domingo, 31 de julho de 2016

Muito agradado com o futebol do Benfica. Vamos chegar à Supertaça no ponto.

Bruno de Carvalho faz mal ao Sporting



É conhecida a minha aversão ao prestigitador (para ser meigo) Vieira e à sua forma, digamos, peculiar de gerir o meu clube, mas há, no outro lado da Segunda Circular, alguém que, de tão absurdamente patético, até consegue fazer de Vieira um verdadeiro estadista.

Isto que aqui vemos é grave. O Sporting decidiu aldrabar a sua História e juntar ao palmarés mais 4 campeonatos nacionais que nunca existiram. Os 4 títulos agregados correspondem a 4 Campeonatos de Portugal, competição por eliminatórias que deu depois lugar à Taça de Portugal. Isto é mentira, é aldrabice, é uma coisa infantil de alguém que não pode gostar do Sporting Clube de Portugal. Quem gosta de um clube não decide acordar um dia e inventar títulos.

Pior: isto é muito grave. E é sobretudo grave porque de um ano para o outro aparecem mais 4 Campeonatos inventados não só pela patetice mas pelo sentimento de inferioridade em relação ao Benfica. Não é coincidência que esta palermice aconteça neste ano. A verdadeira razão para esta intrujice é só uma e uma só: o pateta Bruno de Carvalho não quer que o Benfica, ganhando o Campeonato, fique com o dobro dos títulos do Sporting.

sábado, 30 de julho de 2016

JESUS, A COMPETÊNCIA QUE QUEBRA HEGEMONIAS




Jorge Jesus foi considerado o 10° melhor treinador do Mundo. Um prémio justíssimo a uma carreira em crescendo com o seu auge no Benfica, onde não só venceu mais de uma dezenas de títulos como conseguiu fazer regressar o clube a uma final europeia 23 anos depois (e no ano a seguir repetiu o feito).

Além destes factos e estatísticas que denunciam um trabalho competente mas que, tal como todas as estatísticas e factos, por si só podem dizer pouco, para mim o que verdadeiramente conta em Jesus é a sua extrema competência e criatividade. Poucos técnicos trazem ao futebol algo de novo e de intrinsecamente seu. Jesus tem essa qualidade, e por isso é tão amado e odiado, por isso gerou e ainda gera tanta polémica a sua passagem do Benfica para o Sporting.

Mas ainda mais do que o cunho pessoal que deixa no futebol das suas equipas e no jogo de forma geral, o maior feito do homem da Reboleira foi ter virado do avesso a hegemonia do futebol português. Não foi Vieira - até Jesus ter chegado ao Benfica, o Presidente do Glorioso tinha o extraordinário palmarés de vencer 1 Campeonato em 8 anos; foi Jesus quem, vencendo campeonatos e taças e indo a finais europeias e disputando até ao fim as competições mesmo quando as perdia, que virou a agulha ao futebol português e lançou o Benfica para o domínio claro nos últimos anos.

Na primeira época no Sporting bateu o recorde de pontos do clube, só sendo superado por um Benfica ainda mais avassalador. Como benfiquista, agradeço o excelente trabalho que Jesus fez no meu clube e dou os Parabéns ao meu mister por ter conseguido vencer o Campeonato contra um rival tão forte. Não nos iludamos: vamos ter de continuar a perder muito poucos pontos se quisermos conquistar o Tetra.

quinta-feira, 28 de julho de 2016

"Eu quero é ganhar, o resto que se foda!"


É muito curioso o fenómeno que habita o ser humano na hora de apoiar ou não alguém. Há 4 anos, nas eleições de 2012, vários eram os críticos de Vieira (onde, claro, me incluirei sempre). O interessante aqui é perceber o que se alegava para essa crítica: sobretudo a falta de valores, o desrespeito pelos sócios, a mudança de estatutos como forma de manter o poder, a promiscuidade e ilegalidade dos votos das Casas. No fundo, falava-se que Vieira não honrava a génese democrática do clube. Ganhando ou não, era pelo menos necessário ter um Presidente à Benfica.

 4 anos depois, com um TRI no bucho, dezenas de títulos nas modalidades e uma óbvia organização que antes não havia, verifica-se que pelo menos metade daquele nosso grupo de umas centenas de críticos já acha Vieira um grande Presidente (ou, vá, pelo menos aceitável) e muitos até já dizem que vão votar nele. Porém, Vieira não mudou a-b-s-o-l-u-t-a-m-e-n-t-e N-A-D-A em termos de personalidade e da forma de cacique como manda no clube.

