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sábado, 13 de março de 2021

O EFEITO ILUSÓRIO DA FORMAÇÃO

Nesta semana que passou, tivemos a agradável surpresa de ver que o nosso Henrique Araújo foi considerado pelo Sindicato de Jogadores o Melhor Jovem da Segunda Liga no mês de Fevereiro. Um prémio que lhe assenta bem, não só pelos golos e assistências, mas principalmente pela evolução que tem tido ao longo desta temporada, onde tem acumulado tempo de jogo e experiência que lhe permitiram dar um bom salto qualitativo. Um salto que se pedia, pois quem acompanhava de forma assídua os escalões de Formação percebia que faltava algo ao jogo do Henrique.

Para ser um bom ponta-de-lança, o jovem madeirense não podia apenas aparecer quando a bola lhe chegava nas zonas de finalização; precisava de se associar mais, de ser mais pró-activo fora da sua zona de conforto. O Henrique beneficiou claramente da subida do Gonçalo Ramos à equipa principal, pois abriu-se ali um espaço que ele não tinha tido até então – o da titularidade. Mas, por outro lado, o próprio Gonçalo não beneficiou em nada desta subida.
Ao contrário do seu colega, perdeu tempo de jogo. Tempo de jogo que seria fulcral para a sua evolução e para se desenvolver nas áreas onde ainda precisa. Ora, não é no banco ou na bancada que ele irá ter esse espaço de evolução, mas também não consideramos que o Gonçalo Ramos estivesse totalmente preparado para subir à equipa principal e agarrar a titularidade. Se já poderia ter mais minutos? Isso sim, consideramos que deveria ter. Mas também não acreditamos que fosse o tempo de jogo suficiente para proporcionar tamanha evolução.
O título deste texto não serve para descredibilizar a nossa Formação, nem apontar lanças a um projecto de desenvolvimento de jovens. Há coisas a serem bem feitas dentro do Seixal, mas há outras que começam a preocupar aqueles que estão mais atentos. Neste momento, temos jovens da Formação a chegar demasiado cedo à equipa principal e a prejudicar o seu desenvolvimento, temos jovens que já não cabem no contexto da equipa B mas que também não sobem nem são emprestados e temos jovens que simplesmente não têm qualidade para representar o Benfica e continuam a tapar o caminho a outros que são mais talentosos do que eles, ainda que mais novos.
Em relação aos que não têm qualidade, não existem grandes sugestões que possamos dar, porque das duas, uma: ou estamos perante uma incapacidade gritante na avaliação daqueles que merecem ser jogadores profissionais do Benfica ou então a permanência destes com a Águia ao peito interessa mais a alguém dentro do Seixal. Nós cá acreditamos muito nas pessoas que trabalham e avaliam os nossos jovens talentos, por isso o problema só pode estar em quem gere e autentica essas avaliações...
Mas, para além destes jovens cujo futuro dificilmente passará pelo mais alto nível do futebol Glorioso, existem ainda os outros que têm talento. E o que fazer com estes quando o espaço competitivo da equipa B já é curto para eles, mas ainda não estão 100% preparados para a realidade da equipa principal? Um empréstimo a equipas competitivas da nossa Liga seria uma boa opção, mas gostaríamos de ver algo mais. A nossa sugestão passaria por incorporar no Benfica algo que já se faz nos campeonatos mais desenvolvidos ou nos grandes grupos mais mediáticos, como o City Group ou o universo da Red Bull. Já que gostamos tanto de falar na internacionalização da marca “Benfica”, porque não começar por aqui?
A absorção estratégica de uma ou duas equipas em competições como a Liga Belga, a Liga Austríaca ou até mesmo a Segunda Liga Holandesa poderia oferecer aos nossos jovens o tal patamar competitivo que necessitam antes de chegarem à equipa principal. Este seria um excelente contexto para que continuassem a potenciar as suas características, ao mesmo tempo que desenvolveriam/acrescentariam novas capacidades ao seu jogo. Obrigá-los a jogar fora da sua zona de conforto, num tipo de futebol diferente, debaixo de condições climatéricas diferentes, num país com uma língua completamente diferente. Dar-lhes mundo num contexto mais exigente que o da equipa B, mas não tão sujeito à pressão como a mediática equipa principal.
Seria um excelente passo a tomar, até mesmo para incorporar jovens talentos que o nosso Scouting detectasse em mercados mais alternativos, como o norte-americano, o asiático ou até mesmo o africano, onde se encontram alguns bons talentos com uma óptima margem de progressão, e a trazê-los para o universo Benfica sem que tivessem obrigatoriamente de vir logo para Portugal. Numa fase mais adiantada – e à imagem do City Group –, poderíamos expandir a nossa rede para outros continentes e absorver equipas de outros campeonatos, de maneira a aumentar a visibilidade da nossa marca e a possibilidade de chegarmos aos talentos locais de forma mais célere.
Estas são ideias que não acreditamos que nunca tenham passado pela cabeça de quem gere os destinos do nosso clube. No entanto, com estas ideias a serem colocadas em prática, ter-se-ia de abdicar de muita da promiscuidade que vemos entre o Benfica e alguns “players” do mercado futebolístico. Infelizmente, pelo meio vão-se perdendo oportunidades de desenvolvimento e modernização.
Em suma, o efeito da Formação é ilusório porque foi-nos passada a mensagem que todos os jovens fabricados no Seixal são Bernardos e Félixes, o que não é de todo verdade. Não, não é possível lutar pelo campeonato com 11 jogadores saídos recentemente da Formação. Há uma parte de jogadores geniais que atingem a sua maturidade futebolística mais cedo e, esses sim, merecem dar o salto mais rapidamente, uma vez que são sobredotados. E mesmo a esses há que juntar alguma experiência. Mas há outra parte (a grande maioria) que precisa de fazer o seu caminho. Sem pressas, sem pressões e, acima de tudo, sem exageros, principalmente no que toca à gestão das (suas e nossas) expectativas. E tudo o que servir para os ajudar no seu desenvolvimento e beneficiar o clube será sempre bem-vindo.



