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quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Chegado o Mercado de Inverno

É altura de tomar decisões.

Faltam 2 jornadas para acabar a primeira volta, os próximos 3 jogos do campeonato são de risco altíssimo (Sporting, ir a Moreira de Cónegos e ir a Braga), estamos a 3 pontos do Porto e Sporting, estamos fora de todas as restantes competições, fizemos uma campanha europeia ruinosa e estamos a praticar um futebol fraco e sem sentido.

Queremos o Penta, queremos inverter o caminho desta temporada. Queremos festejar e honrar a nossa grandeza.

Para isso temos de tomar decisões. E já.

Muito se fala que o presidente do Benfica está à espera do jogo com o Sporting para decidir a abordagem ao mercado.

Porquê?

As necessidades que o plantel tem deixará de as ter caso ganhemos ao Sporting?
Se perdermos o derby vão surgir lacunas ainda não são visíveis?

Não faz sentido.

A menos que o presidente queira ainda perceber a melhor forma de se safar.

Aquela ideia que se vencermos é porque afinal somos muita bons mas que se perdermos o salvador aparece com reforços para dar a volta.

A única decisão a ser tomada é a da manutenção ou não do treinador.
Mantendo-se o actual é obrigatório reforçar o plantel.

Se não sobrevivermos às próximas 3 jornadas sou um defensor absoluto em prosseguir o que restar da época com um treinador interino – movido por um amor glorioso e sem os vícios do professor.

Sendo o Vitória o treinador para a época então a luta pelo título fica totalmente dependente de reforços, os quais têm de chegar já. Ontem.

O guarda-redes Vlachodimos tem de começar a treinar no Seixal no dia 2 de Janeiro. Adiar a sua ingressão para Julho seria gestão danosa. Se é este o guardião escolhido então tem de assumir já. O Varela não tem qualidade suficiente e o Svilar não está ainda preparado.

É também crucial um defesa central com qualidade para assumir já o lugar do Luisão ao lado do Rúben Dias. O Lisandro não é esse central e portanto já passou da hora de ir ao mercado.

Um defesa direito a sério também é necessário. O André Almeida não pode passar uma época inteira sem concorrência. Desenrasca mas não faz a diferença. Ir ao mercado buscar quem possa aos poucos ir roubando a titularidade do Almeida.

Um André Horta. Sim. Precisamos de um substituto para o Pizzi. Já o tivemos, já não o temos. Estamos a jogar num 4-3-3 onde nenhum dos dois médios de apoio tem substituto. O banco precisa de um médio, o Pizzi precisa de um concorrente e o Benfica precisa de um 10 a grande nível.

Por fim talvez um ponta de lança. Se o Vitória optar por regressar à formula mais fácil, ao 4-4-2 de repelões e balões para a frente, é essencial ter um ponta de lança. Um avançado forte que jogue entre os centrais adversários. Era o Mitroglou. Não é o Raúl nem o Seferovic. Muito menos o Jonas.

Apostar no Vitória é assumir a necessidade de atacar o mercado de Inverno em força.

Bem sei que é no de Verão que se deve fazer este tipo de investimentos mas foi opção da Super-Estrutura adiar tudo para Janeiro.

Queremos o Penta. Precisamos de Reforços. Mexam-se. Para Ontem. 

domingo, 16 de agosto de 2015

Choque Entre a Fantasia e a Realidade no Lançamento da Nova Época.



Chegado a 15 dias do fecho do mercado, ao dia do inicio do nosso inicio no campeonato e já no rescaldo do primeiro jogo da época, dou por mim a comparar aquilo que idealizei em Junho para esta época e aquilo que está a ser feito.
Bem ou mal, reparo que o planeamento do plantel 2015-16 está a ser, em alguns sectores, muito diferente daquele que organizei nas minhas fantasias de adepto. 

Jorge Jesus não renovou naquele que era o primeiro momento em que eu compreendia e aceitava a sua continuidade na Luz. O Bicampeonato não mudou o meu olhar sobre este treinador mas o trabalho desenvolvido ao longo de 6 anos pela sua equipa técnica, e não pela super estrutura, parecia-me crucial para o ataque à nova época.
Com Jorge Jesus não tenho dúvidas que partíamos como favoritos para a conquista do Tri. Teríamos também reunidas as condições para desenvolver a nova hegemonia no Futebol português.
A sua continuidade não seria só por uma aposta segura mas também como reconhecimento do mérito que teve em conseguir um Bicampeonato apesar da sangria que o plantel sofreu.

Ficando teria de ser melhor, teria de evoluir. O rendimento mínimo já não seria aceitável, o comprar por comprar já não seria aceitável, o ignorar a Formação já não seria aceitável e nem os constantes falhanços na Champions o seriam. A Europa e a Formação seriam os seus principais desafios. 

Contudo não posso dizer que foi com tristeza que o vi sair. O modo como tudo se desenvolveu é que me pareceu um drama desnecessário.

A vinda do Rui Vitória não surpreendeu e agradou-me. Sempre gostei do treinador, da sua postura, da sua capacidade de trabalhar bem com pouco e da sua coragem de apostar no potencial dos jogadores.

Com Marco Silva estaríamos perante um projecto de longo prazo. Rui Vitória parece-me uma aposta segura para um processo de transição entre um Benfica no limiar do risco financeiro e um Benfica com salários mais controlados e uma formação mais integrada. Aliás, Rui Vitória estaria na cabeça de Luís Filipe Vieira como o treinador ideal para fazer a transição entre o Jorge Jesus e o próprio Jorge Jesus.