Continuam os desrespeitos aos sócios, mantêm-se as perseguições aos críticos,  a propaganda nos meios de comunicação do clube está no seu auge, com crónicas de vieirista insultando directamente outros benfiquistas, a informação sobre os negócios prossegue - para ser simpático - obscura. Em suma, ao nível dos valores, nada mudou. Continua a ser enxovalhado o nome do Sport Lisboa e Benfica. Portanto, se um crítico dos "valores vieiristas" o era há 4 anos forçosamente o deveria continuar a ser. O que significa que quem mudou de ideias sobre Vieira o fez apenas e só pelos resultados. Apoia porque o Benfica ganha mais, independentemente da personalidade e gestão ditatoriais do Presidente. Como os portistas nos últimos 30 anos, portanto.



terça-feira, 26 de julho de 2016

Pela primeira vez, votarei Vieira.

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Não, estava a brincar. Quando me virem a votar no único Presidente ILEGÍTIMO da História do Glorioso Sport Lisboa e Benfica, proponham-me para Vice-Presidente porque já terei a espinha de um cefalópode.

http://abola.pt/clubes/ver.aspx?t=3&id=623273

Danilo e o Bi-18



A confirmar-se a chegada do Danilo, ficamos com um meio-campo de grande qualidade e versátil, dando a Rui Vitória todas as condições para poder experimentar várias versões no miolo. Danilo não é só 6, pode perfeitamente encaixar-se à frente do Fejsa - tem qualidade no passe, cultura de posicionamento, rasgo, visão de jogo, competência a defender e a compensar a subida dos alas. Se não sair nenhum titular (Samaris pode sair, se os valores forem interessantes), o Benfica partirá muito à frente dos rivais. Rumo ao Bi-18!

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Combater Fogo com Fogo



É uma expressão popular e também uma estratégia de combate aos incêndios.

Se somos atacados devemos responder na mesma moeda.
Se há fogo podemos confrontá-lo com um novo fogo de forma a extinguir os dois.

Há uma enorme diferença entre as duas situações. A estratégia dos bombeiros baseia-se na Ciência. A expressão popular desvirtua esta estratégia com a curta visão e a mesquinhez humana.

É aqui que reside o perigo. O heroísmo que envolve o combate aos incêndios não se verifica em picardias entre pessoas e/ou entidades.

Num caso o fogo extingue-se. No outro o fogo adensa-se, propaga-se e fica ainda mais quente.

A época que passou foi tristemente marcada pelo volume da comunicação entre o Benfica e o Sporting.

A táctica passou sempre pelo mesmo: responder ao fogo inimigo com mais fogo.

O Rui Gomes da Silva é um incendiário de lugar cativo na televisão portuguesa.
O Sporting esta época apostou no ruído e na campanha negativa contra o seu rival. Fê-lo muito como resposta a situações passadas mas também por muita pequenez. Colocaram mais fogo num incêndio facilmente controlável.
Como resposta o Benfica lançou dois pirómanos: Gabriel e Guerra.

Nenhum clube se preocupou com o Futebol Nacional. Nenhum clube se preocupou com a imagem da nossa Liga. Nenhum clube se preocupou em promover o bom ambiente desportivo.

Infelizmente a resposta do Benfica aos incendiários de Alvalade foi ignorar os extintores e investir nos fósforos. Não dá para nos escondermos atrás de hipocrisias quando está tudo a arder e nós estamos de Flammenwerfer nas mãos.

Uma parte da comunicação do nosso clube sempre afirmou que no Benfica nos preocupamos com a imagem do Futebol português e com o desportivismo. Sendo isto verdade então a estratégia deste ano falhou.

Fogo com fogo não resulta no futebol nem na sociedade.

Em prol de tudo aquilo que afirmamos nos importar, recomendo que nesta época respondamos ao fogo de Alvalade com água.
Mas atenção, não pode ser água banhada em gasolina.

O Futebol agradece. O Benfica agradece. Eu agradeço.

Mais um ano de ofensas, faltas de respeito e complexos de inferioridade. Pobre Sporting.


Obrigado, Ruço.


domingo, 24 de julho de 2016

Belle (pré)époque

Tão habituados à volatilidade emocional dos adeptos, nem os benfiquistas mais pragmáticos conseguem escapar a um certo entusiasmo que se está a gerar em torno da equipa. E com razão. A época que se avizinha promete ser risonha.

