 4 possibilidades na cabeça. Executa de primeira, a dois toques, girando sobre si próprio. Não há dificuldade nenhuma naquilo que faz. Excelentes pés, maravilhosos pés. Põe a bola onde quer, a 2 metros, a 40 metros. Pelo ar, rasteiro, a meia-altura.

Inventa, cria, recria-se. Com um passe ensina por onde é que deve ir a equipa até chegar ao golo. Vive para dar soluções aos colegas que levam a bola. Está sempre lá, fazendo diagonal,  entrando pelo miolo, recuando para dar oxigénio à equipa. Compensa a subida, sobe para desequilibrar. Imaginamos este portento a jogar com jogadores do seu QI como Jonas e Pizzi e salivamos ininterruptamente. Pode ser 6, pode ser 8. Na verdade, pode ser o que ele quiser.

Olha-se para ele e percebe-se logo que vai ser muitas vezes assobiado, tal é a qualidade que tem. Vai por vezes girar por dentro, vai meter atrás, vai esperar até que os caminhos da baliza se abram por portas douradas. Nessa espera, vai ouvir o público vociferar. Hão-de chamar-lhe lento, tosco, cepo. Hão-de dizer que falha muitos passes quando o seu cérebro puser a bola no sítio certo mas os seus colegas correrem para o sítio errado.

Vai ser, já é, um craque. Há um Pedro Rodrigues na equipa B.

sábado, 8 de outubro de 2016

PODE UM CLUBE MUDAR RADICALMENTE UM JOGADOR COM 27 ANOS?


Nunca gostei especialmente do uruguaio Luis Suárez. Mas como, se era rápido, se era possante, se tinha técnica, se rematava tão bem, se variava os recursos - pé direito, pé esquerdo, cabeça? Porque era meio bronco a jogar futebol. Era um cavalo solto pela relva, seguindo os básicos instintos que o levavam até à baliza.

Corria muito, Luis Suárez - provavelmente, se já houvesse GoalPoint nessa altura, a sua cara feia de psicopata acabado de fugir de uma instituição psiquiátrica apareceria de um lado da imagem e do outro muitas percentagens com pontinhos, uma delas contabilizando os quilómetros percorridos, e um pequeno apontamento que faria toda a diferença para entendermos o jogo: "O uruguaio correu no jogo contra o West Ham 14, 5 quilómetros. Um recorde na Liga Inglesa!".

Mas... por que corria tanto Luis Suárez? E corria bem? O movimento das suas pernas ajudava a criar situações propícias ao golo? À superioridade? À posse inteligente? Ao controlo do jogo? O uruguaio fazia tudo com a pressa de um adolescente. Não via ninguém.  Ou via o jogador errado. Não pressentia o jogador certo. Não se movimentava de molde a aumentar o universo colectivo mas antes de forma egoísta, só querendo chegar-se a zonas de finalização, a zonas fáceis, a zonas de mediatismo. Como tinha todas as valências descritas em cima, era bastante apreciado pela generalidade do público. Marcava golos espectaculares, corria que nem um desalmado, mordia orelhas.

Parecia votado a ser mais um Mike Tyson dos relvados ingleses quando apanhou o avião para Barcelona e começou a deixar de jogar à bola para passar a jogar futebol. Acalmou os cavalos, parou para pensar.  Observou. Quis imitar. Imitou. Hoje em dia, em 10 jogadas decide bem em 9. Sabe quem está a passar atrás sem sequer olhar, conhece a fundo os movimentos dos génios Iniesta e Messi, dá de comer à fome de bola que Neymar trouxe da favela. Vê pelo retrovisor do cérebro.  Suárez passou de puro-sangue a dançarino. Já não corre por correr.  Da só os passos que tem de dar.

 https://m.youtube.com/watch?v=HokRyYu6o-E

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Cosme Damião e Francisco Stromp coram de vergonha



É execrável o estado a que chegou a relação Benfica-Sporting. Não pelos clubes, não por alguns adeptos - pelos dirigentes.

De um lado,  um Presidente incendiário que, desde que chegou ao poder, percebeu que só o manteria se explorasse o chip anti-Benfica que está instalado na maioria dos sportinguistas. Arranjou uma equipa de mentecaptos,  espalhou-os pelas várias televisões e passou a estabelecer a estratégia de lançar merda para a ventoinha semanalmente. Desde ataques inacreditáveis a um miúdo de 18 anos, passando por se imiscuir em assuntos privados do Benfica sem qualquer fundamento no discurso até colocar gente como o Inácio a atacar vergonhosamente a honra de gente boa como João Alves. A Sporting TV passa o tempo todo a falar em Benfica, Benfica, Benfica, árbitros, árbitros, Benfica, vouchers, Benfica, Benfica. O Sporting tem um Presidente que não olha a meios para atingir os fins. O problema é que a maioria sportinguista parece gostar da fantochada.

