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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

Desconecta BTV

 

Ontem de madrugada acordei meio atordoado. Alheio às horas liguei a televisão sem saber bem com que intenção.

Não eram ainda 4 da manhã e o Benfica tinha jogado com o Famalicão no inicio da noite do dia anterior. A verdade é que aquela segunda parte deixou-me deprimido e assim que acabou o jogo afundei-me no Youtube até adormecer.

Por isso quando ligo a televisão esta encandeia-me com BTV. Estava a dar o programa Chama Imensa.

Apesar da vitória o Benfica vinha de uma sequência de maus resultados, pouco futebol, eliminação da Taça da Liga e com uma desvantagem de 11pts para a liderança do campeonato. Apesar da vitória frente ao Famalicão, este foi mais um jogo pouco conseguido: bom arranque com dois golos logo a abrir, depois 30 minutos a controlar os espaços e por fim 45 minutos a ver jogar.

Assim deixei-me a ouvir o que na BTV, perante o contexto actual do nosso futebol, se estaria a dizer.

No momento deu-me um impulso imenso de vir aqui desabafar mas... 4 da manhã. E apesar das 36 horas já passadas, não tenho como não soltar aquela experiência aqui em palavras.

Apanhei o finalzinho da intervenção de um João Diogo onde falou do Porto, de arbitragens e de penalties. Deu-me logo um nó.

De seguida o jornalista da BTV passa a palavra para um tal de António Bernardo, perguntando-lhe se sobre o Porto e a arbitragem tinha algo a dizer. Depois de nos fazer saber que também o António Rola já tinha estado minuciosamente a falar do Porto e de arbitragens e que concorda totalmente tanto com o Rola como com o João Diogo, o António Bernardo afirma que quer falar de “outras coisas que eu acho que posso acrescentar... E posso já relembrar aqui 3 ou 4 situações que me andam a preocupar”.

Pensei eu, ingénuo, que estando o assunto arbitragem arrumado, agora iriam falar sobre os jogos do Benfica, as dificuldades que temos tido, as melhores e/ou piores exibições de alguns jogadores, sistemas tácticos, reforços... algo assim.

Não. Começou a falar do Pedro Mantorras. Sim. “Relativamente ao Porto tenho uma coisa a dizer, eu estava no Benfica em 2002-03 quando o Pedro Mantorras era um mártir a levar pancada”. Epa o que esta malta faz para não ter de falar de Futebol.

Portanto as 4 coisas a que este António Bernardo andavam a preocupar eram:

1 – Arbitragens
2 – Imprensa toda dominada pelo Porto e pelo Sporting
3 – Unilabs, se mudaram de laboratório e se é verdade que os jogadores do Benfica tiveram mesmo Covid.
4 – “Caso” Palhinha e ter juízes amigos.

E termina a dizer “Isto é que são coisas importantes a debater no Futebol e no Desporto em termos gerais”.

Exacto. São estas merdas de novelinhas e de choros que é crucial debater no Desporto.

Já estava eu meio em dúvida se estaria mesmo acordado quando aparece o José Marinho a falar. Questionado sobre esta época atípica onde o Paços de Ferreira surgia com tão bom desempenho, o José Marinho entra, como sempre, naquele seu mundinho onde é rei mas de coisa alguma. Fala e fala e fala, com grande autoridade, mas depois quando se espreme percebe-se que não faz ideia sobre o que diz.

O inicio da sua intervenção dava um bom número de comédia. Começou a criticar aqueles que tanto falam da importância de se ter uma boa estrutura nos clubes e a meio desta palermice lá se lembrou que é no Benfica que mais se fala nisso. Enrolou-se. Inverteu a coisa e começou a elogiar a Estrutura do Benfica.

Assunto estrutura rebobinado lá começou a falar do sucesso do Paços de Ferreira. Então salientou que aquele clube tem um sucesso constante e que isso se deve por sempre ou quase sempre escolherem acertadamente tanto os treinadores como os jogadores. E enquanto o Marinho debitava eu juro que pensei que ele estava era a falar do Rio Ave.

Então avança relembrando que a actual posição do Paços de Ferreira não é surpreendente porque “por exemplo” há uns anos com o Paulo Fonseca tinham conseguido apurar-se para uma pré-eliminatória da Liga Europa. Insiste que para o Paços esta não está a ser uma época atípica porque nos últimos anos têm-nos habituado a andar lá em cima e sempre com boas equipas. É o que dar falar de cor caro José Marinho.

