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sexta-feira, 27 de abril de 2012

Villas-Boas recusou, Scolari reflecte e o Benfica incompetente continua (e outras derivações)

- Se eu tivesse chegado hoje a Portugal e não soubesse já da patológica incompetência da Direcção do Benfica (são 10 anos disto, é muito frango a ser mal virado), bastar-me-ia ter em minha posse a informação que me chegou aos ouvidos para que não tivesse dúvidas de que no clube não há qualquer tipo de organização estruturada e organizada para o sucesso. Quando, em menos de uma semana, Scolari é convidado para ser treinador do Benfica e Villas-Boas também (recusando), penso que está tudo dito sobre a forma como se reflecte sobre estes assuntos. Aliás, o perfil de um e de outro têm tudo a ver. Benfica, Benfica, estás entregue à bicharada.

- Há quem diga que Witsel está de saída. Obviamente, espera-se que seja mentira. Não é possível criar uma equipa competitiva se os grandes jogadores não durarem mais do que um ano no clube e a regra passar a ser a rotatividade de entradas e saídas de atletas todos os anos e em doses industriais (ainda estamos em Abril e quantos já comprámos, mesmo?). Witsel tem de ficar, como têm de ficar todos os bons jogadores do Benfica, exceptuando Gaitán que deverá (deveria) servir como garante de um encaixe financeiro suficiente, aliado à venda de pelo menos 10 por cento dos 40 (?) emprestados que temos pelo mundo, para que o "equilíbrio das contas" seja executado. Equilíbrio que - vem garantindo Soares Oliveira há anos a fio - não está dependente da venda de jogadores. Ou tem estado a mentir aos sócios do Benfica este tempo todo? Não posso acreditar numa coisa dessas.

- Há dois anos que Éder Luís e Fellipe Bastos vão servindo, bem, o Vasco da Gama sem que o clube brasileiro tenha de pagar por eles - para além de uma percentagem dos salários. É uma política que se estende a mais umas dezenas de jogadores que temos emprestados e que perfaz a maravilhosa quantia de quase 40 milhões de euros enterrados em activos que nos não dão absolutamente nada - um até está emprestado por ano e meio (!) a um dos nossos rivais. No entanto, hoje soube-se que o Vasco irá tentar uma "engenharia financeira" para, finalmente, gastar dinheiro com os nossos jogadores. Conhecendo o histórico de solidariedade que temos com o Vasco (e com o Real e com o Atlético e com o Braga) - mas só de cá para lá, já que de lá para cá o Dedé não pôde vir -, ainda acabaremos a emprestá-los por mais uma época. Mas tenhamos esperança.

- Marcelo Bielsa, depois de assumir a responsabilidade pela derrota em Alvalade - aprende, Jesus -, vem agora limitar a sua participação na passagem do Atlético de Bilbau à final da Liga Europa. Volta a aprender, Jesus. É disto que se fazem os grandes treinadores: humildade, defesa dos seus, noção colectiva, altruísmo em prol do grupo e qualidade mental e psicológica para lidar com derrotas e vitórias. É a diferença entre um bom treinador e um excelente treinador. Infelizmente o que temos, pelo menos enquanto não existir uma estrutura competente a dirigir o Benfica que o saiba limitar à suas funções e o ensine o saudável talento da inteligência e humildade, não dá para mais.

- Guardiola saiu do Barcelona. Uma triste notícia por pôr fim a uma relação de grande paixão e conquistas. Só posso agradecer o trabalho fantástico que fez no clube catalão. Foram anos de grande prazer, Pep, obrigado. E tenho a certeza de que, por um lado, o Barcelona irá continuar - porque sabe, ao contrário do Benfica, que antes de nomes vem um perfil que é estudado e escolhido e não em sistema anárquico - a vencer e, por outro, que Pep  terá sucesso no seu futuro clube. Que podia ser o nosso, se houvesse visão e estratégia. 

- O Sporting saiu de Bilbao sem a final da Liga Europa e acima de tudo - para mim, pelo menos - com uma estranha sensação de impotência. Não é muito compreensível que tenha havido tanta falta de ambição e tantos erros consecutivos num jogo crucial para o clube. Comecei por elogiar o que me pareciam ser boas ideias sobre o jogo por parte de Sá Pinto, quando chegou ao Sporting. Continuei a gostar do que ia fazendo, muito para além da "raça", "atitude guerreira", "motivação", mas ontem apercebi-me de algumas falhas graves no seu perfil, especificamente a debilidade com que pensou e executou as mudanças que a equipa pedia. Ontem Sá Pinto ajudou, de forma bastante evidente, a que o Athletic passasse uma segunda parte inteira em cima do Sporting. Esperarei para ver os jogos importantes que o clube tem até final da época. Mas, Sá, se calhar não chegas, pá.

- Llorente. O passe para o primeiro, o terceiro, mas acima de tudo o jogo que fez e aquele fantástico trabalho para o segundo golo. Que maravilha: