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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Benfica 3-3 Shakhtar - Queda Europeia

Quero falar sobre o jogo de ontem. Quero falar sobre o jogo de ontem porque me deu diversas e distintas sensações. Aliás, discutindo em outros grupos percebi ao intervalo que o meu estado de espirito era bastante diferente do dos outros com quem debatia o jogo. Quero falar sobre o jogo porque para mim foi bem mais que uma simples falta de garra, ou más escolhas de titulares, ou más substituições ou até má exibição. Houve muita coisa a acontecer naquele relvado da Luz.

Começo por dizer que gostei do 11 escolhido. Contudo pensei que Lage daria continuidade à aposta no Samaris e considero que, estando em condições físicas, este jogo era para o Vinicius e não para o Dyego Sousa.

Fiquei satisfeito com a forma como a equipa entrou em campo. Pressão alta colectiva, boa reacção à perda de bola e tentativa de jogar apoiado, com muita bola e pelo chão. Um Benfica com iniciativa, com vontade de se impor na sua casa e na eliminatória. Bastante procura do jogo interior, do futebol entrelinhas, com Taarabt, Pizzi e Chiquinho a surgirem bastante nesse espaço. E um Grimaldo mais soltinho, mais liberto de amarras tolas e com espaço e liberdade para subir, para fletir para o centro e incorporar as jogadas de ataque - aquele lateral 10 que tanto nos encantou na primeira metade da época.

Provou-se que se pressionamos mais e melhor, se temos mais bola e se temos a iniciativa do jogo, provou-se que se formos uma equipa activa e não uma equipa de futebol passivo e expectante, as nossas lacunas defensivas - que existem e precisam urgentemente de ser trabalhadas - são menos evidentes porque estão menos expostas. Se somos nós quem tem bola, quem ataca, quem pressiona e quem condiciona, então o adversário irá ter menos e piores oportunidades para fazer tremer o nosso processo defensivo.

Gostei dos primeiros 45 minutos. Fui com boas sensações para o intervalo. Vi no colectivo da equipa coisas que ainda não tinha visto e que tanto reclamava para ver. Sim, houve um período pior logo depois ao 1-0. Não me refiro ao empate mas sim à reacção ao empate. Foram uns 10 minutos em que a equipa quebrou e voltou a expor-se ao recuar e dar a bola ao adversário. Mas voltámos a assumir o jogo e acabamos claramente por cima.

Individualmente estava bastante agradado com a exibição do Pizzi, com o talento explosivo do Taarabt e com o novo velho Grimaldo. Rafa bastante limitado no momento de decisão e o Dyego a corresponder ao que o jogo lhe pedia - sem brilhar mas a cumprir.

O pós intervalo foi ainda melhor. Com a eliminatória empatada voltámos a querer ser donos do jogo e da bola. Pressão alta, condicionamento da primeira fase de construção do adversário e como consequência o 3-1, a passagem para a frente da eliminatória, uma finalização soberba do Rafa e uma decisão fantástica do Dyego.

Foi até ao 3-1 que vi o Benfica que quero, que vi o potencial desta equipa. Foi até ao 3-1 que finalmente me senti bem a ver um jogo do Benfica. 
O problema foi o pós 3-1. E mais uma vez nem falo do golo sofrido. Falo da reacção a esse golo. Fica comprovado que este Benfica não sabe lidar com alterações no marcador. Impressionante como golos marcados ou sofridos alteram tão drasticamente o futebol desta equipa.

A partir do 3-2, a partir do minuto 49, foi tudo muito mau - à excepção de algumas individualidades. A partir desse momento voltámos a ter o Benfica que se tem arrastado por toda esta época. Fraco, fraquinho. Uma dor. Uma queda abruta na realidade que é o futebol desta equipa.

Vou enumerar o que me ficou da segunda-parte:

- Esta equipa não está fisicamente preparada para um jogo de pressing e rápida reacção à perda de bola. Fizemo-lo durante 30 minutos e não conseguimos mais. Quanto menos temos bola mais temos de correr atrás dela - ou então ficar na expectativa. Mostrámos não ter condições para jogar daquele modo de forma constante.

- O processo defensivo é fraco. Sim o Tavares é júnior. Sim o Dias tem abordagens ridículas aos lances. Sim o Ferro está uma nódoa. Sim o Grimaldo deixa espaço nas costas. Mas estas fragilidades ficam ainda mais evidentes quando o colectivo defende mal. Um exemplo do quanto mal trabalhado é o nosso processo defensivo é a nossa linha de fora-de-jogo. Desorganizada e totalmente descoordenada. Durante o jogo foi ouvir o Pedro Henriques, e depois do jogo muitos outros, culpar o Rafa pelo primeiro golo dos ucranianos. O argumento é que o Rafa como ala teria de correr atrás do lateral fosse como fosse, o argumento é que ali tem de jogar o Cervi porque ele o faz. Vejam a repetição e vão perceber porque o Rafa não acompanhou o jogador. Quem define a linha de fora-de-jogo é o Dias. O Rafa travou a corrida quando chegou a essa linha. O resto da defesa estava fora da linha. Com isso o adversário ficou milimetricamente em jogo. Vamos culpar o Rafa por ter feito defensivamente aquilo que os restantes defesas parecem incapazes de fazer?

- O posicionamento do Chiquinho e do Weigl são inexplicáveis. Tens jogadores de qualidade e retiras-lhes todos seus atributos para os condicionares posicionalmente a ideias sem grande sentido. E assim temos os adeptos a questionar a qualidade e utilidade dos jogadores.

Comecemos pelo português. Principalmente na segunda parte irritou-me o papel do Chiquinho. Um médio criativo, forte nos apoios, no jogo entrelinhas e na chegada à área, andou a jogar como ponta de lança. Quantas vezes o Taarabt recebia a bola no centro ou o Tavares na direita e não havia uma única linha de passe para o centro? E eu via isto e perguntava-me como era possível, onde andava o Chiquinho. Procurando-o fui constantemente encontrá-lo junto ao Dyego no meio dos centrais. Então no nosso suposto médio organizador/segundo avançado andava preso às zonas de finalização. Não fica fácil para o Tavares. O miúdo ainda não tem tomates para acelerar o jogo com bola, para partir para cima do adversário, e assim quando recebe a bola resta-lhe travar e passar para trás ou travar e bombear para a área onde estão todos à espera.  
Mas se o médio ofensivo dos apoios está preso entre os centrais adversários, o médio defensivo dos apoios está preso entre os centrais da própria equipa. Percebo o médio defensivo vir aos centrais buscar jogo mas não entendo que em posse se posicione entre estes e ali fique. Depois queixamo-nos que só passa para trás e para o lado? A alternativa é bombear na frente. Para mim o Weigl tem jogo para ser um Busquets - jogador durante antes incompreendido por quase todos. Mas para isso tem de se posicionar no meio da acção e não fora dela. O Weigl tem de jogar sempre entrelinhas e a dar apoios. Recebe e toca, tabela, desmarca sempre a dar linha de passe na construção entre a pressão adversária. Essa é a qualidade dele - decidir, passar e dar linhas sobre pressão. Estamos a desperdiçar um jogador talentoso porque queremos que seja o Fejsa.