terça-feira, 17 de março de 2015

Benfica Fora da Uefa Youth League



Benfica 1-1 Shakhtar, os ucranianos venceram nas grandes penalidades.

Quase no intervalo o Benfica chegou à vantagem por João Carvalho.
Já na segunda parte o Romário Baldé teve oportunidade para aumentar a vantagem através de um penalty mas num momento de grande infelicidade executou uma das mais desastrosas panenkadas que me recordo.
Num livre lateral o Shakhtar consegue chegar ao empate, o qual se manteve até ao final do encontro.
O Benfica entra mal nas grandes penalidades, falha o primeiro, marca os quatro seguintes mas o Shakhtar não falhou nenhum dos 5.


A ambição era grande e a esperança ainda maior. Não só pela enorme qualidade dos nossos miúdos mas também pela fantástica prestação na época passada.

Esta eliminação é uma desilusão mas a campanha europeia dos sub-19 do Benfica volta a ser positiva. Líder do grupo, eliminação do Liverpool e uma exibição claramente positiva nos Quartos de Final.


Neste jogo vimos um Benfica com mais talento, com mais futebol e com muito mais potencial do que o seu adversário. Este Benfica sub-19 é uma equipa claramente ofensiva e nota-se um grande sentido colectivo entre os seus jogadores.

Fomos superiores o jogo todo, fomos melhores, jogámos mais, tentámos mais, quisemos mais mas infelizmente não fomos melhores o suficiente para evitar as grandes penalidades, para evitar o golo do empate, para evitar a subida de confiança dos miúdos adversários e para não perdermos a serenidade após o golo ucraniano.

Venham os próximos desafios para os jovens do Benfica e acima de tudo venham as oportunidades e a confiança para poderem vir a entrar na luta por um lugar nos 25 da equipa principal.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

21 de Junho de 2011


Há três anos e meio, Rui Costa apresentava Nelson Oliveira, Ruben Pinto, David Simão e Miguel Rosa como quatro jogadores "made in Seixal" que integrariam o plantel principal e que seriam a base para um Benfica mais português e cuja aposta teria de passar irremediavelmente pela formação.

Três anos e meio depois, Nelson Oliveira é um não-convocado crónico no Benfica, Ruben Pinto anda perdido pela equipa B, David Simão é titular no Arouca e Miguel Rosa é figura chave no Belenenses. O que têm os quatro em comum? Nenhum deles, em momento algum, foi aposta real no Sport Lisboa e Benfica. A tão propalada "aposta na formação" revelou-se um verdadeiro flop e continua a ser uma das mentiras mais fáceis usadas pelos dirigentes do Benfica para enganar os adeptos, chamemos-lhes assim, menos inteligentes.

Há tempestades de areia que enevoam menos a vista que as palavras de Vieira. Passados quase dez anos da construção do Seixal, a formação do Benfica continua a ser uma das grandes bandeiras e uma das maiores manifestações de demagogia atiradas aos benfiquistas. Os dirigentes não percebem o enquadramento competitivo em que estes jovens devem ser inseridos, não sabem que acompanhamento deve ser dado quando são emprestados e não entendem a que clubes ou que tipo de equipas devem acolher estes jogadores nos seus empréstimos. A única coisa em que são verdadeiramente hábeis é na mentira fácil, no gozo para com os adeptos e na propaganda barata.

Serve este post para vos recordar que esta imagem tem três anos e meio, numa altura em que já se convocavam conferências de imprensa para apresentar jovens formados na nossa casa, já depois do início das promessas de uma plantel recheado de jogadores formados na cantera. Que continuem a estoirar dinheiro em Djalós e Bebés para tapar o futuro de potenciais bons jogadores. É assim mesmo que vão resolver os problemas do Benfica.