Para começar é esquecer o “por exemplo” porque a referida época é uma exepção e não somente um dos possíveis exemplos. E depois é elucidar que o apuramento foi mesmo para o Play-Off da Liga dos Campeões.

Sim, em 2012-2013 o Paulo Fonseca conduziu o Paços de Ferreira a um excelente 3º lugar.
Desde então disputaram-se mais 7 campeonatos o Paços classificou-se em:

16º


13º
17º - Despromoção
1º - Promoção
13º

E atenção, todo o respeito pelo Paços de Ferreira. Contudo dizer que nos últimos anos estar em 5º lugar não é atípico para o Paços quando nos últimos 7 anos só duas vezes ficou no Top-10 tendo mesmo sido despromovido em 2018 e tendo disputado a segunda liga em 2019...

Tão sobranceiro falou o José Marinho sobre o Paços de Ferreira conseguindo confundi-lo com o Rio Ave e mostrando deste somente saber que há uns anos era treinado pelo Paulo Fonseca e que ficou num lugar Europeu (qual não sabe) e que esta época é treinado pelo Pepa.
De resto não refere nada em especifico sobre este clube – nem treinadores, nem jogadores, nem modelo de jogo – e o que tenta falar sai tudo ao lado.

Que fraude é este José Marinho.

E que tristeza de canal tornam a BTV.

Depois desta intervenção do Marinho desliguei a televisão. Não dava para mais. A curiosidade matou mesmo gato.



domingo, 27 de agosto de 2017

No mundo dos neandertais

Calculo que estejam preocupados quanto baste com o plano desportivo do Benfica. Ou talvez sejam dos mais indulgentes e nada do que se está a passar mereça alarido. A mim, moderadamente pessimista, as minhas preocupações transportam-me ao que se passou este fim-de-semana em Paços de Ferreira.

Durante o intervalo do jogo que opôs Paços de Ferreira e Vitória de Guimarães, dois adeptos do Benfica, avô e neto, que se deslocaram com as cores e símbolos do seu clube à Mata Real para ver o jogo na bancada central, foram publicamente denunciados pelos adeptos vitorianos pelo "delito clubístico" e subsequentemente expulsos sob coacção verbal e física por parte dos adeptos pacences.

Pergunto-me se é este o futebol que queremos. Se queremos um futebol onde grunhos expulsam famílias. Onde a intimidação vence a ordem pública. Onde as forças de autoridade não actuam e as entidades responsáveis pela organização das provas não castigam. Onde a comunicação social não denuncia este tipo de atitudes (numa pesquisa rápida, apenas o MaisFutebol deu destaque a este triste episódio).

Se já é suficientemente selvático o que se verifica quando um adepto do Sporting ou Porto leva camisola ou cachecol do seu clube para a Luz (e o mesmo se aplica quando um adepto do Benfica leva símbolos do seu clube a Alvalade ou Dragão), é ainda mais incompreensível o que se passou ontem na Mata Real, com dois clubes com os quais o Benfica não tem qualquer rivalidade. Que as autoridades sejam céleres a multar e punir os infractores. Sob pena que os neandertais tomem conta das bancadas.

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Rúben Pinto nas mãos de Paulo Fonseca

Rúben Pinto é um dos meus jogadores preferidos, de entre os que nos últimos anos têm saído do Seixal. Tem tido alguns azares, com lesões que o impediram de jogar futebol durante bastante tempo e com a já conhecida pouco apetência por parte de Jesus para apostar nos nossos miúdos, mas é um jogador de um nível superior à grande maioria dos que saem do nosso Centro de Estágio.

Logo à partida, percebe que o jogo é essencialmente um processo cognitivo e não físico - jogar bom futebol depende muito mais do cérebro do que do corpo.

É polivalente mas convém que o não desperdicem, usando-o em todos os lugares do campo numa época. Para mim, é um 8, que pode fazer de interior em losango ou como segundo médio num 433 - no sistema de Jesus, pode perfeitamente jogar nas duas posições do miolo, embora potencie as suas características se jogar mais à frente. Boa técnica de recepção, passe, remate, finta - não é nenhuem virtuoso mas é um jogador que raramente falha funções básicas em campo.

Excelente posicionamento, entendimento do jogo, do que deve fazer em cada momento: compensação, antecipação, dar opções de passe, desmarcação, compreensão do momento para soltar. Óptima decisão - com e sem bola. É intenso sem ser violento - não precisa, geralmente está no sítio certo.