Bruno Lage pode ter Chiquinho e Weigl a dar linhas ao Taarabt, ao Tavares, ao Grimaldo, ao Pizzi e ao Rafa, mas opta por os afastar da zona de construção e obrigar o Taarabt a fazer raides de magia por todo aquele terreno.

Perdemos a eliminatória em casa por dois golos, num jogo que empatámos e que estivemos bem mais próximos de perder do que de ganhar.

Uma palavra para Pizzi e Taarabt. O marroquino foi simplesmente magistral e quanto mais joga mais se percebe a confiança que ganha e coloca nas suas acções. O 21 voltou a mostrar que do que depender dele terá sempre boas exibições seja em que jogo for - o colectivo tem de ajudar pois Pizzi é bom mas não é Jonas. Duas excelentes exibições.



quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

Declaração a um Amor

Aqui me encontro solteiro só porque não te posso ter só para mim.
Mas hoje me declaro a ti, neste dia de São Valentim.

Sport Lisboa e Benfica te amo, teu é o meu coração
Sempre que te vejo em campo todo eu uma erecção.

Não tenho pudor em admitir, não tenho receio de quem me ouvir
Mesmo à distância neste dia 14 só tu me farás vi… sorrir.

Felizmente vivemos nestes tempos modernos onde à distância te posso olhar
E assim mais logo em vídeo-chamada pela televisão te irei adorar.

Pelo relvado os teus movimentos, a tua cor, os teus passes me vão excitar
Com a bola a rolar, a magia a pairar, num orgasmo de delírio me farás gritar

Gooooooooooooooooooooolo

Que prazer de te ver triunfar.

Vamos Benfica!

Vamos meu amor!

(Gente casada ou em compromisso não se preocupem que este é o tipo de adultério mais maravilhoso que há)



quinta-feira, 21 de maio de 2015

Futebol e Benfica pelo Mundo (Parte 5)


Em terras de sua majestade o Chelsea já é rei.

Falta uma jornada para terminar a Premiership e a equipa de Ramires e Matic lidera o campeonato com 8pts de vantagem. Depois de 4 anos sem se sagrar campeão, o Chelsea conquista este ano o 5º título da sua história.
Ao campeonato junta também a conquista da Taça da Liga, tendo derrotado o Tottenham na Final.
Foi na Liga dos Campeões que as expectativas foram defraudadas. A equipa de Mourinho não foi além dos Oitavos, caindo em Stamford Bridge perante o PSG.

Esta época o Manchester City não mostrou andamento para lutar pelo título. Valeu-lhe a inconsistência do Arsenal para conseguir já ter garantido o 2º lugar.
Tal como os Blues, os Citizens e os Gunners caíram nos Oitavos da Champions. O City não aguentou o poderio do Barça e o Arsenal caiu frente ao Mónaco depois de uma derrota por 1-3 em Londres.

Arsenal e Manchester United completam o top-4 e os lugares de acesso à Champions.
A equipa de Londres deverá manter o seu lugar no pódio pois tem uma vantagem de 3pts sobre o United do Di Maria.
O Arsenal tem agora o seu foco na Final da Taça que irá disputar com o Aston Villa.

O 5º lugar, que dá acesso à Liga Europa, está a ser disputado pelo Liverpool, Tottenham e Southampton.
Os Reds têm vantagem nesta luta. A equipa do Markovic parte para a última jornada com mais 1pt que o Tottenham e mais 2pts que o Southampton.
O 5º lugar na Liga e o 3º lugar no grupo da Champions, atrás do Basileia, mostram que este Liverpool ainda tem um longo caminho a percorrer para começar a fazer jus à sua história. Além disso, a equipa de Anfield foi batida, nos penalties, pelos turcos do Besiktas logo nos 16-avos da Liga Europa.
Também o Tottenham não foi além dos 16-avos, tendo sido eliminado pela Fiorentina.
O Southampton, com a liderança do Ronald Koeman, caiu de rendimento na segunda volta do campeonato. O 5º lugar pode ser o culminar de uma época muito bem conseguida e que contou com o contributo do nosso Djuricic e principalmente do José Fonte.

Também o Everton representou Inglaterra na Liga Europa e também o Everton caiu mais cedo do que o expectável. Depois de atropelar o Young Boys, os Toffees não tiveram pedalada para Dynamo Kiev e caíram nos Oitavos.

Com o 8º lugar assegurado está o Swansea. O nosso emprestado Nelson Oliveira deu o seu contributo na época dos Swans mas este foi mais um empréstimo marcado pelas lesões.

Despromovidos estão já o QPR e o Burnley.
A lutar pela manutenção estão o Newcastle e o Hull City. Os Magpies têm a vantagem pontual (2pts) e a vantagem no calendário. Enquanto o Hull vai receber o United, o Newcastle irá receber o West Ham.

O Kun Aguero lidera a tabela dos melhores marcadores. Os seus 25 golos são seguidos pelos 20 do Kane e os 19 do Diego Costa.
De destacar as 18 assistências do Cesc Fàbregas, mais 8 que o Di Maria e o Sigurosson.
Este primeiro ano em Inglaterra não correu de feição nem ao Di Maria nem o Markovic. A uma jornada do fim o argentino leva 3 golos e o sérvio 2. Apesar das incertezas à volta do Di Maria, este consegue somar 10 passes para golo.
O N.Oliveira conseguiu estrear-se a marcar na Premier. Já o Djuricic ainda não marcou qualquer golo.

É um final de época pouco surpreendente em Inglaterra.
O Chelsea não deslumbra mas apresenta mais consistências e estofo que os seus rivais mais directos.
O City ataca cada campeonato com a força das suas finanças. É este poderio financeiro que lhe permite lutar pelo título. Falta no clube alguém que goste e perceba de futebol e que tenha liberdade para gerir o plantel sem as pressão dos cifrões.
O Arsenal continua a ser a equipa que apresenta o futebol mais atractivo da Premiership. Falta maturidade e equilíbrios no plantel para poder ser um sério candidato ao título.
O United continua à procura de recuperar da despedida ao Sir Alex Ferguson. Com Van Gaal a equipa parece estar a construir uma nova identidade com uma grande revolução no futebol da equipa de Old Trafford, a qual levou ao sacrifício de toda a primeira volta do campeonato.
O Liverpool também é um clube em fase de renovação. Procura ainda recuperar a sua identidade e a saída do Gerrard é um contratempo para este processo.
Conta com estrelas como o Coutinho, Sterling, Sturridge e Markovic mas precisa construir um melhor suporte para as elevar e se elevar.