O planeamento da pré-temporada saiu do papel para o campo de forma exemplar. As saídas, as grandes vendas, são inevitáveis num clube com a dimensão e poderio financeiro que o Benfica ocupa na Europa do futebol (e se outros não vendem, terão de explicar esse milagre de engenharia financeira). As saídas de Nico Gaitán e Renato Sanches ocorreram com a normalidade esperada, por verbas interessantes dada a qualidade dos futebolistas em questão, se bem que a conjuntura do mercado poderia ter favorecido mais o Benfica no caso da saída do jovem Renato, caso houvesse maior prudência e perspicácia dos seus dirigentes (mas falaremos desse assunto noutras núpcias). E precisamente por essa mesma conjuntura, aliada ao facto de o Benfica ter vendido "a alma ao diabo", leia-se, Jorge Mendes, o clube poderá ainda efectuar avultados encaixes financeiros sem a necessidade de abdicar das chamadas primeiras linhas: Talisca, Lisandro ou Samaris, jogadores que estão longe de serem indiscutíveis nas escolhas de Rui Vitória, poderão sair por verbas interessantes graças a esse facilitador de negócios chamado Jorge Mendes. Deste modo, jogadores fulcrais como Ederson, Lindelof, Salvio ou Jonas, poderão ficar apesar do assédio de grandes colossos europeus e de outros novos ricos que proliferam entre a Europa e a Ásia.

No campo das manutenções e contratações, ao contrário do que sucedeu, regra geral, nas duas últimas temporadas, o Benfica parece ter igualmente acertado o passo. Contratou pouco, com critério, para posições carenciadas e aparentemente com acerto. Assegurou o desconhecido Kalacia, que nos poucos minutos que teve deixou sinais surpreendentemente positivos para um jovem de 18 anos; fez regressar o outrora dispensado André Horta, que parece estar a impor-se com autoridade na posição que ficou órfã com a saída de Renato Sanches; expandiu com talento e velocidade as alas, com as chegadas de Carrillo, Cervi e Zivkovic, três jogadores individualmente muito diferentes mas com talento mais que suficiente para serem titulares; fez ainda chegar dois jogadores que, muito provavelmente, noutros Benficas mais fracos teriam entrada segura no plantel e talvez até no onze titular, mas que provavelmente rodarão um ano na Europa para se adaptarem ao estilo de jogo do velho continente, tão diferente do sul-americano, casos de Celis e Benitez. Sete jogadores no total. Longe dos camiões de 20 atletas que chegavam noutros verões, há assim não tanto tempo.

Mas não nos fiquemos pelo plano mais superficial da questão. A existência de uma pré-temporada na qual não se andou a fazer turismo em viagens intercontinentais para ganhar dinheiro influencia, naturalmente, a qualidade do trabalho e o produto final do mesmo. Da mesma forma, a presença de um plantel mais curto, no qual não é necessário fazer um casting com quase uma dezena de jogos amigáveis para aferir a qualidade dos jogadores, tem influência na qualidade do trabalho e na estabilidade do plantel. E assim se vê a diferença gritante da pré-época actual para a anterior: índices físicos muito interessantes para uma fase tão precoce da época, entrosamento e cumplicidade entre os jogadores, processos bem definidos tanto na coesão defensiva como na dinâmica ofensiva.

É certo que os resultados e as exibições da pré-época não apresentam causalidade directa com a classificação final do campeonato, mas é inegável que há uma correlação entre ambas as variáveis, especialmente no que diz respeito à forma como as equipas iniciam as competições desportivas oficiais. E atendendo à estabilidade directiva (sim, é verdade, a "estrutura" existe), de equipa técnica e jogadores, acredito que o Benfica tem o primeiro tetracampeonato da sua riquíssima história ao seu alcance.

O melhor reforço do Benfica é o bom futebol que está a jogar.

Com esta dupla o Bi-Dezoito estará sempre mais perto.


sábado, 23 de julho de 2016

Sempre Houve um Futebol Moderno

Ontem fui ao cinema ver o Pelé: Birth of a Legend.

Com todos os seus defeitos, alguns bem gritantes, o filme deu-me um grande prazer. Os momentos de futebol estão muito bem protagonizados e é maravilhoso ver a contextualização do futebol brasileiro puro com a origem daquela povo.

O filme fez-me perceber ainda mais como é pena haver tanto desconhecimento sobre aqueles tempos e tão pouco interesse em se saber mais.

Grandes, enormes e maravilhosos jogadores vão ficando no desconhecimento da história por terem brilhado num altura tão longínqua.