Imaginar a construção de um plantel com Jorge Jesus é muito diferente de o fazer com o Rui.
O lançamento que faria, no contexto da troca de treinadores, do plantel para 2015-16 seria algo assim:


Manter o Júlio César e o Paulo Lopes. O Artur, outro veterano, já não fazia sentido ter na equipa. Faltaria adquirir um jovem guardião para ser o nº2 da baliza.
Neste sector a realidade coincidiu com a minha fantasia. Saiu o Artur e chegou o Ederson.


Nas laterais surge a primeira grande complicação.
O Maxi, pela sua qualidade como pela sua identificação com o clube e balneário, seria crucial manter. O Eliseu e o Benito apresentavam-se como um excelente corte de custos. Com o Almeida e o Sílvio, este dependendo de um parecer muito positivo do departamento médico, para ambas as laterais e com o Nélson Semedo à espreita, ficaria, sem urgência, a faltar um grande defesa esquerdo.
A realidade está bem diferente. O Benito saiu mas o Eliseu ficou. O Maxi saiu e o lateral esquerdo que chegou foi o Marçal. A excelente noticia é a real aposta no N.Semedo.
Falta o tal lateral esquerdo.


O eixo defensivo seria um dos sectores a ter especial atenção.
O Luisão é indiscutível como líder do sector defensivo. Definir o seu parceiro seria o trabalho a fazer. O Jardel traz as rotinas mas é curto para os jogos europeus. O César seria para sair e o Lindelof para ser promovido à sua posição, disputando o terceiro posto com o Jardel. O parceiro do Luisão ou seria o Lisandro ou uma nova aquisição. Nesta pré-época o argentino teria de provar a sua qualidade, sem espaço para ser suplente ou emprestado. Ou mostrava qualidade para ser titular ou seria vendido.
A realidade mostra-nos que não haverá ida ao mercado e que provavelmente o Lisandro ficará como terceiro central.


O sector do meio-campo era aquele que mais me deliciava.
Fejsa, Samaris, Amorim, Cristante, Pizzi e Djuricic. Força e criatividade, experiência e juventude, táctico e explosivo. Sem necessidades de qualquer reforço.
Aqui deixaria em aberto a questão das lesões do Amorim e de um possível empréstimo do Cristante. O João Teixeira seria o jogador a integrar em algum destes casos.
Mukhtar e Guzzo não teriam espaço. Talisca e Farina não teriam qualidade.
A realidade apresenta-se algo diferente. O Amorim saiu e tanto o Cristante como o Djuricic parece estarem encostados. Não vejo espaço para o Teixeira, o Talisca está de pedra e cal (!!!) e o Benfica está no mercado.
Chegaram também o Diego Lopes e o Pele. Contratações que pelos vistos nem eu nem o Vitória e nem a estrutura percebemos.


A maior crise surge nas alas ofensivas.
A lesão do Salvio altera tanto a minha fantasia como o planeamento da direcção.
Sempre assumi que o Nico seria o jogador a vender.
Assim seria essencial contratar no mínimo um grande extremo, o substituto do Nico. O Guedes e o Sulejmani seriam as restantes opções e o Nuno Santos ficaria à espreita.
O Ola John teria as portas da saída escancaradas e jogadores como o Djalo, Bebe e Candeias não passam de uma brincadeira de mau gosto.
É neste sector que a realidade me assusta. O Sulejmani saiu e o Ola John e Talisca aparecem como possibilidades sérias para a titularidade.
O Nico por enquanto ainda cá está e o seu substituto anda longe destas paragens.
Chegaram vários jogadores – Carcela, Taarabt, Murillo e Bilal – mas nenhum vem com selo de qualidade. Um já foi emprestado, outro irá para a B, outro está com peso a mais e outro mostra qualidade mas ainda não a necessária.
O Nuno Santos parece cada vez mais afastado.


O ataque para mim era simples.
Manter a excelente e oleada dupla Jonas – Lima e colocar na sua sombra o regressado Nélson Oliveira e também o Jonathan Rodriguez.
O Rui Fonte seria uma possibilidade muito remota e tanto o Derley como o Funes Mori teriam guia de marcha.
A realidade trouxe-nos a saída do Lima e a destruição de uma dupla de ouro.
Assim tornou-se imprescindível olhar ao mercado e entretanto já chegaram o Mitroglou e o Jiménez. Temo que estes dois reforços possam significar a saída do nosso Jonas.


Nestas contas não ponderei, por motivos óbvios, os regressos do Ivan, Hélder Costa e Cancelo.

Resumindo, 

Não contava com a saída do Lima nem do Maxi e nesta altura esperava já não ter o Nico no plantel. A lesão do Salvio veio atrapalhar a planificação.
A promoção e aposta no Nélson Semedo é de louvar, a insistência no Eliseu, Talisca e Ola John é incompreensível e este é o ano do tudo ou nada para o Lisandro.
 

As contratações do Jiménez e do Mitroglou fecham as nossas carências ofensivas. 

O plantel fica a precisar com urgência de um lateral esquerdo e, dependendo do Nico, de um extremo esquerdo. O Lisandro ou se afirma definitivamente ou será necessário contratar um grande central.




PS: Esperava mais de uma super estrutura. Infelizmente voltámos a ver um incompreensível camião de jogadores de qualidade muito dúbia chegar e toda a pré-temporada – desde a digressão ao timing das contratações, desde a Eusébio Cup à inversão da abordagem à época a 20 dias do fecho do mercado e desde o jogo de apresentação às condições de treino – foi de um amadorismo deprimente.