O futebol inglês tem de encontrar uma solução para a pouco produtividade das suas equipas nas competições europeias.
A Premiership é provavelmente o campeonato europeu mais competitivo e intenso, as equipas inglesas são bem treinadas e estão recheadas de talento, mas nada disto se tem espelhado na Europa.
O desgaste na época do Boxing Day é possivelmente um dos factores responsáveis por isto.
 

No final desta época fico com algumas perguntas na cabeça:

Com um City mais motivado e um United com os processos mais trabalhados, o Chelsea tem futebol para fazer o Bicampeonato?

O Wenger tem condições para voltar a vencer com os Gunners? E capacidade?

O Nélson deverá voltar ou ficar mais um ano na Premiership?

O Markovic tem lugar no Liverpool enquanto titular?

O que está a falhar nas campanhas europeias dos clubes ingleses?


domingo, 17 de maio de 2015

Futebol e Benfica pelo Mundo (Parte 4)



Termino esta volta minha volta ao Futebol Mundial (mais especificamente América do Sul e Europa) a actualizar-me sobre os dois principais campeonatos do nosso continente, isto apesar da dificuldade que é continuar a abstrair-me do jogo de amanhã.


A duas jornadas do fim, o Barça está prestes a festejar o seu 7º campeonato nos últimos 11 anos, continuando assim o ciclo Blaugrana na Liga espanhola.
Basta ao Barcelona vencer um dos seus jogos e por isso pode tornar-se campeão já este fim-de-semana em pleno Vicente Calderón.
A equipa da Catalunha está a apontar para o triplete. Além do campeonato está também na Final da Taça com o Athletic Bilbau e na Final da Champions com a Juventus.
Na Liga dos Campeões o Barça tem feito uma campanha excepcional. Ganhou o seu grupo, eliminou o City, PSG e Bayern e teve como ponto alto o 3-0 no Camp Nou frente ao campeão alemão.

O futebol do Barça já não me fascina como há uns anos. Contudo o espírito colectivo que se vê entre todas aquelas individualidades não pára de me impressionar e é um exemplo para qualquer equipa.
A relação Messi-Neymar é para mim, juntamente com a magia do argentino e do Iniesta, o grande trunfo do Barça deste ano.

O Real Madrid sonhou mas o sonho está perto do fim.
O 2º lugar está garantido mas o título parece ser já só uma miragem para a equipa do Fábio Coentrão.
Na taça a equipa foi eliminada precocemente nos Oitavos pelo Atlético.
Na Champions começou forte e ganhou todos os jogos do grupo – Liverpool, Basileia e Ludogorets. Nos Oitavos eliminou um Schalke que chegou a assustar com a vitória no Bernabéu, eliminou o Atlético e caiu nas Meias sem ter conseguido vencer a Juventus em nenhum dos jogos.
De lembrar a conquista do Mundial de Clubes perante o San Lorenzo da Argentina.

Este Real é uma equipa confusa, com um colectivo pouco trabalhado e que funciona muito à base da individualidade dos nomes. Tem jogadores impressionantes e que mereciam jogar num colectivo diferente.
Custa-me perceber uma equipa que parece deixar para segundo plano o seu sucesso em prol das conquistas e consagração individual de um só jogador. Em campo o principal foco parece ser sempre a disputa estatística pela Bola de Ouro.
Vejo um Real Madrid muito bem trabalho no momento ofensivo que favorece as qualidades do Cristiano e muito abandonado em todos os outros sectores.

Qual a melhor dupla de centrais neste Real? Qual o melhor trio do meio-campo? Que posição faz o Modric? E o James? E o Isco? Que anda a fazer um jogador como o Bale perdido e preso na direita do ataque? E qual o papel do Marcelo nesta equipa? O lateral tem um talento imenso mas passa o jogo sozinho na ala esquerda, parecendo várias vezes um jogador à parte da restante equipa.
Este ano, nos blancos, tenho de destacar o Benzema. O francês tornou-se um avançado completo, inteligente e de enorme qualidade.

Acho curioso que esta época o Real só tenha ganho 4 dos 16 jogos grandes que fez.
Venceu os dois duelos com o Liverpool, venceu o Atlético na segunda mão das Meias da Champions no Bernabéu e venceu o Barça para o campeonato também no Bernabéu.
De resto contabiliza 7 derrotas e 5 empates.

Os restantes lugares no Top-5 são ocupados pelo Atlético com 77pts, Valência com 73pts e Sevilha com 70pts, e deve terminar nesta ordem.

O actual campeão, o Atlético de Madrid do Tiago, Oblak e Siqueira, este ano não conseguiu entrar na luta pelo título e tem andado desde o início a disputar o terceiro lugar com o Valência.
Na Champions liderou o grupo que partilhou com a Juventus, eliminou o Leverkusen nos penalties e acabou por cair nos Quartos frente ao Real.

O Valência com o contributo do André Gomes, Enzo, Rodrigo e do nosso João Cancelo, ocupa o último lugar de acesso à Champions.

O Sevilha e o Reyes ainda acreditam no 4º lugar e podem conquistar este ano a sua segunda Liga Europa consecutiva. Depois da vitória sobre o Benfica na época passada, este ano irão defrontar o Dnipro na Final e contam para já com vitórias sobre o Zenit e Fiorentina, nos Quartos e Meias repectivamente.

O Villarreal já assegurou o último lugar de acesso às competições europeias e na Liga Europa caiu frente ao Sevilha nos Oitavos.
Ficam assim fora dos lugares europeus tanto o Athletic como o Málaga. O Athletic deverá ter o apuramento europeu assegurado devido à presença na Final da Taça. Este ano ficou em terceiro no seu grupo da Champions e acabou logo eliminados nos 16-avos da Liga Europa pelo Torino.

O lanterna vermelho do campeonato é o Córdoba. A equipa do nosso emprestado Bebé já está despromovida e vê os restantes clubes a pelo menos 11pts de distância.
O Eibar, o Granada, o Deportivo e o Almería estão na luta pela manutenção com só um ponto a distanciá-los.
O calendário não é favorável à equipa do Luis Martins e do nosso emprestado Candeias, já que o Granada irá receber o Atlético na última jornada, nem para o nosso “clube satélite”, o Deportivo, que irá a Camp Nou no fecho do campeonato. Dificilmente os nossos emprestados – Farina, Sidnei, Ivan Cavaleiro e Hélder Costa – conseguirão ajudar o clube do Riazor a manter-se na Primeira. Nas fileiras do Depor está também o lateral Luisinho.

O Celta de Vigo, onde brilha o Nolito, está num confortável 10ºlugar e na luta por se manter no top-10.