Hoje em dia quando se fala de Pelé como o melhor ou dos melhores de todos os tempos parece que o fazemos por decreto, porque assim está estabelecido. Isso reduz a nossa crença naquilo que realmente foi Pelé e quase nos esquecemos que tem de haver um motivo para ele ser reconhecido como é.

São muito bem-vindos mais filmes destes sobre a história de futebolistas e do Futebol. Mais filmes sobre selecções, sobre grandes figuras, sobre Mundiais. Mais filmes que nos façam viver um pouco aquela altura do futebol que se vai perdendo na história.

A altura do lançamento veio muito a calhar.

Toda a malta da CBF, equipas técnicas brasileiras e jogadores de topo (e não só) brasileiros, devem ir ver este filme.
O Futebol brasileiro está a passar por uma fase semelhante à do inicio da década de 50. O Dunga necessita muito ver este filme.

O Futebol evolui, as equipas devem adaptar-se mas nunca podem descaracterizar-se. O Brasil dos últimos 10 anos é uma sombra de si mesmo. É uma selecção a tentar ser o que não é e a desperdiçar aquele talento para o jogo bonito que sempre maravilhou o mundo.

A ginga brasileira desapareceu quase por completo daquela selecção depois de 2002. O Ronaldinho e agora o Neymar têm sido quase uma excepção num país onde deviam ser a regra.

Em todo o mundo mas principalmente no Brasil o futebol de rua tem-se quase extinguido. O surgimento das academias nos clubes é uma evolução natural e um desenvolvimento necessário. Porém não é por se ter melhores condições para se trabalhar que se deve abdicar daquilo que é a raiz do nosso talento e principalmente no Brasil essa raiz é o futebol de rua.

Podem dar balneários, chuteiras, equipamentos, relvados e excelentes bolas aos miúdos para treinarem mas não lhes podem retirar a alegria do futebol. Não se pode andar a treinar as crianças à imagem dos treinos dos adultos. É crucial que as deixem divertir com a bola, que as deixem sonhar nos relvados e que as libertem das amarras do futuro profissionalismo.

É proibitivo utilizarem as melhores condições para acabarem com o futebol de rua quando as podem utilizar para o adaptarem e desenvolverem ainda mais.

Mas não só para o Brasil ver este filme pode ser importante.

Também aqui por estes lados andamos a levar ensaboadelas de futebol moderno que mais não passam de mitos que prejudicam o futebol.
Não nos cansamos de ouvir e ler por aí que nos dias de hoje não há espaço para jogar bonito nem para criatividades individuais. Não nos cansamos de ouvir que hoje para se ganhar só jogando com mais pragmatismo.

Hoje em dia todas aquelas grandes equipas que jogam muito pouco é porque estão com uma atitude mais pragmática. Isto é um insulto à história do futebol da Itália.

Ainda pior que isto são os constantes ecos sobre a necessidade física dos jogadores de futebol. É importante que sejam altos e fortes. Loiros também ou não?

Quantas vezes não vemos o talento ser desvalorizado porque o jogador tem menos de 1,75m?

Até no Benfica há vozes que desconfiam da qualidade do Grimaldo só porque não tem pelo menos metade do estofo do Eliseu. Não é que estes adeptos se tenham esquecido do formidável Léo, simplesmente vão recuperando aquele argumento tão arcaico que repete uma verdade sempre actual "Os tempos eram outros".

Bem não me resta dizer mais nada sobre o filme. Agora é voltar ao cinema mas desta vez para o ver com o meu pai. É que esta é uma história que preciso ver ao seu lado.

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Construção Plantel 2016-17



Estou há muito para escrever sobre o Benfica. Nesta altura parece-me que já tudo está a acontecer – compras, vendas e amigáveis – e eu estou ainda em modo férias.

A época que passou foi atribulada mas acabou de forma brilhante. Vários foram os jogadores que se afirmaram na equipa e muitas foram as portas que se abriram a novas apostas na formação.

Rui Vitória mostrou a todos, dentro e fora do clube, que se podia trabalhar mais com a prata da casa e ter-se menos urgentes necessidades de contratar.

A construção do actual plantel, responsabilidade da tal Estrutura, manteve o caminho de sempre mas chegada a vez de Rui Vitória agir este soube e teve coragem para assumir um novo paradigma.

Eu sou fã da cimentação da identidade de uma equipa:
- Estabilidade do plantel.
- Mudanças só cirúrgicas.
- Aposta nos homens da casa.
- Aposta nos jovens da casa.
- Estabilidade do Staff.
- Estabilidade no modelo de jogo.