Fica para depois uma análise mais profunda sobre o que é e o que deve ser a formação no Seixal. Para já, não é nada.

sábado, 12 de julho de 2014

Contar Carneirinhos e outras histórias da Formação do Benfica

O Benfica assinou um protocolo com o Barnsley, equipa relegada esta época à 3ª divisão inglesa, que visa principalmente a troca de jogadores entre as equipas principais e de formação dos dois clubes.

Confesso que tenho alguma dificuldade em compreender o que é que uma equipa da League One inglesa (repito, 3º escalão!) nos tem para oferecer em termos de equipa principal. Mais difícil ainda fica entender qual o propósito desta parceria se a intenção for colocar jogadores do Benfica a ganhar experiência num campeonato da qualidade dos nossos distritais, onde se disputam encontros com a mesma qualidade da dos pelados da saudosa Liga dos Últimos.

E em termos de escalões jovens? A formação inglesa não é conhecida por ser propriamente de grande qualidade. Na verdade, até é conhecida por formar dezenas de cepos. Ainda se estivéssemos a falar de um clube com alguma tradição neste campo, como o Southampton, perceberia, mas… o Barnsley?! No Barnsley o Gary Charles e o Steve Harkness seriam craques! Não no Benfica. Se a formação do Barnsley de pouco ou nada serve ao Benfica, servirá a formação do Benfica ao Barnsley? Sim, sem dúvida. Os nossos jovens têm mais que qualidade para se impor naquele meio. Mas o que ganham os nossos jovens e, por conseguinte, o Benfica? Pouco ou nada. A experiência competitiva no estrangeiro até poderia ser uma mais-valia, mas nunca num meio onde a qualidade competitiva é perto de nula. A quem é que isto poderia ser útil? Só mesmo a jovens made in Seixal sem qualidade para lá andarem e que por lá se mantêm por serem filhos ou familiares de quem são. Exemplos? Rômulo Santos, sobrinho de José Eduardo dos Santos, ou talvez Pedro Carneiro, filho do Coordenador da Formação encarnada, Armando Jorge Carneiro.


Na imagem encontra-se Pedro Carneiro, médio da formação encarnada, vencedor de uma espécie de Erasmus em Barnsley que lhe permitirá acrescentar esta experiência ao curriculum vitae. Foi com esta imagem que o jornal Record apresentou a notícia da parceria. Aliás, o conteúdo da notícia original era bem diferente da que agora se encontra acessível no site do diário desportivo, como podem verificar (à esquerda o "antes" e à direita o "depois"):


O jornal Record "corrigiu" a notícia. Uma "afinaçãozinha" apenas. Não convém dizer tudo. Certamente que alguém levou uma reprimenda ou recebeu uma chamadinha por publicar informação que não devia.

Fica a pergunta: o Benfica quer fazer um trabalho sério e credível a nível da formação ou ser o trampolim para os filhos dos altos quadros irem ganhar curriculum vitae no estrangeiro?

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

O mercado agita-se

Está um rapaz no Belenenses bastante interessante. Já vem fazendo excelentes épocas há uns anos, desde que saiu das camadas jovens. Sempre a um nível altíssimo. Esta época tem dado sequência ao que dele se esperava e continua a marcar golos e a dar qualidade ao jogo da sua equipa. Incompreensivelmente, nunca foi aproveitado pelo clube formador - nem a um único jogo oficial teve direito, não se sabe bem porquê. Acho que o Benfica devia aproveitar estas últimas horas e atacar o mercado, contratando esta pérola. 

O nome? Michael Rose.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

O caminho faz-se caminhando

A campa estava aberta, a terra remexida e as pegadas, de pé descalço, bem marcadas no solo. Havia sinais de luta, como se o corpo se quisesse libertar do fundo da terra. Chovia em Lisboa. O caminho que ligava o cemitério dos Prazeres, por estes dias de verão deserto, até nossa casa era longo e tortuoso, mas o caminho faz-se caminhando. O defunto não reconhecia coisa nenhuma. A paisagem que muitos anos antes era campo, hoje estava rasgada por edifícios altos de onde os homens podiam tocar o céu. Os automóveis eram diferentes e mesmo as pessoas não pareciam as mesmas, falando para estranhos objectos pequenos que levavam à orelha. No meio de toda esta selva, um único pensamento atravessava a mente deste homem que vagabundeava pela rua: chegar ao Campo Grande. Mas a idade era avançada e a paisagem estava tão diferente que, ou isso ou o instinto, o destino, ou o que queiramos chamar, acabou por guiá-lo ao bairro de Benfica. Mal chegou, aqueles gigantes arcos triunfais, onde corria o sangue da raça e da glória, tal como Fialho Gouveia os imortalizara aquando da inauguração, prenderam-lhe a atenção. Qual Campo Grande, ele sentiu que pertencia ali. Era vermelho, era em Benfica e sentia-se em casa. Seria o trajecto natural, depois das Amoreiras e do Campo Grande, regressar ao bairro que lhe dera o nome.