Com 42 golos, 9 de penalty, o Cristiano lidera a tabela dos melhores marcadores, seguido pelos 40 golos do Messi, 5 de penalty. O Neymar e o Griezmann são os que se seguem, com 22 golos cada um.
O Bale fecha o top-10 com 13 golos conseguidos.
No Clássico entre avançados o Suárez leva a dianteira com 16 golos marcados contra os 15 do Benzema. Já o Torres só leva 3 golos.
Quero destacar as 14 assistências do Suárez. O uruguaio só assiste menos que o Messi com 18 e do que o Cristiano com 15.

Um jogador que merece destaque é o Nolito. Tem para já 12 golos e 11 assistências pelo Celta de Vigo no campeonato.
O Tiago leva 5 golos e 4 assistências no Atlético e o A.Gomes e Rodrigo 4 e 3 golos, respectivamente, pelo Valência.
No Depor o Ivan Cavaleiro somou até agora 3 golos e 3 assistências.
Tanto o Bebé como o Candeias não conseguiram ainda marcar e levam uma assistência cada.

O futebol espanhol continua a confirmar a sua superioridade no Mundo do Futebol.
Nos últimos 10 anos foram 2 Campeonatos Europeus, 1 Campeonato do Mundo, 4 Liga dos Campeões e 5 Ligas Europa. A isto ainda se pode juntar este ano mais uma Liga dos Campeões e mais uma Liga Europa.


Em terras de sua majestade, no país do melhor que o Futebol tem para oferecer, o campeão é já o Chelsea e nesta altura já se disputa a penúltima jornada do campeonato.

Olho para a tabela classificativa e vejo o Chelsea com 34pts, 34vitórias, 34 empates e 34 derrotas. Ainda tentei arranjar uma explicação para isto mas quando o vi o QPR em último também com 34pts achei que alguma coisa haveria de estar a bater mal.
Tive de desistir quando vi que o Aguero leva 34 golos, tantos como o Nelson Oliveira, o Balotelli e o Varela (!!!!!).

Isto hoje não dá para mais. Inglaterra agora só depois dos desejados festejos do 34.

É ir a Guimarães e voltar para o Marquês se fizerem favor.


sábado, 16 de maio de 2015

Futebol e Benfica pelo Mundo (Parte 3)



Agora uma olhada em 4 das principais ligas europeias, enquanto seguro as unhas antes de me permitir focar a 100% na deslocação a Guimarães.


Na Holanda falta uma jornada para o fim do campeonato.

O ciclo de quatro títulos seguidos do Ajax já foi interrompido por um PSV campeão com uma larga margem de pontos.

O Ajax já (e só) garantiu o vice-campeonato.

O restante lugar do pódio está a ser disputado entre o Feyenoord, AZ e Vitesse.
O Zwolle e o Heerenveen fecham os restantes lugares europeus.

O NAC Breda, clube onde joga o Uros Matic, irá disputar o playoff de despromoção.

O Depay, mais recente contratação do Man Utd, lidera a lista dos melhores marcadores, seguido pelo avançado (também) do PSV Luuk de Jong.

A Taça foi conquistada pelo Groningen, numa final disputada com o Zwolle.

Longe estão os tempos áureos das equipas holandesas as competições europeias. O Ajax tetracampeão não se tem conseguido mostrar na Champions e esta época também não foi além do 3ºlugar no seu grupo (de referir que este foi liderado pelo Barça e PSG). Na Liga Europa acabou eliminado pelo Dnipro nos Oitavos.
Já o campeão PSV não foi além dos 16-avos da Liga Europa, tal como o Feyenoord. O Zenit e a Roma foram os seus carrascos (respectivamente).


Em França o PSG continua a afirmar-se como a grande potência futebolística do país, muito à base de “cheats” estilo The Sims.
Com duas jornadas por se jogar basta 1pt para a equipa de David Luiz se tornar tricampeã. Entretanto já conquistou a Taça da Liga e irá disputar a final da Taça com o Auxerre.
O sonho europeu parece estar só à espera de um sorteio mais favorável. Este ano foi eliminado nos Quartos pelo Barcelona depois de ter eliminado soberbamente o Chelsea nos Oitavos.

Por sua vez o Lyon parece aos poucos estar a recuperar a força que evidenciou na primeira década do século. O vice-campeonato já não foge e fica por saber que Lyon teremos na Champions e se haverá espaço para lutar contra o multi-milionário de Paris pelo campeonato francês.

O Mónaco, o Marselha e o Sain-Étienne estão a disputar um lugar no top-3.
A equipa monegasca, com o brilho do Bernardo Silva, parte com 2pts de vantagem nesta disputa e nas Champions alcançou os Quartos onde foi eliminado pela Juventus depois de ter vencido o grupo do Benfica e de ter derrotado o Arsenal.

Curioso que tanto o Mónaco como o PSG foram eliminados nos Quartos pelos finalistas da competição.

O Lille com o Marco Lopes está a disputar a 7ª posição e na Liga Europa não passou a fase de grupos.
O Evian do Daniel Wass está em zona de despromoção e a 4pts da linha de água.

O top-3 da lista de melhores marcadores é composto pelo Lacazette, Gignac e Zlatan. O avançado do Lyon lidera com 7 golos de vantagem.
O B.Silva e o D.Wass aparecem ambos com 8 golos, enquanto o M.Lopes tem 3 e o D.Luiz 2.


Apesar de um final de época decepcionante, o Bayern voltou a ser rei na Alemanha conquistando o tricampeonato, o bi de Pep Guardiola.
A época parecia correr de feição à equipa germânica mas as lesões e pouca capacidade de resposta da equipa levaram a um último terço de campeonato “terrível”.
O Bayern perdeu as últimas duas jornadas, foi eliminado pelo Dortmund nas Meias da Taça e também nas Meias da Champions. A campanha europeia começou com um domínio total num grupo com City, Roma e CSKA, continuou com duas estrondosas vitórias caseiras contra o Shakhtar e Porto e terminou na derrota por 3-0 em Camp Nou.
Neste momento, apesar das duas derrotas consecutivas, o Bayern é campeão a 2 jornadas do fim e com 11pts de vantagem.

A luta pelo 2º lugar está a ser feita entre o Wolfsburgo (com 2pts de vantagem) e o M’gladbach.
O Wolfsburgo tem 2pts de vantagem e chegou aos Quartos da Liga Europa após ter eliminado o Sporting e o Inter e caindo aos pés do Nápoles. Já o M’gladbach foi eliminado logo nos 16-avos pelo Sevilha.
O Leverkusen fecha os lugares Champions, competição na qual foi este ano eliminado nos Oitavos pelo Atlético depois de se ter apurado no grupo do Benfica.