A minha expectativa para a nova época seria a manutenção dos 16 principais jogadores, a venda daqueles que não se afirmaram nem no plantel nem enquanto emprestados, contratações muito cirúrgicas e uma contínua aposta na formação.

Mais especificamente, como construiria eu o plantel para 2016-17?

Antes de mais nada tenho de abordar a saída do Renato e do Nico.
Eu não teria vendido nenhum dos dois mas é sempre importante ter presente que há uma diferença entre aquilo que o clube nos comunica sobre as necessidades financeiras e aquilo que realmente são.

O Renato é um pilar da nossa formação e não fez sequer uma época inteira como sénior na equipa principal. Vê-lo crescer no nosso plantel traria um valor desportivo e emocional imensurável.
O Gaitán era o nosso maior criativo, um dos nossos capitães e fazia já parte da nossa identidade. Era verdadeiramente um de nós e o valor comunicado não compensa a sua ausência.

Neste exercício de construção do plantel conto já com estas saída.

Na baliza estamos maravilhosamente servidos.
Ederson e Júlio César são dois enormes guarda-redes. O Paulo Lopes é um terceiro guarda-redes de topo, tanto pela sua qualidade como pelo modo como vive e partilha a nossa mística.
Neste sector a minha única dúvida estaria na renovação do Júlio César. A afirmação do Ederson e o estatuto e custos do Júlio poderiam levar à sua saída. Nesta eventualidade teríamos de recorrer ao mercado para colmatar esta saída.

Também os laterais me parecem já definidos. Com o Semedo para a direita, o Grimaldo para a esquerda e o Almeida para ambos os lados, estamos já muito bem servidos.
Eu talvez não tivesse renovado com o Eliseu e escolheria para 4º lateral o Pedro Rebocho ou o Marçal.
Sobra o Sílvio. Gosto do jogador mas é feito de cristal e caiu muito na sua produtividade. É deixá-lo seguir o seu caminho com o término do empréstimo.

Para o centro da defesa tenho muitas dúvidas mas também uma grande certeza: Lindelof.
A acompanhar o sueco veria um jogador mais do estilo do Lisandro ou do Luisão mas tudo indica que o Jardel é quem parte à frente nesta disputa.
Tenho grandes dúvidas sobre aquilo que o Luisão ainda pode dar e também sobre o real valor do Lisandro.
Neste mercado aproveitaria, sem urgência, ou para vender o Lisandro e contratar um central imponente para fazer parceria com o Lindelof, ou para vender o Jardel e promover ou um emprestado ou um da equipa B – Fábio Cardoso ou João Nunes por exemplo.

No meio-campo a dois do Rui Vitória é essencial ter um médio mais posicional e defensivo e outro todo o terreno com capacidade de progredir e rasgar com a bola no pé. Temos o Fejsa mas não temos um Renato Sanches.
Na posição mais recuada o sérvio é um autêntico monstro. Sem limitações físicas é o dono do lugar.
Gosto do Samaris mas não particularmente a 6. O grego é um excelente terceiro médio num meio campo a dois.
As lesões do Fejsa aumentam a necessidade de um suplente directo para a posição. Não iria ao mercado e abriria espaço nesta pré-época tanto para o emprestado Pelé como para os Bês Gilson Costa e Dawidowicz.

Na segunda posição do meio-campo estamos carentes de um titular e de um suplente. É aqui que vejo a única grande necessidade de atacar o mercado. Não temos nos nossos quadros um substituto directo ao Renato. É urgente encontrar uma solução.
Para começar como suplente na posição 8 eu apostaria no João Teixeira. Também o Guzzo poderia ter a sua oportunidade. Continuo ainda por perceber o que pode dar o Cristante ao Benfica.
Dos médios da última época falta referir o Taarabt e o Talisca. O Taarabt é um enorme fiasco e uma página que temos de virar rapidamente. O Talisca não serve para o Benfica e ou o vendemos assegurando uma percentagem futura ou o emprestamos para crescer num campeonato europeu competitivo.