Andou, caminhou, percorreu quilómetros e ali estava, na Luz. Entrou e contemplou o estádio: enorme, gigante de betão com arcos vermelhos triunfais, mas escondido por trás de pavilhões e de lojas de electrodomésticos. Tudo era estranho à sua volta. Passou a ponte do Alto dos Moinhos, olhou para a direita e viu um pequeno campo onde umas crianças jogavam à bola. Sentou-se perto de um jovem. O contraste entre ambos era por demais evidente. O respeitoso bigode na face pálida do senhor com o pijama às riscas contrapunha-se à face rosada, ainda com algumas borbulhas, do jovem de t-shirt encarnada. A medo, o sexagenário iniciou a conversa:

- Então... o Benfica de hoje é isto.
- Isto? Como assim? - retorquiu o jovem.
- Isto...
- [silêncio]
- O que se passou nos últimos anos com o nosso Benfica?
- Quantos anos?
- Pois, não sei... em que ano estamos?
- 2013 - respondeu o rapaz a medo. - Não sabe em que ano estamos?
- Não me lembrava, digamos que a memória nunca foi o meu forte. Mas então, o que se passou nos últimos 65 anos?
- 65? Bom... muita coisa - começou por responder o rapaz, atrapalhado. - Eu só tenho 19 anos, só me lembro de ver o Benfica nos últimos 11 anos, mas sei a História do clube de trás para a frente.
- Óptimo.
- Nos anos 50 começámos por destronar o domínio do Sporting, vencemos a Taça Latina e inaugurámos o velhinho Estádio da Luz, que foi a nossa casa até 2003...
- O que eu perdi - suspirou.
- Mas ainda há mais e melhor. Nos anos 60 foi o domínio completo: com a chegada do profissionalismo, o Benfica ganhou duas Taças dos Campeões Europeus, foi à final de mais três, conquistou sete campeonatos e quatro Taças de Portugal.
- Taça dos Campeões Europeus? Uma prova que reúne os vencedores dos campeonatos dos diferentes países europeus? - questionou.
- Sim... - respondeu o jovem, com a voz ainda trémula. - Mas o sucesso continuou. Nos anos 70 foram mais seis campeonatos e na década de 80 mais cinco, com duas presenças em finais da Taça dos Campeões Europeus.

O idoso parecia atordoado. Não esperava que o clube tivesse atingido tamanhos êxitos. O profissionalismo, contra o qual ele batalhara, acabara por dar frutos. O Benfica já era o maior clube nacional aquando da sua morte, mas nunca esperou que atingisse tanto sucesso fora de portas.

- João, já tenho as bifanas! – gritou alguém, de longe.
- É o meu pai - atalhou o rapaz – viemos hoje ver o meu irmão mais novo a jogar. Tem 10 anitos. Está ali, com a camisola 10. Chama-se Pedro.
- Cá está a tua bifana, campeão!
- Obrigado, pai.
- Ah... bifana à Benfica – regozijou o pai – era mesmo disto que eu estava a precisar. O senhor sabe, este jovem aqui, o João, tem tudo para ser um futuro craque do Benfica!
- Ai sim? – inquiriu o homem de bigode respeitável.
- É... mas o Benfica dispensou-o no final da época passada. Disseram que nunca iria chegar longe. Veja lá, ele até era capitão dos juniores, marcou alguns golos e chegou a falar com o Rui Costa. Mas não, em vez de lhe darem uma oportunidade, preferiram dispensá-lo para contratar uns sérvios. Mas pronto, é a vida, agora há que ter fé no Pedrito!

João estava de cabeça baixa, meio triste pela dispensa do clube que amava desde que se lembrava ser gente, meio acabrunhado pela forma como o pai falava das suas esperanças no irmão mais novo. Não que o talento faltasse nos pés daqueles miúdos, mas sabiam que não chegariam longe no clube do coração.