Os restantes lugares europeus estão a ser disputados pelo Augsburgo, Schalke (que chegou aos Oitavos da Champions onde foi eliminado pelo Real), Dortmund e Werder Bremen. O Hoffenheim também ainda espreita uma possibilidade.

O Dortmund está a caminho de salvar uma época que começou desastrosa e mostrou horizontes trágicos.
Após ter andado pelos lugares de despromoção e de ter sido eliminado pela Juventus nos Oitavos da Champions com uma derrota caseira por 3 golos, a equipa de Klopp está 2pts dos lugares europeus e encontra-se na Final da Taça, com o Wolfsburgo, após ter eliminado o Bayern. Contudo o calendário não lhe é favorável pois irá deslocar-se ao Wolfsburgo e receber o Werder Bremen.

Na luta pela manutenção 4pts separam o 18º e o 13º posicionado, Estugarda e Hertha respectivamente, e estão envolvidos tanto o Hannover do João Pereira como o Friburgo do Mitrovic.
Já o Colónia do avançado Deyverson está num sossegado 10º lugar.

O Alexander Meier do Frankfurt é o melhor marcador do campeonato seguido pelo Robben, pelo Bas Dost do Wolfsburgo e pelo Lewandowski. O Deyverson só contabiliza um golo.
No Wolfsburgo ainda é de se destacar as 19 assistências que leva o De Bruyne.


Em Itália a Vecchia Signora tem-se imposto como nunca antes desde a década de 30.
Com três jornadas por jogar já conquistou o tetracampeonato, o seu 31º título de campeão nacional, e irá disputar a final da Taça com a Lazio.
Os sucessos internos finalmente se estão a reflectir nas participações europeias do clube de Turim. Na Champions a Juventus regressou às grandes decisões e irá defrontar o Barcelona na Final. No seu percurso está a vitória por 3 golos em Dortmund, a eliminação do Mónaco à italiana e uma eliminatória vencida com grande personalidade ao Real Madrid.

O Top-3, acesso aos lugares Champions, está a ser disputado pela Roma, Lazio e Nápoles, com as equipas da capital em vantagem nesta luta.
A Roma não foi além do 3ºlugar no seu grupo da Champions e na Liga Europa derrotou o Feyenoord, caindo nos Oitavos perante a Fiorentina. Já o Nápoles caiu perante o Dnipro nas Meias da Liga Europa depois de ter eliminado o Wolfsburgo nos Quartos.

A Fiorentina está em 5ºlugar e na luta por assegurar a sua actual posição, tendo também alcançado as Meias da Liga Europa, após eliminar o Tottenham, Roma e Dynamo Kiev e tendo caído perante o Sevilha.

As equipas da cidade de Milão continuam a desiludir. O Inter está em 8º e continua a aspirar o lugar europeu da Fiorentina, na esperança de conseguir melhor que os Oitavos da Liga Europa deste ano, competição onde eliminou o Celtic e caiu perante o Wolfsburgo. Por sua vez o Milan está em 10º e voltará a ficar de fora das competições europeias.

O Torino em 9º pode ainda remotamente sonhar com a Europa. Nesta época chegou aos Oitavos da Liga Europa, competição onde derrotou o Bilbau e foi eliminado pelo Zenit.

A Sampdoria com o Bergessio está em 6º a 1pt da Fiorentina. O Empoli do Mário Rui e o Verona do Saviola contam ambos com 41pts e portanto fora do Top-10 mas com a manutenção assegurada.

Despromovidos já estão o Parma e o Cesena. O Cagliari está a 1pt de também confirmar a despromoção.

A tabela dos melhores marcadores é liderada pelo Tévez com 20 golos, seguido pelo veterano Luca Toni do Verona, pelo Icardi do Inter, Higuaín do Nápoles, Ménez do Milan e pelos 14 impressionantes golos na Udinese do impressionante Di Natale.
O Bergessio e o Saviola contam ambos só com 1 golo.

O futebol italiano tem andado afastado dos grandes palcos europeus e tem-se apresentado em descrédito e sem fulgor. Contudo este ano parece estar a começar a recuperar a força que lhe era reconhecida até há 10 anos – apurou 5 equipas aos Oitavos e 2 às Meias da Liga Europa e conta com um dos finalistas da Liga dos Campeões.


sexta-feira, 8 de maio de 2015

Futebol e Benfica pelo Mundo (Parte 2)



Depois da abordagem ao campeonato brasileiro e argentino, partilho agora as minhas anotações sobre alguns campeonatos da segunda linha europeia.


O campeonato ucraniano está a 4 jornadas do seu término e é confortavelmente liderado pelo Dynamo Kiev que se encontra num jejum de 5 anos.
Na Europa o Dynamo foi eliminado nos Quartos da Liga Europa pela Fiorentina depois de se ter superiorizado ao Everton nos Oitavos.

O Shakthar, actual pentacampeão, completa o pódio ucraniano e está só a 1pt da vice-liderança. Na Champions apurou-se no grupo do Porto mas caiu com um estrondoso 7-0 em Munique.

O Dnipro é a equipa ucraniana sensação. Neste momento ocupa o 2ºlugar do campeonato, está na Meia-final tanto da taça como da Liga Europa, onde joga com o Nápoles depois de ter eliminado o Olympiakos, Ajax e Club Brugge.

Na Taça a presença na Final está a ser disputada entre o Dynamo e Olimpik e entre o Shakthar e Dnipro.


Na Suíça ainda faltam disputar 5 jornadas mas o Basileia já pode encomendar as faixas de campeão (ou hexacampeão).
A equipa de Paulo Sousa, e onde joga o Derlis González que conta com 3 golos no cameponato, apareceu a bom nível na Champions ao apurar-se para os Oitavos num grupo com Real Madrid e Liverpool mas acabou aí eliminada pelo Porto.

Irá também disputar a Final da taça onde defrontará o Sion, clube onde joga o Carlitos e que está com a manutenção praticamente assegurada. O português regista 3 golos no campeonato.

O 2º posto do campeonato é confortavelmente ocupado pelo Young Boys, que foi eliminado pelo Everton nos 16-avos da Liga Europa.

Ao rubro está a luta pelo campeonato turco.

Só um ponto separa o líder Besiktas tanto do Fenerbahce como do Galatasaray, os quais estão também a um pequeno passo de colidirem na Final da taça.


O campeonato turco tem alternado entre o Fenerbahce e Galatasaray e este ano pode haver desempate, cada um tem 19 títulos. O Besiktas, com 11 campeonatos, tem sido o único clube capaz de rivalizar com estes dois (excepção feita ao ano de 2010 com primeiro título do Bursaspor).

O Besiktas irá também levar desta época a vitória nos penalties sobre o Liverpool nos 16-avos da Liga Europa, apesar de ter caído frente ao Club Brugge na eliminatória seguinte.