Rúben Pinto é um daqueles talentos que ainda vai a tempo de mostrar tudo o que vale. Com Paulo Fonseca, bom treinador que após a passagem infeliz pelo Porto já é considerado erradamente um incompetente, pode crescer nestes 6 meses e mostrar que tem qualidade para ser jogador do plantel principal do Benfica.

Resumindo: ao contrário da maioria das escolhas das equipas e treinadores que os nossos emprestados vão encontrar, esta opção faz todo o sentido. Boa sorte, puto!

domingo, 19 de maio de 2013

Peregrinação

Está feita a promessa: se formos campeões, vou a pé até Paços de Ferreira. Se há uns malucos que fazem milhares de quilómetros por uma coisa inexistente, parece-me que pelo Benfica faz um bocadinho mais sentido.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

O Porto não ganha. Nós sim?

Já não sei se é da demência de ter assistido a mais uma semana surreal na vida do nosso clube ou se é por de facto acreditar, mas deixem-me que vos diga uma coisa: o Paços no Domingo não vai perder o jogo. 

Resta saber uma outra nuance: o Benfica ganhará o seu jogo? Se sim, poderemos estar a dois dias de uma festa tão surpreendente para quase todos que ainda vai saber melhor. Se não, teremos motivos para consultas psiquiátricas diárias nos próximos 500 anos. 

E, por favor, se o Paços perder o jogo não apareçam com as teorias da conspiração. Se o Benfica perder este campeonato, deve-o a si e apenas a si.

sábado, 10 de novembro de 2012

7

1) Muita atenção ao trabalho de Paulo Fonseca, no Paços de Ferreira. Não é só o facto de estar em 4º lugar à 9ª jornada; muito mais importante do que isso: o que esta equipa joga, com os parcos recursos de que dispõe. É, com Peseiro, o treinador que tem sabido construir melhor futebol na relação qualidade de jogo/jogadores que tem.
2) O que a Comunicação Social tem feito ao Sporting é das coisas mais nojentas a que tenho assistido. As montagens - primeiro de Jeffrén, agora do Van Wolfswinkel - servem de atestado à mais simples filhadaputice dos jornalistas e dos directores de jornais que aceitam fazer parte dessas jogadas porcas. Os sportinguistas, mesmo que recorrentemente queixinhas e desculpabilizadores - não, a culpa de o Sporting estar assim não é externa -, não merecem tamanha humilhação. Isto serve hoje para o Sporting como no futuro poderá servir-nos. Temos de estar atentos ao nojo em que se tornou o jornalismo desportivo em Portugal.
 3) O jogo de Vila do Conde é fundamental - não importante; fundamental. Com um Porto forte e em crescendo, não podemos de forma nenhuma descolar da liderança. Recebendo a Académica, a probabilidade de vitória portista é altíssima; já o nosso jogo tem uma dificuldade maior e não é nada óbvio que consigamos vencer o Rio Ave. Espero que a equipa entre organizada - fundamental reforçar o meio-campo! -, a querer resolver o jogo de início e não à espera de que o resultado apareça. Chamar Miguel Rosa começa a ser tão evidente que não se percebe tanta teimosia em ignorar uma mais-valia que ainda por cima é benfiquista e da formação. 

4) Garantem-me que sairão jogadores em Janeiro. Não um, mas mais. Se a época está praticamente perdida pelo péssimo planeamento de Agosto, uma ou mais saídas serão as machadadas finais. Espero que, no Benfica, alguém (Rui Costa?) avise os dirigentes de que não podemos vender Luisão, Cardozo ou Aimar em Janeiro e esperar resultados positivos em Maio. Por favor, tenham respeito pelos benfiquistas.

5) Os dirigentes do Benfica não obrigam o Sporting a pagar os estragos do incêndio que atearam no nosso estádio porquê? Usem das estratégias de aproximação aos lagartos que quiserem, mas não gozem connosco, adeptos. Nós exigimos que o Sporting pague os actos violentos dos animais que nos destruíram parte do estádio. 

6) Muito bom trabalho de Jesus com Ola John. Soube esperar e integrá-lo no tempo certo. Bem regado, poderá estar aqui uma pérola que dará ao Benfica benefício desportivo - pensemos primeiro neste, no desportivo, e deixemos a questão da valorização de activos para a terceira época. 

7) O Benfica precisa de um lateral-direito e de um médio para ontem. Maxi está de rastos e os próximos meses serão ainda piores - em termos defensivos, a cair fisicamente, comete todos os erros que cometia na primeira época, é um autêntico passador. Proponho um jogador que pode fazer as duas posições, que não seria caro e cuja saída enfraqueceria um adversário: Salino. Perfeito para o que precisamos.