- A propósito – lembrou o pai – ainda não fomos ver o novo Museu Cosme Damião!
- Museu Cosme Damião?! – exclamou em sobressalto o defunto.
- Sim, é verdade. Temos um museu novo, homem! Por onde tem andado? Museu novo e canal do clube, Benfica TV, um sucesso por estes dias. E a renovação das casas do Benfica, a Fundação, as modalidades, a piscina, os pavilhões, o centro de estágios, o estádio. O Benfica está moderno, está virado para o século XXI, o Benfica está forte, o Benfica...
- O Benfica não ganha porra nenhuma, pai! – exclamou o miúdo, visivelmente agastado pelo discurso do progenitor. – O Benfica está há 20 anos nesta desgraça, o Benfica vai para 20 anos dirigido por vaidosos, aldrabões, enganadores e charlatães – prosseguiu. – O Benfica ganhou tantos campeonatos desde que eu nasci como o Porto ganhou nos últimos três anos, ou seja, três!
- Mas então o que se passou? – perguntou o defunto, num misto de preocupação com o estado do clube e com o avolumar da discussão entre pai e filho.
- Sabe... – começou por responder o rapaz – nasci a 14 de Maio de 1994, no dia de uma das mais retumbantes vitórias sobre o Sporting, o famoso 3-6 em Alvalade. O Benfica foi campeão nesse ano pela última vez num longo período de tempo. Cresci no meio da festa de sportinguistas e, sobretudo, portistas, pelos campeonatos ganhos e pelas idas a finais europeias. O Benfica, depois de senhores como Borges Coutinho, Ferreira Queimado, Fernando Martins, João Santos e Jorge de Brito, passou a ser dirigido por um bando de vaidosos, oportunistas, aldrabões e charlatães como Damásio, Vale, Vilarinho e Vieira. Perdemos troféus, perdemos credibilidade, fizemos e fazemos negociatas obscuras, e, pior que tudo, roubaram-nas a militância.

O pai do João saíra. Não gostava deste espírito revolucionário do seu “mais velho”.  Não gostava que falassem mal de Vieira, homem pelo qual nutria uma profunda admiração que o tinha levado, inclusivamente, a mandar fazer um retrato do querido líder para colocar numa das paredes da sala, ideia prontamente vetada pela sua esposa, que ainda não tinha perdido o juízo e a sensatez. Esta era, aliás, uma forma comum de terminar as discussões sobre o actual presidente: quando os argumentos se esgotavam, batia em retirada. Os árbitros e a construção do novo Estádio da Luz, para o qual, diga-se, o papel de Vieira foi praticamente nulo, eram os seus argumentos favoritos, mas ele próprio já os sentia gastos de tanta utilização. Afinal de contas, dez anos de desculpas esfarrapadas fazem-se notar até mesmo no mais ceguinho dos seguidores.

- Mas então, o que ganhou o Benfica desde 1994?
- Três campeonatos, duas Taças de Portugal e uma Supertaça. Ah, e quatro Taças da Liga, uma competição nova que se criou entretanto.
- É manifestamente pouco – afirmou o defunto, baixando a cabeça em sinal de desilusão.
- Mas há mais. Mais e pior. O que me faz confusão não são as derrotas. Ou por outra, também fazem, mas há pior. O Benfica perdeu o associativismo. Ganhou um exponencial número de sócios mas perdeu militância. Perdeu massa crítica e perdeu o espírito que o caracterizava, espírito esse que infelizmente não cheguei a viver. Passámos de assembleias-gerais cheias, com mais de 4000 sócios, para meia-dúzia de gatos pingados que abanam a cabeça positivamente a tudo o que a Direcção lhes propõe. A grande verdade é que passámos de um clube de vencedores a um clube de perdedores inconformados, depois perdedores conformados e agora perdedores orgulhosos. E quem não concorda com o actual estado de coisas é apelidado de papagaio, abutre ou garotão.
- Garotão? Garotão era eu quando aos 18 anos tive aquela ideia em Belém. Nem eu próprio fui unânime entre os benfiquistas. Até eu fui derrotado em eleições. Até eu tive propostas minhas rejeitadas e votadas contra. Ninguém deveria estar acima do Benfica. Nem mesmo o seu presidente.

O rapaz empalideceu. Um arrepio atravessou-lhe a espinha, sentia as mãos a tremer. Ganhou coragem e tentou preparar a voz, mas esta saiu-lhe trémula:

- O senhor é Cosme Damião?
- Cosme Damião está morto – disse o defunto.

Não era bem isto que ele estava à espera de ver, sessenta e seis anos depois de ter partido. Desiludido, voltou costas e seguiu viagem novamente até ao cemitério dos Prazeres, onde se deitou no leito que deixara horas antes.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

O Campeão da CMVM 2013/2014

Vieira como Presidente em 1991, em conversa com o mister Jesus, treinador do Benfica nesse ano.