O Galatasaray, apesar da força nas competições nacionais, só conseguiu fazer 1pt no seu grupo da Champions, composto por Anderlecht, Dortmund e Arsenal.

Com os seus golos o Tacuara conduziu o Trabzonspor ao 6ºlugar, somente a 1pt do 4º, e também aos 16-avos da Liga Europa, onde foi eliminado pelo Nápoles. O paraguaio conta com 15 tiros certeiros para o campeonato.

Também o Binya anda por estas paragens e o seu Gaziantepspor está a meio da tabela já coma manutenção garantida.

No Eskisehirspor, em 14º com a manutenção quase segura, está por empréstimo o nosso Funes Mori com os seus 6 golos no campeonato.


Na Escócia o Celtic já se sagrou tetracampeão, apesar dos 9pts ainda em disputa, e também já festejou a conquista da Taça. Na Liga Europa não passou dos 16-avos após uma derrota por 4-3 (agregado) contra o Inter.

Já o Rangers continua a sua caminhada de regresso à 1ª divisão e está neste momento a disputar o playoff de promoção. Na taça foi eliminado nas Meias pelo Celtic.


No campeonato belga, a 4 jornadas do fim, o tricampeão Anderlecht está a 4pts da liderança, perdeu na Final da taça, ficou em 3º no grupo da Champions e caiu logo nos 16-avos da Liga Europa, onde foi eliminado pelo Dínamo Moscovo.

O Gent ocupa a liderança do campeonato e pode chegar pela primeira vez ao título de campeão.

O clube com melhor performance tem sido o Club Brugge. Está a 1pt da liderança do campeonato, o qual não vence desde 2005, conquistou a taça e chegou aos Quartos da Liga Europa após derrotar o Besiktas. Foi eliminado pelo Dnipro.

No pólo oposto está o Lierse. O clube onde actua o Capdevila conseguiu, à custa do Cercle Brugge, apurar-se para o playoff de despromoção.

O Mitrovic, avançado do Anderlecht, lidera a tabela dos melhores marcadores no campeonato.


O Zenit está próximo de se sagrar campeão russo pela 4ª vez. O clube onde actuam o Garay, Javi e Witsel, lidera com 6pts de vantagem a 4 jornadas do fim.
Nas competições europeias frustraram as expectativas. Não foram além do 3º lugar no grupo (do Benfica) da Champions e caíram nos Quartos da Liga Europa frente ao Sevilha. Pelo caminho eliminaram o PSV e Torino.

Época negativa para o CSKA. O actual bicampeão russo está a 10pts da liderança e no Champions ficou em último no seu grupo (Bayern, City e Roma).

O Dínamo Moscovo apareceu em grande na Liga Europa ao eliminar o Anderlecht após ter vencido todos os jogos no seu grupo. Acabou eliminado pelo Nápoles nos Oitavos.

A meio da tabela, prestes a garantir a manutenção, está o Mordoviya do ainda nosso Djaló.
No fundo está o Torpedo onde actua o Hugo Vieira. Contudo só 3pts separam o Torpedo da linha de segurança.

A Final da taça traz-nos um duelo entre o Melgarejo e o Manuel Fernandes.

O Kuban do paraguaio está no meio da tabela enquanto o Lokomotiv do português está em 7º.

A tabela dos melhores marcadores é liderada pelos 13 golos do Hulk. O M.Fernandes conta com 6 e tanto o H.Vieira como o Djaló só contabilizam 1 golo.


Na Grécia o Roberto e o Jara já se sagraram campeões pelo Olympiakos e estão também na Final da Taça.

Na Champions não foram além do 3ºlugar no grupo da Juve e Atlético. Na Liga Europa foram eliminados pelo Dnipro logo nos 16-avos.

O Miguel Vítor ajudou o PAOK a chegar ao 2º lugar e está agora, a uma jornada do fim, com 1pt de vantagem sobre o Panathinaikos. Na Liga Europa não passaram a fase de grupos.

O Katsouranis está com o seu Atromitos na luta pelos lugares europeus.

O Barrales lidera a tabela dos melhores marcadores com 17 golos, seguido pelo Mitroglou com 16 e pelo Domínguez com 15, ambos do Olympiakos. O Jara regista somente 2 golos, tantos quanto o M.Vitor.

quinta-feira, 19 de junho de 2014

A História do Senhor F.

Foi em 2007, numa viagem ao coração da Europa, que conheci o senhor F.. Por entre lagos, paisagens de cortar a respiração, cidades e vilas belíssimas e enquanto gozava de um merecido descanso após um ano de bastante trabalho, o Benfica preparava-se para desmantelar um excelente plantel e construir uma coisa qualquer que acabaria o campeonato em 4º lugar, atrás do recém-promovido Vitória de Guimarães.

Num dos jantares de grupo, salvo erro na Áustria, por coincidência, a minha família ficou na mesma mesa da família do senhor F.. Duas famílias tipicamente portuguesas, com pai, mãe e casalinho de filhos. Oito benfiquistas à mesa. Uns por simpatia familiar, outros por convicção, outros quase por doença, mas todos benfiquistas. O senhor F. pertencia ao grupo dos "doentes pelo Benfica". Sócio, pois claro, com lugar cativo na bancada Coca-Cola, recordava todos os jogos, todos lances e todos os pormenores, descrevendo-os como se tivesse memória fotográfica e sempre com enorme fervor, como se os estivesse a viver e a ver pela primeira vez.

E se os visse, seria por ventura pela primeira vez. Não obstante toda a precisão descritiva do senhor F., a verdade é que ele nunca vira nada do que relatava. O senhor F. era cego. E não era isso que o impedia de ir viajar com a família pela Europa fora, nem de ir religiosamente ao Estádio da Luz todos os domingos para, não diria ver, mas sim sentir as vitórias do seu Benfica.

1 de Abril de 2010. O Benfica recebia o Liverpool na primeira mão dos quartos-de-final da Liga Europa. Não sei porque motivo, mas naquele dia eu e o meu pai entrámos no Estádio da Luz pela Praça Cosme Damião em vez de passarmos, como sempre, por entre as roullotes do Alto dos Moinhos. E por entre aquele mar vermelho que se formava à passagem pela primeira revista de bilhetes, lá estava o senhor F., com o seu filho, o Paulo. Cumprimentámo-nos, trocámos umas breves palavras, recordámos a viagem e demos os habituais bitaites da praxe, sendo que o do senhor F. acabaria por se revelar profético: 2-1.