Partindo agora para terrenos mais ofensivos passo a bola para as alas.
Pizzi, Salvio, Carcela e Guedes. Poderia ficar fechado assim mas penso que podemos fazer melhor.
Á primeira vista deslocaria o Pizzi para a esquerda e entregava a ala direita ao Salvio.
A minha maior certeza aqui é o Pizzi. Sempre fui seu fã e apesar de ver as suas muitas limitações considero-o indispensável para o nosso futebol. Sem ser uma estrela o Pizzi é um jogador criativo, inteligente, colectivo e com uma excelente leitura táctica. Parece-me ser o jogador mais indicado para colar os vários sectores ofensivos e ainda oferecer uma maior presença na zona do meio-campo.
Sobre o Salvio ficam as dúvidas sobre as condições em que vai aparecer depois das longas paragens que teve.
O Carcela mostrou qualidade mas não confirmou ainda ter o potencial suficiente. Ou é uma séria opção para agarrar a vaga do Nico ou então acho que o devemos emprestar também a um campeonato europeu competitivo onde possa explodir.
O Guedes por agora não me parece que possa ser mais que uma solução no banco. Tem a vantagem de poder ser também uma opção para uma zona mais central do ataque.

O Nuno Santos poderia ser uma opção para o plantel mas depois da lesão que teve penso que o melhor será emprestá-lo.
Entre os emprestados temos como possibilidade tanto o Hélder Costa com o Djuricic. Sinceramente já perdi esperanças no sérvio.
O Fariña foi mais uma brincadeira e o Diego Lopes não se enquadra no modelo que o Vitória tem utilizado.

A contratar um extremo só mesmo se fosse um craque que não deixasse qualquer margem para dúvidas. Tanto o Carrilo como o Cervi já estão confirmados pelo menos desde Janeiro e com estas contratações não há mais qualquer necessidade de olhar para o mercado e acabou-se o espaço tanto para o Carcela como para o H.Costa e Djuricic. Aliás, fica por saber se é compatível ter Salvio, Carrilo e Cervi simultaneamente no plantel.

Para mim quanto a avançados não há nada a mexer.
A permanência do Mitroglou foi a decisão mais acertada e teremos uma excelente competição pela posição 9 entre o grego e o Jiménez. O mexicano é também um excelente avançado e mesmo que não ganhe a titularidade será um jogador crucial vindo do banco.
O Jonas é dono e senhor da sua posição. A posição Jonas. Sem um suplente directo no plantel, tanto o Guedes como o Pizzi podem fazer a cobertura ao craque brasileiro.
Na equipa B não vejo ninguém que pudesse entrar nestas contas. Quanto aos emprestados há dois jogadores que merecem alguma atenção – Rui Fonte e Nélson Oliveira. Contudo nesta altura não me parece que haja espaço para eles. O Nélson precisa de um bom empréstimo para se afirmar de vez. O Fonte talvez esteja na hora de partir mas também pode ficar como cautela, pelo menos até Janeiro.

(Vou aqui assumir que o Benfica não tinha uma palavra a dizer sobre o Jonathan Rodríguez. Negócios mal explicados são negócios mal explicados.)

Portanto o meu plantel para 2016/17 seria:

Ederson
Júlio César
Paulo Lopes

Nélson Semedo
André Almeida
Grimaldo
Eliseu (P.Rebocho/Marçal)

Luisão
Lisandro
Lindelof
Jardel

Fejsa
Pelé
Samaris
João Teixeira
(Contratar médio)

Pizzi
Salvio
Cervi
Carrilo
Guedes

Jonas
Jiménez
Mitroglou
(Rui Fonte)

Resumindo, saídas do plantel principal seriam quatro: Sílvio, Taarabt, Talisca e Carcela. A não continuidade do Júlio e principalmente do Eliseu era algo a se ponderar, tal como a venda do Lisandro ou do Jardel. A única urgência de mercado seria a de um médio. A compra de um guarda-redes, de um central e de um extremo ficariam dependentes das vendas.
Apostaria na manutenção da espinha dorsal completa, num olhar sobre a equipa B e emprestados e depois sim num olhar cirúrgico ao mercado. Contratações não cirúrgicas só mesmo de indiscutíveis que aumentem indubitavelmente a qualidade do 11 titular ou de jovens com um potencial estrelar incontestável.

Infelizmente já começou o habitual camião de jogadores e a única contratação crucial não foi ainda concretizada. Chegaram o Celis e o André Horta para o meio-campo mas nenhum deles me parece ser a solução para a vaga do Renato, isto apesar de gostar muito do Horta.

Além do Taarabt é indispensável vender/dispensar jogadores como o Harramiz, San Martín, Fariña, Bebé, Lolo Plá, Olá John, Candeias, Cristante, Djuricic, Derley, Mukhtar, Luis Felipe, César, Gianni Rodríguez e Jorge Rojas. Tenho dúvidas se o Rúben Amorim e o Steven Vitória ainda fazem ou não parte dos quadros do Benfica.