«Então, mister, e novidades para esta pré-época de 91/92?»
«Temos bons jogadores, mas faltam-nos alguns. Estou farto de portugueses, vamos contratar estrangeiros que esses é que têm qualidade!»
«Nem mais, mister. A nossa formação, um dos meus grandes projectos para o Benfica, tem muita qualidade mas os jogadores que saem de lá não têm qualidade nenhuma. É uma vergonha.»
«Há-de ter, Presidente. Mais uns anos.»
«Sim, Jorge, lá para 2030 conto ter uma formação de grande qualidade com jogadores igualmente de grande qualidade. É o próximo passo, estamos no rumo certo!»
«Exacto, é preciso ter calma. Roma e Pavia não se fizeram num dia.»
«É por isso que eu gosto de ti, mister. Estás em consonância com as minhas grandes ideias para este clube.»
«Não dá para despachar o Rui Bento? O jogador não tem qualidade para o nosso plantel, Presidente.»
«Claro que dá. Vou já falar com o Jorge Mendes a ver se o vendo a um preço que ainda nos dê alguma coisinha, estás a ver a coisa?»
«Faça esse esforço, Presidente. O rapaz é da nossa formação de grande qualidade mas não tem qualidade nenhuma. Quero um central dos Emirados Árabes Unidos. Tenho visto uns jogos, há ali material para eu potenciar.»
«Alguém em específico, mister?»
«O Salim Ali Ibrahim é munta forte. Sobe bem no terreno e às vezes até marca golos nos cantos. Só não sabe defender, mas isso a gente trata, Presidente. Até ao final da época o gajo já sabe o que é uma linha defensiva. Depois vendemo-lo ahahahahaha»
«Oportunidade de negócio à vista. Sempre a valorizar activos.»
«Tem de ser, Presidente, tem de ser. No Brasil já falam em mim como o grande potenciador de activos de toda a região da Reboleira.»
«E não só, mister. Em Grândola tu também és muito forte.»
«Quase em todo o país, Presidente. Presidente...»
«Diz, Jorge.»
«Aquele Paulo Sousa...»
«Então?»
«Fraquíssimo, Presidente! Aquele eu não consigo potenciar. Tem de ir às malvas.»
«Empresto-o a um clube brasileiro. Os gajos pagam uns milhares pelo empréstimo e abatemos no orçamento.»
«Nem mais. Impossível jogar com um jogador de tão fraca qualidade saído da nossa grande formação de qualidade. Para pivot defensivo, tenho de ter um gajo muita alto, que é para as segundas bolas, Presidente. Este pigmeu só sabe jogar com a bola nos pés e pausa muito o jogo. Eu quero é jogo vertiginoso!»
«E muito bem. A malta adora o teu jogo de carácter artístico. Não ganhamos nada mas estamos quase a ganhar. Tens de ser ainda mais espectacularmente artístico, mister.»
«Farei por isso. Por mim, iam os médios todos à viola. Eu estou à frente do meu tempo. Ainda me vão copiar daqui a uns anos esta estratégia: plantel só com defesas e avançados. Bola directa e pelos corredores. Espectáculo!»
«Vou ver o que se pode fazer. Não há mais putos sem qualidade da formação de grande qualidade que temos?»
«Há. Um gajo que está emprestado ao Fafe. Fez uma boa época mas aquilo no Fafe qualquer um é bom. No Benfica é que a porca torce o rabo. É despachá-lo, grande Presidente!»
«Como é que se chama esse péssimo jovem da nossa fantástica formação?»
«Rui Costa. Tem a mania das fintinhas.»
«Eh pá, isso é que nem pensar. Fintinhas é para os putos da nossa excelente formação. Esse tem de ir já despachado.»
«Faça-me esse favor, Presidente.»
«Tenho é um problema: esse gajo não consigo vender já este ano. Tem de ir valorizar um bocado.»
«Empreste-o outra vez ao Fafe, Presidente. Eles lá gostam dele. É um jogador para esse tipo de clube que luta pela manutenção, não tem estaleca para mais.»
«Não posso, os gajos do Fafe já disseram que acham que o gajo é bom em demasia, que devíamos apostar no péssimo miúdo da nossa extraordinária formação. Vai ter de ir para outro lado qualquer.»
«Olhe, empreste-o ao Águias da Areosa.»
«Excelente, mister, excelente! E aproveito e construo lá um estádio para eles depois também formarem novos péssimos talentos com o nosso símbolo na camisola. Daqui a uns anos fazemos um estágio dos horríveis atletas na nossa formidável estrutura para a formação. Os adeptos gostam destas coisas.»
«Faça o que tem a fazer, Presidente. Competência é consigo, o meu trabalho é outro: fazer jogos de elevada nota artística, adaptar guarda-redes a extremos (por falar nisso, o Neno devia ir à vida) e extremos a médios defensivos (aquele Paneira tem de ir, Presidente). Já para não falar no Veloso, que com aquela idade já não rende nada em comissões.»
«Atacarei o mercado com a natural qualidade que me é inata. Este ano é que é, mister, faremos pelo menos 3 grandes vendas astronómicas e mais 2 estádios em terreno nacional. Este ano não me contento com segundos lugares. Quero ser o campeão da CMVM 2013/2014!»

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Metam o puto a jogar


Este que aqui está é muito bom. Há muito tempo que é muito bom. Aproveitem-no. Vamos precisar dele quando os dois médios adaptados que temos para uma época inteira estiverem de rastos. Comecem já no próximo jogo. Este vai ser um grande jogador do Benfica. Ou então vai ser um grande valorizado activo. Ou então mais um desprezado e desperdiçado, tipo Miguel Rosa. É convosco, claro.