O jogo, como devem estar recordados (pelo menos se tiverem uma memória tão boa quanto a do senhor F.) começou da pior maneira para o Benfica, com um golo de Agger nos minutos iniciais. No entanto, após muita pressão e na sequência de uma avalanche ofensiva encarnada, surgiu o primeiro penalty. Cardozo, que tinha falhado dois castigos máximos pouco tempo antes, em Setúbal e na Choupana, era chamado à marcação. E ali, naquele momento, descrente nas capacidades do paraguaio, não quis ver o que se iria passar. Voltei costas ao relvado e fixei-me nas centenas, milhares de faces de apreensão, nervosismo e expectativa que estavam voltadas para o palco principal. Cardozo marcou. Duas vezes. Ambas de penalty. Testemunhei a explosão de alegria no Estádio da Luz em duas ocasiões, ambas de costas para o relvado, sempre a olhar para as faces dos adeptos. E naquele dia, vivi uma vitória do Benfica tal como o senhor F. as vive: sem as ver, mas a senti-las.

Desta história se extrai uma verdade indesmentível: mesmo quando não vemos o Benfica, ele não deixa de estar lá. Porque o Benfica não é quem o representa em campo, quem o treina a partir do banco, quem o dirige a partir dos gabinetes ou cada adepto individualmente no seu sofá ou no seu lugar cativo. O Benfica somos nós. Todos nós.

terça-feira, 1 de abril de 2014

Vai ao Estádio, larga a internet


Com o nosso incansável apoio espera-se que na Quinta o Benfica saia do jogo da Holanda com a eliminatória praticamente resolvida - como fez, bem, em Londres. Há Campeonato para arrumar e Taça contra o Porto para dar a volta; convém resolver já depois de amanhã a passagem às meias-finais da Liga Europa para mais tarde podermos apostar tudo neste caneco.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Cruza para o Roberto, pá.

O melhor jogo da época. Depois de um bom jogo com a Académica, o Benfica continua a dar bons sinais - pena o empate em casa que nos atirou para a Liga Europa. Na verdade, esta equipa não é de Champions; na segunda competição europeia até podemos fazer umas gracinhas e ganhar pontos para depois falarmos no ranking. Só um lunático pode falar em final da Champions e só gente sem qualquer noção de futebol pode acreditar nisso.

Fiquei só com uma questão. Toda a gente sabe o que é o Roberto: excelente de frente para a bola, horrível quando tem de sair da baliza. Ou seja, medíocre. Será que não chegou um ano a ver o homem todos os dias para perceber que, jogando contra uma equipa em que o Roberto seja o guarda-redes, é fundamental potenciar-lhe o erro, procurando cruzamentos para a zona intermédia da área? Pelos vistos, não.

domingo, 19 de maio de 2013

Para que fique escrito antes de sabermos do desfecho do campeonato:

devemos renovar com Jorge Jesus. Após duas épocas a cometer erros - mais do que básicos, erros estranhos - o que Jesus fez este ano com o plantel desequilibrado que tinha na mão é de uma qualidade inegável. 

O campeonato está próximo da perfeição - um erro crasso, é certo, contra o Estoril, que provavelmente custou-nos o título, mas porque o Porto tem feito outro fabuloso campeonato -, na Champions falhou, mas recuperou na Liga Europa onde chegou à final com todo o mérito e a perdeu com muito, muito, muito azar - o que eu vi em Amesterdão ao vivo, aquele jogo da nossa equipa contra uma equipa forte apesar de mal orientada, não é obra do acaso: há trabalho de qualidade de Jorge Jesus; provavelmente, o melhor jogo do Benfica em toda a época. E ainda o Jamor, onde provavelmente levará a Taça para o museu do Benfica. 

Nunca posso considerar "brilhante" uma época em que o Benfica "só" vença a Taça de Portugal, mas posso deixar de olhar apenas para os resultados e analisar o caminho até às decisões. Jesus inventou, criou, desenvolveu novas soluções num plantel parco de alternativas credíveis para certas zonas do campo - laterais, centrais, médios 6 e 8. Não será brilhante, mas será muito boa uma época em que ganhemos Campeonato e Taça e boa se apenas ganharmos a última, tendo em conta a presença na final de uma competição europeia e um campeonato disputado até à última jornada. 

Jesus tem defeitos? Tem e continuará a tê-los enquanto não estiver sustentado por uma estrutura que, nas alturas cruciais, saiba calar-se quando deve e falar quando não deve estar calada - no Benfica, é ao contrário: a possibilidade de sucesso fez com que a cagança voltasse a surgir e a partir desse momento foi o descalabro. Mas o maior erro da estrutura esteve antes, muito antes: quando não deu ao seu treinador o que era evidente que ele tinha de ter: pelo menos mais um médio que servisse de opção a Matic e Enzo, um central de qualidade superior ao fraco Jardel e um lateral-esquerdo que não estivesse em aprendizagem dentro da competição. Não lhos deram, Jesus fez o que pôde. Mas não pôde tudo, como era expectável. E, assim, nos momentos decisivos, o Benfica falhou.

Não se perguntem se Jesus deve ou não renovar - deve; perguntem-se antes se devemos renovar com estes dirigentes - não devemos. Enquanto Vieira se mantiver no Benfica, nunca teremos sucesso continuado - tenham lá o Mourinho ou o Guardiola ou o Jesus. Porque o homem ainda antes de poder ganhar alguma coisa já demonstra não saber ganhar coisa nenhuma. E por isso perde. E perderá. E perderemos mais vezes do que as que ganharemos. Mesmo que, de tempos a tempos, apareça um título esporádico. Que, rezemos todos à espera do milagre, pode ser já hoje.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

A exigência

Não sei como era o Benfica antes dos anos 90. Oiço histórias, relatos vários mas nada que se aproxime a ter vivido esses tempos. Por isso acontece-me, antes mais do que agora, deixar de reconhecer no clube e nos adeptos aquilo que sempre me disseram que o clube era. Falo da exigência.
É o nosso grande handicap para o nosso rival, mas é, acima de tudo, o nosso grande inimigo no caminho para nos reencontrarmos com a nossa identidade.

Só a falta de exigência permitiu perpetuar, em recorde de longevidade, um presidente tão pouco ganhador. É um exemplo claro que agora pouco interessa, foi recentemente reeleito e por isso está lá bem.
Falo do treinador. Com um campeonato ganho conquistou 3 anos de apoio do adepto, distraído a culpar árbitros (sim, eles têm a sua culpa!). Um campeonato apenas - a não ser que me venham com as taças da liga – e a crítica deixou de ser tolerável.

Ah e tal, mas o JJ está melhor, cala mas é essa boca! - Dizem vocês.
Pois está, e porquê?

Como me dizia o Ricardo ainda este Sábado, o JJ é melhor quando tem que provar algo (Primeiro ano e ano de renovação). E aqui reside uma culpa muito nossa, ao elevar ao Olimpo um catedrático do egocentrismo e da bazófia. Se ele podia ter sido mais profissional? Claro que sim, mas cabia ao adepto manter a pressão.