Agora venha daí o Sheffield e por favor Benfica,

Dá-me o Tetra e Seis


A 20 de Julho de 1979 nascia o eterno Miklós Fehér.


domingo, 17 de julho de 2016

ANÁLISE TIPICAMENTE PRECOCE E EXAGERADA AOS REFORÇOS DEPOIS DA VISUALIZAÇÃO DE DOIS JOGOS DE PRÉ-ÉPOCA CONTRA EQUIPAS FRACAS


Reinildo - Na História do Benfica, é o segundo Rei moçambicano. Um feito notável.

Kalaica - Alto, forte, rápido, intenso. Pode ser o grande reforço de Jardim para tentar suplantar os açorianos do Fonte Bastardo.

Celis - Como parece não poder ser grande coisa, o colombiano pode ser 6, 8 ou estafeta do Escobar. Dependerá da qualidade do produto que comprar na Porta 18 antes dos jogos.

Horta - Bastaram dois jogos para devolver ao meio-campo do Benfica uma passada mais ritmada, mais saxofone e menos aqueles grandes malhanços nos pratos da bateria que o Sanches tocava. É novo, é do Benfica, é inteligente,  tem classe, tem vontade, conhece o jogo. É outra música.

Cervi - É como se alguém tivesse posto o Gaitán na máquina de lavar e de lá tivesse saído o Nico encolhido. O hobbit argentino só não é pequeno em talento. Vai envenenar as defesas do Tondela e do Paços de Ferreira com as mandíbulas viperinas que saem do seu louco pé esquerdo.

Carrillo - De tão pouco habituado a vencer, comemorou o troféu Algarve Cup como se tivesse ganhado a Champions. São estes vícios de inadaptaçâo ao sucesso desportivo que vêm entranhados do seu antigo clube que vamos ter de resolver rapidamente.

Benitez - O suplente do Lanus com cara de quem assassina 3 a 4 pessoas por fim-de-semana "deu boas indicações". É expectável que, assim que os outros jogadores atingirem a mesma forma física, o currículo seja só o dos feitos lidos no cadastro.

Zivkovic - Deveríamos deixar o miúdo no banco e resguardá-lo dos ataques mortíferos dos olheiros até fechar o mercado. Corremos o sério risco de chegar a Setembro sem ele. Se ficar, vai partir isto tudic.

Fonte - Uma maravilha. Ali entre o Águas e o Jonas. Dali só jorra fresquinha a qualidade dos movimentos, a procura eterna pela solução que mais facilmente aproxime a equipa do golo. Futebol de maravilha, Fonte dos prazeres.





sexta-feira, 15 de julho de 2016

Podence e João Carvalho

Há uns meses falei nestes putos que agora aparecem a brilhar - um, Podence, na principal equipa do Sporting; outro, João Carvalho, no Europeu de sub-19. Aposto neles para as grandes descobertas deste ano. Têm talento, personalidade e qualidade suficientes para acabarem a época como titulares das suas equipas.


Como Coluna, como Eusébio, como Chalana, como Valdo, como Rui Costa, como Aimar. Esta é a mais bela notícia do defeso. O nosso Jonas, o melhor jogador dos últimos 20 anos, vai voar na 10 Gloriosa para os voos serem ainda mais bonitos.

terça-feira, 12 de julho de 2016

O meu 11 deste Europeu

Treinador: Joachim Low - Não, não foi campeão Europeu, mas é o treinador da equipa que apresentou as melhores e mais trabalhadas ideias colectivas.  

Guarda-redes: Rui Patrício – Até ao jogo da final, confesso, a minha escolha ia para o melhor de todos – Manuel Neuer, mas depois daquela exibição é absolutamente impossível não reconhecer a importância do guarda-redes leonino na conquista deste Euro2016.

Lateral Direito: Florenzi – Ainda que enquadrado numa organização defensiva que contemplava 3 centrais e, por isso, a gozar de maior liberdade que um lateral “convencional”, não houve outro que se apresentasse em melhor plano. Forte no momento ofensivo e de transição, tem na sua cultura táctica um forte aliado na hora de defender sem comprometer.