Ah e é bom puto, também. Tem alma do Benfica. 
 

terça-feira, 3 de julho de 2012

Rui Costa, há um ano era assim:

“É um prazer especial, uma honra muito grande apresentar estes quatro jogadores oriundos da formação. Representa a aposta do clube, um dos projetos que o Benfica tem para o futuro, e é um prémio que cada um recebe pelas ótimas prestações que têm vindo a ter”



Dois meses depois era assim:






Seis meses e 138 minutos jogados na Taça de Portugal por David Simão com a camisola do Benfica depois, era assim:





Um ano depois, com Miguel Rosa emprestado a época inteira, David Simão emprestado a meio da época e Rúben Pinto sem um único segundo com a camisola do Benfica, é assim:


 «David Simão é um jogador livre para escolher o próximo clube, uma vez que chegou a acordo para a rescisão do contrato com o Benfica.

O médio, que na época passada venceu a Taça de Portugal pela Académica, deixa a Luz sem ter conseguido conquistar o espaço, embora não tivesse tido muitas oportunidades para tal.

Na temporada transata, David Simão fez parte do plantel do Benfica na primeira metade da época, mas não sendo opção para Jorge Jesus mudou-se por empréstimo para a Académica.

Agora, o jogador de 22 anos procura um novo clube, sendo que no currículo conta com passagens por Académica, Paços de Ferreira e Fátima, sempre por empréstimo do Benfica.»

E assim:

«O sonho de Miguel Rosa de vingar no plantel principal do Benfica vai ser adiado. Após ter recebido a primeira indicação que iria integrar os trabalhos da equipa principal, o médio, de 23 anos, recebeu nova informação que será integrado na equipa B.

O jovem terá de apresentar-se no centro de estágio na quarta-feira, dia em que Luís Norton de Matos vai arrancar com o projeto dos encarnados. Refira-se que o jogador foi contactado por equipas da 1.ª Liga, mas a sua saída terá de ser negociada pois está vinculado até 2016.»


Rúben Pinto não conhece o futuro. Mas temos aquela noção - talvez muito pessimista, afinal somos mesmo muito do contra e nunca apoiamos, nunca apoiamos - de que não entrará nos planos de Jesus para esta época.


O futuro do Benfica, Rui Costa, é isto. Go, Nélson, go.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

O mérito a quem o merece


Várias críticas foram feitas à Direcção do Benfica/Administração da Benfica SAD e ao seu presidente, o nosso, Luis Filipe Vieira, pelos insucessos do futebol. Mas há que dar o mérito a quem o merece.

Venho falar pois 2 duas modalidades onde o bom trabalho deve ser reconhecido e em especial o trabalho dos directores e treinadores dessas modalidades.

Atletismo

A figura central do atletismo é a antiga atleta Ana Oliveira. Desde há 4 ou 5 anos que iniciou um trabalho sustentado na formação do Benfica, quer na detecção quer no treino de jovens valores que tem levado o Benfica a conquistar títulos atrás de títulos nos escalões de formação.

Porém, como o Sporting se tinha reforçado no Benfica com os atletas seniores que muita luta lhes davam, era um esforço inglório lutar apenas com os jovens contra os consagrados. Assim sendo, foram contratados alguns atletas (por exemplo Paulo Gonçalves, Paulo Bernardo, Marco Fortes ou Arnaldo Abrantes, se bem que este fosse da nossa formação e tivesse ido para os lagartos enquanto senior) que nos deram a capacidade para com base na formação ser campeões nacionais. Não só campeões como bi-campeões.

É natural que se fale apenas do atletismo masculino, pois a diferença para o Sporting sector no feminino é muito grande, mas estou confiante que mais 2 ou 3 anos neste percurso e com a contratação de algumas mais-valias que compensem as maiores falhas na nossa equipa e poderemos também vir a ganhar em femininos. 

Basquetebol

O basquetebol do Benfica, que na nos finais da década de 80 e durante a primeira metade da década de 90 era respeitado na Europa e em Portugal esmagava os seus adversários, mas que após o fim da geração de Henrique Vieira, Carlos Lisboa, Pedro Miguel, José Carlos Guimarães, Mike Plowden e Jean Jacques Conceição, não me esqueci do Silvestre ou do Rodinhas, não teve substitutos à altura e entrou na mediocridade que marcou o Benfica a nível desportivo no final da década de 90 e início de 2000.

Com a contratação de Henrique Vieira enquanto treinador e de uma série de atletas "trintões", dos quais se destaca o retorno do Sérgio Ramos, bem como de outros atletas de valor o Benfica voltou a ser campeão, aliás bi-campeão. No entanto e aproveitando-se da sua condição de selecionador nacional, com o aliciamento de um dos jovens com mais valor, João Santos, os tripeiros voltaram a roubar-nos o título na final do ano passado.

Este ano, com Lisboa ao leme, voltámos a ser campeões, no pavilhão dos morcões que mostraram que o epíteto se adequa perfeitamente. O grupo está de parabéns. Mas não só os seniores estão de parabéns, pois o Benfica foi campeão em sub-20, sub-18 e sub-16, fazendo o pleno dos escalões de formação. Com um trabalho sustentado na formação, o Benfica poderá retirar da sua formação novos valores que lhe venham a assegurar um futuro radioso.