Do nosso lado, a hipocrisia na cara do Presidente. Armado em estadista - agora que ganha, porque já o vimos insultar toda a gente ou entrar em directo aos gritos por programas de televisão -, pede aos benfiquistas que não falem no Sporting enquanto envia para todas as televisões sanguessugas que monopolizam a conversa sempre com o mesmo: Jesus, Bruno de Carvalho  Jesus, Jesus, Sporting, Jesus. Uma destas bestas é Vice Presidente do nosso clube. Os comentadores da Benfica TV passam 90 por cento dos programas a falar em Jesus,  Jesus, Jesus, Bruno de Carvalho, Sporting, Jesus. O Presidente engana descaradamente os benfiquistas - alimentando secretamente uma guerra estúpida de insultos, processos e ameaças com o Sporting - e ainda tem a lata de lhes pedir que não falem no rival. Mas a maioria parece gostar da fantochada.

O meu avô era Sportinguista - ensinou-me a admirar e respeitar o Sporting. Mas esse era outro Sporting. Um Sporting que só vive no pensamento e nas acções de uma minoria de sportinguistas. Felizmente, conheço alguns.

O meu Pai era Benfiquista - ensinou-me a amar e a defender sempre o Benfica. Mas esse era outro Benfica. Um Benfica que só vive no pensamento e nas acções de uma minoria de benfiquistas. Felizmente, conheço alguns.

A luta não deveria ser entre sportinguistas e benfiquistas.  Deveria ser entre sportinguistas e benfiquistas que não aceitam o que estes Presidentes idiotas estão a fazer aos nossos clubes e os sportinguistas e benfiquistas que não só aceitam como gostam deste diário chafurdar na lama que só envergonha quem fundou e fez crescer estes dois gloriosos clubes.

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Aqui Lagartismo Não É Bem-Vindo



Pelos vistos parece que o Bruno de Carvalho e a sua cru têm andado perdidos na internet à procura de blogs benfiquistas onde possam inspirar-se para atacar a actual direcção do Benfica.
Pelos vistos parece que se tornaram leitores do Ontem Vi-te No Estádio Da Luz.

Para começar peço: Por favor, não percam tempo a dar like na nossa página.

Continuando.

Bruno de Carvalho é obcecado com o Benfica, tal como Gomes da Silva, Pedro Guerra e os seus discípulos são pelo Sporting. A diferença está só no cargo que cada um ocupa.

Durante muito tempo li por aqui vários comentários do género “Estas discussões sobre o Benfica devem ser feitas em privado para não andarmos a dar armas aos nossos rivais/inimigos”.
O problema não é haver benfiquistas com sentido critico a discutir o clube. O único problema aqui é haver adeptos de um clube mais obcecados com tudo o que se passa no clube rival do que com aquilo que se passa no seu próprio clube.
O problema é haver gente que só vê perfeição em tudo o que se faz na sua casa e que vibra com tudo o que de menos bom se faz na casa do vizinho.

A nossa luta é uma luta interna. Lutamos positivamente pelo Benfica e só motivados pelo nosso benfiquismo. Dispensamos que gente de outros clubes aproveitem os nossos argumentos, insatisfações e preocupações em prol do seu fanatismo e, neste caso, lagartismo.

Aqui todos são bem vindos desde que venham com boas intenções e queiram discutir Futebol e o Benfica com educação e boas intenções.
Não servimos nem admitimos que usem o que escrevemos para alimentarem a vossa obsessão anti-Benfica.

Bruno de Carvalho e Saraiva, dediquem-se a ler os blogs leoninos, a ouvir as criticas internas que há no vosso clube, a combater as alarvidades semanais de pessoas como o Pedro Guerra, preocupem-se com o ego e estupidez do vosso actual treinador, com os recentes empates da vossa equipa de Futebol e em arranjarem mais idiotices para tentarem, fora do relvado, aproximar-se do nosso número de títulos.

Não apareçam é por aqui. Este blog não é para vocês. Agradeço que se mantenham longe.
A nossa luta fazemo-la nós. Não se metam, não atrapalhem e não se aproveitem.

Bruno de Carvalho está no Sporting, tem Sporting á sua volta mas insiste em só olhar em frente, para nós, para o Benfica. Bruno, baixa as mãos e sai daqui.



Vão e não voltem.