Centrais: Hummels e Bonucci – Esta dupla junta aqueles que são, para mim, os melhores centrais do mundo na actualidade. 
O Alemão junta a uma capacidade defensiva fantástica, potenciada pela brilhante leitura de jogo que tem, uma capacidade para construir assustadora para um central. Fá-lo com  a qualidade dos grandes, com a inteligência dos melhores e com a mestria dos insuperáveis. Quanto a mim, a queda da selecção Alemã perante uma ultra defensiva França passou muito pela sua ausência e pela forma como constrói. 
Quanto ao central Italiano, falamos do melhor que a escola transalpina fez na última década. Fantástico nos momentos defensivos e, ainda que longe de Hummels (como quase todos os outros), demonstra muito boa capacidade para ajudar na primeira fase de construção da sua equipa, seja em passe curto ou longo, demonstrando uma certeza no passe incrível.

Lateral Esquerdo: Raphael Guerreiro – A concorrência interna era, sejamos justos, fraca, pelo que a titularidade não foi surpresa. Não obstante, a qualidade com que assumiu o lugar foi deveras impressionante. Visto como um lateral de grande capacidade ofensiva, foi nos momentos defensivos que mais me impressionou. Raramente “vai à queima”, sabendo fazer a contenção à espera de ajuda, sendo ainda muito capaz na cobertura do espaço central. O Dortmund tem em Guerreiro um belo reforço.

Médio-defensivo: Nagy – Confesso que ainda não percebi muito bem se é esta a sua melhor posição, mas como mais à frente a qualidade abunda, achei que coloca-lo aqui seria premiar uma das melhores revelações deste Euro. Excelente capacidade para sair a jogar, seja em apoio ou em rotura, seja de frente para o jogo, seja a receber de costas. Nunca se dá à marcação e não espera pelo jogo. (Como é lógico, e como seria de esperar perante a minha escolha, adoraria que se concretizaase o que se tem escrito sobre o interesse do Benfica no seu concurso).

Médios-centro: Kroos e Iniesta – O primeiro encaixa naquele velhíssimo cliché do “falso lento”.      De facto não prima pela velocidade de deslocamento, mas a velocidade das suas sinapses é assombrosa. Nem sempre arrisca como se poderia pedir, mas entre o risco de um passe falhado e  entregar seguro, são muito mais as vezes que compensa a sua calma. 
Por seu lado, Iniesta é... futebol. O “pequeno” Espanhol sabe tudo sobre o jogo. Sabe mais que os outros, sabe primeiro que todos. É, sem duvida nenhuma, dos jogadores mais apaixonantes que tive a oportunidade de ver jogar. A carreira da sua selecção não foi brilhante, mas Iniesta não sabe ser outra coisa.  

Extremo-esquerdo: Payet – Apareceu neste Europeu num nível que ainda não se lhe tinha visto, apesar de o seu talento ser indicador de que o poderia ter feito mais cedo na sua carreira. Técnica e decisão são os nomes do meio de Payet. Apesar de partir de um flanco, é em zonas interiores, bem no meio da organização defensiva adversária, que se sente bem e onde é simplesmente mortífero. Que este desempenho o transporte, finalmente, para o patamar que o seu talento merece.

Extremo-direito: Griezman – Tal como Payet, sofre com uma equipa que não prima pela criatividade colectiva no momento ofensivo, mas a sua qualidade técnica e velocidade de execução são de tal forma gigantes que, às vezes, nos esquecemos da vulgaridade colectiva Francesa. Fez uma final assombrosa e só uma exibição perfeita de Patrício lhe retirou a glória que tanto procurou.

Avançado: Ronaldo – O jogo frente à Hungria marcou a sua fase final. Desde esse jogo, inclusive, vimos Ronaldo capaz de confiar nos colegas, capaz de entender que nem só ele sabe finalizar, que nem só ele tem de remar contra tudo e contra todos. Um Ronaldo mais próximo do colectivo, terá sempre o colectivo mais próximo de si. E a suas lágrimas no momento da lesão, foram, garantidamente, as minhas. Sim, chorei com Ronaldo. É estupidamente injusto que se passem anos e anos a trabalhar para chegar ali e em menos de nada (quase) tudo acaba. É o meu avançado deste Euro, não tanto pelo que jogou, mas por tudo o que soube representar para os seus companheiros e para o seu país, porque “se perdermos, que se F**A!”.

Para o banco de suplentes levava apenas dois jogadores:
1 – Éder: É grande e era capaz de ajudar nos treinos de livres do Ronaldo – para formar barreira, como é lógico. E como o 11 até é engraçadito, era capaz de precisar dele na final.
2 – Will Grigg: O Suplente de todos os suplentes. Ele, a sua fantástica turma de seguidores e a aquele seu delicioso cântico, seriam a cereja no topo de um bolo fantástico que seria este 11.

Agora é vossa vez, venham de lá as vossas escolhas.