Embora como treinador prefira Henrique Vieira a Carlos Lisboa, o único basquetebolista português que acho que teve condições para jogar na NBA, Lisboa como nosso treinador, tem o meu apoio para continuar ao leme do Benfica rumo aos sucessos. Com os valores que estão para sair da nossa formação, apesar das lesões que os afastaram na maior parte da época, estou tão confiante no futuro do basquetebol como no do atletismo.

PS - Para quem não percebeu, obviamente que o mérito se estende também a LFV enquanto primeiro responsável pelo clube

sábado, 1 de outubro de 2011

Tormentas (e duas premonições)

- Morreu Duda Guennes, um dos poucos que mantinha "A BOLA" num estado levemente superior aos restantes concorrentes. Inteligente, cínico, céptico, sonhador, certeiro, carregado de humor e uma escrita apelativa, foi sempre um dos pontos altos da minha leitura desse jornal que já não compro há ano e meio. Ficarão as memórias das crónicas em livro para quem quiser. Menos um dos bons.

- O Benfica alienou parte dos passes de Gaitán, Jara, Nolito, Bruno César e Garay ao Fundo de Investimento. Se compreendo a necessidade de algum retorno financeiro e a natural obrigatoriedade de dar ao Fundo algo com que o mesmo se sinta ressarcido no "risco" que corre, há, por mais voltas que dê, negócios incompreensíveis:

2 milhões de euros por 15 por cento de Gaitán? Ou seja, para os responsáveis do Benfica, o argentino vale menos de meio Coentrão, é isso?

600.000 euros por 10 por cento de Jara? Pensei que o empréstimo fosse uma aposta segura na qualidade que no Benfica se acredita que o argentino tem. Pelos vistos, não. Vale 6 milhões de euros. O mesmo que custou.

Vende-se logo 20 (!) por cento do Nolito, um jogador que explodiu nos primeiros meses e que, a não ficar no Benfica, poderá sair por valores muito acima da média? E vende-se por... 1,3 milhões de euros? Então o rapaz vale só 6,5 milhões de euros? Não dá para entender estes negócios. Claro que virá alguém dizer que o espanhol chegou a custo zero e que por isso o negócio é genial. São formas de ver as coisas. Eu acho que, se fazemos um bom negócio, devemos potenciá-lo ao máximo e não pensar de forma rasteira. Mas se calhar eu sou um mau benfiquista.

Bruno César, jogador com uma margem de progressão fantástica (e já hoje uma certeza clara de que tem qualidade), vale 7 milhões de euros (1,035,000 euros por 15 por cento do passe)? Ok.

Garay - 1.175.000 euros por 10 por cento - é o único que faz sentido nesta negociata. Por outro lado, chegam notícias de Espanha de que, afinal, o Benfica não deu 5,5 milhões de euros mas 13 pelo internacional argentino. Do Benfica, ainda não se ouviu palavra. Talvez se compreenda melhor assim o porquê de ser o único negócio que parece defender o Benfica nesta troca de interesses com o Fundo. Ou então não.

- Capdevila não serviu para a Champions nem serve para sentar o rabo no banco num jogo contra o Paços de Ferreira na Luz. A sério: já é tempo de alguém explicar aos adeptos, especialmente aos sócios, que novela é esta. É que o homem veio contratado por vários motivos que os dirigentes benfiquistas deram e não cumpriram. Além disso, não deve estar a ganhar pouco. A convocação de Luís Martins é a prova final de que o espanhol não entra nas contas de Jesus. Mais uma vez, ficamos sem saber porquê.

- A renovação de Maxi Pereira é algo que vai acontecer nos próximos dois meses? Não querem esperar pelo último dia? Sempre a deixar os adeptos naquela roda-viva da emoção, estes malandros.

- Continuo à espera que alguém do Sporting me explique os 16.000 títulos. E já lá vai um mês. É fodido. 

- No 5º aniversário do Caixa Futebol Campus, o Benfica organizou o torneio Youth Cup, em que participaram os escalões de iniciados, juvenis e juniores. Os nossos putos despacharam a concorrência (e que concorrência!) em todos os jogos e venceram o caneco. Os resultados foram estes:

Primeiro dia:

Iniciados: Benfica - 2 Barcelona - 1
Juvenis:   Benfica - 3 Real Madrid - 2
Juniores:  Benfica - 3 Fulham - 1

Segundo dia:

Iniciados B: Benfica - 2 Sevilha - 1
Juvenis B:   Benfica - 2 Ajax - 1

Ora, isto só quer dizer uma coisa, usando de uma lógica batatal muito pouco fiável: daqui a 5, 6 anos - e, a partir daí, por 10 anos consecutivos - seremos campeões europeus

- O Benfica hoje vai ganhar 6-1.