Nesta recta final está a acontecer outra vez. Foi no jogo com o Sporting que ficou claro para mim que a equipa do Benfica não tem o futebol que se diz ter. Uma coisa é merecer ganhar o campeonato pelo que se faz em 30 jogos – que acho que merecemos – outra coisa é ser-se inequivocamente melhor que os rivais em jogos de confronto directo.
 Mas os adeptos comportam-se como se o fossemos, afectando, parece-me, a própria equipa. A carreira europeia também não está a ser o que pretendemos fazer dela. Sem querer tirar mérito, não me lembro de o Benfica alguma vez ter tanto sorte em tantos jogos consecutivos numa competição como este ano na Liga Europa. Pensem nisso…
Estamos a embebedar-nos numa sublime superioridade futebolística que não é mais do que vinho da casa, e é talvez por isso que é necessário apostar tanto contra o marítimo, porque não há confiança contra o porto; e bem!
 O jogo com o Fenerbahçe foi muito mau: perdemos uma oportunidade de já estar praticamente na final (isso é que era a verdadeira poupança!) num jogo em que perdemos 1-0 e ainda temos que admitir que tivemos sorte. Muita!
O culpado? O treinador. Aimar é um inacreditável erro de gestão a partir do momento em que entra a titular neste jogo, e a maluqueira de fazer uma época sem uma real alternativa a Enzo e Matic só serve (serviu) para nos enfraquecer.

Agora não me interpretem mal. Exigir não é destruir. Eu quero que JJ continue na próxima época. Mas que seja melhor, sempre melhor. Já a partir de hoje!!

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Coisas incómodas que fazemos por esquecer

1. O Benfica está de rastos fisicamente - o que era totalmente previsível, menos para os tontinhos do "apoio". 

2. Com um plantel já de si desequilibrado e sem opções, o que faz a Direcção do Benfica em Janeiro? Retira a Jesus Bruno César e Nolito. Genial.

3. Os últimos jogos do campeonato - num dos quais houve um empate, mas podiam ter sido só vitórias, não é isso que importa - demonstram, A QUEM QUISER VER, as fragilidades físicas de grande parte dos jogadores do Benfica. Daqueles que têm sido utilizados constantemente por não terem alternativas reais. Repetem-se os erros, ano após ano.

4. Uns tontinhos que para aí andam a escrever banalidades dizem que as más exibições da equipa não se devem à incapacidade física. Porquê? Porque a equipa "acabou o jogo a massacrar". Recuso-me a comentar tamanha imbecilidade. Os tontinhos vão continuar a dizer até final de época que a equipa está forte fisicamente - é a única forma de não terem de justificar a incompetência de quem dirige o Benfica. E eles são óptimos na sua conveniente cegueira.

5. A única forma de sermos campeões passava pela eliminação contra o Leverkusen e a passagem do Porto aos quartos-de-final/meias-finais da Champions. Passando (como é muito possível), as probabilidades não diminuem; desaparecem por completo.

6. Quando saiu a notícia da possível exclusão do Porto da Taça da Liga, escrevi isto. Continuo à espera (e já lá vão uns anos) de saber o que faz o Benfica neste apoio inequívoco a um corrupto. Um dia todos perceberemos. Quando já for tarde.

7. Quase sem opções para as posições 6 e 8, continuamos sem recrutar à equipa B o único jogador disponível para ser alternativa a uma delas. Por mais que faça grandes jogos, marque golos e demonstre, semana após semana, que o facto de ele não ser chamado prende-se com tudo menos com critérios desportivos.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Sinais interessantes de Sá Pinto

Uma primeira parte muito interessante do Sporting, esta noite, que deixam no ar se não certezas absolutas sobre o novo treinador leonino pelo menos a necessidade de acompanhar com atenção e olho microscópico o resto da época do clube de Alvalade.

Há um pormenor que para mim diz muito de Sá Pinto: a aposta inequívoca, sem medos e totalmente consolidada em Pereirinha. Pode parecer quase uma questão de somenos mas, para mim, serve logo de bandeira que me chama a tomar muita atenção ao que fará o novo treinador leonino no futuro. Pereirinha é aquele tipo de jogador que é melhor do que a maioria dos jogadores que se passeiam pelos relvados nacionais. Mas precisa de uma aposta clara, absoluta, assertiva, que lhe entregue aquilo de que ele mais precisa (visto que o resto, e é muito, sabe tudo): confiança. 

Se mentalmente bem, Pereirinha torna-se num jogador de eleição, porque é, do ponto de vista futebolístico (qualidade inata, talento, técnica, visão de jogo, inteligência, entendimento colectivo), muito melhor do que quase todos os outros. Se acompanhado, acarinhado, bem tratado e empurrado a um bom desempenho através da aposta constante nas suas qualidades, Pereirinha é muito bom. Ver isso, no entanto, não está ao alcance de todos. Que o diga Domingos. Esta aposta no jogador português por parte de Sá Pinto evidencia um perigo para as nossas cores: o Sporting muito provavelmente tem um bom treinador. 

E, de facto, o que se passou naquela primeira parte traz algumas certezas - ou, como diza atrás, ao menos a necessidade de uma assertiva atenção para o futuro. Não esmiuçarei o jogo, chega-me aquilo que vi e a ideia que mantenho - e que em posts anteriores, um deles este, defendi: Pereirinha e Matías Fernandez teriam sido - e ainda poderão vir a ser - apostas certeiras por parte do Benfica. Dois jogadores que, no plantel actual, levar-nos-iam para outro patamar de qualidade e soluções alternativas. É que Maxi e Aimar não durarão sempre. Nem Witsel por cá ficará mais do que uns meses. 

A segunda parte trouxe o Sporting normal, aquele cheio de medo da sombra e dos outros e do relvado e de tudo o que mexa. Claro, ganhar em Inglaterra não está ao alcance de todos e o Sporting na Europa tem um registo francamente pobre, principalmente na condição de visitante. É mais uma derrota para o currículo, o que é perfeitamente normal. E mais 5 minutos e a eliminatória teria virado - e não virou por um acaso, mesmo ao cair do pano. Mas é uma derrota que vale uma passagem. E, diga-se, totalmente justa. E uma lição para os sobranceiros que, apesar de levarem lições consecutivas (do Benfica, preferencialmente, já que Porto e Sporting não têm bons registos com os grandes de Inglaterra - o primeiro é normalmente goleado, o segundo porque raramente joga com eles, estando sempre num plano secundário), não largam a arrogância de acharem que em Portugal só há boas praias e marisco. 

Se me permitem a quase heresia: gostei que o Sporting tivesse passado. E o que há de bom para nós nisto: receber-nos-ão no dérbi com jogo europeu a meio da semana, tal como nós. E com menos tempo de descanso. E agora que venha um espanhol qualquer acabar-lhes com a tosse que isto de quartos-de-final é fruta a mais para clube com tanta falta de hábito nestas andanças.